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História Ponte para Terabítia - o retorno de Leslie - Prólogo


Escrita por: ElisabethSwan

Capítulo 1 - Prólogo



- Leslie! – exclamou seu pai.
Leslie assustou-se, dando um pequeno salto no banco dianteiro. 
- Ah... Pois não? – perguntou voltando a atenção ao pai.
O pai desviou o olhar da estrada para encontrar os de Leslie: a loira exibia uma expressão profundamente triste. Ele suspirou.
- Leslie, já faz um ano e você prec... – exitou por um instante – Sei como se sente.
- Sabe?! – perguntou de forma irônica levantando as duas sobrancelhas.
Voltou a olhar a estrada.
- Eu amava sua mãe... Eu a amava – apertou as mãos no volante – E eu consegui superar.
Leslie também olhou para a estrada; já não havia mais asfalto, somente uma longa e espançosa trilha de barro. Estavam chegando.
- Sinto falta dela – disse enxugando uma lágrima do olho.
- Eu também – direcionou uma das mãos na bochecha da loira.
- Sintou falta do Jess – sussurrou.
O carro parou.
- Eu não vou falar outra vez, Leslie – resmungou encarando-a.
- POR QUE?! – berrou com os olhos cheios de lágrimas – ME DIZ POR QUE?!
- Olha o tom mocin...
- POR SUA CAUSA ELE PENSA QUE EU ESTOU MORTA!
- Leslie acalme-se já! – ordenou irritado.
Leslie deu um longo suspiro.
- Ele pensa que morri, ele pensa que morri papai! – mais lágrimas – Tudo sua culpa, TUDO!
O pai saiu do carro, dando a volta para ir na direção onde Leslie estava. Ele abriu a porta.
- Desça, agora – ordenou paciente.
A loira saiu irritada e antes que pudesse enxugar as lágrimas, foi interrompida pelo abraço que o pai lhe dera. 
- Me perdoa, me perdoa, me perdoa... – implorava choroso – Eu não sabia que você iria descobrir sobre Terabítia, eu juro que não sabia. Jamais teria criado o Mestre das Sombras , jamais... Jamais teria criado algo que pudesse te ferir, querida.
Leslie agora soluçava.
- Sei que não mereço seu perdão, mas se você... Se pudesse me perdoar... – agora as lágrimas lágrimas tomavam conta do pai.
A loira saiu de seus braços.
- Tudo bem, pai. Eu te perdôo – disse dando pequenos soluços.
Ele sorriu.
- Só que... Eu sinto tanta falta dele.
- Tivemos que fazer isso, querida. Quando o Mestre das Sombras soube ele ficou furioso, ao invés de descontar em mim quis descontar em você, ele queria... Te matar – deu uma pausa – Por isso formamos sua morte, eu e sua mãe, mas ele descobriu e...
Leslie congelou.
- Quer dizer que ele...? – dirigiu uma das mãos na boca.
- Sim, me desculpa, eu não queria que ficasse assustada – ele suspirou – Foi por esse motivo que sua mãe não te levou ao supermercado aquele dia, ela deu a vida dela pela sua, ela te salvou.
- Mas ela morreu em um acidente de carro! – exclamou.
- Sim, Leslie. Ela morreu porque uma sombra negra a impedia de ver, então ela bateu em cheio no poste. O Mestre das Sombras não ia matá-la, ia matar você. Apenas uma vida seria levada naquele dia e como você não estava lá, ele a levou.
- Mas... Mas... – dizia aos prantos – Se ele sabe que não morri, e que ela morreu no meu lugar... Por que não voltou para...
- Apesar de seu verdadeiro propósito não ter sido cumprido, no momento em que sua mãe morreu a “dívida” foi paga.
Leslie não conseguia engolir aquelas palavras. Ela, Leslie Burke, teria sido assassinada se não fosse por sua mãe; uma heroína. Mas se não corria mais perigo então poderia voltar para sua antiga casa, sua antiga escola e seu antigo amigo, Jess. Uma pitada de alegria preencheu seu coração.
- Leslie, eu sinto muito mesmo, por tudo. Agora está tudo bem – dizia o pai tristonho.
- Sim agora está tudo bem! – disse animada, para o espanto do pai.
Ele silenciou, curioso esperando o que a loira iria dizer.
- Se o Mestre das Sombras não me quer mais, podemos voltar para casa! – disse com o coração pulsante.
O pai exibiu um enorme sorriso.
- Nós não só podemos como estamos voltando.
- O quê?! – exclamou com os olhos arregalados.
Sem dizer nada, o pai apontou para as árvores distantes que seguiam a estrada de terra. Não deu nem cinco segundos e Leslie logo reconheceu as antigas árvores que rodeavam na sua casa.
- Ai meu Deus! PAI! – gritou com um pulo para o abraço do pai.
Ele riu.
- Vamos? – perguntou alegre.
- Claro! – respondeu indo direto para o carro.
Assim que o pai entrou o coração de Leslie disparou ainda mais.
- Nem acredito que estamos voltando mesmo, eu achei que estávamos viajando sabe – disse ao mesmo tempo irônica e feliz.
O pai riu.
- Do jeito que você estava tão distraída, eu sabia que nem iria reparar que estávamos pegando a mesma estrada de antes – disse no mesmo tom.
Leslie revirou os olhos.
- Vai pai, liga o carro liga! – dizia entusiasmada.
Ele riu novamente.
Pela primeira vez depois de tanto tempo, Leslie se alegrou ao sentir o motor do carro tomar conta do seu corpo. Finalmente iria poder olhar nos olhos de Jess e então abraçá-lo o mais forte possível. Tudo isso era inacreditável. Ela soltou um longo suspiro prazeroso.
- Jess... – murmurou.
O pai desligou o carro.






   



 



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