História Por acaso - Capítulo dezesseis.

 Dois meses já se passaram desde a minha chegada aqui em Karlshure. Estou me desdobrando para estudar e trabalhar, mas não tenho nada para reclamar. Conseguir um emprego para ser secretária em uma empresa, passo o dia apenas atendendo ligações e anotando alguns recados, pela parte da noite vou para a faculdade estudar Astronomia.

      Chego em casa bem tarde, praticamente só tomo um banho e durmo. Aos sábados eu tenho aula pela manha e a tarde trabalho das 13 às 16 horas e depois fico livre, não para descansar, mas sim para estudar e fazer os trabalhos acadêmicos.

        Como hoje é domingo, não tenho nada importante para fazer, então resolvir ter um dia de beleza. Depois de uma boa noite de sono, fui para a cozinha e fiz minha própria máscara facial, usando todos os ingredientes mais naturais que eu tinha em casa. Mas antes de passar no rosto, lavei meu cabelo e o enchi de vários creme para hidratá-lo, com o cabelo cheio de creme, peguei a máscara facial e espalhei pelo rosto. Me sentei no chão da sala e liguei a televisão e coloquei em um show de rock, peguei meu esmalte preto e comecei a pintar as unhas.

       Já estava quase terminando de pintar as unhas, quando alguém bate na minha porta. Penso comigo mesmo: Ótima hora para alguém vir me visitar. Me levanto do chão e caminho em direção a porta, olho pelo olho mágico e vejo que apenas a Nastassja.

-Desculpa moça, mas o abrigo para desabrigados e mais a frente. - Cruzo os braços e encaro seriamente a morena.

-E o teste para zumbis é do outro lado da rua. - Nastassja rebate meu comentário e entra na minha casa.

-Não lembro de ter-lá deixado entrar, mais tudo bem. -Fecho a porta de casa e volto a me sentar no  chão da sala.

-Um dia de beleza? Logo hoje?

-Como assim logo hoje? -Indago com a sombracelha erguida.

-Você esqueceu que dia é hoje? O plano que temos para hoje? -Nastassja se senta ao meu lado e começa a vasculhar meus esmaltes.

-Do que está falando?

-Hoje o Borussia Dortmund vai jogar pela Champions, no estádio deles. - Nastassja revira os olhos e volta a se levantar.

-E o que eu tenho a ver com isso? -Termino de pintar minhas unhas e começo a sopra-lás para secar mais rápido.

-Sinceramente, o que você faz? Que esquece sempre nossos planos? - Nastassja cruza os braços e me encara furiosa.

-Que planos?

-Semana passada lhe enviei que o Bürki pegou entrada vip para nós duas para irmos ao jogo de hoje, disse o horário, o dia e que vinha de buscar e você confirmou com um okay. -Nastassja pega seu celular e começa a procurar o meu contato e a mensagem.

-Oh, eu não enviei para ti, enviei para a minha mãe. -Nastassja começa a rir e eu a acompanho.

-E vem dizer que a culpa é minha e eu nem sabia de nada e você sabe muito bem que eu não gosto de futebol. -Olho indignada para Nastassja.

-Mas é um jogo importante para o seu primo. Você tem que dar apoio moral.

-Ele tem apoio daquele esquadrão amarelo.

-É Muralha Amarela, Julie. E eu sei que eles contagiam positivamente os jogadores, mas os familiares queridos presentes contagia muito mais. - Nastassja começa a andar de um lado para o outro, gesticulando bastante.

-Marco vai estar lá? Meus tios?

-O Marco e namorada já estão lá, falta nós duas. Anda, vai lavar o cabelo e tirar esse creme do rosto, estamos perdendo tempo, vamos chegar atrasadas. -Nastassja me puxa para ficar em pé e eu apenas reviro os olhos.

-Eu só vou, porque faz dois meses que eu não o vejo.

        Vou para o banheiro e tomo rapidamente um banho, depois penteo meu cabelo e escovo os dentes, vou para meu quarto e coloco uma calça, um tênis e uma blusa da banda Turisas.

