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História Popsicles - And just like that we're the hearted


Escrita por: Nash_the_Fox

Notas do Autor


Aqui está o capítulo da vez. <3 Espero que gostem dele, tentei fazê-lo o mais fofinho possível ^^
Enfim, estamos na rota final da fic, acho que ela vai até o capítulo 10! Mas vou tentar terminar o mais rápido possível já que próxima semana tem feriado prolongado e quero aproveitá-lo para isso :)
Obrigada pelos comentários e pelos novos favs, gente! Sempre! <3 <3

Capítulo 8 - And just like that we're the hearted


Daryl tinha um meio sorriso no rosto.

No geral, ele não gostava mesmo da ideia de acordar cedo. Não era sua coisa preferida levantar todas as manhãs para ir à oficina, apenas o ia porque se tinha algo que detestava mais do que acordar cedo era, com certeza, ficar com a mente ociosa.

Mas, naquele domingo, o dia sagrado de dormir até tarde, havia acordado feliz ao ouvir Cassie chamando por ele. Após uma bela reclamação da loirinha de como havia acordado com fome, ele tinha ido fazer novamente as panquecas que um dia ela tinha pedido veementemente. Por sorte do destino, elas haviam saído mais bonitas do que as da primeira tentativa. Dessa vez, eles estavam sozinhos em casa. Daryl acabou fazendo uma montanha de panquecas para si também. Não era a coisa mais gostosa que já havia comido, mas se Cassie não havia aberto a boca para reclamar, quem era ele para fazê-lo?

Então, não demorou para que desse a hora deles se arrumarem para o convite de Carol. Ele ajudou Cassie a tomar banho, mas ela escolheu a roupa por conta própria – um vestido azul com vários unicórnios rosados de estampa– e ele tentou fazer como sabia um rabo de cabalo no cabelo dourado. Após se assegurar que ela estava bem quieta na sala assistindo algum desenho colorido de algumas garotas com asas enormes de fadas, foi então que o Dixon foi tomar banho.

Vestiu-se com uma calça jeans e uma camisa completamente preta que apesar de velha ele sempre achou que caia muito bem nele. Passou o perfume que quase nunca lembrava de usar e tentou alinhar o cabelo mesmo sabendo que em dez minutos ele estaria com o aspecto desgrenhado de sempre.

Agora, eles estavam ali, em frente a porta da Peletier esperando que ela abrisse a porta. Daryl tinha Cassie em uma das mãos e na outra a sacola que levava o pote de sorvete que a menina tinha insistido que levassem para a sobremesa. Era impressão sua ou havia arranjado uma filha movida a sorvete? A vontade de tocar a campainha pela segunda vez lhe veio à mente em contraponto ao medo que Carol houvesse se arrependido do convite. Mas antes que ele fizesse qualquer coisa, a porta se abriu para esclarecer suas dúvidas e lá estava a mulher com um belo sorriso, segurando um par de luvas em uma das mãos e uma blusa branca de mangas compridas que delineava seu corpo.

– Daryl! Cassie! – Carol exclamou ao vê-los. – Que bom que vocês vieram mesmo. Acabei de tirar a lasanha do forno e seria realmente uma pena que tivesse só eu e Sophia para comê-la.

– Obrigada por chamar a gente – Daryl respondeu sincero. – Acho que a mais agradecida por isso é Cassie, acho que ela não ia aguentar ter que comer minha comida ruim no almoço.

– É tão ruim assim, Cassie? – Carol perguntou se dirigindo para a loirinha, mas a menina apenas riu encabulada. – Vamos, entrem. Sophia está brincando lá atrás. Acho que provavelmente é uma melhor ideia se comermos todos lá, não?

– Você que sabe. – O Dixon deu de ombros, então percebeu que ainda segurava a sacola com o sorvete. – Nós trouxemos para a sobremesa. Cassie insistiu para que fosse de cookies. Sinceramente? Acho que é uma indireta para você.

A mulher riu e aceitou o porte de sorvete o colando na geladeira em seguida. Ela pôs as luvas de forno mais uma vez e pegou uma travessa que estava em cima do balcão. Apontou com a cabeça para uma pilha de pratos e ia fizer algo, mas Daryl entendeu o recado antes e já estava com eles nas mãos.

Os fundos da casa eram um lugar agradável com uma grande área verde e uma grande árvore solitária com um balanço pendurando em um dos seus galhos estendidos. Sophia estava lá, mas assim que os viu chegando veio apressada para falar com Cassie. Daryl prestou atenção em como a filha prestava atenção na garota mais velha. Admirava-a como as pessoas admiram aquelas pessoas fantásticas que a gente não sabe se vai encontrar de novo. Então quando Sophia pegou sua mãe e a guiava para o balanço, Carol reclamou:

– Agora é hora de almoço, Sophia.

– Mas, mãe...

– Vocês têm tempo para brincar depois.

– Mãe...

– Ok, cinco minutos. Porque se eu ouvir qualquer reclamação sobre a comida estar fria...

– Tá bom, tá bom. É rapidinho.

– Como estão as coisas em casa? – Carol fez a pergunta enquanto ainda seguia as meninas com o olhar, mas Daryl sabia que, obviamente, era para ele.

