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História Popstar - I - Ressaca, popstars e destino cruel.


Escrita por: wolfistar

Notas do Autor


Olaaaaaaaaaaar <3

Tudo bem, gente?
Então, primeiro capítulo da fic aqui e queria dizer que estou muito feliz com a resposta que recebi só no prólogo! Fico muito feliz em saber que gostaram da ideia! Espero continuar atendendo as expectativas <3

Infelizmente aqui no Spirit não dá para colocar a imagem no meio do capítulo, portanto coloquei a capa da revista como capa do capítulo, btw
(cada capítulo terá uma manchete, rs)

Espero que gostem!

<3

Capítulo 2 - I - Ressaca, popstars e destino cruel.


Fanfic / Fanfiction Popstar - I - Ressaca, popstars e destino cruel.

[HOGSMEADE PLACE, 713 | DOMINGO – 1º DE OUTUBRO, 2017]

— Eu vou morrer. — James gemeu, sentindo sua cabeça latejar enquanto percorria os poucos metros de distância entre o banheiro e a sala de estar como se fosse um dos zumbis de The Walking Dead, o que definitivamente não seria uma afirmação errada. — Eu estou morrendo agora mesmo.

— E depois vocês têm a coragem de me chamarem de dramático. — Sirius, que estava deitado sobre um dos grandes sofás de couro da sala de estar, observava-o se aproximar com diversão maliciosa estampada em sua face.

James gostaria de poder matá-lo, contudo, dado ao estado deplorável de sua cabeça (e corpo inteiro, na verdade) naquele momento, tudo o que ele conseguiu fazer foi atirar uma almofada em direção ao garoto. Ele errou, mas o que contava era a intenção e, em sua mente, Sirius havia sido punido cruelmente.

Era o que bastava para acalmar sua alma vingativa.

Por hora.

— Jesus Cristo, James! Você tem a aparência de algo que um caminhão desgovernado passou por cima. Inúmeras vezes. — Peter, o sempre extremamente-sincero-até-demais Peter, arqueou uma sobrancelha para James, encarando-o com preocupação fingida enquanto apertava os lábios para tentar conter as risadinhas de deboche.

— Vão se foder. — James resmungou e então se atirou contra o sofá mais próximo, gemendo quando o movimento repentino causou ainda mais dor em suas têmporas. — Merda! — Ele estremeceu, sentindo-se entontecer. — O que eu bebi ontem? Sangue do demônio? Lágrimas do diabo? Meu Deus do céu, minha cabeça está me matando! — Segurou a cabeça na tentativa de acalmar um pouco o latejo incessante.

Não funcionou.

— Você está perguntando sobre o que você bebeu? — Sirius indagou, sua expressão de falso-pensar indicando a sua ironia. — Quer dizer, além de basicamente todo o álcool disponível naquele clube?

— Acho que ele bebeu todo o bar em frente ao clube também, Pads. — Peter adicionou e cruzou os braços sobre o peito, malícia estampada em sua face e diversão brilhando em seus olhos.

James os odiava.

— Meu Deus, por que diabos eu sou amigo de vocês mesmo? — Ele resmungou e então se deitou contra as almofadas fofas, querendo que o sofá o engolisse para que ele não precisasse lidar com a própria vida e seus “amigos” estúpidos naquele momento.

— Porque nós fazemos parte dessa grande banda mundialmente famosa, The Marauders, você sabe? E infortunadamente você precisa de nós, porque, sinto informar, nem só de rostos bonitos uma banda é feita. É preciso talento e, bem, você não tem muito, não é? — Peter brincou, gargalhando ao receber um gesto obsceno de James.

— Sorte a minha ter as duas coisas, não? — Sirius disse, fazendo com que James e Peter rolassem os olhos (o que fez com que James gemesse de dor e Peter voltasse a gargalhar). — Ei! — Ele resmungou, bufando para os outros dois. — Pelo menos os meus cabelos são bonitos. — E piscou para James, fazendo-o rolar os olhos.

— Ei! Onde está o Moony? — James indagou ao perceber que estava recebendo uma dose de sarcasmo muito maior do que o habitual e que grande parte da culpa disso era pelo fato de que Remus não estava lá para defendê-lo.

— Foi comprar café da manhã já que você estava inutilizado para cozinhar. — Sirius respondeu e bocejou logo em seguida. — Deus, estou exausto!

— Hm, então... exausto, Pads? Não dormiu muito ontem, então?  — James brincou, aproveitando-se do ponto fraco do amigo e sorrindo de forma maliciosa através das almofadas enquanto observava as bochechas de Sirius avermelharem.

Heh. Ponto para o James.

— Não é como se você pudesse falar muito, não é? — Peter bufou, interrompendo o que certamente seria uma resposta malcriada de Sirius.

Franzindo o cenho, James voltou-se para o garoto (ou tentou, levando em conta que ele não estava em condições de se mover além de piscar os olhos) e encarou-o em indagação.

— Do que você está falando? — Questionou, confuso.