         Tranco toda a casa e entro no carro de Nastassja, temos apenas duas horas para chegar no estádio antes do início da partida. Nast parece uma louca dirigindo, acho que um bêbado dirige melhor que ela, depois de assinar meu testamento deixando tudo que eu tenho, nada, para meus pais, conseguir seguir a viagem tranquila.

      Em duas horas e vinte minutos, já estamos entrando no estádio, de longe já conseguimos ouvir os gritos da torcida. Sigo Nastassja até o nosso lugar. Infelizmente, tive que sentar ao lado do Marco, irmão de Roman e meu primo, mas diferente do Roman, ele é insuportável, pelo menos comigo, talvez seja porque temos a mesma idade e quando crianças brigavámos muito.

        Como sempre, fiquei entediada antes mesmo da partida começar, o que me salvava foi ter Nastassja para conversar e a namorada do Marco.

     Assim que a partida começou, o barulho da torcida aumentou de maneira ensudercedora. Várias pessoas usam blusa ou cachecol do time do Roman, menos eu, que sempre estou deslocada, seja aonde eu for. Até mesmo Nastassja estava com um gorro amarelo e preto. Marco está com a blusa do time com o nome Bürki nas costas e o número 38.

       Como não havia outra coisa a fazer, a não ser assistir ao jogo, resolvi prestar atenção na partida. Em um momento, um cara de amarelo e preto com o número 26 nas costas chuta a bola fortemente, que atravessa boa parte do campo e para no pé do cara com a blusa 37, que só depois de um tempo percebo que se tratava do Erik, o tucano corre velozmente em direção ao gol do adversário e da beirada do campo chuta para o centro do gol aonde um jogador com a blusa de número 9 bate com a cabeça na bola e faz o gol. Todos os torcedores do Dortmund gritam enloquecidos, até mesmo Marco comemorou. O dono do gol dar uma cambalhota engraçada no ar e logo abraça Durm em agradecimento.

       Depois todos voltam para o centro e voltam as posições iniciais, de acordo com o telão nos cantos do estádio, o primeiro tempo teria mais três minutos de acréscimo.

       No último segundo, um jogador do time adversário consegue passar por um jogador do BVB e dispara em direção ao Bürki. Vejo Nastassja e Marco segurarem a respiração e eu apenas reviro os olhos com o ato dos dois. O jogador adversário chuta a bola na direção de Roman e ele pula majestosamente e joga a bola para trás do gol.

-Que ponte maravilhosa. - Marco coloca a mão no rosto e em seguida começa a bater palmas.

-Ponte? Que ponte? -Pergunto confusa.

-Às vezes eu me pergunto como você ainda é nossa prima e não sabe nada de futebol. -Marco me olha com desprezo e volta a atenção para a partida.

-Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Já era prima dos dois antes mesmo de sonharem em serem futebolista. -Cruzo os braços e ignoro Marco pelo tempo restante da partida.

       Assim que o primeiro tempo acabou, Nastassja e eu fomos até o refeitório. Como sempre, a Nast comprou a comida mais light que tinha e uma garrafa de água, já eu, peguei uma porção de batata fritas e um copo grande de suco. Na volta para a arquibancada, Nastassja foi reconhecida por alguns torcedores como a namorada de Roman Bürki.

        Algum tempo depois, o segundo tempo da partida começou. O time adversário atacava bastante, mas sempre um jogador de nome engraçado, algo como Papa, tirava a bola da zona de perigo. Bürki fez lindas defesas durante a partida, mas o seu time não conseguia chegar muito perto do gol adversário.

        Não era nem 10 minutos de jogo e minha batata frita já havia acabado. Em um piscar de olhos, Marco começa a gritar com o árbitro do jogo, eu não consigo entender o porque disso e me levanto para ver melhor o que está acontecendo em campo. Vejo um jogador de amarelo e preto deitado no chão com uma das mãos no rosto, logo os médicos entram em campo e o início de confusão começa ali perto. Um jogador adversário empurra um tal de Weigl e ele não gosta disso e vai para cima, mas logo são separados pelos outros jogadores. Volto a me sentar e olho para o telão para rever o que hoje. Mostra claramente, um jogador chegando por trás e acertando apenas a panturrilha do jogador do Borussia, logo o telão mostra quem é jogador que está no chão, é o Erik Durm.

