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História Por acaso - Capítulo dezoito.


Escrita por: MyloveDurm

Notas do Autor


Desculpa a demora em atualizar a fic, mas meu tempo está muito curto, mas quero deixar claro que posso demorar a postar, mas nunca irei desistir da fic.
Observação: quando virem JH e ED na fic, fiquem cientes que JH significa Julie Huth e ED Erik Durm, okay?!
No decorrer do capítulo cito muitos nomes de bandas, quero deixar claro que eu sou roqueira e gosto de demonstrar isso, então ainda vão ver muitas bandas serem citadas nas minhas fics.
E tenham paciência com a Julie, ela é muito excêntrica, rsrs.

Capítulo 18 - Capítulo dezoito.


Fanfic / Fanfiction Por acaso - Capítulo dezoito.

-Eu não vou mais para a Suíça, ratinho.- Digo me sentando no sofá da sala segurando minha prova de álgebra linear em uma mão e na outra o aparelho celular.

-Porque?

-Tirei 10 numa prova que valia 40, preciso estudar. Meus pais vão entender. – Jogo minha prova para o outro da sala e me deito no sofá encarando o teto, segurando o celular sobre a orelha.

-Você terá tempo para estudar, idai se foi mal nesta prova, sei que é capaz de ir bem na próxima.- Escuto Bürki derrubar alguma coisa no chão e resmungar.

-Não sei se sou capaz em nada que tenha cálculo no meio, não sei nem fazer contagem de troco no supermercado, imagina álgebra. – Fecho os olhos e deixo minha mente esvaziar, tudo para não pensar na prova.

-É só um final de semana, quando voltar pode estudar. Ou leva seus livros e estuda lá quando não tiver nada para fazer. Você tem que se divertir um pouco e não apenas estudar, senão vai enlouquecer.

-Eu já sou louca, Roman. – Seguro o riso e abro os olhos e volto a encarar o teto.

-Mas é uma louca suportável, mas se continuar apenas estudando vai virar uma louca insuportável e vamos lhe internar num hospício. – Bürki gargalha alto e em seguida fica em silêncio esperando minha resposta.

-Tá bom, apenas um final de semana.                  

        Passo todo o plano com meu primo, vamos nos encontrar no aeroporto de Dusseldorf e de lá pegarmos um avião para Zurich, depois pegamos um táxi até Münsingen. Infelizmente Marco também irá, obviamente, talvez leve sua namorada, que por sorte é uma garota bem legal. Jogo meu celular no sofá e vou atrás d aminha prova, afinal vou ter que estudar muito para recuperar esta matéria, por ser bolsista não posso reprovar em nenhuma disciplina ou perco a bolsa.

     Vou para o meu quarto e arrumo coloca minha mochila, não quero deixar tudo pra ultima hora e esquecer quase tudo. Coloco algumas roupas, meu passaporte, dinheiro e o que mais acho necessário. Depois pego meu casaco e vou par ao trabalho, afinal ainda é quarta-feira e só viajo na sexta à noite.

    O dia de trabalho, por sorte, foi calmo, não tive muito o que fazer, depois de chegar em casa e tomar um banho, espalho meus livros e cadernos no chão da sala, coloco The Beatles no aparelho de som e me sento para responder alguns estudos dirigidos. Não sei se apenas eu sou assim, mas as vezes dar vontade de dançar conforme a música, foi o que me aconteceu quando começou a tocar  Twist And Shout, me levantei do chão da sala e comecei a cantar e dançar, sozinha. Assim que a música acabou, voltei a me sentar no chão e conseguir terminar dois trabalhos da faculdade, sem nenhuma interrupção.

    Depois de guardar todos meus matérias da faculdade, mudei o Cd dos Beatles para da banda de Folk Metal Elvenking, aumentei o som e comecei a limpar a casa, imaginando que eu sou uma grande estrela do rock. Limpei toda o apartamento numa velocidade incrível.

     Eu já estava indo dormir, quando Durm me manda uma mensagem, algo surge na minha casa e resolvo perguntar ao loiro se ele quer ir par a Suíça comigo.

JH: “Hey Tucano, que ir para a Suíça esse final de semana?”

ED: “Fazer o que lá?”