— Bem, você estava se divertindo no final da festa, não estava? Pelo menos foi o que eu vi. — Peter piscou para James como se estivesse compartilhando um segredo, quando na verdade só estava deixando-o ainda mais confuso. Entretanto, antes que pudesse externar sua confusão, a porta da frente foi aberta e, por ela, um Remus Lupin com a expressão muito preocupada adentrou.

Seus olhos imediatamente recaíram sobre James.

E, é claro, James conhecia aquele olhar.

Era o mesmo que Remus sempre tinha quando James se estressava com seu gerenciamento porque eles simplesmente não podiam parar de ser extremamente burros e preconceituosos ou inventavam alguma coisa absurda para promoção, o que sempre, sempre fazia com que James fosse punido de alguma forma.

Entretanto, James estava muito orgulhoso em afirmar que seu comportamento fora exemplar nos últimos meses. Extremamente exemplar, na verdade, portanto não havia motivos na terra que justificassem aquele olhar.

— O quê? — Ele perguntou, mordendo os lábios para conter os gemidos de dor enquanto se ajeitava até estar devidamente sentado no sofá. Por alguns instantes a sala inteira girou, fazendo-o sentir o seu estômago revoltar.

Deus, ele nunca mais iria beber! Ou, bem, ele tentaria.

Sirius e Peter imediatamente entraram em estado de alerta ao perceberem a expressão de Remus que claramente indicava a aproximação de más notícias.

— Bem, James, acho que as suas “férias” prolongadas de relacionamentos terminaram. — Remus resmungou e então caminhou até onde ele estava, estendendo um exemplar de uma revista para que observasse.

James sequer se surpreendeu ao perceber que era uma edição do Profeta Diário, porque eles pareciam estar em todos os malditos lugares – inclusive teve uma vez, quando James estava meio bêbado com Sirius, após os Brits do ano anterior, onde ele criou essa teoria de que Rita Skeeter era algum tipo de metamorfa que se transformava em insetos para se esgueirar em lugares onde não era chamada. Foi uma teoria muito divertida, na verdade, Sirius literalmente vomitou as tripas de tanto rir (embora possivelmente tenha sido um pouco por causa do álcool consumido).

Não.

O que o surpreendeu foi o título e, consequentemente, a foto estampada na capa que de imediato fez com que flashes da noite anterior preenchessem sua mente, borrados e levemente indistintos, mas claros o suficiente para que ele compreendesse sobre o que Peter estava falando ao dizer que ele “estava se divertindo”.

garota, ele lembrou.

Aquela que James praticamente atirara no chão após se apressar pelo corredor em direção à saída e que, zonza, resmungou que “estou muito bêbada para me importar em brigar, portanto apenas imagine que eu te dei o maior sermão da sua existência e, desta forma, podemos seguir com as nossas vidas”.

A garota com quem ele flertou descaradamente depois disso e que agira de forma tão intensa e desinibida – algo com o qual James não estava mais acostumado desde que começara a viver em um meio onde atuar para parecer legal era praticamente exigido – e o fizera rir por longos minutos até que arqueou uma sobrancelha para ele, os olhos extremamente verdes brilhando em malícia enquanto sorria e perguntava “você está pretendendo me beijar em breve ou vamos continuar a conversar? Eu gostaria de saber porque, se vamos apenas conversar, então eu realmente preciso achar um lugar onde sentar, se você não se importa”.

E quem era James para resistir a uma garota tão espontânea e genuinamente interessada como ela? Ainda mais quando, além de ser extremamente bonita, divertida e quente, ela também tinha um sorriso estonteante e olhos verdes (nos quais ele queria se afogar) que contrastavam lindamente com os cabelos ruivos que pendiam sobre seus ombros (nos quais ele queria enrolar os dedos a fim de puxá-la para perto).

É claro que ele a beijou.

E, bem, ali em suas mãos estavam as provas que, embora granuladas e que o rosto da garota não fosse distinguível, eram claras o suficiente para que todos soubessem que era ele.

 

James ofegou.

— A garota ruiva! — Disse, sentindo os olhos arregalarem ainda mais ao reler o título “JAMES POTTER (FINALMENTE) COM UM NOVO INTERESSE ROMÂNTICO?”. E então ele compreendeu a expressão de Remus. Bem, merda. — Merda.

 

— Sim. Merda. — Remus concordou, conciso, sabendo que, no que dizia respeito ao gerenciamento, James estava prestes a entrar em uma enxurrada de “promoções”. — Você está realmente ferrado, amigo.

— Ei! Do que vocês estão falando? Distribuam a informação, não sejam tão secretos. Compartilhar é cuidar e tudo isso! — Sirius, totalmente incomodado por não fazer parte da conversa, ergueu-se de onde estava sentado e encaminhou-se até o lado de James, puxando a revista de suas mãos e atirando-se sobre ele sem qualquer cuidado.

James gemeu.

— Se você não sair de cima de mim agora eu vou vomitar minhas tripas em cima de você!

— Ew! Nojento. — Sirius bufou, mas saiu de cima mesmo assim, prostrando-se ao lado de Remus e apoiando-se em seus ombros porque ele simplesmente não podia parar de se empoleirar em cima das pessoas um minuto sequer.

