1. Spirit Fanfics >
  2. Popsicles >
  3. Sayin' I hope you find what you need

História Popsicles - Sayin' I hope you find what you need


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Gente do céu! Vocês não sabem o quanto eu travei para poder escrever esse capítulo! :c Sinto MUITO MUITO mesmo pela demora </3 Espero que não me odeiem.
Não ficou perfeito, mas acho que consegui passar tudo o que eu queria. Qualquer coisa deem aquela reclamadinha basica amorosa no final que a gente tenta consertar a historia depois :)
Obrigada sempre pelos comentários e pelos favs tbm <3
UM MONTE DE BEIJO PROCÊS.~

Capítulo 7 - Sayin' I hope you find what you need


A frase dita por Carol na noite anterior ainda ressoava na cabeça do Dixon. Tudo bem estar assustado, Daryl. Estar assustado significa que você está para fazer algo realmente bravo. As semanas tinham passado sem que ele mal percebesse e haviam feito um mês completo com ele esperando o dia que entraria no tribunal para lutar pela guarda de Cassie. Se os maridos das mulheres com quem eu trabalho se importassem 10% do que você está fazendo, nossa sociedade seria melhor, a mais velha havia completado quando ele retrucara que não fazia menos que sua a sua obrigação. Ele queria a filha por perto e queria cuidar dela de uma maneira que deixasse Beth orgulhosa onde ela estivesse.

Cassie continuava com Maggie durante todo aquele tempo e mesmo que tivesse ido pedir encarecidamente para a tia da filha para que pudesse vê-la, havia ficado apenas por dez minutos em sua companhia. Até aquela ocasião, ele desconhecia o fato de que um ser humano era capaz de sofrer por saudade daquele tanto.

Daryl se olhou no espelho mais uma vez conferindo o nó da gravata azulada e mesmo que fosse o melhor que conseguia fazer, ainda estava muito torta puxando para um dos lados. Um sorriso apareceu no canto dos lábios quando imaginou Carol fazendo uma careta ao ver aquilo e prontamente a arrumando enquanto resmungava algo. Vamos lá, Dixon, ela dizia. Eu sei que você consegue me dar um sorriso e parar com essa cara de cachorro chutado pelo dono. Ele olhou para trás procurando o paletó que havia pegado emprestado com Rick, mas resolveu que era melhor esquecê-lo. Do jeito que estava nervoso só ia fazer com que ele suasse ainda mais.

A camisa social com a gravata já o faziam parecer apresentável o bastante em comparação com o visual desalinhado que costumava usar. Aquilo deveria bastar.

Pegou as chaves, saiu porta a fora, mas antes de ir diretamente até a caminhonete, quis parar por um instante e dar uma olhada para a casa que morava. Seus olhos foram automaticamente parar na varanda onde ele e Cassie haviam tomado picolé e a loirinha tinha caído no sono em seus braços. Quando voltasse para casa mais tarde, ele queria que ela estivesse consigo. Não era a casa mais rica da vizinhança e nem a mais arrumada, mas era o lugar que ele queria ter a filha por perto.

 

 

Não demorou mais que três segundos para que as mãos da Peletier fossem em direção ao seu pescoço para ajeitar o nó da gravata. Daryl repetiu o meio sorriso de mais cedo ao ver que sua previsão havia sido acertada e inquiriu:

– Então, qual a intuição para o dia hoje?

– Céu nublado pela manhã, mas muito sol a tarde. – Carol respondeu devolvendo aquele meio sorriso.

– Como?

– Você sabe... O julgamento não vai ser fácil, mas acredito que você vai poder voltar para casa com Cassie, Daryl. – Os dedos dela terminaram o nó e o Dixon sentiu uma leve batida no ombro. – Se bem que a juíza Simons vai se surpreender ao me ver defendendo um homem pela primeira vez. Vamos rezar para que ela não entre em choque.

Ha! – Um riso surdo saiu pela boca dele. Carol parecia uma mulher muito séria em um primeiro instante, mas com o passar dos dias ela se revelava como uma boa companhia. Tanto quanto trabalhava, enquanto parava para tomar alguns goles de cerveja gelada. – Como está Sofia?

