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História Popsicles - I'd rewind to the last day - Part 2


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Atualização gostosinha para quem gosta de ver Daryl sendo um coisa fofa! Haha <3
Oi, gente linda. Como vocês tão? :)
Muito obrigada pelos novos favs e os comentários do último capítulo gente. Cada um deles é muito importante para mim, me incentiva a continuar fazendo um trabalho pra ajudar o fandom. Por isso, qualquer coisa podem reclamar e tudo mais. Não ligo xD Quero sempre melhorar e trazer a melhor fic possível que eu possa fazer.
Enfim, espero que gostem do novo capítulo.

Capítulo 3 - I'd rewind to the last day - Part 2


Cassie era como um pequeno pedaço de gente sorridente. Ela brincava com Judith com cuidado e as duas riam juntas sempre que um amontoado de peças se desfazia ou enquanto o dinossauro laranja tentava comer alguém (incluindo uma delas duas), mas ainda assim Daryl podia ver como ela tinha aqueles olhos espertos que observavam tudo.

A conversa com Rick havia sido cansativa, ainda mais a parte que incluía Maggie Rhee voltando para os Estados Unidos provavelmente lutando para ter a guarda da sobrinha, mas ele tinha entendido tudo que deveria/poderia fazer. A irmã mais velha de Beth nunca havia sido sua principal fã e ele nem podia imaginar o que pensava dele hoje em dia sabendo que a irmã tinha tido uma filha e ele não estava ao lado dela para ajudar. Do jeito que ela tinha o gênio forte, provavelmente teria o xingado um monte de vezes.

Michonne apareceu no quintal com um sorriso e um bonito vestido colorido enquanto colocava uma travessa com salada em cima da mesa com uma mão e com a outra uma jarra de suco natural. Carl vinha logo atrás carregando uma pilha de pratos e talheres.

– Querido, os hambúrgueres já estão prontos? – A mulher perguntou enquanto colocava uma das mãos no ombro de Rick.

– Sim, eu estava apenas esperando vocês.

Michonne deu um aceno com a cabeça e foi em direção as duas meninas que ainda brincavam distraídas. Daryl olhou por cima do ombro para observar a cena e viu Judith erguendo os bracinhos para ser pega no colo. Cassie se levantou sozinha, bateu a poeira do vestido e seguiu com a mulher de mãos dadas, mesmo que fosse apenas alguns passos de distância até a mesa de madeira.

Por acaso do destino ou intenção de Michonne, a menina ficou justo na sua frente no outro lado da mesa. Daryl deu um meio sorriso enquanto a observava ainda se acostumando com a ideia de que aquela menina era um pedaço dele. E de Beth. Ela não estava ali, mas ele conseguia imaginar claramente como a loira teria sido completamente apaixonada pela filha. Podia vê-la embalando Cassie nos braços e cantarolando enquanto esperava que a menina dormisse, podia vê-la cozinhando chocolate quente (ou qualquer uma das outras coisas que Beth sabia fazer bem) e indo observar Cassie comer com gosto enquanto tinha um sorriso satisfeito no rosto. Do mesmo jeito que fazia com ele.

Daryl podia vê-la levando Cassie para brincar em algum parque e quando a menina ficasse imunda de tanto correr e se sujar, Beth a levaria para casa, daria um belo banho e quando ela já estivesse perfumada outra vez a abraçaria forte sentindo o cheiro de limpeza. O Dixon sabia disso porque sempre acontecia com ele toda maldita vez que ele tomava banho. Eu apenas gosto do cheiro, não seja chato. É muito bom. Ela sempre dizia e voltava a fazer o que estivesse fazendo.

– Daryl? – Rick o chamava.

– Hm?

– Vai querer quantos?

– Um já está bom.

– Tem certeza?

– Claro. – O Dixon estendeu o prato e começou a montar seu sanduíche, mas parou um instante para observar quando Michonne tentou servir um copo de suco para Cassy. A menina fez uma careta e só afastou o copo para longe de si. Daryl riu. Suco de laranja era uma das poucas coisas que Beth abominava e não conseguia incluir no cardápio de jeito nenhum. Num impulso, ele estendeu o braço, pegou o copo e bebeu dois goles. Todos na mesa ficaram o encarando em silêncio.

– Esse é o melhor suco que eu já bebi, Mich. – Ele disse para Michonne fingindo que não havia mais ninguém ali. – Sério, preciso que você me ensine a fazer isso porque é muito gostoso.

Eeeeeei, – Cassie exclamou praticamente no mesmo tempo que ele terminou de falar – esse suco é meu.

– Você não ia beber. – Daryl respondeu com convicção como se fosse o melhor argumento do mundo em uma conversa de vida ou morte.