Principalmente se essa pessoa fosse Remus. Heh.

Deus, eles eram tão óbvios!

— Deus, vocês são tão malditamente óbvios. — Peter externou seus pensamentos, fazendo-o gargalhar enquanto se aproximava para dar um high-five levemente torpe em James que ainda estava muito enjoado para fazer muito mais do que piscar e existir (embora este último estivesse se tornando mais difícil a cada instante).

— Shh. — Remus resmungou para os dois, corando levemente, embora não fizesse menção de afastar Sirius que estava muito confortável sobre ele.

— James Potter finalmente com... Oh, cara, graças a Deus! — Sirius disse, sorrindo largamente para James após ler o título.

— Finalmente? Finalmente? — Remus voltou-se para ele, uma sobrancelha arqueada enquanto o encarava com confusão. — Do que está falando, Sirius? A gerência vai cair em cima dele agora!

Peter, que havia roubado a revista das mãos de Sirius e a abrira na página indicada na capa para ler, soltou um longo suspiro antes de menear a cabeça para James.

— Boa sorte, amigo.

Um gemido sofrido foi toda resposta que recebeu.

— Ah, qual é, James, já estava mais do que na hora! Fazem oito malditos meses desde o suposto término com a Jones! Você conseguiu se livrar nos dois primeiros meses dando a entender que estava “com o coração partido” e depois mais seis por conta do Tour. Você teve uma boa folga, amigo. Agora está na hora de você ser bom de coração e ajudar a tirar um pouco do foco de cima de mim, obrigado. — Sirius disse enquanto acariciava os ombros de Remus, satisfação estampada em seu rosto diante dos arrepios e o rubor que produzia no garoto com a proximidade.

— Sirius, você está sendo insensível. — Remus murmurou, levemente ofegante e ainda sem se afastar.

— Insensível? Remus, pelo amor de Deus! — Sirius gemeu em protesto, finalmente tirando as mãos dos ombros de Remus (que mordeu os lábios para conter os protestos) a fim de poder encará-lo. — Eu tenho sido empurrado de “namorada” atrás de “namorada” nos últimos meses, por vezes duas ao mesmo tempo, porque a gerência acredita piamente que me tornar um mulherengo faz “as fãs acreditarem que têm uma chance de ser uma das Padgirls” e isso faz com que os discos vendam mais! Honestamente, isso é ridículo! Se James for o foco, quem sabe eles possam me dar uma folga e assim eu não preciso me sentir como um maldito objeto de sexshop. — Ele bufou, indignação bastante presente em sua voz.

— Isso é- — Remus começou a protestar, mas James interrompeu.

— Não, Moony, ele está certo. — James assentiu e então estremeceu com o movimento. — Eu tenho ficado muito tempo escondido, fingindo estar com o coração partido por conta de um relacionamento que sequer existiu. Sirius tem razão — e James odiava a expressão presunçosa que surgiu no rosto de Sirius ao dizer aquilo. — Suponho que já está na hora do infame James Potter voltar à ativa. Fiquei sabendo que Sirius Black está roubando todas as garotas do Pettigrew e, bem, algo precisa ser feito quanto a isso.

— Ei! Ninguém está roubando minhas garotas. — Peter bufou, falsa indignação tingindo seu rosto antes de estourar em um sorriso. — Até porque Sirius nem gosta de garotas.

Em um drama fingido, Sirius atirou-se sobre Peter, fazendo-o cair sobre o sofá – em cima de James. Com mãos rápidas, Sirius apertou os quadris do amigo, cutucando e fazendo-o sufocar em gargalhadas, lágrimas de riso escorrendo de seus olhos.

— Como você ousa? Você não viu o meu Twitter, Peter? Eu postei ainda na semana passada “wolfstar é a pior merda inventada, eu sou heterossexual”. — Sarcasmo escorria das palavras de Sirius enquanto ele lembrava do infame tweet postado pela gerência em sua conta. — Sou considerado homofóbico e tudo! Trending Topic no Twitter por quase uma semana. Isso foi algum tipo de recorde!

— Que orgulho, Padfoot! — Peter consegue exprimir entre um ofego e outro, fazendo com que Remus soltasse uma risadinha.

— Ei, caras, estou muito feliz por vocês serem esses homens viris e muito verdadeiros com suas sexualidades, mas eu estou a exatos dez segundos de vomitar, portanto saiam de cima. — James conseguiu resmungar, empurrando os dois garotos que caíram embolados no chão.

Em um movimento rápido – e muito tonto – James voltou correndo para o banheiro e jorrou suas tripas enquanto amaldiçoava o criador do álcool.

Quando, por fim, seu estômago estava tão vazio quanto poderia estar depois de todo aquele show, James voltou-se para o seu reflexo no espelho, observando as grandes olheiras roxas e sua palidez.

Abrindo a torneira, lavou as mãos e esticou-se para molhar o rosto, querendo trazer um pouco de normalidade e, quem sabe, acordar um pouco de toda aquela zoeira.

