História Por acaso - Capitulo vinte e dois.

-Vamos deixar-los a sós, Julie. -Diz Durm  apoiando em meu cotuvelo e me puxando de leve para longe do casal.

-Não quero ir, quero dar uns bons tapas no Bürki. -Digo sem tirar os olhos do meu primo.

-Está discurssão não é sua, deixa o casal se resolver. -Erik me convence e juntos vamos para o estacionamento.

-Eles não podem se separar, são o meu casal, eu juntei eles. -Digo cruzando os braços e me encostando no carro do loiro.

-Não se pode controlar tudo, Julie. -Erik abre o seu carro e joga sua mochila lá dentro.

-Espero que eles se entendam. -Digo mais para mim mesmo que para o Durm.

-Que tal irmos comer alguma coisa? A conversa deles vai ser longa. -Erik se senta no banco do passageiro e faz cara feia ao passar a mão por seu joelho direito.

-Machucou? -Indago olhando para o joelho do jogador.

-Na verdade, ele nunca sarou. Vive me dando trabalho este joelho. -Respone Durm massageando seu próprio joelho.

-Compra um novo então. -Brinco com ele.

-Se fossr possível, acho que já teria feito isto. -Diz Erik sorrindo. -E então, em qual lanchonete vamos? -Finaliza Erik.

-Acho melhor eu ficar aqui e esperar a Nastassja, ela vai querer conversar comigo depois que terminar a conversa com o Roman. -Respondo olhando para o loiro.

-Como pode ter tanta certeza? -Indaga Durm me encarando também.

-Somos mulheres, oras. -Respondo dando de ombros.

        Alguns minutos depois, Bürki aparece no estacionamento, tento ler suas feições,mas ele não demonstra nenhuma. Assim que ele se aproxima, defiro um tapa em seu ombro.

-Ai. -Reclama o goleiro.

-Ai nada, seu paspalho idiota. Não acredito que fez isto com ela. Esperava mais de você. -Digo em quanto desfiro tapas.

-Julie, para. Não quero falar sobre isto agora, de novo. A Nastassja está lá em cima te esperando. -Bürki segura minha mão e em seguida olha no meus olhos, antes de me soltar e dar as costas para mim e para o Erik.

-Nos vemos mais tarde. -Digo dando um selinho no Durm.

      Encontrei a Nastassja no carro, ela ouvia música alta e não disse nada quando entrei no carro. A viagem até a casa dela fpi absurdamente silenciosa de conversa, apenas o rádio do carro fazia barulho.

        Esperei ela puxar assunto, eu sei que quando ela se sentir a vontade, ela vai falar. E como eu imaginei, depois de ter tomado banho, Nastassja me chamou para a sala e lá ela desabafou sobre tudo que lhe afligia.

-Ele disse que não me traiu, que apenas deu uma cantada na garota, para provar aos amigos que é bom de paquera. Mas eu não acho certo um homem comprometido fazer isto. E se seus amigos duvidasse que ele beijasse a garota? Ele beijaria?. -Nastassja segura as lágrimas.

-Nast, calma, não chore. -Tento consola-lá, mas sou péssima nisto.

-Achei que ele era o homem perfeito, charmoso, interessante e engraçado. Eu o conheci quando era um zé ninguém, estamos há 6 anos juntos e ele joga tudo ao relento assim. -Nastassja não consegue mais controlar as lágrimas e eu lhe entrego um lenço de papel.

-Eu realmente achei que ele era um homem diferente, Nast. Eu não sabia que ele é igual aos outros. -Digo na tentativa de consolar a minha amiga. -Te dou a minha palavra que se quiser eu dou uns tapas nele.-Brinco e faço a Nastassja sorrir.

-Você é muito agressiva, Julie. -Diz Nastassja me dando um leve empurro.

-Que tomar sorvete? Comer chocolate? Dizem que anima qualquer um. -Sugiro com um sorriso no rosto.

-Não é só porque terminei um namoro que vou engordar, quero salada de frutas sem leite condensado e irei ficar muito gostosa e mostrar ao Roman a mulher que ele perdeu. -Diz Nastassja levantando do sofá confiante e indo em direção a cozinha.

            Fiz companhia a ela até as seis horas da tarde, depois fui dar um passeio em Dortmund acompanhada pela Erik. Ele me levou numa lanchonete recém inagurado por um grande amigo seu, Julian.

        O hambürguer é uma delícia e deu vontade de comer mais de um.

-Estou criando novos sabores, você tem que vir experimentar. -Diz Julian ao meu lado.

-Pode deixar, eu irei vir mesmo. -Digo sorridente.

-Você vai falir com ela aqui. -Diz Durm ao amigo.

-Fica na sua tucano. -Digo dando língua para o meu namorado.

-Tucano. -Gargalha Julian chamando atenção de todos ali presente.

-Obrigada Julie, ele nunca mais vai esquecer este apelido. -Ironiza Erik revirando os olhos.

-Disponha. Estou sempre aqui para isto. -Brinco com o Durm e aperto suas bochechas.

         Estavamos saindo da lanchonete e me deparo com Bürki passando do outro lado da rua acompanhado de um amigo. Sem parar para pensar, atravesso a rua e paro na frente do goleiro, em nossa língua natal começo a brigar com ele, até que o idioma suíço não é muito diferente do alemão, mas algumas palavras são totalmente diferentes. O amigo do Roman e o Erik encaram tudo perplexos, não conseguiam acreditar no que estava acontecendo no meio da rua.

-Você não tem direito de palpitar em nada, Julie. Cuide da sua vida e deixa a minha paz, não sou obrigado ouvir seus sermões, sou adulto o suficiente para saber a gravidade dos meus atos e não preciso de um garota antipática para repetir tudo que eu sei, vai viver a sua vida e larga do meu pé. -Roman me olha extremamente irritado e em seguida sai de perto de mim com passos fortes e largos, eu apenas o observo sumir na multidão.

-Julie, ele não quis di.....

-Não, tucano, ele tem razão, preciso parar de controlar tudo e viver a minha vida, acho que dei uma de irmã mais velha de maneira absurdamente exagerada. Não havia dado conta do quanto eu estava sendo idiota. -Digo  me virando para o loiro. -Desculpa pelos meus atos impensados, Erik, vou tentar melhorar. -Finalizo e o abraço forte.