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História Pop Princess - Three


Escrita por: HurtMoon

Notas do Autor


Eu queria agradecer a todos que estão acompanhando está fic <3 Muito obrigadooo

Capítulo 3 - Three


Fanfic / Fanfiction Pop Princess - Three

Reclamei pela milésima vez enquanto a tia Kushina, Hinata e Ino arrumavam a minha roupa. As minhas roupas, na verdade. Elas me fizeram vestir as duas fantasias várias vezes, até acharem que estavam adequadas para os papéis que eu teria que representar naquela noite...

Primeiro elas se concentraram na fantasia da Arlequina estilo bobo da corte, que na verdade não tinha nada a ver com esse personagem. A minha tia havia pintado um vestido para imitar uma carta de baralho — um 10 de Copas, para ser mais exata —, e eu estava parecida com aquelas cartas falantes do filme da Alice no País das Maravilhas. Além disso, ela pegou emprestada com uma amiga atriz uma máscara, metade branca e metade preta, que ela explicou representar a comédia no teatro. Realmente era uma máscara bem risonha, e, com ela no rosto, somente os meus olhos apareciam. Ótimo. Nenhuma possibilidade de alguém me reconhecer, ainda mais na penumbra.


O meu problema maior era com a outra fantasia. De princesa.


— Tinha que ser rosa-bebê? — perguntei, olhando o vestido que a minha tia havia comprado pela milésima vez. Além da cor, ele era bufante e ia até o chão. E, como se não bastasse, parecia que alguém tinha salpicado purpurina em cima dele inteiro! — Por que você não comprou um preto?! E essa sandália da mesma cor?

— O que você queria? Um tênis? Nada disso, o sapato tem que combinar com a roupa. Seu pé não vai cair se você usar salto por uma noite! E escolhi rosa porque preto é a cor que você usa todos os dias da sua vida! — a minha tia respondeu. — E, além do mais, eu estava com saudade de ver você usar roupas femininas. Você costumava se vestir de forma tão delicada, era superligada em moda... Foi só depois da separação dos seus pais que você inventou de ficar de luto, virar emo gótica, ou sei lá o quê. E quer saber? Foi você quem se recusou a comprar o vestido e falou que eu podia escolher o que quisesse. Optei pelo que achei que realçaria ainda mais a sua beleza. E estou vendo que acertei em cheio...


— Acertou mesmo, você está maravilhosa, Saky! — a Hinata disse, afofando ainda mais a saia. TenTen e Temari estava organizando a bolsa de suprimentos especiais para a minha mudança de fantasia mais tarde. — E o melhor de tudo é que esse tecido não amarrota. Você vai poder levar o vestido dentro da mochila! Aliás, pode tirar a roupa agora que já vamos guardá-la. Você tem que entrar na festa com a outra fantasia.


Lembrei-me mais uma vez do plano, com o qual eu acabei concordando depois de concluir que realmente não havia alternativa. Levaria o vestido e, quando fosse meia-noite e a banda começasse a tocar, iria rapidamente ao banheiro e me trocaria. Depois discretamente deixaria a minha mochila embaixo da mesa de som e, antes de ir embora, eu a pegaria de volta.

— Que raiva do meu pai! — falei, me sentando para tirar aquela maldita sandália de salto, que já estava machucando o meu pé. — Além de tudo vou ter que escutar a banda daquele ridículo do Sasu Prince!


— Ai, Sah, nesse aspecto eu daria tudo pra estar no seu lugar! — A Ino suspirou. — Pode falar o que quiser, mas as suas irmãs, quero dizer, as suas meias-irmãs têm um ótimo gosto! Nem acredito que o seu pai conseguiu que o Sasu Prince tocasse na festa delas. O garoto é maravilhoso, perfeito, um deus! Ele canta, toca guitarra e piano, compõe, atua... O cachê dele deve ter custado uma fortuna. E o mais incrível de tudo é que em todos os shows ele chama uma garota da plateia pra dançar com ele no palco, é tão fofo...

— Um convencido, isso sim! — respondi, finalmente me livrando da sandália. — O cara se acha! Já viu as letras das músicas dele? Ele sempre diz que está esperando por uma garota especial, que tem certeza de que a encontrará algum dia, de repente, que a reconhecerá à primeira vista e que então a tratará como uma princesa de contos de fada, que ela será sua musa inspiradora... Ele simplesmente ilude as fãs. Fala isso só para que as meninas fiquem babando, para deixar cada uma imaginando que é a tal garota que conquistará o coração dele. Até parece! Aposto que fica com todas e mais algumas depois que os shows terminam.