JH: “Vender bijuteria no aeroporto, o que acha que é?”

ED:” Calma Julie, kkk.”

JH:” E então, quer ir ou não? Estou indo visitar meus pais, Roman vai também.”

ED: “ Está me convidando para conhecer seus pais?”

JH: “ Sim, terá que pedir minha mão para o meu pai, igual antigamente.”

ED: ”Seu pai é muito nervoso?”

JH: “ Não, a última vez que levei um namorado para ele conhecer, ele apenas acertou a bota na cabeça do meu namorado, nada demais.”

       Não sabia que eu estava tão cansada noite passada, acordei com meu celular vibrando e o despertador apitando loucamente ao meu lado, passo a mão no rosto e vejo que já são 6 horas da manha seguinte, eu simplesmente dormir em quanto conversava com o Durm, mas não tenho tempo para ver o que ele respondeu agora, tenho que ir trabalhar e depois ir para a faculdade. Luto com a cama para me levantar, tomo um banho, troco de roupa, pego minha mochila e uma maçã e saio para mais um dia de luta.

       Hoje o dia foi tão corrido, que meu chefe me deu apenas 20 minutos de almoço, ou seja, comi sem sentir o gosto da comida, praticamente. Depois ele me fez ficar seguindo ele de um lado para o outro, para lhe ajudar numa reunião importante. Eu queria dizer eu sou apenas recepcionista e não assistente pessoal dele, mas ele poderia me demitir por isso e preferir ficar calada e seguir suas instruções, afinal, preciso deste emprego.

    Já era 19:30 quando fui dispensada, tive que sair praticamente correndo para chegar na faculdade a tempo, acabei perdendo o primeiro horário de Astronomia: uma visão geral I, por sorte, esta disciplina eu me garanto. Tive quatro aulas da mesma disciplina e depois fomos liberados. Antes de ir para casa, fui lanchar com alguns colegas de sala na lanchonete mais próxima e depois fui para casa.

 Sexta à noite:

       Já estou no aeroporto esperando meus primos e meu namorado resolverem dar as caras, se eles se atrasarem, não estou nem ai, pego o avião sem eles. Hoje o dia foi péssimo para mim, primeiro cheguei atrasada no emprego, levei uma bronca, depois tive teste surpresa na faculdade e não sei se fui bem e ainda quebrei minha unha a caminho deste aeroporto. Mas, o pior de todos foi quando fui abrir um saco de amendoim torrado e ele voou para todo o lado. Para tentar manter a calma, peguei meu fone coloquei Alice In Chains, já estava batendo cabeça no ritmo da música quando sinto uma mão apertar meu ombro esquerdo, abro os olhos e me deparo com Marco sorrindo para mim, apenas reviro os olhos e olho ao redor a procura de Roman.  Logo avisto meu primo e o Erik vindo em minha direção, rindo de alguma coisa. Volto a olhar para Marco e pergunto sobre a sua namorada.

-Ela preferiu ficar com a família dela. Melhor para ti, tem a mim só para você, exclusividade para torrar a sua paciência. – Marco abre um enorme sorriso no rosto, o que me faz rir também.

-Desculpa, priminho. Mas a função de irritante já foi ocupada por mim, há alguns anos atrás.- Pisco para o Marco e me levanto para cumprimentar meu namorado.

-Quero ver o tio ter um ataque de coração quando ver seu novo namorado. – Roman sorrir e me abraça.

-Vamos concordar, que esse é mais aceitável que o último que apresentei a ele.

-Eu estou aqui, sabia? – Durm olha para nós dois sem entender e Marco apenas rir.

-De qualquer maneira, estarei segurando um pote de pipocas.- Marco coloca seu óculos escuro e segue em direção ao portão que acabou de chamar para o nosso vôo.

   Roman logo alcança seu irmão, me deixando para trás juntamente com Erik, coloco minha mochila nas costas e ofereço minha mão para o loiro pegar, ele assim o faz e caminhamos de mãos dadas para o portão 5.

-Você teve muitos namorados? – Durm pergunta olhando para frente.

-Não, namoro sério apenas 2 , contando com você. Mas eu vivia levando amigos para casa, só para irritar meu pai. – Dou de ombros e olho para o loiro.