-Isso é falta para cartão, eu daria vermelho, até mesmo amarelo, mas esse árbitro filho da mãe não vai dar nada. É FALTA AE JUÍZ. -Marco coloca a mão ao redor da boca e imita um megafone.

      Eu me afasto um pouco e olho para Nastassja, que está segurando o riso, mas ao olhar para mim, ela não consegue mais se segurar e cai na gargalhada juntamente comigo.

-Imagina se ele estivesse em campo.- Nastassja sussura apenas para eu ouvir.

-Ele teria sido expulso por desacato. -Sussuro de volta, disfarçando que estou falando algo sobre a partida.

-Não tenho certeza se existe desacato em campo. Mas não posso dizer muita coisa, sei muito pouco sobre o esporte. -Nastassja dar de ombros e volta a observar o campo.

     Logo o jogo volta a fluir e Durm continua em campo. Eu já estava começando a ficar com sono de tanto tédio, mas a muralha amarela está cada vez mais acordada e eufórica. Vejo Roman pegar a bola com facilidade e dar um chutão para frente, um tal de Dembelé domina e começa a correr na direção do gol adversário, passa por vários jogadores rivais e quando está perto do gol ele chuta ao lado oposto do goleiro e faz o gol.

        A torcida do Borussia Dortmund gritam e pulam animados e começam a gritar o nome do autor do gol. Logo os jogadores se abraçam na lateral do campo, dão alguns tapas no autor do gol e voltam para seu campo. Marco não comemorou o gol, eu até que entendo, seria como torcer para um rival. Eu também não comemorei como os torcedores fanáticos, apenas bati palmas juntamente com Nastassja.

        Algum tempo depois, o time adversário parte para cima e ataca várias vezes, mas nenhuma com sucesso. Mas logo por vacilo de um jogador de amarelo e preto, um jogador rival consegue avançar e quando está perto do gol, chuta para o outro lado e outro jogador chuta na direção do gol. Roman pulou para o lado certo, mas não conseguiu pegar a bola. Em quanto o time rival comemora, Bürki balança a cabeça negativamente e tira a bola de dentro do gol e os jogadores do Borussia voltam para a sua posição conversando um com outro.

        Erik Durm perde a bola na metade do caminho, mas logo consegue voltar a tempo e sem derrubar o jogador adversário consegue tomar a bola e partir para o ataque. O loiro chuta a bola pelo alto e um jogador japonês ou chinês, não sei, domina a bola com o peito e chuta para o gol. No telão aparece a palavra : Toor, nas cores preto e amarelo e a torcida volta a ficar louca, mas do que estão durante toda a partida. O jogador autor do gol abraça Durm e depois todos voltam para seus devidos lugares.

       Roman faz várias defesas nesse final de partida, mas seu time parou de atacar o adversário e por consequência disso, a cada minuto o time rival atacava mais e todas as jogadas os jogadores do Borussia tinham que intervir ou Bürki defendia.

       Em um exato momento, vejo Erik correr loucamente na direção de um jogador adversário que está indo na direção do gol do Roman, meu primo tenta segurar a bola, mas a bola acaba passando direto, mas eis que Erik surge, ele estava um pouco mais atrás de Roman, ele corre até a bola e se joga no chão, acertando a bola com a ponta da chuteira e a empurrando para fora. Toda a torcida grita animada, inclusive eu, mas logo me controlo.

    O resto da partida eu não dei muita atenção, peguei meu celular e fui jogar algum jogo, mas logo enjoei e comecei a gravar pequenos trechos da partida e postar no instagram. Logo a partida chega ao fim, para o meu alívio, com o placar de 4 a 0 para o Borussia.