Quando retornou para a sala, quinze minutos depois, deparou-se com Bellatrix, a gerente de publicidade da banda, encarando-o como se ele houvesse acabado de presenteá-la com montanhas de ouro (o que não era mentira, afinal ela literalmente ganhava por expor sua imagem) e teve de ouvir várias palestras sobre cuidado da imagem pública enquanto os garotos tentavam manter suas expressões sérias e ela falava que, como agora “infelizmente” (o sorriso dela foi diabólico quando disse isso) ele havia sido visto com uma garota em um clube, James deveria voltar a fazer encontros com outras personalidades públicas para ajudar com a promoção da banda.

Somente após ela ir embora – o que foi quase uma hora e muitos copos d’água depois – é que James percebeu que não fazia a menor ideia de qual era o nome da garota que ele beijara na noite anterior.

Não que ele estivesse interessado em encontrá-la novamente, é claro.

Nada interessado.

Não, não.

X—X

[HOG’S HEAD INN | DOMINGO – 1º DE OUTUBRO, 2017]

Quando os acordes do violão terminaram, Lily fechou os olhos, estendendo sua voz por mais alguns instantes antes de finalizar a canção. Com um sorriso, voltou-se para a plateia, acenando enquanto recebia sua parcela justa de palmas.

O bar estava cheio para um Domingo – não que Lily fosse reclamar, obviamente, afinal era sempre bom quando havia novas pessoas apreciando sua música – e ela sabia que grande parte disso era pelo fato dos rumores no Twitter de que o popstar mundialmente famoso e também seu melhor amigo, vulgo Frank Longbottom, estava pelas redondezas.

E, bem, ele de fato estava a assistindo a partir de um dos cantos mais afastado do pub enquanto bebericava sua cerveja com tanta naturalidade que era quase injusto.

Como ninguém o havia reconhecido ainda era um mistério.

Talvez fosse o boné ridículo que ele usava ou, quem sabe, fosse pelo fato de que ele costumava usar as roupas mais surradas e cheias de buracos que possuía – fosse em shows, passeios ou festas. Embora ele fosse famoso, as pessoas não pareciam esperar que um popstar milionário utilizando roupas esburacadas sentasse em pubs decadentes para beber cerveja barata enquanto observa um ainda mais decadente show ao vivo.

Deus, Lily o amava tanto e sentia tanta a falta dele.

Quando ela desceu do palco, praticamente correu até onde ele estava.

— Isso foi incrível, Lil’! — O garoto disse assim que ela sentou à sua frente, sorrindo torpemente para ela, os olhos castanhos brilhando enquanto a observava. — Você deveria gravar uma demo e enviar para algumas gravadoras, você sabe.

— Você sempre diz isso, Frank. — Lily bufou, rolando os olhos para ele enquanto roubava sua caneca e tomava um longo gole da bebida, mesmo que fosse uma péssima ideia, porque ela ainda estava sentindo os efeitos da ressaca da noite anterior (e de algumas chinelas voadoras de Marlene também).

— E você nunca me escuta. — Frank rolou os olhos enquanto ajustava o boné para que cobrisse mais o seu rosto. — Quando você vai parar de mentir para si mesma dizendo que o sonho da sua vida é estudar Direito quando, na verdade, você sabe que o seu lugar é no palco?

— Eu amo estudar Direito, Frank, não seja cínico. — Mas ela não ergueu os olhos para encará-lo, sabendo que encontraria sua expressão de incredulidade. — E isso foi só... isso é só diversão, ok? Subir nesse palco uma vez por semana e tocar algumas músicas é algo que faço por prazer e não porque quero ser a mais nova popstar internacional e multimilionária, extremamente cobiçada e adorada por multidões.

— Bem, mas você pode continuar fazendo isso por prazer e também ser uma popstar internacional-multimilionária-cobiçada-e-adorada-por-multidões. — Frank sorriu para ela, piscando de forma divertida. — Eu, por exemplo, me divirto muito. E ganho dinheiro com isso.

— Não, obrigada. Direito é seguro, Frank. É algo com que posso conseguir um emprego real e estável. — Lily encolheu-se levemente ao perceber a careta na face do garoto, corrigindo-se rapidamente: — Quero dizer, é óbvio que você tem um trabalho real, ok? Você faz todas essas turnês e shows e transforma pelo menos mil garotas diariamente em cardíacas, mas... isso não significa que eu poderia fazer o mesmo. Francamente, você é Frank Longbottom! Eu sou apenas... a garota que toca nesse bar e ganha algumas bebidas gratuitas.

— Esse garoto era eu menos de dois anos atrás, Lily! E você sabe disso. Você me ajudou, lembra? — Com um suspiro cansado, Lily afastou uma mecha de cabelo que escapou de seu coque para longe e o encarou, expressão em branco. Frank bufou, resignado, não se deixando enganar por sua falsa indiferença. — Eu ainda vou matar a Vance, você sabe, não é? — Ele murmurou para ela, ameaça brilhando em seus olhos normalmente amáveis. — Ela conseguiu destruir seus sonhos! Nunca vou perdoá-la. Se eu a ver, eu juro por Deus que-

Lily estremeceu, não querendo pensar sobre isso. Não querendo pensar em nada que envolvesse ela.

