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História Por Detrás do Sorriso - Amor


Escrita por: ArikaKohaku

Notas do Autor


Olá pips! Aqui estou eu com um super capitulo (de tamanho e substância). Este capitulo eu entusiasmei-me tanto a escrever as cenas que acabei por escrever 13k. Houve até uma cena que era para ter neste cap que eu transpus para o próximo. Este aqui tem uma música que uma das personagens vai cantar (quem será?) que é do David Carreira e dá pelo nome de In Love. Espero do fundo do coração que gostem e que o amor esteja convosco. Boa leitura...

Capítulo 34 - Amor


Fanfic / Fanfiction Por Detrás do Sorriso - Amor

Os jornais de Domingo abriram não com notícias da neve que tinha começado durante a noite, mas com o beijo apaixonado do jogador de futebol Choi Minho com um desconhecido grávido. O casal estava agora nas bocas da gente da cidade e do resto do país, porém no topo do arranha-céus os dois dormiam aninhados na cama de Minho. Longe do mundo e longe da especulação que crescia no lado de fora. Quem era o estranho? Estava grávido. Seria o bebé do futebolista? Mas enquanto jornalistas se tornavam detectives, a família ainda estava calma e seguia a continuação do que seria um ótimo fim-de-semana.

 

No apartamento por cima da escola de dança e música dos irmãos Kim, Jinki tentava acordar o seu namorado com beijos e pequenas caricias na sua cara usando as pontas dos seus dedos, mas este estava completamente forrado a dormir. Ele podia deduzir porquê, ambos ainda estavam a recuperar da noite sem dormir da madrugada passada, depois da zanga de Jonghyun. Porém Jinki não podia consentir com mais algumas horas de repouso, ele tinha um plano para aquele dia e precisava de Jonghyun acordado.

 

Os dois estavam encaixados de alguma forma na cama de solteiro de Jonghyun. O ómega tinha puxado a almofada de debaixo da sua cabeça para entre os seus braços e tinha feito do braço de Jinki uma nova almofada, enquanto as suas costas estavam contra o torso do alpha e este mesmo, acordado, o mirava a partir de cima de forma contemplativa. Há anos que não se sentia assim, simplesmente apaixonado. Com vontade de revirar o mundo por causa de uma pessoa. Com vontade de enfrentar os monstros que existiam na vida. Jonghyun não sabia, mas tinha trazido a Jinki a vontade de viver, a força e a luz. E Jinki queria fazer o possível para conservar tudo o que Jonghyun lhe tinha trazido.

 

O alpha sorriu de forma matreira e inclinou-se por cima de Jonghyun. O ómega resmungou baixinho pela movimentação, mas não acordou. Por isso, Jinki levou os seus lábios até ao rosto suave de Jonghyun distribuindo beijos pequenos pelo seu rosto. Ele não conhecia uma forma mais doce de acordar uma pessoa que não fosse com amor. Então Jonghyun abriu os belíssimos olhos, grandes, diferentes dos afiados olhos de Jinki e piscou-os cheio de sono. Havia uma espécie de interrogação no rosto sonolento de Jonghyun. Porém foi só até o seu sorriso despertar, antes mesmo de Jinki cobrir os seus lábios com os lábios dele.

 

O coração de Jonghyun nunca se tinha fechado para o romance e para o amor, mesmo depois da morte do filho, mesmo depois das promessas quebradas de Bin Sun, ele nunca tinha sido capaz de dizer que não aos batimentos do seu coração. Mas em todos os pequenos namoros que tivera após a sua recuperação eles nunca tinham chegado a ser mais que pequenos fogos que se extinguiam rapidamente. E com Jinki era a primeira vez em que se sentia aceite por quem era. E verdade fosse dita, era a primeira vez que se sentia verdadeiramente seguro e protegido. Era a primeira vez que estava a desfrutar de uma relação saudável. Talvez fosse a primeira e única vez que estava a ter uma verdadeira relação.

 

Era com gosto que sentia o seu coração bater forte no peito. Era com alegria que recebia os lábios de Jinki sobre os seus. Era com calor que sentia o seu corpo contra o do alpha. Era com ânsia que o desejava. Mas não era só desejo, era o desejo que os sentimentos proporcionavam. E era arrasado por tudo o que Jinki transportava com um simples beijo. Era intenso.

 

- Vamos levantar, hoje temos um dia longo pela frente. - Anunciou Jinki querendo sair da cama e debaixo das cobertas, mas assim que o tentou fazer, Jonghyun enlaçou os seus braços em volta do pescoço do alpha e puxou-o novamente para a cama.

 

- Está frio! - Queixou-se o ómega murmurando num bafo quente contra a pele de Jinki, fazendo o mesmo arrepiar-se. Estava Jonghyun a fazer aquilo de propósito ou com alguma intenção? Mas fosse de que maneira fosse, estava a levar Jinki à loucura. E se antes ele já pensava em Jonghyun de forma pecaminosa e confusa, desde que soubera que o mesmo era ómega e livre, pois não era realmente casado, que as suas ideias estavam cada vez mais claras e fortes. Só que ele queria preservar Jonghyun da forma que sabia. Queria que o mesmo se sentisse calmo, seguro e confortável na sua presença. Mas agora que Jonghyun já tinha reivindicado mais contacto, Jinki não estava disposto a esperar mais. E afinal eram dois adultos experientes ali.

 

- Não me ouviste? - Questionou Jinki roubando mais um beijo de Jonghyun ao mesmo tempo que os puxava a ambos para fora da cama, aproveitando os braços que o mais novo tinha posto à volta do seu pescoço.

 

- E onde é que vamos? - Perguntou de resposta deixando-se ser carregado da cama até ao chão e gostando de estar colado ao corpo quente do alpha. A noite tinha arrefecido bastante, mas a casa em si estava quente e era preparada para a neve que caía todos os Invernos.

 

- Surpresa!