      Ficamos esperando o estádio ficar vazio, para podermos vermos o Roman, o que demorou muito, já que os torcedores parecia que não queriam ir embora, assim que o estádio fica mais vazio, Roman surge na beirada do campo e acena para nós. Nastassja vai na frente e beija meu primo vou logo em seguida e apenas bagunço seu cabelo, Marco e a namorada dele vem depois e cumprimenta Roman.

-O que acharam da partida? – Roman está segurando uma toalha e passando pelo rosto e no cabelo.

-Entediante. – Respondo com um sorrisinho de lado.

-Eu suspeitei que iria dizer isso. – Roman joga a toalha molhada em mim e desvio fazendo uma careta.

-É por que você não viu o que ela fez quando o Durm tirou a bola em cima da linha ou quando ele caiu no chão. – Marco começa a rir e eu sinto meu rosto esquentar na hora.

-Cala a boca, Marco. Nunca fala nada produtivo. – Reviro os olhos e cruzo os braços.

-Isso é verdade? – Roman olha de Marco para mim e vice-versa.

-É sim, amor. A Julie comemorou a jogada do Erik. – Nastassja rir.

-Parem de falar como se eu não estivesse aqui. – Me sento na cadeira mais próxima e reviro os olhos.

-Não fique nervosinha, priminha.- Roman solta uma gargalhada alta, o que faz que eu apenas volto a ignorá-los.

-Chama o Durm para ela, que ela se acalma. – Marco olha para mim e respiro fundo para não me jogar em cima dele e o derrubar no campo.

-Vou trocar de roupa para irmos embora me esperem aqui. – Roman dar um selinho em Nastassja e segue para o vestiário.

    Algum tempo depois, Roman volta acompanhado de Erik, rapidamente todos os olhares se voltam para mim, mas eu finjo que não percebi. Os dois jogadores do Borussia sobem na arquibancada e seguimos juntos para o estacionamento.

-Já pensaram para aonde vamos? – Pergunta Marco.

-Poderíamos ir numa sorveteria. – Palpita a namorada de Marco.

            Todos concordamos e se dividimos entre os carros. Durm pediu que o seguíssemos para uma sorveteria que ele garantiu que era boa e tinha muitas variedades de sorvetes. Na sorveteria cada fez seu pedido e sentamos numa mesa juntos.

-Sabia Erik, que hoje você ganhou uma nova fã. – Nastassja pisca para mim e olha para o loiro.

-Sério? Quem?

-A prima maluca do Roman. – Nastassja responde rindo.

    Sinto novamente meu rosto esquentar e acho que o tucano está olhando para mim, mas prefiro não arriscar olhar para ele e olho para meu sorvete como se fosse a oitava maravilha do mundo.

-É verdade Julie? É minha fã agora?

-Não de idéia para eles, Erik. Eles só dizem bobagens.

-Bobagens em?! Para mim só dizemos a verdade.  – Marco  joga uma bolinha de guardanapo em mim e eu revido jogando para ele.

    Penso em dar uma resposta para Marco, mas isso vai apenas dar mais motivos para continuarem falando, então prefiro o silêncio. Algum tempo depois Marco e namorada vão embora e Roman e Nastassja vão para o lado de fora da sorveteria terem seu momento a sós. Ficando apenas Durm e eu na mesa.

    Continuo ignorando o loiro, mas dessa vez observando o movimento do lado de fora da sorveteria.

-Julie, vai ficar aqui moscando ou quer dar uma volta com seu ídolo?

-Se ache menos, Tucano.

-Como se achar menos? Se descobrir agora a pouco que a garota anti-futebol é minha fã. Me sinto o máximo. –Durm abre um enorme sorriso e eu acabo olhando para seus lábios grossos e convidativos.

-Olha eu confesso que gostei da sua retirada de bola em campo, mas não sou sua fã. – Desvio o olhar de sua boca, quando percebo que encarei demais e torço para que ele não tenha percebido.

-Fiquei com medo de perdemos par ao Benfica e sermos eliminados da Champions. – Erik se levanta e espera que eu faça o mesmo.