-Você e seu pai não se dão bem?- Erik aperta de leve minha mão e olha de relance para mim.

-Pelo contrário, nos damos super bem. Mas ele não aceita que eu já sou uma mulher e que vou namorar algum dia. Ele acha que serei sua menininha para sempre. – Respondo o tucano.

       Ao entrarmos no avião, temos uma grande surpresa. Nenhum dos quatro lembraram de planejarmos comprar passagem para mesma classe, como todos os três são jogadores de futebol ricos, compraram passagem de primeira classe e eu como sou uma recepcionista e universitária comprei passagem da classe econômica. Eu apenas rir da situação, mas Durm diz que podia me dar o resto do dinheiro para trocar a passagem, mas eu neguei, aleguei que não necessitava disso e que não adiantava insistir que eu não iria aceitar. Ficarei na classe que eu paguei com meu dinheiro.

       Me sentei ao lado de uma mulher idosa que estava fazendo crochê e toda hora derrubava sua bola de lã e eu tinha que me abaixar para pegar para ela. Já estávamos na metade da viagem, quando a senhora se ofereceu a me ensinar a fazer crochê, como não havia mais nada para se fazer, aceitei. Fui desastre, mas a senhora foi bastante gentil eu me dizer que se eu continuar a treinar irei fazer um bom crochê.  Agradeci a ela, peguei minha mochila e desci no avião e fiquei esperando o trio parada dura no saguão.

     Tive que esperar uns bons minutos os fãs deixarem os três em paz e finalmente podermos pegar o táxi até Münsingen. Como sou a única dama do esquadrão, fiquei sentada na frente ao lado do motorista e os três jogadores tiveram que se apertar no banco de trás. O motorista do táxi era um vizinho dos meus pais, por coincidência e ele foi à viagem toda nos adiantando das novidades.

     A viagem foi bastante cansativa, agradeci aos céus quando finalmente chegamos em Münsigen. Nem os meus pais e nem os do Roman e Marco moram na cidade, moram em chácaras, longe de toda a barulheira da cidade, num lugar calmo e tranquilo. Aonde pela manha é acordada pelo cantos dos pássaros e não pelo ranger dos motores.

     A chácara dos meus pais é a primeira, então Roman e Marco decidiram descer ali mesmo e depois seguiam a pé para a chácara dos pais deles. Marco pagou a corrida e juntos caminhamos em direção ao encontro dos meus pais.

-Sinto falta do meu filho, ele deve estar enorme, será que ainda lembra de mim? –Assim que termino minha pergunta, escuto alguém chutar algo e em seguida soltar um palavrão quase inaudível, me viro e vejo Erik com o rosto pálido e esfregando a ponta do seu tênis.- Que foi? Não viu a árvore?- Pergunto rindo.

-Você..... tem um....... fi.fi...fi....filho?- Durm gagueja e me encara com os olhos arregalados.

-A essa altura do campeonato, achei que o ratinho já haveria lhe contado. – Dou de ombros e olho para o Roman.

-Essa não é minha obrigação, é a sua.- Roman cruza os braços e abre a porteira.

-Você não me respondeu. – Volto a olhar para o loiro, que parece que perdeu toda a circulação sanguínea do rosto.

-Sim, Erik. Eu tenho um filho, você vai gostar dele. Ele tem 3 anos e é um amor, ele pode lhe estranhar no início, mas depois logo se acostuma. Por exemplo, ele odiava o Marco, mas agora o aceita. – Durm ainda parece estar paralisado, pego em sua mão e o puxo porteira a dentro.

    Meus pais já nos esperavam na varanda da casa, segurando lanternas para que possamos enxergar o caminho. Solto a mão do loiro e corro em direção aos dois, os esmagando em um forte abraço. Encho os dois de beijos e sou retribuída. Logo depois Marco e Roman se aproximam e cumprimentam seus tios, um pouco mais corado, Durm se aproxima e cumprimenta meus pais. Prefiro deixar para contar que ele é meu namorado amanha, sendo apresentado apenas como amigo de Roman.

-Cadê o Eddie? Meu pequeno.- Pergunta para minha mãe.

-Está lá no jardim brincando com o cachorro.- Minha mãe responde e olho para o Durm e sorrio e o vejo engolir em seco.