 

- Oh vá lá Jinki, acordaste-me tão cedo para... que horas são mesmo? - Jonghyun deixou um pouco o corpo quente de Jinki para espreitar o relógio que tinha na parede. - São sete da manhã!

 

- Eu sei. - Respondeu Jinki num sorriso que era um misto de disfarçada inocência.

 

- Porque é que me acordaste tão cedo Lee Jinki?

 

- Eu já disse que é uma surpresa! - Retorquiu Jinki não desejando estragar o dia que planeara.

 

- Mas precisa de ser tão cedo? - Resmungou Jonghyun, que apesar de ser uma pessoa de dormir pouco e mais um ser noturno do que diurno, estava com horas a menos de sono e tinha apreciado ficar mais algumas horas no colchão da sua cama junto a Jinki.

 

- Sim precisa. Eu já combinei com o Taemin e assim que ele chegar nós metemo-nos no carro e fugimos daqui. – Disse Jinki com a sua voz suave quase saindo como um sussurro sensual contra a pele da bochecha de Jonghyun, enquanto os seus braços apertavam ainda mais a cintura de Jonghyun de contra ao seu próprio corpo. Para depois capturar os lábios de Jonghyun e fazer com que o mesmo perdesse os pensamentos só com a sua língua.

 

- Combinaste com o Taemin o quê? – Questionou Jonghyun tentando agarrar Jinki pela distracção, enquanto o alpha passava uma o seu nariz pelo ómega, cheirando a sua essência doce e querendo que esta ganhasse um gosto mais profundo e quente. Em adoração quis morder o pescoço de Jonghyun, mas ficou-se apenas por um roçar de dentes, fazendo o mais novo rir suavemente.

 

- Combinei que ele ficava aqui a tomar conta dos sobrinhos até Kibum voltar, para nós pudermos ter o nosso dia. Agora toda a despachar! Faz uma mala com uma muda de roupa. – Ordenou Jinki fugindo rapidamente das mãos enlaçadas de Jonghyun, que resmungou pela perda de contacto e pela falta de resposta. Mas Jinki sabia fazer surpresas e guardar segredos.

 

oOo

 

Taemin revirou os olhos de forma exasperada. Ele e Jonghyun estavam na recepção da escola. Lá fora já tinha começado a nevar novamente. Flocos de neve caiam lentamente no chão e em cima de outros flocos de neve, que se amontoavam nas ruas. Jinki tinha ido ao seu apartamento no fundo da rua, por cima do restaurante, buscar roupa para ele e eles esperavam ali o seu regresso.

 

- Oh vá lá Jonghyun-hyung! Eu sei tratar de crianças! – Resmungou Taemin, que se tinha voluntariado para ficar com as crianças para que Jinki pudesse arrastar Jonghyun para um lado qualquer. Porém o mais velho dos irmãos Kim parecia estar relutante em deixar os dois sobrinhos com Taemin. Era realmente cedo e os dois ainda estavam a dormir, Jonghyun estivera até ali a dar uma lista de recomendações a Taemin. Estava preocupado porque tinha sido ele a trazer os dois para casa e que os tinha deitado e agora tinha medo que quando acordassem pensassem que ele tinha simplesmente desaparecido. Mas toda a sua hesitação para deixar os sobrinhos servia apenas para irritar Taemin que tivera que trazer o próprio filho meio adormecido para dar aquela oportunidade ao recém casal de namorados. SamSu estava agora a dormir ao lado de Minki. – Kim Jonghyun põe esse traseiro daqui para fora! Eu sei tratar das crianças, faz parte da minha profissão! Além disso o Minki e o Minhyun também são meus sobrinhos!

 

- Oh desculpa Taeminie eu não quis dizer que tu não tratas bem os nossos sobrinhos. É só que…

 

- É só que nada! – Cortou Taemin. – O Jinki-hyung já chegou! Agora põe-te a andar daqui para fora!

 

Mandou a pequena mala que Jonghyun tinha preparado para os braços do mesmo e empurrou o professor de música até à porta e depois para lá dela. O tempo frio fez o corpo de Jonghyun estremecer e antes que tivesse tempo de se virar para trás para dizer mais alguma coisa a Taemin, este já tinha fechado a porta de vidro e já se tinha trancado por dentro. Agora estava do outro lado vidro a mandá-lo embora por gestos.

 

- Estás pronto? – Questionou Jinki que tinha deixado o carro mal estacionado em frente do portão da escola. Jonghyun fez uma careta feia para Taemin para depois se rir ao receber de volta uma careta feia do professor de ginástica. Ia ajeitar a sua pequena mala ao ombro, mas Jinki retirou-lhe a mala das mãos ao mesmo tempo que acenava para Taemin em despedida. – Vamos?

 

- Vamos. Não sei onde vamos, principalmente com este frio, mas vamos.

 

Jinki simplesmente sorriu e conduziu Jonghyun para o carro. Sabendo já que Jonghyun não gostava de frio, Jinki tinha deixado o carro ligado com a sofagem ligada para o carro ir aquecendo. O louro não se fez nem um pouco de rogado e entrou no carro, enquanto Jinki colocava a mala no porta-bagagens. E finalmente, pensou Jinki, olhando para o relógio (que marcava as 9 horas e 13 minutos) iam em direcção ao seu destino. Arrancou com o carro e sentiu um arrepio de alegria e entusiasmo que rebentou uma espécie de riso a cair para a gargalhada. E isto fez Jonghyun olhar para ele de forma cómica.

 

- O que foi? - Perguntou Jinki com o sorriso aberto. E foi a vez de Jonghyun rir e ser influenciado pela boa disposição de Jinki. Até que ambos se estavam a rir de maneira parva e provavelmente sem razão nenhuma. Mas eles tinham-se tornado neste género de casal. Que faziam coisas sem lógica, que trocavam olhares e reações que só eles achariam piada. E aproveitavam acima de tudo a presença um do outro.