-Quem é Benfica? – Me levanto também e sigo o loiro até o caixa, aonde pagamos a nossa conta.

-O time que jogamos contra. Afinal, o que estava fazendo no estádio se nem sabe contra quem estávamos jogando?- Erik olha para mim e antes que eu possa responde-lo ele volta a falar- Ah já sei, queria ir me ver jogando. – Durm passa a mão no cabelo e me lança uma piscadela.

-Na verdade, eu fui assistir um monte de homens de shortinho correndo atrás de uma bola. – Começo a andar em direção a saída da sorveteria com Erik ao meu encalço.

-Viu o número 37 do Borussia? Ele é demais. – Erik solta um risada contagiante e eu o acompanho involuntariamente.

-A sua mãe não lhe ensinou a ser humilde?- Pergunto ao loiro.

-E a sua não lhe ensinou a não mentir? – Rebate o loiro.

-Não vamos chegar a lugar nenhum se continuarmos a discutir assim. – Sorrio para Durm e ele acaba sorrindo também e concordando comigo.

        Caminhamos até uma pequena praça e ficamos conversando sentados no banco, esperando Bürki e Nastassja aparecerem.

-Vai voltar hoje ainda para Karlshure?

-Sim, só esperando Nastassja aparecer e me levar de volta.

-E como está indo a coisas por lá? Gostando?

-Você não imagina o quanto, estou super feliz que finalmente eu esteja estudando algo que eu goste.

-Temos que correr atrás dos sonhos né? Caso contrário a vida não faz sentido.

-Certamente. Quando soube que queria ser futebolista?

-Desde criança, jogava todos os dias, ás vezes chantageava minha irmã para que ela jogasse comigo.- Erik rir e se acomoda melhor no banco.

-Irmã mais nova?

-Mais velha, quando ela queria sair escondida, eu acobertava e depois ela tinha que jogar futebol comigo. E você, tem irmãos?

-Não filha única. Mas eu tinha o Marco para irritar.

-E o Roman?

-Sempre nos demos bem, mas antes ele odiava quando o chamava de ratinho, agora ele já se acostumou.

-Ele não tinha escolha, você é muito chata.

-Você também é chato e eu não saio espalhando isso por ai. –Dou língua para o loiro  e ele apenas rir.

-Você não pode sair espalhando coisas deste tipo sobre o seu ídolo. – Erik dá uma leve batida em meu braço e volta a sorrir.

-Humildade mandou lembranças, devia fazer uma visita a ela de vez em quando.

-E perder a sua companhia? Nem pensar.

-Ownt, que fofinho. –Aperto as bochechas do tucano e quando solto vejo que ficou bastante vermelho.

       Algum tempo depois Roman e Nastassja aparecem, conversamos mais um pouco e depois se despedimos. Espero Nastassja destravar o carro, para que possamos entrar. Mas nesse momento Durm chama a minha atenção e eu espero que ele venha até mim. Nastassja entra no carro e eu dou alguns passos na direção do loiro.

-Você esqueceu uma coisa.

-O que?

-Isso.- Erik segura com as duas mãos nos dois lados do meu rosto e se aproxima de mim e sem perder tempo encostas seus lábios convidativos aos meus.

     No início fiquei sem reação, mas logo correspondo ao beijo, apoio minhas mãos em seu peitoral e aproveito o beijo. Nem me importei se a Nastassja ou o Bürki estariam vendo isso, só queria continuar ali, sentindo os lábios de Erik Durm sobre os meus.

-Tenha uma boa viagem, minha fã. – Durm separa nossos lábios, mas continua com suas mãos sobre o meu rosto.

-Obrigada. – Me aproximo rapidamente do loiro e lhe dou um selinho.

-Antes de ir, tenho que lhe fazer uma pergunta, pode parecer precipitado, mas eu preciso perguntar antes que eu perca a coragem ou antes que o Bürki me mate e esconda meu corpo. – Durm sorrir e tira as mãos do meu rosto e segura minhas mãos. – Julie, você aceita ser minha namorada?