– Bem. Obrigado. – Ele pôs o cotovelo na mesa e apoiou a cabeça com aquele braço enquanto também prestava atenção nas meninas. – Você sabe, por conseguir Cassie de volta. É muito estranho de repente ter que aprender a cuidar de outra pessoa, mas como você disse antes, acho que consigo pegar o jeito.

– É claro que sim. Como eu já te disse antes, se fosse qualquer outro cara que aparecesse pedindo ajuda, eu não ia olhar com bons olhos não Daryl. Já escutei demais sobre pais negligentes. Mas se você vinha através do Rick era porque só podia ser uma boa pessoa.

– Não é para tanto.

– É a verdade. Para quem é pai, é sempre mais fácil desistir da função. Afinal, a mãe sempre vai estar ali para cuidar da criança. Ou outra pessoa. Não importa. – A mulher se virou para ele, querendo encará-lo. – Mas você não. Nós ficamos um mês preparando os documentos e o que aconteceria na audiência e você nunca desistiu dela.

Daryl sustentou o olhar com a Peletier por alguns instantes, mas não demorou para que começasse a fitar o céu. A azul claro e límpido do meio dia era bonito.

– A verdade é que eu não podia... – Ele começou a dizer ainda fitando o céu. – Beth nunca me perdoaria. Eu nunca me perdoaria. E mesmo que eu tivesse a acabado de conhecer eu já sabia...

– O amor pelos filhos é algo avassalador, não é? Eu não sei o que eu faria se um dia ficassem sem Sophia... – Carol deu um sorriso amarelo como se não soubesse como terminar. Daryl sabia que a mulher forte e decidida que conhecia, que lutava por mulheres em situações de risco sem cobrar quase nada de volta, era alguém toda construída em cima do amor que tinha pela filha. Em um dos seus encontros como advogada e cliente, ela havia lhe contado que tinha se tornado advogada, após conseguir se livrar do marido que era um idiota completamente agressivo com a ajuda de alguém como ela. Então, entre cuidar da filha e empregos como cozinheira e costureira ela havia conseguido se formar e mesmo só com os modestos honorários e doações que recebia, ela conseguia se virar bem cuidando da filha. – Bem, vamos comer... Sophia! Cassie! Venham comer!

As duas meninas escutaram o chamado e vieram em passos apressados, animadas mesmo com os poucos minutos no balanço. Todos comeram a lasanha com gosto e principalmente Cassie não deixou de comentar o quanto estava gostoso. Talvez, para assim que terminarem pedir logo o sorvete de sobremesa. Carol riu e entrou na casa voltando com duas taças. Entregou uma para Sophia e a outra pôs na frente da loirinha que esperava animada balançando as pernas.

– E eu? Não vou ganhar não? – Daryl perguntou irônico.

– Eu não sabia que você queria. Vem me ajudar a pegar então. – Carol olhou para as duas meninas e apontou os dedos com um olhar severo. – Não vão correndo brincar porque se não vão acabar passando mal. Não quero cuidar de ninguém doente hoje, dona Sophia.

– Tá bom, mamãe.

Carol foi em direção a cozinha outra vez e não demorou para que percebesse Daryl atrás dela. Tirou o pote de sorvete outra vez da geladeira, pegou mais duas taças e duas colheres. Encheu uma delas e a estendeu para o Dixon. Imediatamente, ele encheu uma das colheres e a levou a boca. Um rastro fino de sorvete acabou sujando acima do seu lábio e assim que Carol viu aquilo, riu em seco e se aproximou para limpá-lo com os dedos tal qual uma criança.

Daryl prestou atenção no movimento dela quieto, curioso demais para ver o que ela faria a seguir e sem querer fazer movimento brusco nenhum com medo de assustá-la. Quando sentiu os dedos dela nos seus lábios, por pouco não segurou seu pulso para beijar sua mão. Não entendia bem o porquê, mas queria puxá-la e beijar todos aqueles dedos. Sentia-se grato pela figura da mulher e o modo como ela tinha o ajudado. Mas havia algo a mais. Havia aquela parte que ele adorava vê-la concentrada com algo e a maneira que se esforçava para ser a melhor. Havia a careta que ela fazia quando estava pensando em algo e também havia o sorriso que ela tinha sempre que o via.

Ele nunca havia se considerado uma boa pessoa, mas aquele sorriso o fazia querer ser uma boa pessoa. Queria ser alguém digno da força que ela passava. Assim como um dia quis ser digno de todo o carinho e dedicação que Beth dava.

E, então, ele entendeu.

Queria puxá-la próxima o bastante para que pudesse beijá-la. Mas talvez toda aquela confusão na sua cabeça porque quando percebeu ela já estava longe outra vez. Ficou prestando atenção quando ela enchia a taça de sorvete para si e quando ela ia indo sair porta afora outra vez, percebeu que ele ainda estava parado e inquiriu:

– Você não vem, Daryl?

Ele não respondeu nada em voz alta, mas teve certeza que junto ao meneio de cabeça deu um sorriso desajeitado. Indo atrás da mulher de volta para o jardim onde, aparentemente, as duas meninas já haviam acabado os seus respectivos sorvetes, ele se deu conta... Será que depois de tantos anos ele havia se tornado um idiota apaixonado outra vez?


Notas Finais


Monte de beijos para vocês e até o próximo cap! o/~


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