 

- Tu sabes que eu e o Kibum fizemos parte do mesmo clube na escola, certo? - O namorado apenas confirmou, afinal fora Jinki a dar as aulas de música quando ele tinha ficado com o nariz feito uma batata. Ele não sabia exactamente o quanto é que Jinki sabia, nem qual o potencial que o mesmo tinha, mas sabia que Kibum tinha um grande fascinio pela parte artística de Jinki. Agora que pensava nisso, Jonghyun tinha ciumes do irmão que tinha conhecido Jinki jovem e que o vira no meio artistico. - Abre o porta-luvas.

 

O louro abriu o porta-luvas e reparou que lá dentro, além do habitual manual de instruções do carro e os seus documentos também havia um porta-cd's. Jinki disse-lhe para tirar os CDs para fora e para procurar por um que tivesse o nome do clube da escola de alphas escrito na sua superficie. E depois mandou-o colocar o CD no rádio. Jinki selecionou uma das faixas e uma música alegre começou.

 

- Oh my god! É o Kibum! É voz do Kibum! - Quase gritou Jonghyun ao ouvir a voz do irmão a cantar. Ele já tinha ouvido a voz do irmão a cantar, claro, mas não daquela maneira. Kibum já o tinha ajudado nalguns arranjos e composições, normalmente dava voz aos seus raps, só que aquela música era só a voz de Kibum a cantar. A cantar com encanto. Sentia-se tanto a alegria dele. - Isto é bom!

 

- Ele tinha apenas 15 anos. Mas espera e ouve a música que vem a seguir. Foram o Minho e o Kibum que a escreveram e a cantaram.

 

- Eu achava que o Minho não sabia cantar. Quando ele me pediu para fazer aquela surpresa ao Kibum durante o concerto da Taeyeon eu achei que estava a meter a corda no pescoço. Mas quem diria que o que o futebolista também sabe cantar.

 

- E não só. Ele também sabe representar, dançar e fotografar.

 

- Estás a brincar?

 

- Não. Nós fizemos e aprendemos um pouco de tudo. Mas enfim, ele ama andar a correr atrás de uma bola. - Jonghyun concordou, mas não completamente, agora sabia que havia algo que Minho amava mais do que o futebol. O Kibum. A música seguinte no CD começou. A música era claramente mais hip hop com um pouco de eletrónica. Mas o que deixou a Jonghyun estupefacto foi a letra da canção.

 

- Isto é impróprio para crianças de 15 anos! - Comentou. - Como é que os professores vos deixaram gravar isto?

 

- Não deixaram. Nós gravámos isto sem eles saberem.

 

- És tu que fazes este som gemido por detrás do rap deles não és? - Questionou olhando para Jinki com um olhar sabichão e subentendido.

 

- Estás a pensar coisas pervertidas Kim Jonghyun?

 

- Só a pensar? Não, não. Eu estou a imaginar também... - Brincou Jonghyun.

 

- Imagina à vontade. A tua imaginação não chega aos pés da realidade.

 

- Oh, Lee Jinki cheio de autoestima.

 

Jinki parou o carro num semáforo vermelho e fez um movimento rápido puxando Jonghyun com o seu braço direito pelo seu pescoço e beijando-o de forma impetuosa. O ómega foi apanhado de surpresa, mas depressa estava a corresponder aos lábios de Jinki com o mesmo fulgor. Era um beijo diferente do que estava acostumado a partilhar com o outro. Era um beijo carregado de puro desejo e um pouco brusco. Era inflamado e experiente, podia ser a faisca para incendiar o rastilho.

 

- Babe, não brinques com o fogo. - Avisou Jinki num sussurro passando os seus lábios lentamente sobre a bochecha de Jonghyun, fazendo de propósito para o ómega sentisse o seu bafo quente. - Não é a minha autoestima, é a verdade dos factos. Eu sei perfeitamente quais são as áreas em que sou um chefe. E não estou a falar de cozinha.

 

O professor sentiu o calor chegar-lhe rapidamente às bochechas e ele teve a certeza. Teve a certeza que estava a corar pela primeira vez em muitos anos. Jinki soltou uma gargalhada baixa e ligeiramente rouca e afastou-se de Jonghyun para regressar à condução. O sinal estava novamente verde.

 

oOo

 

O rádio continuava ligado, mas agora estava ligado numa estação de rádio. E o casal de namorados cantava alegre várias músicas entre as suas conversas. Eles estavam na autoestrada a caminho de um local ao qual Jinki se recusava a dizer qual era a Jonghyun. Obviamente que Jonghyun já tinha tentado de tudo para saber onde iam, mas apenas sabia que não era um lugar muito longe, apenas iam devagar por causa da neve e do gelo sobre o alcatrão que era extremamente perigoso. Mas Jonghyun tinha a ligeira sensação que estavam a ir em direcção das montanhas. Havia uma pequena cidade lá.

 

Mas foi surpreendido quando Jinki entrou numa estação de serviço onde havia um dos restaurantes de Jinki. Jonghyun nunca se tinha debruçado muito sobre o império de restaurantes de Jinki, até porque o alpha era uma pessoa muito simples e sem os clichés que muitos ricos teem. Isso explicava-se por Jinki ter nascido pobre, tinham sido os pais a lançar a marca. Jinki apenas tinha continuado e aumentado o trabalho dos pais. Porém Jonghyun sabia que a cadeia de restaurantes tinhas três linhas de acção. Restaurantes comuns, linhas de fastfood, como aquele na estação de serviço, e outra linha de luxo. Ele empregava várias pessoas, mas apesar de haver uma ligação clara entre os restaurantes, cada uma era como se trabalhasse como uma unidade autónoma, com a sua própria gerência, embora o escritório fosse só um.

 

- Faz algum tempo que não venho a aqui. - Comentou ao parar o carro. Jonghyun olhou para ele de forma interrogativa. Jinki não o tinha acordado para o ir ver trabalhar, pois não? - Eu não vim trabalhar se é isso que estás a pensar. Nós ainda não tomámos o pequeno-almoço.