— Para quem despreza tanto o cara, até que você está parecendo muito interessada... — a TenTen disse enquanto terminava de arrumar a minha mochila. — Prestou atenção nas letras e tudo...

— Acontece, Ten — eu me levantei, praticamente bufando — que eu, ao contrário da maioria das pessoas, critico com conhecimento de causa! Procuro saber sobre o assunto antes de falar mal.


— Então, ótimo! Hoje você vai ter a chance de conhecê-lo pessoalmente e confirmar se ele é mesmo isso tudo que você pensa! Entre logo no banho, porque ainda temos que arrumar o seu cabelo e fazer a maquiagem. Assim, na hora da transformação, você não vai ter trabalho algum além de trocar de roupa e tirar a máscara! — Exclamou Temari, fazendo uma careta.


Concordei e fiz o que ela pediu. Eu esperava que aquilo tudo acabasse depressa mesmo. Já havia dias que não falava com a minha mãe e agora finalmente faltavam poucas horas para a manhã de sábado. Pelo menos na semana seguinte tudo mudaria: o meu pai teria que cumprir a parte dele no trato — afinal, eu estava fazendo o maior sacrifício para cumprir a minha —, e então eu poderia voltar a falar com a minha mãe todos os dias.

 

Deixei que a minha tia e as meninas fizessem o que elas quisessem com o meu rosto e o meu cabelo, e depois me vesti com a minha primeira fantasia, a da Arlequina. Pelo menos com essa fantasia eu podia usar o meu All Star preto. Mais cedo inclusive tinha pedido para a minha tia pintar nele os símbolos dos naipes de baralho, para que parecesse que o tênis realmente era parte da fantasia. Ela já tinha desenhado antes umas notas musicais, então ficou até um efeito legal, como se o baralho estivesse dançando ou algo assim. Uma coisa boa de ter uma tia desenhista era isso. Os meus tênis eram sempre os mais originais...

Levei a máscara na mão e, assim que cheguei à festa, a coloquei, para não correr o risco de alguém me reconhecer. Logo percebi que as pessoas tinham levado o tema a sério. Alguém tinha se esforçado bastante para deixar o salão parecido com um castelo. Fui direto para a cabine de DJ, e lá o técnico de som já me aguardava. No dia anterior eu tinha deixado com ele tudo de que iria precisar e agora era só fazer a trilha sonora da festa.


Como de costume, comecei colocando músicas mais calmas, para que os convidados sentissem um clima acolhedor ao chegar. Na medida em que a festa foi enchendo, fui acelerando o ritmo. Percebi que muita gente estava dançando, e aos poucos comecei a relaxar, já que pelo visto ninguém ia mesmo me reconhecer. Algumas pessoas da escola foram até pedir músicas, e inclusive o meu pai havia passado por mim umas três vezes — em uma delas até olhou na minha direção, o que me fez tremer —, mas passou direto.


Quando só faltava meia hora para o meu horário terminar e eu já estava me preparando psicologicamente para me transformar em princesa, percebi que um garoto vinha na minha direção. Imaginei que ele fosse pedir uma música, mas de repente reparei que estava usando uma máscara muito parecida com a minha. A única diferença era que, em vez de ter a boca virada para cima, era para baixo.


— Legal a sua máscara! — ele gritou para que eu escutasse, meio se debruçando na bancada que separava a pista de dança do equipamento de som.


— A sua também — respondi no mesmo tom, mas sem nem olhar direito para ele, concentrada em colocar mais uma música para tocar. — Representa a tragédia, né?

Ele ficou alguns segundos sem dizer nada, e então perguntou:
— Você faz teatro?

Fiquei meio sem graça, me sentindo uma espécie de impostora. Eu sabia o significado daquelas máscaras apenas porque a minha tia havia explicado...

Só fiz que não com a cabeça e continuei o meu trabalho.

— Você tem um ótimo gosto musical... — ele falou depois de uns cinco minutos, o que me espantou um pouco. Eu estava tão concentrada que nem vi que o garoto continuava ali. Mas se tinha algo de que eu realmente gostava era quando alguém elogiava as minhas músicas. Então sorri, mesmo sabendo que provavelmente ele não veria, por causa da máscara, e agradeci.