– Eu ia sim. Me dá! – A menina estendeu os braços, pegou o copo outra vez, bebeu um gole do suco e fez uma careta.

– O suco tá bom, Cassie? – Michonne inquiriu com uma das sobrancelhas levantadas mal acreditando que aquele golpe de psicologia reversa barata tinha funcionado.

– Tá sim. Muito bom. – Ela bebeu mais um pouco dessa vez com um sorriso e completou – Obrigada, tia Michonne.

– Por nada, querida.

Rick riu do momento e deu um menear de cabeça para o Dixon apreciando o gesto. O policial mal podia lembrar de uma época da vida que não era pai. Ser pai de Carl (e agora também de Judith) já havia se tornado uma parte importante do que ele era, de quem ele era. Não conseguia se pôr no lugar do amigo que repentinamente tinha uma garotinha como Cassie para cuidar. Mas sentia orgulho por ele estar tentando.

Entretanto, o melhor momento ainda foi quando Cassie observava a maneira de Daryl de montar o sanduíche e quis imitá-lo. Ela repetia os gestos de maneira desajeitada com as mãozinhas pequena de criança e acabou pondo mais ketchup no prato do que no próprio pão, mas ninguém se importou. Michonne deu de ombros e disse com um sorriso debochado:

– É o Carl que vai lavar os pratos de qualquer forma.

Quando todos já tinham terminado – até mesmo Judith com sua versão de hambúrguer “desconstruído” – Rick perguntou para a parceira:

– E a sobremesa? O que é?

– Que sobremesa, Rick? Você sabe que eu não sei fazer doce.

– Você podia ir comprar sorvete, pai. – Carl emendou animado na conversa.

– Meus planos, depois da semana exaustiva que tive, se constituem apenas de não me mexer dessa cadeira tão cedo, Carl. Você pode ir de bicicleta se quer tanto.

– Eu vou – Daryl retrucou. – Sem problema.

– Também quero ir comprar sorvete.

A vozinha de Cassie entrou de surpresa no meio da conversa, mas ele ficou feliz por ela ter se manifestado. A menina prestava atenção na conversa com os olhos curiosos e quando viu que Daryl a fitava sorriu satisfeita. Era a chance de terem um momento a sós.

 

 

O mercadinho não era muito longe da casa de Rick. Ao descer do carro, Cassie estendeu a mão para o Dixon e ele a pegou com cuidado. Engoliu o acumulo de saliva na boca e tirou um momento para apreciar aquela nova sensação. Ele podia não ter experiência em como ser pai, mas entendia que aqueles momentos eram importantes. Quando alguém tão pequena contava com ele para seu cuidado.

As portas automáticas se abriram e automaticamente Cassie soltou sua mão correndo para o outro lado do estabelecimento onde as portas dos freezers estavam. A garota pôs uma das mãos no vidro gelado e ficou olhando admirada para o conteúdo do interior.

– Que sorvete levamos? – Daryl perguntou genuinamente em dúvida. Havia esquecido de perguntar sobre isso quando saiu e não queria levar algum que desagradasse alguém.

– Podemos levar de menta com chocolate? – Cassie inquiriu e após alguns segundos completou – Mamãe vai adorar o de menta. É o preferido dela.

O Dixon engoliu em seco. A menina o encarava esperando pela resposta e ele simplesmente não sabia como responder. Como diria a uma criança que a mãe dela nunca mais iria tomar sorvete com ela, que não voltaria para pô-la na cama, que... estava morta. Não sabia quando deveria falar sobre aquilo. Na verdade, não sabia nem se era a pessoa adequada.

– Bem, – ele respirou fundo – acho que a tia Michonne não gosta de menta. Temos que levar um que todos gostem, não é?

– É verdade.

Cookies e creme, então?

– Siiiiim! – Cassie respondeu tão animada que ele só pôde rir de volta.

– A gente compra cobertura?

– Pode ser de chocolate?

– Com certeza.

Os dois foram até o caixa e um rapaz ruivo de vinte e poucos anos informou o valor de tudo. Pegou a sacola que estavam as compras, mas quando olhou para o lado não havia ninguém ali. Daryl deu uma volta completa e quando não a avistou em canto algum da loja, chamou alto:

– Cassie!!!

O rapaz que tinha o atendido então falou de suas costas:

– Acho que ela foi na direção do corredor C, senhor.

– Ok, obrigado. – Daryl agradeceu e foi na direção apontada com passos apressados. Chamou por Cassie mais uma vez, mas, de novo, não teve resposta alguma. Quando chegou lá, não pôde evitar de suspirar aliviado. Que tipo de pai ele seria se perdesse a filha enquanto iam comprar sorvete no mercadinho?