 

E como que a relembrá-lo desse facto o estômago de Jonghyun roncou alto. Antes de saírem para o lado de fora, vestiram os casacos e as luvas por causa das temperaturas negativas, agora ainda mais notórias por estarem perto das montanhas. Do lado de fora Jonghyun foi envolvido pelo braços de Jinki e ambos entraram no restaurante. Àquela hora até havia alguma movimentação. Alguns trabalhadores, principalmente de transportes de mercadorias e motoristas matutinos, buscavam no interior o refugiu contra o tempo gelado e numa bebida quente o alivio. O casal foi recebido com o cheiro de café misturado com o doce das doçarias e salgados acabados de sair do forno.

 

Colocaram-se na fila como clientes habituais, Jinki ainda não tinha largado Jonghyun, que soluçou com sono. Eles tinham caído num silêncio confortável e percorriam os painéis informativos com os olhos. Jonghyun escolhia o que queria comer e Jinki via se estava tudo em ordem, mesmo que não quisesse trabalhar, ainda assim, era uma casa sua e o seu dever acabava por vencer a vontade.

 

- Acho que quero um chocolate quente e um folhado de maçã. - Escolheu Jonghyun trazendo Jinki novamente para o verdadeiro propósito da sua ida ali. Quando reparou já era a sua vez de ser atendido.

 

- Eu ainda não sei... - Atrapalhou -se Jinki. O ómega que estava na caixa, no entanto, sorriu compreensivo. Jinki não sabia quem ele era, da última vez que ele estivera ali, aquele rapaz provavelmente ainda não tinha sido contratado. Esse tipo de trabalho não passava pelas mãos de Jinki.

 

- Que tal o nosso menu “Chicken in the morning”? Tem um copo de leite, com chocolate ou sem, aquecido ou não, à acompanhar uma sandes de fiambre, queijo ou mista e uma coxa de frango e queijo. - Apresentou o ómega com simpatia apontando para o painel onde estava apresentado o dito menu de pequeno-almoço.

 

Uma gargalhada soltou-se da boca de Jonghyun sem que ele a conseguisse conter. Acabou a sobressaltar o empregado de balcão e Jinki olhou para ele com curiosidade.

 

- “Chicken in the morning”? - Questionou divertido olhando para Jinki.

 

- Sim. - Quem respondeu o empregado com um tom animado e novamente o sorriso no rosto. - “All Day Chicken” é o lema do Chicken Paradise!

 

- “All Day Chicken”. - Reforçou Jinki com um certo orgulho.

 

- Isto é simplesmente a tua cara, não é? - Debochou Jonghyun. - E então o que é que vais comer?

 

- Eu vou aceitar a sugestão. Eu quero “Chicken in the morning”. - Pediu completamente agradado consigo mesmo. Afinal era ele que elaborava os menus e que os denominava. 

 

- Eu quero um chocolate quente e um folhado de maçã. - Completou Jonghyun. - Espero que não haja “Chiken in the lunch hours”.

 

- Se quiseres eu não me oponho.

 

- Vai sonhado. Mas falando a sério. É um bom menu. O preço é acessível. Nem vou falar do sabor, eu já sei que será bastante saboroso. - Elogiou Jonghyun deixando, por momentos, Jinki a olhar para ele com um misto de adoração e emoção. Depois Jinki aproximou-se dele e roubou-lhe um beijo rápido, enquanto o empregado trazia as coisas para dois tabuleiros distintos. Porém quando o beijo foi interrompido, viram que o ómega estava ligeiramente petrificado a olhar para ambos. Jonghyun reconheceu um certo olhar de nojo e desagrado. Há algum tempo que não via aquele tipo de olhar. Um olhar com o qual ele não devia estar habituado, mas que por experiência na vida, ele estava.

 

- Eu sou um ómega. - Acabou por dizer depois dos poucos segundos em que o empregado o olhava como se tivesse viste um mostro à sua frente.

 

- Desculpe, eu não quis... - Tentou desculpar-se o empregado, porém foi calado ao sentir a vibração da essência alpha de Jinki. Jonghyun olhou para o namorado e arrepiou-se. Era a terceira vez que via Jinki zangado àquele extremo.

 

- Chama o DongWoo. - Ordenou Jinki.

 

- Se... senhor?

 

- O gerente! Não sabes o nome do teu gerente? - Rosnou Jinki.

 

- Jinki, isso não é preciso... - Tentou Jonghyun tendo pena do ómega à frente de Jinki que parecia que estava prestes a querer chorar por causa daquela aura alpha.

 

- Chama o gerente. - Tornou a ordenar Jinki. O empregado apenas abanou a cabeça e depois desapareceu por detrás de uma das máquinas. Regressando apenas alguns instantes depois com um outro ómega que quando viu Jinki ficou extremamente pálido.

 

- Sr. Jinki. Prazer em em vê-lo. - Disse fazendo uma vénia e olhando para o empregado de balcão para que este fizesse o mesmo. - Já faz algum tempo...

 

- Desde quando é que os nossos empregados deixam de ser neutros perante os nossos clientes? - Jonghyun olhou para trás e reparou que já existia um grupo de pessoas à espera para ser atendidos, mas que olhavam para o que se passava de forma curiosa. - Que eu saiba a nossa formação é bastante especifica no que toca à política de tratamento dos clientes. Todos os clientes são iguais e devem ser tratados de igual forma. Não importa a forma como estão vestidos, como são fisicamente, como falam, de que país são, ou que preferências tem. Não fica isto bem definido na formação e no contrato de trabalho?

 

- Claro que fica, senhor. - Confirmou o gerente.

 

- Então relembre isto as vezes que sejam precisas a este novo empregado. Porque desta vez foi comigo e com o meu companheiro, mas da próxima pode ser com um cliente a sério e eu não quero reclamações desta ordem nos meus restaurantes. - Falou Jinki. Jonghyun não sabia se devia de estar fascinado pelo comportamento de Jinki. aquele homem era um verdadeiro líder, ao mesmo tempo que conseguia ser compreensivo e meigo, ou se devia de estar com pena do pobre empregado. Mas obviamente que quem tinha razão ali era Jinki.