— Podemos... podemos por favor falar de outra coisa? — Lily o interrompeu e, embora Frank não parecesse muito contente com a óbvia tentativa de mudar de assunto, o garoto deu de ombros, derrotado.

Eles ficaram em silêncio por alguns instantes, nos quais Lily aproveitou para chamar o garçom e pedir outra rodada de bebidas. Ao voltar a encarar Frank, deparou-se com um sorrisinho malicioso pairando em seus lábios.

Lily estremeceu.

Aquela expressão sempre indicava a vinda de algo potencialmente constrangedor.

— O quê?

— Estava pensando sobre quando você vai me deixar registrar suas composições no seu nome...

— Ok, Frank. Próximo assunto. — Ela cortou-o.

Frank rolou os olhos, mas não se deu por vencido.

— Você tem falado com os seus pais? — Ele indagou, a expressão muito mais séria ao observá-la.

Lily encolheu-se.

— Próximo. Assunto.

— Pelo amor de Deus, Lily Evans! Você é outra coisa, sabia? — Frank parecia quase irritado e Lily sentiu-se quase culpada. Isto é, até o sorrisinho malicioso retornar aos lábios de Frank. — Então... — Ele recomeçou a falar enquanto dedilhava o copo vazio à sua frente, seus olhos castanhos fitando-a com atenção.

— Então...? — Lily perguntou, sentindo-se inquieta diante de seu olhar muito esquisito.

— Então que esta manhã eu estava na padaria comprando, bem, pão, você sabe, e eis que, ao ir até o caixa para pagar vejo algo muito peculiar entre as revistas de fofoca. — Frank estreitou os olhos enquanto seu sorriso aumentava mais e mais.

Lily soltou um gemido doloroso.

— Não, você não viu nada! — Ela resmungou e cruzou os braços sobre o peito, franzindo o cenho para ele no que ela pretendia demonstrar ameaça. Não pareceu funcionar muito (spoiler: nunca funcionou com Frank).

— Oh, sim, eu vi. Tinha essas fotos muito interessantes... estavam meio desfocadas e tudo o mais, mas eu poderia jurar que a jaqueta daquela garota era exatamente a mesma que eu comprei para o seu aniversário no ano passado e-

— -oh, meu Deus, eu odeio você!

— -os cabelos da garota na foto eram o mesmo tom do seu e-

— -eu vou cortar as suas bo-

— -e eu lembrei que, assim como você, a garota da foto estava usando uma pulseira e, lembre-se que eu só percebi isso porque a mão dela estava enroscada nos cabelos de James Potter e-

— Frank, cale a sua maldita boca!

É claro que ele a ignorou.

— E é exatamente igual a esta que você está usando agora o que, Lily Evans, me fez paralisar. Você tem noção do quão mortificado eu me senti ao perceber que a minha melhor amiga nunca mencionou conhecer outros popstars e menos ainda que estava beijando um deles e que eu tive de descobrir isso através de uma revista de fofocas? Foi desmoralizante, honestamente! E tudo isso publicado no Profeta Diário, imagine! — A sobrancelha arqueada de Frank indicava que, apesar de ele estar usando um tom brincalhão, ainda era sério.

Lily suspirou.

— Eu odeio você! — Ela resmungou antes de murmurar um “obrigada” para o garçom que trouxera suas bebidas, sorrindo levemente para ele antes de voltar a franzir o cenho para Frank. — Olha, Frank, querido, — o sarcasmo praticamente escorreu de suas palavras — eu adoraria poder abrir meu coração e ter este momento especial com você onde eu jorro todas as minhas fofocas sobre qualquer popstar infame que eu conheça, mas infelizmente não serei capaz de fazer isso uma vez que eu não consigo lembrar de absolutamente nada do que aconteceu na noite anterior e, deste modo, ouso afirmar que você sabe tanto quanto eu sobre toda essa merda.

— Lily... — Os olhos de Frank estreitaram ainda mais, procurando qualquer indicação de mentira no rosto de Lily enquanto a perscrutava.

— Frank... — Ela decidiu estreitar os olhos também.

— Lily...

— Frank!

— Certo, certo, eu acredito em você! — O garoto ergueu as mãos no ar em derrota, sua expressão franzindo enquanto parecia decididamente decepcionado com o fato de que não receberia detalhes sórdidos sobre um companheiro de música. Lily rolou os olhos para ele. — Você bebeu tequila, não é? — Ele indagou então, de forma acusadora.

Lily sentiu as bochechas esquentarem, mas concordou.

— Sim.

— Droga, Lily! Você sabe que tequila te faz esquecer de tudo! — Ele resmungou e apontou um dedo para ela. — Que nem aquela vez na nossa festa de Halloween do colegial, quando Mikael queria te beijar e você cantou No Scrubs para ele a plenos pulmões na frente de todos. O garoto chorou e, no dia seguinte, você não lembrava de nada e ainda foi falar com ele sobre um tema de casa... — Frank gargalhou, nostálgico. — Até hoje lembro da expressão na sua cara quando ele gritou sobre você ser uma “quebradora de corações, desalmada e frígida”.