– Quando fui deixa-la na escola, me perguntou “Se o tio Daryl conseguir ficar com a Cassie, podemos ir tomar sorvete juntas? ” – Carol ainda tinha o meio sorriso no rosto. – Sinceramente, acho que ela apenas quer um motivo para mostrar a coleção de miniaturas para alguém.

– Tudo bem – o Dixon respondeu sem pestanejar.

De certa forma, Daryl não entendia muito bem como ele e Carol haviam ficado próximos, mas após três visitas na ONG e uma delas que consistia em jogar mahjong por uma hora com Sofia antes de ser atendido, os dois já estavam conversando como se fossem velhos amigos. Não da mesma forma que era com Michonne – que realmente conhecia desde o ginásio –, mas ele se sentia íntimo o bastante.

– Vamos entrar? – Carol perguntou, mas não esperou realmente pela resposta dele, foi logo andando em direção as portas do lugar que decidiria seu futuro.

 

 

Daryl prestou atenção em como Carol ficava bonita discursando para a juíza. Uma aura de confiança emanava dela que a fazia parecer igualzinha aos advogados de filmes que trabalham por causas eminentemente impossíveis de serem ganhas, mas que no final saem vitoriosos. Ele não gostava da ideia de ver seu caso como “eminentemente impossível”, mas apreciava a parte da vitória. E mesmo que houvesse percebido o olhar de descaso que Maggie havia lhe dado do outro lado da sala, o Dixon não a considerava como inimiga. Nunca havia passado por sua cabeça proibir Cassie de ter contato com a família da mãe dela, apenas não queria que Maggie a levasse para o outro lado do mundo.

O advogado contratado por Maggie, um senhor de cabelo e gravata cinzas, começou a falar logo em seguida a Carol, mas ele não conseguiu prestar atenção em nada do que ele dizia. Imaginou que a ideia fosse a mesma do discurso que havia escutado sobre como havia sido negligente e feito pouco-caso da situação por qual Beth havia passado ao cuidar da filha sozinha.

Não sabia se conseguiria ouvir toda a ladainha outra vez sem soltar um grunhido de impaciência.

A juíza Simons, com cabelos pretos amarrados em um coque e pequenos olhos verdes que ficavam menores ainda atrás de uma armação estreita, aparentemente, já conhecia Carol de longa data e não resistiu a observação dela estar com um cliente homem. Pelo visto, não seria ele o único a ganhar o título de “premonizador” do dia.

– Sabe o que eu realmente queria? – A juíza questionou para a sala toda com um tom que anunciava que a resposta era óbvia, mas ninguém se manifestou com a resposta. – Eu queria que esses casos fossem resolvidos com uma boa conversa antes de virem parar aqui. Tudo podia ter sido resolvido com dez minutos de acordos, mas ainda assim as pessoas acham mais interessante despendiar um advogado, o meu tempo e o dinheiro do povo. – A mulher pôs a mão na cabeça como se quisesse aliviar uma têmpora que estivesse anunciando uma dor de cabeça. Uma pasta com os documentos principais estavam abertos a sua frente e ela separou um deles do restante que tinha escrito “Exame de DNA” no topo.

“Aqui. Aqui está o resultado do exame que consta como positivo e mesmo assim eu tenho a sensação que ele nem ao menos precisaria ter sido feito. Mais dinheiro gasto à toa. Mas, bem, vocês estão aqui porque querem saber minha decisão e como representante da Corte Legal Norte-Americana... Eu digo que a resposta é óbvia: Os filhos devem permanecer com os pais. Nesse caso, como a mãe faleceu, a guarda cabe ao pai. E espero que ele entenda que o contato com a família materna é importante, certo?”

– Com certeza, Excelência. – Carol respondeu em voz alta por um Daryl que confirmava com a cabeça enquanto mordia a própria boca incapaz de falar algo.

 – Pois bem – a juíza Simons retomou –, para não haver qualquer desavença no futuro quero que vocês procurem um mediador imediatamente e estipulem um acordo de visitas para a senhora Rhee. Como ela mora em outro país, vocês vão ter que tratar com os acordos internacionais ainda, mas que tal as férias? Aposto que seria interessante uma vida multicultural para a pequena Cassandra. – A juíza deu um sorriso gentil e então se virou para Maggie e continuou – Espero que a senhora entenda, certo? Ele é o pai. As crianças devem ficar com os pais e com quem querem cuidar delas. Quando os dois são a mesma pessoa, é a melhor opção. – Ela fez uma pausa e quando Maggie deu um balançar de cabeça demonstrando que havia entendido, ela completou antes de se retirar– Agora, eu irei me retirar e esperar pelo próximo julgamento. Espero que não seja apenas mais perca de tempo como esse foi.

