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História Popsicles - If I could take back just one thing


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Olá, gente linda. Prontos para mais uma fanfic? :)
Sério, eu tenho que aprender a me controlar, mas é difícil quando a história se forma na sua cabeça e você não fica em paz até botar para fora, né non?
Fazendo essa fic, porque Daryl é um lindo e merece todo o amor. Bem, a vida é cheia de altos e baixos então também tem treta no meio porque o que é uma fic sem treta, né?
Mas a maior parte eu quero que seja coisas bonitinhas e tals <3

+ A fanfic, inicialmente, vai ter menções de Bethyl, mas no final vai se tornar Caryl. Eu amo os dois ships, mas se você não gosta de algum deles, sem rage pfvr </3
+ Acho que a fic não será muito grande. Provavelmente de dez a quinze capítulos.
+ Se tiverem ideias para situações fofinhas pode mandar tudo que quanto mais melhor <3
+ Monte de beijos!

Capítulo 1 - If I could take back just one thing


Parte 01

Capítulo 01

 

Para a maioria das pessoas, uma viatura parada na frente da sua casa só podia significar algo de ruim. Elas eram como portadoras ambulantes de más notícias apenas esperando a chance de te contar que uma pessoa querida havia se metido em alguma enrascada. Na pior das hipóteses, alguém importante haveria ido para sempre e com a correria do dia a dia, você nem sentia a falta dela. Pelo menos, não até o momento que a viatura parasse à sua porta.

Mas para Daryl Dixon o carro branco com as insígnias policiais era sempre algo bom. Afinal, seu melhor amigo era policial e quando a viatura aparecia de repente era apenas o velho Rick o esperando com um convite ansioso para tomar uma ou duas cervejas. Algumas vezes eles iam em bares e acompanhavam os jogos com o amontoado da torcida que se juntava por lá, mas na maioria delas Daryl apenas buscava as bebidas da própria geladeira e eles conversavam nos fundos da casa do Dixon. As cadeiras eram velhas e confortáveis e em boas noites eles perdiam as horas dialogando sobre qualquer coisa que viesse a cabeça ou apenas encaravam o céu estrelado apreciando a companhia silenciosa um do outro.

Ao contrário dele que tinha apenas o irmão mais velho de uma maneira distante, Rick tinha uma família. Qualquer um que passasse dez minutos conversando com o policial perceberia que os dois filhos eram tudo na vida dele. Carl, o mais velho, já era um rapaz enorme, mas Judith ainda era um bebê que se poderia levar nos braços. A mãe deles tinha falecido no nascimento da mais nova e o amigo havia passado por uma época difícil sem a esposa, mas após algum tempo ele havia redescoberto o amor nos braços de Michonne.

Daryl esfregava um pano desajeitadamente nas mãos sujas de graxa após o dia exaustivo na oficina e apenas quando se aproximou viu que Rick levava um claro semblante de preocupação. Quando ele fitou curioso, o policial olhou para o chão como se não conseguisse sustentar o olhar. Ao ver que ele estava com uma das mãos na cintura e um pé batendo descompassado, o Dixon engoliu em seco temendo uma notícia ruim. Rick era um cara bom e justo. Após a morte da esposa não merecia outra merda tão cedo na vida dele.

– O que foi, cara? – Daryl perguntou preocupado erguendo uma das mãos para cumprimenta-lo. Como Rick apenas lhe deu uma careta, ele insistiu – Algum problema com as crianças?

– Daryl... – O policial começou a dizer, mas vendo que não saberia como terminar a frase apontou com a cabeça na direção da viatura parada. Foi só aí que o Dixon percebeu que uma das portas estava aberta e uma pequena criança loira estava sentada no banco balançando as pernas distraidamente. Por causa do cabelo fino que ia até embaixo dos ombros e as galochas rosadas nos pés ele logo deduziu que era uma menina. Ao prestar mais atenção viu que ela cantarolava alguma coisa, mas por causa da distância ele não conseguia ouvir o que era.

– Quem é a garota?

– Olha, não tem maneira fácil de falar isso.

– Falar o quê? – Daryl questionou confuso.

– Bem... Ela... A garota é sua filha.

– Ahm? – O Dixon piscou duas vezes rapidamente. Era aquele momento em que ele deveria se beliscar para poder acordar? – Como assim “filha”, Rick? Eu não tenho uma filha. Como eu posso ter uma filha? Tcs. Devolve a garota para quem quer que seja a mãe e para de zoação com a minha cara. – Ele riu em seco. – Sabia que a Michonne te deixava de bom humor, mas não a ponto de brincadeiras estúpidas assim.

– Não é brincadeira, Daryl.

– Não? Então quem é a louca da mãe dessa garota porque eu quero saber como diabos, de repente, eu tenho uma filha. E cadê ela porque...

– É a Beth. – Rick respondeu de supetão interrompendo Daryl que já começava a falar exaltado. Ele já sabia qual seria a reação a seguir, mas mesmo assim foi doído ver o choque nos olhos do amigo.

Um silêncio enorme pairou entre os dois, sendo interrompido apenas pelo cantarolar da menina na viatura.

Por um instante, Daryl olhou na direção dela sem saber o que pensar.

– Beth? – Ele questionou ainda fitando a menina.

– Sim.

– E cadê ela?

– Ela... Sofreu um acidente pela manhã.

– Acidente? Como ela tá? Para que hospital foi levada?