— Deus, porque eu sou sua amiga? — Lily reclamou, embora houvesse um fantasma de sorriso no canto de seus lábios, o qual ela imediatamente puxou o copo de cerveja para encobrir.

Frank piscou para ela.

— Porque, Lily Evans, eu já te vi nos seus piores momentos e ainda assim estou aqui. — Ele soltou um longo e dramático suspiro, meneando a cabeça enquanto piscava exageradamente. — Não é uma tarefa fácil, você sabe, mas eu tenho de admitir que, apesar de você sair beijando celebridades em becos escuros e-

— Alice terminou com o Caradoc! — Lily o interrompeu, praticamente berrando, mas foi o suficiente para que a expressão no rosto de Frank ficasse em branco e ele se interrompesse. Ela não segurou a gargalhada que escapou de seus lábios, divertindo-se com o comportamento do garoto. Ah, como era doce a vingança...

— Ela... o quê? — Frank parecia prestes a ter um ataque cardíaco. Lily sorriu ainda mais. — Que diabos, Lily? Que tipo de amiga você é? Por que essa não foi a primeira coisa que você me falou?

— Porque, Frank, querido, você decidiu se divertir às minhas custas e agora estou me sentindo muito vil para te contar as motivações por trás deste término tão aguardado por você. — Ela deu de ombros, divertindo-se demais com a expressão totalmente horrorizada que surgiu no rosto de Frank enquanto ele a encarava.

— Você é um ser humano horrível. — Ele resmungou e soltou um muxoxo. — Por favor, Lily!

— Hm-

— Eu te dou uma jaqueta nova! Um colar? Um violão? Bebidas grátis por um mês? Um ano? — Frank estava ficando desesperado. Lily estava ficando ainda mais divertida. — Ingressos para qualquer show que você queira e-

— E que tal... você nunca mais falar sobre essa reportagem tenebrosa na revista você-sabe-qual? Hein? — Lily o interrompeu antes que Frank começasse a oferecer imóveis ou qualquer coisa tão absurda quanto isso. Deus, ele era tão desesperadamente caído por Alice.

A expressão no rosto de Frank imediatamente iluminou.

— Qual reportagem? Que revista? — Ele indagou, fingindo-se de inconsciente.

Lily sorriu.

— E é por isso que somos melhores amigos. — Ela disse e então se inclinou em direção ao garoto, abrindo a boca para jorrar sobre o término nada-inesperado de Alice com Caradoc, contudo, antes que o fizesse, Frank finalmente foi encontrado pelas fãs, que pareciam se proliferar como vírus pelo ar, aumentando a cada segundo e, bem, não era como se eles pudessem ficar muito tempo lá depois disso. Não se ela quisesse evitar mais uma enxurrada de fotos em revistas que provavelmente teriam títulos como “RUIVAS ATACAM: POPSTAR DA VEZ É FRANK LONGBOTTOM” ou algo igualmente ridículo quanto aquilo (e sim, já acontecera – algum tempo atrás as pessoas juravam que “a garota ruiva” que aparecia em várias fotos de Frank era a sua “namorada secreta”).

Entrementes Frank dava autógrafos e tirava fotos, Lily esgueirou-se até o bar onde Aberforth observava o amontoamento de pessoas onde Frank estava com a expressão de desgosto.

— Hey, Abbie. — Lily sorriu para ele, recebendo um bufo em resposta. — Será que você pode nos deixar sair pela porta de trás? Se Frank continuar aqui vai ser uma bagunça.

Estremecendo diante da menção da palavra “bagunça”, Aberforth assentiu para ela.

— Certo, garotinha. — O homem resmungou o apelido, fazendo com que Lily sorrisse um pouco mais. — Chame seu amigo e peça para ele ser discreto. Vou abrir a porta para vocês. — E, dizendo isso, se afastou pela porta localizada atrás do balcão do bar, provavelmente para abrir a saída.

Suspirando, Lily preparou-se mentalmente para se esgueirar entre as fãs de Frank e rezou aos céus para que nenhuma delas reconhecesse qualquer parte dela e a ligasse a manchete do dia anterior do Profeta Diário.

X—X

— Eu vou te ligar assim que chegar em casa! — Frank resmungou para ela assim que (finalmente) conseguiram se esgueirar pela saída dos fundos do pub e os dois táxis que eles haviam pedido chegaram quase ao mesmo tempo fazendo com que Lily, que estava prestes a contar para ele sobre Alice, tivesse de se interromper novamente porque o mundo parecia estar realmente conspirando contra o garoto. — E você vai me contar tudo!

— Certo! Boa noite, Frank. Obrigada por vir me ver, eu senti sua falta. — Lily disse e esticou-se para abraçá-lo, apertando-o com força contra si. Frank apertou-a igualmente forte.

Eles se afastaram com um suspiro.