 

- Seus... seus restaurantes? - Gaguejou o empregado ómega compreendendo finalmente a situação em que se tinha metido.

 

- Não te preocupes, não serás despedido. Mas que esta situação seja uma lição e não tornes a repetir o erro. - Avisou Jinki, depois suspirou e ganhou um ar mais calmo. - Agora termina de me atender. Ainda falta a minha coxa de frango. E frango é das coisas que eu mais gosto na vida.

 

 

oOo

 

O suor caía-lhe pelo rosto. O sorriso estava largo nos lábios. E debaixo das luzes ele dizia adeus aos vários soldados que gritavam pelo seu nome como verdadeiros adolescentes malucos pelo seu ídolo. Mas ele não os achava irritantes nem nada do género muito pelo contrário. Ele ganhava força naquelas palmas, ele gostava daquela energia que lhe percorria por dentro vinda de fora. Era melhor que adrenalina e mais viciante do que qualquer droga que ele alguma vez tivesse experimentado. De certa forma, pensou sarcástico, ele continuava a ser um toxicodependente, mas agora não era das drogas ilegais, mas das palmas e do clamar dos fãs. Ele adorava aquilo e era sempre difícil sair do palco, fosse ele num teatro ou dentro de um ginásio do exército.

 

- E agora chegou a altura de chamar uma pessoa muito especial ao palco. Deem uma salva de palmas para uma amiga especial, Taeyeon. - Os berros que já eram enormes aumentaram enormemente e alguns guarda-costas extras entraram no recito para impedir que os soldados se passassem.

 

- Olá a todos! - A peeira de cabelos dourados falou acenando para toda aquela população de alphas e ómegas enlouquecidos. A vida no exercito com shows como aquele, concertos com pessoas bonitas e famosas, era um ponto alto na vida daqueles homens.

 

- Nós preparamos um pequeno dueto especial para todos vocês. - Revelou Bin Sung passando uma mãos pelos cabelos vermelhos e sorrindo para Taeyeon, cumprimentando-a depois. - Vamos a isso?

 

- Vamos! - Correspondeu Taeyeon aproximando-se depois de dois microfones de pé que tinham sido posicionados a meio do palco pelo staff.

 

- Todos nós sabemos qual é a maior inspiração para a música, certo? - Questionou o cantor ao lado de Taeyeon cada um deles em frente de um dos microfones.

 

- Amor. Amor. Amor. - Gritaram os soldados.

 

- Exactamente. E parece que a Taeyeon tem uma história engraçada que envolve a nossa estrela de futebol, o Choi Minho, não é verdade? - Bin Sung olhou para ela com um ar de interrogatório, mas brincalhão. E Taeyeon respondeu-lhe ao olhar com um riso traquina. - Não vale a pena negar, hoje os jornais não falavam de outra coisa. Ele cantou uma música durante o teu concerto. Quem diria que Choi Minho conseguia cantar. Mas foi mais que cantar, não foi? Foi uma confissão. Parece que Choi Minho também tem amor na sua vida.

 

- Amor. Amor. Amor. - Continua os soldados entusiasmados.

 

- Eu apenas ajudei um amigo a fazer de cúpido. Eu própria fui um cúpido. - Riu-se Taeyeon mostrando os seus dentes perfeitos. - Não é todos os dias que podemos contribuir para a felicidade do maior futebolista nacional.

 

- E quem é o felizardo que detém o amor da nossa estrela?

 

- Isso é o que todos querem saber. Eu também quero saber. Mas não sei. Como disse eu ajudei um amigo que os queria juntar, mas não sei realmente quem era a pessoa. - Confessou Taeyeon. - No fim, eles fugiram para o seu castelo encantado e eu nem pude felicitar o casal. Mas eu espero que eles sejam felizes para sempre.

 

- Eu também desejo isso. Mas é bastante romântico declarar um amor assim perante uma plateia tão grande. É a força do amor.

 

- Amor. Amor. Amor. - Entoaram os soldados.

 

- Vocês parecem mesmo necessitados de amor, hein? - Os soldados riram-se. - Então vamos a isto recebam o nosso amor. A música chama-se “in love”. Será que há melhor sensação do que estar apaixonado? - Bin Sung deu um sinal à banda e a música começou a tocar. A balada soou pelo recinto tocando o coração dos soldados com quase serenidade. E Bin Sung começou a cantar. - Tu querias fugir da palavra relação. Neste lance ficava de fora o coração. Amigos sem compromisso. E cada um sabia disso. Eu queria guardar na memória a sensação. A formas do teu corpo gravadas na minha mão.

 

Taeyeon entrou então no refrão fazendo coro.

 

- Era sem falar in love, in love, in love... - Os soldados foram à loucura e depois concentraram-se em cantar ao mesmo tempo que os cantores. Que mostravam a duvida do amor e se olhavam entre si, em pequenos pestanejare, criando um certo clima e levando de propósito o público ao delírio. - Mas do nada um sorriso, uma lágrima, tudo me lembra de ti. O que eu faço, ao retrato no meu quarto, porque eu estou in love, in love, in love...

 

A música progrediu os soldados cantaram os cantores deliciaram e a actuação finalmente terminou numa salva de palmas fortes, num momento que seria certamente infinito para a memória daqueles soldados.

 

- Bin Sung-ssi, é uma música maravilhosa. E tu cantas com tanto sentimento. - Falou Taeyeon maravilhada ela mesma com o talento do cantor. - Foste tu que escreveste esta maravilhosa letra, não foi? Não foi escrita para mim, pois não?

 

Bin Sung gargalhou e o espectadores também.

 

- Lamento, minha querida. Mas todos sabem que o meu coração está ocupado.

 

- Ah o misterioso ómega desaparecido. Espero que o encontres, como Choi Minho encontrou o seu mais que tudo desconhecido.