– Cassie, o que você tá fazendo?

A garota olhava distraída para uma pequena coleção de animais em caixinhas verdes empilhadas perfeitamente. Uma garota talvez com o dobro da idade dela estava de joelho também prestando atenção.

– Eu compro a girafa ou a corsa? – A menina que ele não conhecia perguntou. O Dixon não entendeu a pergunta, até perceber que não havia sido feita para ele quando Cassie apontou para a pequena girafa em miniatura.

– Elas são bonitas – a loirinha respondeu. – Tem manchas legais.

– Você tem razão – a garota mais velha sorriu. – Obrigada.

– De nada.

– Sophia – uma voz feminina atrás dele disse – já escolheu o próximo da coleção?

Daryl virou a cabeça para o lado e viu uma mulher de meia idade. Tinha cabelos curtos e cinzentos, mas bagunçados de um jeito legal. Quando percebeu que ele a observava, cruzou os braços na frente do corpo e questionou curiosa:

– Oi? Posso ajudar?

– Não, nada. Foi mal. – Ele se virou em direção a Cassie outra vez e a chamou – Cassie meu bem, vamos? O Tio Rick está esperando o sorvete.

– É sua filha? – A mulher perguntou. Quando Daryl confirmou com a cabeça ela completou – Ela é uma graça.

– Obrigado. – Ele estendeu uma mão desajeitado e se apresentou – Prazer, Daryl.

– Carol. – Ela segurou a mão dele por um instante e deu um aceno com a mão enquanto se afastava. – Vamos, Soph. Eu ainda quero escolher o sorvete.

Daryl observou a mulher ir embora acompanhada da filha. Enquanto isso Cassie ainda continuava encarando os pequenos animais. Até que, de repente, a menina apenas levantou em um pulo segurando uma caixinha e estendeu na direção dele.

– Posso ficar com ele?

Dentro da caixinha tinha um gatinho inteiramente preto, tão preto que mal se podia perceber os detalhes do boneco, incluindo aí o rabo enrolado junto ao corpo. Só os olhos verdes eram diferentes e chamavam atenção.

– Tudo bem.

– Obrigada. Mamãe diz que a gente não pode ter gato porque faz sujeira, mas esse é quietinho, nem faz barulho. Ela não briga assim, né?

– Não, não briga. Pode leva-lo sim. – No instante que ele respondeu Cassie o agradeceu com um abraço.

– Como ele vai se chamar? – Ela perguntou quando o soltou.

– É seu gato. Você que escolhe.

– Batman então. – A menina respondeu após alguns segundos pensativa.

– Batman? – Daryl questionou com um meio sorriso.

– É, ele é todo preto e tem orelha pontuda. Igual o Batman.

– Boa escolha.

Então, naquele instante Daryl soube. Ele tinha finalmente entendido o que o amigo policial sentia quando enchia a boca para falar sobre como amava ser pai. Todo aquele amor e carinho que o enchia sem nem ver por onde, era inebriante. E mesmo sabendo que com isso viria junto uma centena de responsabilidades, ele daria um jeito. Nem sabia como, mas daria.

Porque a única coisa que ele sabia, era que queria a filha perto de si. E de alguma forma, mesmo que fosse quase impossível, compensar Beth por todos aqueles anos que ela esteve sozinha cuidando da filha deles. Ele queria a chance de cuidar dela agora, da melhor maneira que conseguisse. Então, se agachou para ficar na altura dela e perguntou:

– Cassie?

– Hm?

– Você quer ir para a minha casa?

– A mamãe também vai? Eu tô com saudade dela.

– Ela... agora não. Ela tá viajando.

– Eu posso levar o Batman?

– Claro.

– Você faz chocolate quente?

– Posso tentar.

– O Tio Rick deixa você me levar porque você é meu pai?

– É sim.

– Hmmmmmmmmmm...... Então tá.

Dessa vez foi ele que a abraçou. Cassie era tão pequenina, mas se encaixava de uma maneira adequada em seus braços. Depois de todos aqueles anos, ele havia definitivamente perdido Beth, mas ainda restava a filha deles ali. Por isso, ele se sentiu grato como nunca tinha se sentido antes.


Notas Finais


Olha lá quem apareceu, gente! UIASHAS Socorro que eu tenho que me segurar pra já não botar esses dois super fofos e sexys ao mesmo tempo juntos. Não sei como eles nunca perceberam né, porque ficam tão maravilhosos quando cuidam um do outro <3
Enfim, comentários, dicas, sugestões, críticas, qualquer coisa é sempre muito bem vinda e nem sempre eu respondo, mas amo muito os comentários. Sempre. Sempre.
Monte de beijo da Nash e até a próxima! :3 o/~


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