— Também senti sua falta, Lil’ — ele sorriu gentilmente para ela. — Se cuide, sim? Vou ir para Los Angeles amanhã, mas na semana que vem estarei de volta e nós vamos nos ver, ok?

— Ok. — Ela assentiu, sorrindo de volta. — Amo você, Frankenstein.

— Amo você, Sally. — Ele usou o apelido que retirara do filme que eles assistiam basicamente todos os dias quando mais jovens, The Nightmare Before Christmas, e Lily sentiu o coração apertar já com saudades do garoto com quem cresceu e que se acostumara a ter sempre do lado e que agora quase não via o suficiente.

— Vá ser uma popstar de sucesso, sim? Mas não esqueça de mim, ok? — Lily piscou para ele, embora sentisse o peito doer levemente diante da despedida.

Frank não parecia muito diferente.

— Nunca, Lil’. — Ele mandou um beijinho pelo ar e olhou por mais alguns instantes antes de finalmente abrir a porta de seu táxi, adentrando e acomodando-se. Lily observou-o até que o carro saiu e, com um suspiro, seguiu até o próprio táxi, resmungando o endereço para o homem que parecia impaciente com sua demora.

X—X

[HOGWARTS RADIO STUDIO | TERÇA-FEIRA – 03 DE OUTUBRO, 2017]

— Evans! — O grito de McGonagall foi a primeira coisa que ela ouviu ao abrir a porta do estúdio, assustando-a e fazendo com que virasse o chá que havia acabado de preparar.

Ela gemeu, observando o líquido escorrer pelo chão, sentindo o peito doer ao pensar no desperdício de um chá tão maravilhosamente preparado. Ela havia utilizado o último saquinho para aquela preparação e agora ela teria de se contentar com o café horroroso da máquina da rádio se não quisesse passar o dia inteiro bocejando.

Deus, ela odiava café.

E odiava ainda mais acordar cedo.

Como ela havia conseguido um emprego em um programa de rádio matinal era um grande mistério. Honestamente.

— Hey, Minnie! — Lily sorriu para sua chefe, tentando tingir seu tom com uma simpatia que ela não sentia enquanto encaminhava-se para o armário de limpeza para pegar algo para limpar o chá derramado.

— Estava esperando por você. — McGonagall murmurou, seu tom de voz rígido como sempre, exatamente como sua expressão. Se Lily não a houvesse visto sorrir na festa de Natal da rádio do ano anterior, juraria que ela era algum tipo de robô. — Como você sabe, Moody costuma chamar algum cantor ou celebridade para participar de seu programa a cada duas semanas e fazer entrevistas e jogos com ele...

— Uhum, eu sei. — Lily disse e precisou de muito controle para não rolar os olhos. Honestamente, ela estava trabalhando lá há mais de um ano e meio. Ela sabia o que cada um de seus colegas fazia naquela rádio. Ela não era estúpida, pelo amor de Deus! Ou, bem, ela não era tão estúpida.

— Não seja sarcástica comigo, Evans. Guarde isso para o seu show. — McGonagall, porque ela podia, rolou os olhos para Lily. — De qualquer forma, Moody não poderá comparecer na semana que vem porque ele tem uma sessão de fisioterapia e exames na perna para, você sabe, testar a prótese e-

— Você acha que ele vai se adaptar com a prótese? — Lily a interrompeu, pensando no radialista rabugento que apresentava o programa carro-chefe da rádio, o The Aurores Show, e por quem Lily tinha um carinho muito grande.

Moody havia sofrido um acidente de motocicleta há dois anos, pouco tempo antes de Lily conseguir um emprego na rádio, e acabara por perder a parte inferior da perna direita. Desde então, o homem tinha sido bastante firme sobre a não utilização de próteses – preferindo utilizar uma muleta ou aventurar-se pela rádio apoiando-se em paredes e mesas (o que sempre fazia Lily ter quase-ataques-cardíacos) – embora ele tenha afrouxado um pouco a opinião últimos meses.

Lily se orgulhava muito ao pensar que grande parte daquilo era por conta da insistência dela. Ela e Moody haviam desenvolvido uma amizade muito peculiar, baseada em basicamente troca de farpas e xingamentos. E, mesmo que ela não externasse, Moody era como um pai, uma figura segura e com quem sabia que podia contar e que a aceitava exatamente como ela era.

Agora, ele estava indo para a "experimentação" da prótese e, bem, Lily estava bastante ansiosa sobre os resultados, rezando para que eles fossem positivos.

— Bem, eu espero que sim, Evans. — O olhar de McGonagall suavizou um pouco ao observá-la. — Na verdade, estou muito feliz com essa consulta, você sabe? E eu sei que você é quem o motivou-

— Ah, isso não foi nada. — Lily corou furiosamente.

— Evans, nós trabalhamos com o Moody há seis anos e ninguém nunca foi tão próxima dele como você. — Naquele instante, um sorriso mínimo apareceu nos lábios da mulher e, também naquele instante, Lily pensou que fosse morrer com a improbabilidade da situação: sequer era Natal e McGonagall estava sorrindo. — Ele te considera como uma filha, você sabe disso, não é? Todos nós da HRS somos muito gratos por tudo o que você fez por ele.