 

- Se o encontrar saberás porque eu também irei fazer uma declaração maior do que a de Choi Minho. Se me estás a ouvir meu “ómega desaparecido” espera para ficares envergonhado com a maior serenada da História...

 

oOo

 

A voz do rádio desapareceu e depois foi substituída por uma nova estação de rádio, espantando Jinki que continuava a conduzir. O carro subia agora a montanha vestida do branco da neve. Jonghyun encostou-se novamente no seu assento com um suspiro, mas depois um bom sentimento o fez rir-se novamente. Como é que ele podia não sorrir estando ao lado de Jinki e perante um cenário espectacular. Uma montanha de pinheiros revestida de neve e com um ar gelado e puro.

 

- Portanto, não te custa minimamente ouvi-lo cantar, mas custa-te ouvir que ele anda à tua procura. - Concluiu Jinki que já sabia quem tinha sido o alpha que andara na má vida com Jonghyun. O alpha que não protegera Jonghyun, nem o seu próprio filho. Jinki não dizia, mas odiava esse tipo de pessoa. O tipo de pessoa que não conseguia carregar com as suas responsabilidades. O concerto de Bin Sung no exercito estava a passar na rádio e Jinki e Jonghyun tinham parado para o ouvir. Apesar de tudo, ele tinha óptimas canções.

 

- Eu espero que ele nunca me encontre... - Confessou Jonghyun, olhando para o branco na neve e não se sentindo melancólico, nem com aquela sensação incómoda que normalmente lhe aparecia no coração ao falar de Bin Sung. Naquele momento, compreendeu, que já não lhe fazia grande diferença falar dele. Mas era verdade, e ele não podia negar, que o incomodava ouvir aquelas coisas que ele sabia que eram referências a ele mesmo. Promessas de Bin Sung de que como o iria encontrar um dia.

 

- Mas não seria mais fácil encontrá-lo?

 

- Como? - Surpreendeu-se Jonghyun ao ouvir aquela proposta subentendida na pergunta de Jinki.

 

- Quer dizer, não seria mais fácil ir ter com ele e dizer: pára de me procurar. Tu dizes que não te estás a esconder dele, no entanto, esperas que ele não te encontre. Não é isso uma forma de fugir? Além de que eu tenho a certeza que ele não te está a procurar só a ti. Ele também procura Bin Hyun. Ele não sabe o que aconteceu. Mesmo não gostando de pessoas como ele, acho que ele merece saber o que aconteceu ao vosso filho.

 

- Não gostas de pessoas como ele? - Admirou-se. Jinki nunca tinha feito nenhum juízo de valor sobre o passado de Jonghyun, mesmo que aquele não fosse direto à sua pessoa.

 

- Chama-me antiquado, mas para mim um alpha deve proteger o seu ómega e a sua família. Independentemente da maneira como cada um é criado, está na nossa natureza fazer isso. Mesmo nas piores circunstâncias um alpha... não, mesmo que não seja um alpha... se somos humanos temos que proteger e cuidar as pessoas que amamos. É uma obrigação. Se em vez disso só lhes provocamos danos, então não merecemos o que temos. E Bin Sung não foi capaz de te proteger. Eu sei que também não sou um bom exemplo, no entanto, eu ainda acredito que fiz o que tinha que fazer em relação ao meu filho, mesmo que tenha falhado como marido. Mas eu quero puder dizer que acarreto com as minhas responsabilidades, mesmo com as responsabilidades das consequências dos meus erros. - Era incrível como Jinki podia ser a pessoa mais brincalhona em certas alturas e um adulto sério noutras, mas era assim o seu espírito e de certa forma, era assim o espírito de Jonghyun também. E isso talvez fosse o maior elo entre os dois e a forma como comunicavam entre si.

 

- Sim, tens razão. - Concordou pacificamente Jonghyun. - Talvez um dia eu vá ter com ele. Ele realmente merece saber o que aconteceu a Bin Hyun e merece parar esta procura. Talvez também mereça paz. No entanto, agora eu não quero falar mais dele, porque estou ao lado de um alpha super cool que me está a levar sabe-se lá para onde.

 

O ar sério de Jinki caiu e ele olhou de pelo canto dos olhos para Jonghyun apenas por um segundo, não podia ser mais porque continuava a guiar o carro. Mas o seu sorriso abriu-se de forma agradável.

 

- Na realidade estamos quase a chegar... - Constatou de peito inchado. -  Então eu sou um “alpha super cool”?

 

oOo

 

As luzes apagaram-se e ele finalmente saiu de cena depois de se despedir dos soldados. O manager veio dar-lhe uma garrafa de água e uma toalha para limpar todo o suor da sua cara. De regresso ao camarim Il Won felicitou-o pela sua prestação. E trouxe de fora duas figuras, que pela farda decorada e impecável que traziam deviam ser altas patentes do exercito,e naquela base militar.

 

- Estes são o Coronel Kim SooHyun e o Major Lee YonMan. - Apresentou Il Won da forma o mais cerimonial possivel. Bin Sung sabia quem eles eram. Na realidade a sua presença ali, não tinha sido mais que uma ideia e um plano seu. Depois de se apresentar e da vénia cerimonial, ele apertou as mãos aos dois homens. Mas o seu interesse não estava em mais ninguém senão no Coronel Kim SooHyun.

 

- Obrigado por ter vindo dar este presente aos nossos homens. Estes momentos mais do que uma maneira deles se descontraírem, são uma verdadeira fonte de energia. - Agradeceu SooHyun com um sorriso amigável e polido.

 

- De nada, meu senhor. Devo dizer que eu mesmo me diverti imenso. E fiquei surpreendido ao saber que tinha convidado Taeyeon para este evento. Não sabia que Taeyeon era tão bem relacionada.