— Posso dar uma olhada no seu set list? — Ele apontou para a folha impressa com os nomes de todas as músicas que eu tinha planejado para a noite. Concordei e estendi o papel para ele, mas, em vez de pegá-lo, ele deu a volta na bancada e parou ao meu lado, bem atrás da mesa de som, o que me deixou meio assustada. Só então ele pegou a folha. Mas não foi para ela que ele olhou...

— Ei, não é só sua máscara que é bacana! — ele disse, reparando na minha fantasia completa. — Que ideia original! Em uma festa cheia de princesas normais, uma rainha de copas é um belo diferencial! Aliás, uma rainha muito pop! Adorei o seu tênis customizado!

Olhei para baixo, novamente sem graça. Como eu ia explicar que eu não tinha nada de rainha, muito pelo contrário? Aliás, naquele momento, eu finalmente tinha entrado na minha fantasia de verdade! Ninguém estava com mais cara de “boba da corte” do que eu...

— Ah — foi tudo que saiu da minha boca. — Obrigada.

— Sasuke.

— Como?

— Sasuke. O meu nome é Sasuke. Você falou “obrigada”, e geralmente a gente agradece e fala o nome da pessoa em seguida. Mas você não sabia o meu nome ainda, senão aposto que teria dito: “Obrigada, Sasuke.”


Olhei para ele, tão surpresa que quase perdi o ponto de trocar a música. Ele percebeu e perguntou:
— Posso ajudar?


Eu ia responder que não, mas naquele momento fui atraída pelo seu olhar. Senti algo estranho, como se eu já o conhecesse de algum lugar. Meu coração acelerou de uma hora para a outra, e por um momento não vi mais ninguém. Apenas aquele garoto mascarado. Ele era alto, e tinha cabelos pretos, longos cílios escuros e enormes olhos ônix, que por sinal eram  expressivos e frios ao mesmo tempo... Imagina ele sem a máscara? Oh céus... 


 Ele estava me olhando fixamente, e comecei a ter a impressão de que a qualquer momento iria me hipnotizar e descobrir todos os meus segredos. Quando me recuperei, ele já estava mixando uma música na outra. E, surpreendentemente, ele fazia aquilo muito bem!

Balancei a cabeça e perguntei onde ele tinha aprendido a mixar.

— Por aí... — foi tudo que ele respondeu. — E você?

— Que coincidência! — eu disse, tirando delicadamente a mão dele de cima do equipamento e recuperando o meu posto. —Aprendi por aí também... Bem que eu vi que te conhecia de algum lugar!

Mesmo com a máscara triste, senti que ele sorriu. E aquilo me fez sorrir também...

— Posso escolher uma música? 

— Ele balançou a folha com a minha lista, que tinha tornado a pegar.

Por que não? Tanta gente já tinha me feito pedidos naquela noite... Concordei. Ele então começou a ler o nome de todas as músicas e um pouco depois levantou as sobrancelhas.

— Ei! — Ele apontou para um item da lista. — Essa é uma das minhas preferidas! Pode colocá-la? Por favor?

Não respondi. Apenas dei um jeito de diminuir a música que estava rolando e emendei de imediato na que ele pediu, sentindo uma estranha euforia dentro de mim. You Get What You Give, do New Radicals, era uma das minhas favoritas também!

Enquanto isso, me peguei desejando que o garoto tirasse a máscara, para que eu pudesse ver se tinha ficado feliz por eu ter atendido seu pedido. Mas, assim que me virei, ele perguntou:
— Você é DJ há muito tempo? Faz isso muito bem.

— Não muito... — expliquei. — Comecei a discotecar de brincadeira, há pouco mais de um ano. Mas amo tanto fazer isso que acabou se tornando uma profissão.

Ele assentiu e disse:
— Entendo perfeitamente.

Nós ficamos um tempo só curtindo a música, e quando estava quase no fim ele voltou a falar:
— Já aconteceu de você colocar uma música muito boa, e de repente ver que as pessoas se empolgaram pra valer, e então você sentir a energia delas voltar pra você e aquilo te empolgar a tal ponto de você querer subir na bancada e dançar?

Olhei para ele meio paralisada, admirada demais para falar qualquer coisa. Ele tinha descrito exatamente o que eu sentia.
— Como você sabe? — perguntei.