Lily se negava a admitir que o que estava embaçando sua visão naquele momento eram lágrimas. Não, ela culpava o sono e o fato de que não tomara chá naquela manhã. Nada a ver com coisas emocionais ou McGonagall sorrindo (embora isso fosse uma boa justificativa, afinal era quase como presenciar um milagre).

— Oh, bem... eu gosto muito dele também. Fico feliz em poder ajudar. — Lily murmurou, sentindo as bochechas esquentaram ainda mais de constrangimento.

— Eu posso ver. — McGonagall sorriu novamente e Lily tinha certeza de que o dia do julgamento final estava próximo. — Bem, Evans, você vai apresentar o The Aurores na semana que vem ou devo falar com a Meadowes?

— Uhum. — Lily assentiu, sorrindo verdadeiramente pela primeira vez desde que virara sua preciosa xícara de chá. — Claro. Será um prazer!

— Ótimo. — McGonagall assentiu e então deu as costas, encaminhando-se para a porta. Antes, porém, que ela saísse da sala, a mulher voltou-se novamente para Lily. — Oh, eu estava esquecendo: The Marauders.

Lily sentiu o sangue congelar em suas veias ao encarar a mulher.

O quê?

Como... o que diabos?

Aquilo não estava acontecendo, estava?

Quer dizer, McGonagall não parecia ser a maior fã de tabloides, portanto Lily nunca pensou que ela- Deus! Ela fora descoberta justamente por sua chefe? Pela mulher mais rígida que ela jamais conhecera?

A foto era nublada, por Deus! Não havia maneira na vida de que Minerva McGonagall, somente a pessoa mais cética existente, pudesse descobrir que era Lily naquela maldita foto! Céus, porque a vida precisava ser tão difícil?

Onde estava a justiça no mundo?

Por que o destino era tão cruel?

Agora, Lily seria reconhecida para sempre como a garota que beijou um integrante de boyband... e Lily sequer gostava da tal boyband!

Ela sabia que estava muito perto de surtar, sabia que o suor que começava a se acumular em sua testa era indicativo de sua ansiedade crescente. Ela precisava se acalmar ou acabaria-

—... na próxima semana e- Evans? Você está me ouvindo? — A voz de McGonagall (que continuara falando enquanto Lily tinha seu surto internalizado) a arrancou de seus devaneios.

Sacudindo-se e sentindo como se tivesse virado gelatina – mole e trêmula – ela forçou-se a focar em sua chefe.

— Desculpe, o quê? — Sua voz soava fraca e raspada.

McGonagall arqueou uma sobrancelha.

— Não me diga que você é uma fangirl? — McGonagall a encarava com incredulidade. —Oh, pelo amor de Deus, você não vai desmaiar, vai?

— Não! — Lily praticamente gritou, assustando Molly, a coordenadora da rádio, que abrira a porta naquele instante. — Desculpe. Quero dizer, não, eu não sou fangirl...

— E nem vai desmaiar?

— Não. — Ou pelo menos ela esperava que não.

McGonagall não parecia acreditar em Lily.

— Tem certeza de que não quer que eu chame a Meadowes? Acredito que ela possa-

— Não! De verdade, eu posso totalmente fazer isso!

— Ótimo! — McGonagall parecia aliviada. — Então agora você só precisa falar com o Moody para que ele te passe as perguntas da entrevista e o roteiro de brincadeiras que você vai jogar com os garotos do The Marauders na semana que vem! — E, dizendo aquilo, a mulher finalmente se afastou, fechando a porta do estúdio atrás de si e deixando uma Lily totalmente atordoada no meio da sala.

Oh, céus!

Lily tremeu.

Ela havia dito que podia “totalmente” fazer aquilo? Porque, pelo amor de tudo que era mais sagrado, ela totalmente NÃO PODIA!

Somente... Deus! The Marauders seria a atração do The Aurores Show da próxima semana!

E Lily iria apresentar o TAS da próxima semana!

Lily que, infortunadamente, beijara James Potter.

Lily que não lembrava de absolutamente nada daquele momento.

Lily que orava para os deuses para que James Potter também não lembrasse dela.

— Oh, meu Deus, eu estou tão ferrada!


Notas Finais


A DÚVIDA QUE FICA: WOLFSTAR É REAL OU NÃO? Fica aí o questionamento hehehe

E aí, amores! O que acharam, hein?

Por favor, comentem! Estou respondendo todos com o maior amor do mundo, sem falar que isso me motiva MUITO a continuar escrevendo ♥

Vou tentar postar o próximo muito em breve, ok?

Dúvidas, sugestões, para falar com a autora... estou sempre no twitter @wolfistar

PS: para quem não sabe, é muito comum para celebridades saírem com outras celebridades ou subcelebridades a fim de conseguirem promoção. Essas pessoas contratadas para esses relacionamentos falsos são chamadas de beards. Beards também são muito utilizadas quando há a intenção de ocultar a sexualidade de um artista.

Beijos ♥


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