 

- Peço desculpa por o ter avisado que queria uma performance especial tão em cima da hora. A Taeyeon é amiga do meu filho. Andaram juntos no Conservatório. - Contou SooHyun. Bin Sung sentiu o seu corpo ficar denso, mas mesmo assim controlou-se e manteve-se calmo. Tinha que se manter calmo para poder atingir o seu objectivo. - Mas eu queria ter a oportunidade de juntar os dois cantores mais famosos da nossa nação. Só trouxe benefícios esta junção. Os nossos homens ficaram muito mais enérgicos e nós, como uma instituição conseguimos angariar alguns fundos para os nossos cofres com a venda do direito de transmissão do seu concerto. Só lhe tenho que agradecer.

 

- De nada Coronel. Eu mesmo tenho que dizer que fiz este concerto de uma maneira pessoal e, confesso, interesseira. - SooHyun, ainda com a sua posse militar piscou os olhos de forma surpreendida e confusa. Obviamente que ele não poderia saber quem era e o que Bin Sung estava ali verdadeiramente a fazer. - Eu gostava de conversar consigo em privado se puder ser. É sobre o Jonghyun.

 

A cara de SooHyun escureceu visivelmente e o seu sorriso politico morreu. A sua expressão tornou-se séria e os seus olhos desconfiados, com uma ponta de preocupação. Depois fez um gesto para o Major e o mesmo saiu. Il Won percebendo qual era a ideia também saiu do camarim.

 

- Conhece o meu filho? - A sua experiência militar e de vida dizia-lhe que aquilo podia ser como  uma espécie de armadilha vinda de um inimigo.

 

- Não sabe quem eu sou? O Jonghyun não lhe falou de mim? - Quis confirmar o cantor.

 

- Talvez eu saiba e talvez ele tenha falado de ti sem referir um nome. - Então era só isso que faltava. Um nome e uma cara. E uma confirmação, assim que abrisse a boca, ele sabia que SooHyun, um homem do exército e habituado a lidar com situações complicadas, saberia quem Bin Sung era.

 

- Eu sou quem levou o seu filho para... - Não terminou a frase. SooHyun tinha deixado a sua postura militar lançara-se sobre o pescoço de BinSung. Eles embateram contra o espelho cheio de luzes do camarim. As luzes apagaram-se com o embate dos corpos. Bin Sung soltou um sôfrego. SooHyun prendia o alpha contra o espelho e quase que o esganava com um simples braço sobre o seu pescoço.

 

- O que é que tu queres? - Rosnou SooHyun de forma baixa e perigosa.

 

- Eu quero saber onde está Jonghyun!

 

- Tens coragem em vir ter comigo ao exército para saberes onde está o meu filho? Tu mantém-te bem longe do meu filho e da minha família. Senão...

 

- Senão o quê, senhor Coronel? Vai ameaçar-me? O que pensa que pode fazer a uma pessoa que já perdeu tudo? Uma pessoa que perdeu o que eu perdi deixa de sentir medo. - Bin Sung empurrou o omma de Jonghyun para trás para que este deixasse de fazer pressão sobre o seu pescoço.

 

- Eu posso destruir a tua vida e a tua carreira.

 

- Faça-o! Não há nada do que possa fazer que me faça demover de encontrar Jonghyun!

 

- Mesmo que encontres o Jonghyun... o que achas que vai acontecer? Achas que ele te vai aceitar de braços abertos, depois de tudo o que se passou? - SooHyun soltou uma gargalhada de mau gosto. - Ele fugiu de ti. E se continua escondido e longe de ti é porque não quer ter nada a ver contigo.

 

- Eu e ele temos assuntos em comum e pendentes a tratar.

 

- Teem? O Jonghyun não parece pensar dessa maneira. Mantém-te longe dele. Para o teu bem e para o bem dele, já o fizeste sofrer o suficiente.

 

- Onde é que ele está?

 

- Não serei eu que irei dizer-te isso. - Respondeu SooHyun ajeitando a sua farda e recuperando a sua postura. - Mas ficas a saber que comigo não vive.

 

- Eu irei continuar à procura dele. - Prometeu Bin Sung. - Mesmo que não me diga onde ele está, eu irei encontrá-lo.

 

- Faz o que quiseres. - Suspirou SooHyun antes de sair do camarim e pela porta aberta voltou a entrar Il Won.

 

- O que se passou?

 

- Nada.

 

- E agora? O que vais fazer Bin Sung?

 

- Isto é frustrante. Como é que eu consigo encontrar o omma dele, mas não ele. Porque é que estão todos eles a escondê-lo de mim? Primeiro o director agora o Coronel. É como se ele estivesse tão perto, mas fosse mero ar e eu não o consigo agarrar! - Gritou num desespero repentino e lançou o seu punho contra o espelho. Se o mesmo não se tinha partido quando ele bateu contra ele ao ser empurrado por SooHyun, o mesmo partiu-se naquele momento.

 

- Bin Sung, acalma-te! - Ordenou Il Won, puxando o seu artista para longe do espelho e obrigando-o a sentar-se numa cadeira para aclarar as ideias.

 

- Eu já sabia que havia a probabilidade de SooHyun não me dizer nada. Eu no lugar dele também não dizia nada. Porque é que ele iria dizer onde está o filho à pessoa que levou o filho para o mundo da droga? Mas esta conversa não foi completamente em vão. Ficámos a saber uma coisa. Que Taeyeon é amiga de Jonghyun. Andaram juntos na Conservatória. Ela é a próxima pessoa com quem vou falar.

 

Il Won não queria admitir, mas começava a ter medo daquela busca desenfreada que Bin Sung fazia atrás do tal Jonghyun.

 

oOo

 

Era uma cidade pequena, mas acolhedora. Uma visão quente no meio da neve. Jinki sorriu abertamente enquanto levava o carro através das pequenas ruas. E Jonghyun foi surpreendido por ver tanta gente na rua com aquele frio. Mas há medida que avançavam ele compreendeu que devia de existir alguma de espécie de evento. Eles passaram por uma rua especifica onde o professor de música reparou que havia barracas de vendas de produtos, só não conseguia ver especificamente o que vendiam ou o que estavam a fazer, pois havia realmente muita gente. Era uma feira. E a sua entrada era enfeitada com um pórtico de madeira a imitar o antigo. Era uma feira medieval, entusiasmou-se Jonghyun.