A resposta que veio foi apenas um balançar de cabeça, mas o Dixon entendeu no mesmo instante. Seja o que fosse que tivesse acontecido, ela não estava mais viva. Se Rick citar o nome dela repentinamente tinha lhe doído mais que um murro na cara, aquela informação caía como uma surra enorme. E que surra.

Então, foi a vez de Daryl encarar o chão enquanto tentava absorver tudo.

– E porque trazê-la até mim? Não tem sentido... – Aquela pergunta era difícil, mas era algo que ele precisava saber. – Por que eu? Se a Beth nunca quis que eu soubesse da existência da garota antes... por que agora?

– Olha... nós ainda estamos tentando contatar a irmã dela. Maggie agora mora em Seul com o marido. – Rick parou um instante para respirar e molhar os lábios com a ponta da língua. – E estamos no fim de semana. O conselho tutelar está fechado.

O Dixon continuou calado e levou uma das mãos para coçar os olhos. Ele ainda tinha esperanças que iria acordar e toda aquela loucura iria sumir. Não havia sentido nenhum de repente ter uma filha... Não havia sentido nenhum em Beth ter ido para sempre... Ele ainda se lembrava do dia que a loira havia desaparecido da vida dele. Tinham tido mais um desentendimento em um mês muito propenso a discussões e havia saído para trabalhar sem dizer mais nada. Quando voltou, todas as coisas dela haviam desaparecido.

Ele gostava desesperadamente dela, mas a garota tinha feito sua escolha. E ele tinha respeitado. Soltou uma baforada de ar quente tentando extravasar a tensão que lhe apertava os pulmões, mas não adiantou nada. De todas as vezes, aquela era a única que ele deveria ter corrido atrás e mesmo assim ficou parado. Droga, Beth. Por que me escondeu isso?

– Mas como você sabe que eu sou realmente o pai dela? – Daryl inquiriu. – Eu e Beth tivemos algo, mas...

– O paramédico que a socorreu me disse que as últimas palavras dela... Bem, Beth disse o seu nome e o da garota. Disse que era importante ele não esquecer. Acho que ela se arrependeu de não ter contado antes. Não sei. Mas quando a mensagem chegou até mim eu logo entendi. Além de que a idade dela coincide com a época que vocês ficaram juntos.

Os dois olharam para a menina. Ela ainda estava sentada no banco, mas havia cansado de bater as pernas e prestava atenção neles.

– Hey, fofinha. Venha aqui. – Rick a chamou e estendeu a mão como sinal para que ela se aproximasse. – Venha conhecer o Daryl.

A menina deu um pulo e se aproximou sorrateira. Tinha um sorriso envergonhado no rosto, mas encarou de frente a situação parando ao lado do policial.

– Qual é o seu nome? – O Dixon perguntou enquanto a observava. Era impressionante como ela parecia uma versão menor de Beth, o cabelo loiro, a boca rosada... mas eram seus olhos azuis que ele viu refletido quando a pequena o encarou de volta.

– Meu nome é Cassy. – A pequena respondeu sorridente e então, ela se virou em direção a Rick como se Daryl nunca estivesse ali. – Tio Rick, eu quero ir no banheiro. Nós ainda vamos demorar muito?

– Não, fofinha. Já estamos indo. Volta para a viatura que eu só vou me despedir do Daryl, tá?

– Tá. – Cassy respondeu e poucos pulos depois estava de volta no assento.

Daryl a seguiu com o olhar e então perguntou:

– Onde você vai leva-la?

– Eu pensei que ela poderia ficar lá em casa durante o fim de semana. Judith ainda está doente, mas... Beth era uma boa garota. A filha dela merece ser cuidada.

– Rick...

– Eu apenas passei aqui porque achei que você tinha que saber.

– Rick... – O Dixon repetiu, mas não conseguiu continuar. Tinha aquele peso enorme na garganta dizendo que devia algo a Beth. Não conseguiu imaginar como ela tinha ficado aquele tempo todo sozinha. Queria tanto que ela tivesse dito algo a ele antes. Logo assim que brigaram ou até mesmo mais de ano depois. Queria poder ter dito a ela que ele não era os pais horríveis que tinha tido e que se importava. Ele podia ser calado e até mesmo resmungão, mas um filho era algo que ele sempre quisera fazer do jeito certo.

– Você é como meu irmão e eu não tou aqui para julgar, se você não tiver cabeça para isso. Mas se você quiser, vai almoçar amanhã lá em casa, a conhece melhor e... – Um chamado de Cassy vindo da viatura interrompeu o policial por um instante antes que ele completasse – tem tempo de organizar sua casa.

– Tio Riiiiick!

– Já vou, Cass’! – O policial sorriu ao responder. – Uma coisa eu digo, ela é uma graça. Me apresentei, comprei um picolé para ela e em um instante já me chamava de “Tio Rick”.

– Rick?

– Hm?

– Obrigado por isso.

– Não tem porque. Ela é sua filha.

Eles trocaram acenos de cabeça, Daryl ficou olhando o amigo entrar na viatura e em seguida desaparecer no fim da rua. Acabou esfregando os olhos mais uma vez numa tentativa falha de acordar daquela história maluca. Mas ao morder os lábios e ainda se sentir incomodado com aquele peso desesperador no peito, ele finalmente entendeu que era tudo verdade.

O grito rouco que veio a seguir foi inevitável.

Então, entrou em casa. Precisava urgentemente de um banho e de algo para beber.


Notas Finais


Primeiro capítulo bem tenso, né? Culpa do meu ascendente em câncer que me faz dramatizar tudo que é possível. Haha
Espero que tenham gostado e até a próxima! o/


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