 

 

Daryl sentia as mãos molhadas pelo suor enquanto esperava por Maggie. Ele foi, junto com Carol, até a casa que a Greene ainda estava estabelecida para poder ter a filha de volta. Mexeu nos cabelos de maneira nervosa e com isso Carol o direcionou um olhar consternado e disse:

– Tudo vai ficar bem, Daryl.

Não demorou muito mais para que Maggie aparecesse acompanhada de Cassie que segurava sua mão e tinha ainda a mesma mochila de um mês atrás nas costas. Assim que a menina o viu abriu um sorriso e saiu correndo na sua direção. Daryl se abaixou e abriu os braços para receber o abraço.

– Eu estava com saudade, papai!

O Dixon ficou tão feliz em ouviu aquilo, mas com o aperto na garganta que sentiu, sabia que não conseguiria dizer nada em voz alta. Por isso, apenas a beijou no alto da cabeça e depois brincou de bagunçar os cabelos loiros. A menina riu achando graça e ele finalmente disse:

– Eu também, meu raio de sol. – Daryl percebeu que Cassie olhava para Carol curiosa e ele emendou – Olha, eu quero te apresentar a uma pessoa... Essa é a Carol. Ela é uma amiga que me ajudou a poder cuidar de você. Lembra dela? – A menina sacudiu a cabeça negando, mas sorriu quando viu a advogada sorrindo para ela. – Tudo bem. Nós vamos tomar sorvete daqui a pouco. O que acha?

– Uma boa ideia.

– Eu também acho, mas antes se despeça da sua tia. Ela vai ficar com saudade de você.

– Tá!

Cassie correu de volta para Maggie e as duas conversaram sobre algo até que a Greene a abraçou com vontade. Se despediram sacudindo as mãos e quando Daryl pediu para que Cassie fosse esperar por ele com Carol dentro do carro, ele foi falar com a irmã da garota que ele havia amado mais uma vez.

– Eu sinto muito, Maggie – ele disse de uma vez, sem fazer rodeios.

– Por qual parte?

– Por não ter sido um namorado melhor para sua irmã. – Daryl respondeu baixinho enquanto abaixava a cabeça. Tinha medo de saber o que ela acharia se visse as lágrimas nos seus olhos. – Ela merecia ter tido alguém mais carinhoso e que prestasse mais atenção nela. Que tivesse ido atrás dela quando ela foi embora e que a tivesse convencido de que não conseguiria viver sem sua companhia. Ela merecia que eu a tivesse enchido de agrados quando me dissesse que estava esperando uma filha minha. Por tudo isso e as outras coisas que eu não fiz, eu sinto muito. Por favor, me perdoe.

– Daryl...

– Mas agora eu apenas quero cuidar de Cassie. Eu a conheci a pouco tempo – muito pouco tempo –, mas te juro que não existe nada no mundo mais importante para mim agora. – Ele soltou um suspiro pesaroso e ergueu os olhos para que pudesse encarar Maggie e que ela conseguisse ver tudo aquilo em seu rosto. – É isso... Eu vou dar o melhor de mim.

– Daryl... – a Greene repetiu. – Eu sei que vai. – E, inesperadamente, ela acabou pondo um meio sorriso sarcástico no rosto invés do semblante sério – Eu sei que vai, porque se não o fizer eu venho na mesma hora da Coréia para esfregar sua cara no chão. Minha sobrinha é uma pessoa maravilhosa e merece nada menos que um pai que faça de tudo para vê-la bem e feliz.

– Obrigado – Daryl disse acompanhado de um meneio. Quando viu que a morena ia se afastando aos poucos, falou em voz alta – Mande um olá para Glenn. Sempre fui com a cara dele.

– Surpreendentemente, – Maggie parou por um instante e olhou para trás – ele também sempre foi com a sua.