      Meus pais nos convidam para entrar e vamos todos juntos para a sala de estar, coloco minha mochila em cima do sofá e vou para o jardim pegar meu filho. Torcendo para que ele ainda se lembre de mim. Assim que chego no jardim, vejo Eddie sentado na grama de costas para mim. Contemplo por uns segundos e sinto um aperto enorme no peito, de tanta saudades que estava do meu filhote.

-Eddie.- Chamo-o indo em sua direção.

     Meu filho se vira para mim e mesmo sem sorrir como os humanos sorrir, vejo seu bico formar um pequeno sorriso, abrir as asas e vir na minha direção “ gritando”, me ajoelho no chão e abraço meu pato. Faço carinho nele e posso sentir que ele estava com saudades de mim, da mesma maneira que eu estava dele.

-Oh Eddie, sentir sua falta, seu pato lindo. Não acredito que demorei tanto voltar para lhe visitar. Desculpa, filhão. – Pego meu pato no colo e o levo em direção a sala de estar.- Tenho que lhe apresentar alguém, peço que não o ataque.- Digo para o Eddie fazendo um carinho em sua cabeça.

    Assim que chego na sala, Durm levanta o olhar do chão e olha para mim, percebo ele olhando para trás de mim, a procura de uma criança de três anos, sorrio e volto a fazer carinho no pato.

-Erik, deixa eu lhe apresentar o Eddie, meu filho pato.- Me aproximo do loiro com o pato em meus braços e vejo sua cara de susto se transformar em uma feição mais suave.

-Um...pato.....seu filho é um pato, Julie? – Durm continua olhando para trás de mim, como se uma criança fosse aparecer correndo a qualquer momento.

-Se você é um tucano, porque meu filho não pode ser um pato?- Pergunto em quanto faço carinho no Eddie.

-Eu pensei.... que era uma criança de verdade. Sabe, um humano. – Erik sorrir sem graça e olha para Roman, que cai na gargalhada juntamente com Marco.

-Mas não é. Eddie é meu filho pato. Depois que a mamãe dele morreu, quando ele ainda estava no ovo, eu fiz uma incubadora e cuidei dele. Mas me mudei para a Alemanha e tive que deixar ele com os avós, mas a mamãe voltou, né Eddie.- Aperto de leve meu filhote no colo e ele solta um sonoro “quack”.

           Ficamos conversando um pouco, até que Roman, Marco e Erik resolvem seguir o percurso e irem para a chácara de seus pais. Me despeço de todos com um abraço, para não levantar suspeitas. E volto para dentro de casa com Eddie ao meu encalço e meus pais me enchendo de perguntas. Ficamos até tarde conversando e quando finalmente o sono começou a me vencer, dei boa noite aos meus pais e fui para meu quarto junto com Eddie. Me quarto continua da mesma maneira que o deixei, com vários pôsteres de bandas de rock espalhados pelas paredes, um monte de adesivos de estrelas colados no teto, alguns livros na estante, um pequeno guarda-roupa encostado no canto da parede e vários cds em ordem de estilos musicais empilhados ao lado de um aparelho de som. Mas o que mais me chamou atenção, foi que minhas baquetas continuam em cima da cama, ao lado de uma bandana. Rapidamente saio correndo do meu quarto e vou para a segunda sala de estar com Eddie “ gritando” atrás de mim. Assim que chego na sala, vejo minha velha bateria no canto, brilhando mais solitária. Passo os dedos sobre ela e uma velha energia percorre meu corpo, sinto vontade de tocar, mas meus pais estão dormindo e iria acorda-los.

-Amanha, Ingo, iremos acordar toda a província ao som de rock and roll.

   Volto para o quarto, pego a velha cama que havia feito para o Eddie, coloco no chão ao lado da minha cama, aonde meu filho deita e eu me jogo na cama.

-Descanse bem, Eddie. Amanha teremos um dia agitado.- Digo e apago o abajur.

 


Notas Finais


Caso tenham ficado curiosos, o nome do pato é uma homenagem ao Eddie Vedder, vocalista da banda grunge Pearl Jam e Ingo e homenagem ao baterista da banda de power metal Helloween.
Espero que tenham gostado do capítulo!! O próximo capítulo será cheio de surpresas e emoções.


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