Novamente percebi que ele sorriu. Era estranho sentir isso sem poder ver sua boca verdadeira.

— Por dois motivos. Primeiro, porque antes de vir falar com você, já tinha um tempo que estava te observando de longe. Só dava pra ver metade do seu corpo, mas percebi que você estava dançando aqui dentro, totalmente no ritmo. Senti que você estava curtindo de verdade, praticamente se fundindo com a música. Saquei de cara que isso é muito mais do que um trabalho pra você.

Quis responder, mas congelei na primeira frase que ele falou. Ele estava me olhando de longe?

— E a segunda razão é... bem, eu sinto exatamente a mesma coisa.

Consegui abrir a boca para perguntar se ele também era DJ, mas de repente ele apontou para o meu relógio e perguntou as horas. Respondi que era quase meia-noite, e ele então falou que tinha que ir para o backstage. De repente entendi tudo...
— Ei, você é o responsável pelo som do palco? — perguntei. — Você sabe se o pessoal da banda já está preparado? Porque, logo depois que a valsa terminar, eles têm que começar a tocar. Avisa lá para o tal do Sasu Prince que está na hora de parar de comer caviar no camarim e encarar o difícil trabalho de iludir garotas bobinhas...

Ele estava meio dançando, mas, quando falei isso, parou no mesmo instante. Aproveitei para olhar se ele estava usando algum crachá ou credencial, mas não tinha nada. Apenas uma roupa de príncipe, exatamente igual à de todos os outros garotos da festa. De diferente ele só tinha mesmo a máscara e... Olhei para o pé dele e fiquei completamente surpresa! Ele estava usando um All Star... preto. Só não era igual ao meu porque a minha tia tinha feito aquela pintura maluca. E um príncipe de All Star eu realmente nunca tinha visto...

— Sim... — ele falou, atraindo a minha atenção para o seu rosto novamente. — Meio que sou o responsável pelo som, sim. Você não gosta da banda que vai tocar? Não acha que o Sasu Prince canta e toca bem?

Eu coloquei a mão na cintura, olhei para os lados e falei perto do ouvido dele, para ninguém mais ouvir:
— Olha... Não tenho nada contra a banda. Mas esse tal de Prince, sinceramente, tenho certeza de que ele usa auto-tune. E, além do mais, deve ficar só fazendo mímica em cima da guitarra. Aposto que tem um playback tocando no fundo. É esse o seu trabalho? Soltar a música para ele dublar? Pode me contar! Juro que não espalho pra ninguém.
Pelos buracos da máscara, vi que ele arregalou os olhos. Opa. E se, além de trabalhar para eles, ele também fosse amigo dos integrantes da banda? Que fora! Resolvi consertar:

— Desculpa, não é tão ruim assim... Mas, se conversar com ele, diga pra parar de fazer essas músicas tão sentimentais! Até parece que ele está apaixonado.

— Ele não está apaixonado... — o Sasuke me interrompeu. —Mas já ouvi o Prince dizer várias vezes que gostaria de estar. Ele adoraria conhecer uma menina diferente das outras. Que tivesse opiniões próprias. Que se destacasse. Que gostasse das mesmas coisas que ele, mas que ao mesmo tempo o surpreendesse.

Comecei a rir e falei que naquela festa seria difícil, pois todas as garotas estavam exatamente iguais: com vestido longo, coroa e sandália de salto. Suspirei ao lembrar que dali a pouco eu também estaria daquele jeito...

— Tem razão... — ele disse, olhando em volta. — Mas quem sabe, né? Às vezes uma pessoa especial pode estar bem na nossa frente e não conseguimos enxergar pelo fato de ela estar escondida atrás de um disfarce, fingindo ser quem não é...

Fiquei parada, tentando encontrar algum sentido naquilo que parecia uma metáfora, mas ele logo continuou:
— Tenho que ver se os integrantes da banda estão prontos. Pode deixar que vou avisar para subirem ao palco antes de a valsa terminar.
Agradeci, e ele foi saindo, mas então se virou e perguntou:
— Como você se chama? Não vale dizer o nome de alguma carta de baralho...

— Meu nome é ... — Eu ainda estava meio fascinada por ele, por isso quase disse o meu nome verdadeiro. Mas no último instante me lembrei de que ninguém ali podia saber quem eu realmente era. — Rapunzel. Eu sou a DJ Rapunzel!