 

 

Sophia acabou ficando muito feliz quando a mãe apareceu acompanhada de Daryl e Cassie para apanhá-la na casa de uma amiga. A loirinha, ao contrário do que aconteceu com Carol, acabou a reconhecendo de cara e deu um grande sorriso perguntando em seguida pela coleção de miniaturas de bichinhos. Sophia, é claro, a chamou para visita-la qualquer dia desses garantindo que, de bônus, a mãe sabia fazer excelentes biscoitos para que tomassem com leite.

– Em que lugar vocês querem ir tomar sorvete? – Carol perguntou rapidamente não querendo interromper a conversa das duas por muito tempo.

– Pode ser no lugar de sempre mãe?

– Claro.

– Aonde é “o lugar de sempre”? – Daryl perguntou erguendo uma das sobrancelhas para a Peletier.

– Três quadras a frente e então você dobra para a direita.

O Dixon fez que sim a cabeça e seguiu calado enquanto ouvia a voz fina da filha conversando com a amiga. Ele se sentia bem só com aquilo. Sentia-se melhor do que nunca por saber que teria a filha por perto sem nenhum problema à vista. Olhou para o lado e viu o sorriso que Carol dava a ele e sentiu-se melhor ainda por ter encontrando alguém foda como ela para ajuda-lo num momento tão difícil.

 

 

Cassie dormia apoiada em seu ombro após o passeio exaustivo que eles emendaram em seguida que saíram do sorvete. Havia um parque de diversões na cidade e não foi difícil para que Daryl e Carol fossem convencidos a ir após alguns segundos de pedidos.

– Sabe, Carol, eu realmente ainda não te disse, mas... – O Dixon começou a falar enquanto eles voltavam para o carro. – Obrigado.

– Obrigado?

– É, você sabe, por me ajudar com Cassie e tudo o mais.

– Não há de que. – A mulher mais velha deu de ombros – Sinceramente, no início, eu achei absurdo que Rick me contatasse para ajudar um homem quando ele conhece bem meu histórico de ajudar mulheres em situações de risco em casa... Mas quando conversei com você, eu logo vi que não era apenas mais um marmanjo cheio de birra porque não podia ter o que queria na hora que queria. – Os dois ficaram calados por um tempo, até que ela continuou – Cassie tem sorte em ter você.

Daryl agradeceu com um meio sorriso.

Levou Sophia mais a mãe para casa e quando eles estavam se despedindo, Carol falou como quem não quer nada:

– Domingo agora, venha com Cassie almoçar aqui em casa. Irei fazer lasanha.

– Viremos. – Daryl respondeu logo. Uma parte sua queria declinar do convite porque achava que já estava incomodando demais, mas a outra sabia que Carol não deixaria que ele fizesse isso.

O caminho de volta até em casa foi silencioso, com Cassie ainda cochilando. Porém, assim que ele a tirou da caminhonete para leva-la de volta para casa, a pequena deu sinal que estava acordada ao perguntar com uma meia-voz sonolenta:

– Papai, a tia Carol é sua namorada?

– Minha o quê???

– Você sabe... quando uma pessoa grande gosta de beijar outra.

– Não – Daryl riu em seco –, ela não é minha namorada. Por que quer saber?

– Ela é legal. Prometeu fazer cookies para mim.

– Cassie, você quer que ela seja minha namorada para fazer cookies para você?

– Não por isso.

– E por que então?

– Porque eu queria ser irmãzinha da Sofia... Ela é legal.

Naquele momento, Daryl não segurou a risada. Era engraçado como as crianças enxergavam o mundo de uma maneira audaciosa. Ele fez Cassie escovar os dentes, trocar de roupa antes de dormir e deu um beijo no alto da cabeça quando a pôs na cama. Por enquanto, ele estava satisfeito com o que tinha conquistado.

Durante toda a sua vida, família havia sido um conceito complicado para entender, mas sentindo o que sentia pela filha, ele finalmente entendia o real significado. Sorriu ao lembrar do comentário feito pela pequena sobre Carol e antes que pegasse no sono de vez uma parte dele não pode evitar de se perguntar até onde aquela ideia poderia ter um fundo de verdade...


Notas Finais


Até a próxima o/


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...