Ele fez uma leve reverência, como se fosse mesmo da corte, e — ainda meio curvado — levantou um pouquinho a máscara, apenas o suficiente para dar um beijinho na minha mão, que ele galantemente segurou. Antes que eu tivesse oportunidade de ter qualquer vislumbre do rosto dele, a máscara já tinha voltado para o lugar, e ele então falou:
— Adorei o seu som, Rapunzel Pop! Vê se não vai desaparecer à meia-noite... Quem sabe você não acaba gostando do show?

Em seguida, ele me deu uma piscadela e saiu bem depressa em direção ao palco.
Fiquei uns segundos ainda sentindo os lábios quentes dele nas costas da mão, mas de repente percebi que a última música estava terminando. Eu já tinha programado uma sequência com três valsas emendadas para tocar, por isso só tive que apertar o play. Assim que elas terminassem, o som pararia e a banda passaria a ser a responsável pela trilha sonora da festa.
No segundo em que as aniversariantes começaram a dançar ao som dos primeiros acordes, joguei a mochila nos ombros e corri para o banheiro, aproveitando que todo mundo estava olhando para o centro do salão.

Troquei de roupa em tempo recorde. Quando me olhei no espelho, apenas para ver se estava tudo no lugar, fiquei admirada com o que vi. As meninas e a minha tia haviam feito uma mágica! O meu cabelo rosa-claro natural, que esses dias costumava ficar preso, sem vida e sem graça, estava brilhante, com tons dourados e cheio de cachos que caíam pelas minhas costas. 
A sombra levemente esverdeada realçou os meus olhos da mesma cor. Até a minha boca tinha ficado mais viva com o gloss cor-de-rosa que elas tinham me obrigado a usar. Tive que admitir que eu estava... bonita.

Sem pedir permissão, meus pensamentos voaram para o garoto da cabine de som. E, mais de repente ainda, me peguei desejando que ele tivesse me conhecido daquele jeito, com meu rosto verdadeiro e não com uma máscara! Com um vestido lindo e maquiagem também... e até com aquela tiara de princesa, que a minha tia havia colocado na minha mochila no último instante! Mas agora ele tinha que trabalhar e provavelmente, quando terminasse, eu já teria ido embora. Com certeza eu nunca mais iria vê-lo...

Subitamente recuperei a sanidade e comecei a dar uma bronca em mim mesma: “Sakura! Qual é? O que está fazendo? Ficou interessada em um cara que acabou de conhecer e de quem você nem viu o rosto direito?! Você sabe perfeitamente que o amor não existe. É uma invenção de Hollywood para iludir mocinhas inocentes e deixá-las com o coração partido depois. Será que a experiência da sua mãe não serviu para nada, hein?! Acorda, garota!”

Então suspirei, saí do banheiro e fui em direção à cabine de som, só para deixar a mochila escondida até a hora de ir embora. Exatamente naquele momento, a valsa terminou e ouvi quando um apresentador anunciou ao microfone:
— Orgulhosamente, tenho a honra de apresentar... Sasu Prince e banda!

Todas as meninas da festa correram para a frente do palco, o que achei muito bom, pois assim seria mais fácil encontrar o meu pai logo. Eu iria cumprimentá-lo, apenas para que ele visse que eu estava presente, e em seguida telefonaria pedindo para a minha tia vir me buscar.

Porém, sem conseguir me controlar, dei uma olhadinha no palco, apenas para ver se o Sasuke não estaria em algum canto, ajustando um microfone ou algo assim. E então meu olhar foi atraído para o cantor. Ou melhor, para o cantor, ator, compositor, modelo e sei lá mais quais talentos ele possuía, segundo a Ino tinha me contado. Eu já havia visto o Sasu Prince em revistas e na televisão, mas nunca pessoalmente. E tive que dar o braço a torcer... Ele realmente era bem bonito. E charmoso. E tinha um sorriso lindo também. E até que aquela roupa de príncipe combinava perfeitamente com ele, mais do que com qualquer outro garoto da festa. Por curiosidade, dei uma olhadinha para os pés dele. Eu estava esperando um sapato bem chique, caríssimo, daqueles que dão até pena de pisar no chão.
E foi naquele momento que vi que estava totalmente enganada. E gelei. Porque o que ele estava usando não era um sapato feito com fios de ouro... Era um simples, básico e preto... All Star.


Notas Finais


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