 

Jinki depressa arranjou um lugar e depois foi só puxar pela mão de Jonghyun e fechar o carro, virar as costas e correr pelo meio da multidão. Ele sabia que havia aquela feira todos os anos e achara uma boa ideia trazer aquele ano, Jonghyun. E pelas reações do outro ele podia concluir que fora uma boa ideia.

 

A primeira coisa que fizeram foi trocar as suas roupas por roupas da época, que eram certamente mais quentes e pesadas, e também coloridas. E depois correram pela feira. Era quase hora de almoço e eles tinham muita coisa para ver, comer e experimentar. Apesar da neve e do frio o dia estava de sol e as pessoas tornavam o clima ligeiramente mais quente. Era o chamado calor humano.

 

Eles comeram várias coisas. Incluindo coisas que nunca tinham comido, coisas estranhas, mas que numa aposta acabaram os dois a provar, como lagarto assado. Mas o melhor foram as castanhas, um fruto que não era daquelas terras que combinava com a época quente e que tinha um sabor doce. Acabaram a almoçar porco no espeto, viram a varne sair directamente da febra do animal. Jonghyun quase chorou e quase não comeu o porco, mas Jinki conseguiu persuadi-lo.

 

Há tarde juntaram-se à multidão para ver uma luta medieval, assim como um espectáculo de acrobacia. Viram um teatro que representava a Mãe de Todos a peeira e a sua dor por estar sozinha no mundo. E ouviram uma canção sobre os grandes lobos do passado. Provaram hidromel pela primeira vez e Jinki apaixonou-se pela bebida acabando por comprar dez garrafas da mesma. Ainda se juntaram a um grupo de dança e aprenderam uma dança medieval que era feita em roda e onde os pares iam trocando. E pelo meio de tudo iam tirando fotos deles e de tudo. O sorriso de Jonghyun não desapareceu por um segundo e Jinki não pôde pedir mais nada que isso.

 

Quando a noite começou a querer afastar o dia, Jinki finalmente decidiu que era altura de irem ver o hotel onde ficariam essa noite. Foram muito bem recebidos. Pelo que Jonghyun percebeu, Jinki era cliente habitual.

 

- Isto deve ser caro! - Comentou Jonghyun, mais para ele do que para o namorado, mas ainda assim Jinki ouviu.

 

- Não te preocupes. Dinheiro não é um problema enquanto estiveres comigo. - Estavam ambos na recepção para dar baixa da sua entrada.

 

- Eu sei. Para mim dinheiro também não é o problema. Não sou rico, mas não me posso queixar. Mas ainda assim faz-me sentir um pouco incomodado entrar em lugares assim. Finos e luxuosos. Para quem já dormiu na rua, estes lugares podem ser intimidadores. - Explicou Jonghyun. Era como se apesar de bonito toda aquela opulência fosse excessiva. Ele aprendera a ver as coisas mais bonitas entre as coisas mais simples. Jinki não lhe respondeu em vez disso virou-se para o recepcionista.

 

- Eu sei que pedi a suite. Mas será que me podem trocar para um quarto mais simples. Eu pago o mesmo pela suite se for preciso. - Pediu ao recepcionista que o olhou espantado.

 

- Acho que não há qualquer problema, Sr. Lee. Mas não seria mais bem servido na suite habitual? - Perguntou cordialmente.

 

- Não. A suite é bonita, mas hoje quero algo mais simples, pessoal e intimista. - Respondeu Jinki vendo que Jonghyun olhava para as paredes do hotel como se fosse um E.T. acabado de aterrar no planeta terra. Ele queria algo que deixasse Jonghyun confortável.

 

- Com certeza, Sr. Lee.

 

Depois de alguns minutos para alterar a estadia e pagar a mesma, eles foram conduzidos por um dos empregados pelo hotel até ao quarto onde passariam a noite. Não era um hotel grande, era do tamanho suficiente para uma dezena de quartos. Era, na realidade, um palácio, ligeiramente acima da cidade o que fazia com que as vistas das suas janelas fossem deslumbrantes. Era o misturar da urbanização com a natureza que a rondava. A neve era quase como uma manta numa cama quente.

 

O quarto que lhes foi dado era grande, mas não era certamente uma suite. Tinha uma enorme cama de casal feita para parecer antiga e decorada dessa forma, duas janelas abobadadas, cortinas que combinavam com as cobertas da cama, um armário para a roupa e algumas estantes com livros, caso os hóspedes quisessem ler. O empregado deixou o casal sozinho desejando uma boa estadia.

 

Jonghyun pousou a sua pequena mala com a muda de roupa e alguns outros pertences sobre a cama, passou por ela e ficou preso na vista lá de fora, naquela fundição de trabalho humano e natural. Jinki abriu o ar-condicionado para aquecer o ambiente e depois juntou-se a Jonghyun, abraçando-o pelas costas e descansando a sua cabeça no ombro do ómega.

 

- O que achas?

 

- É bonito e confortável. - Virou a sua cabeça o mais que podia e beijou a face relaxada de Jinki. - Obrigado.

 

- De nada. Mas ainda não terminou. Vamos tomar banho e depois vamos jantar fora. - Foi a fez de Jinki beijar a face de Jonghyun para depois o obrigar a vira-se para si para o poder beijar como devia ser, na boca. - Se não te importas eu vou primeiro...

 

E fugiu daquela maneira para a casa de banho. Jonghyun suspirou com um sorriso e depois atirou-se para cima da cama e ligou a televisão, enquanto ouvia o chuveiro na casa de banho a arrancar. O Jinki podia tê-lo convidado para irem os dois tomar banho juntos. Isso teria sido agradável, pensou Jonghyun deixando que a sua imaginação crescesse.

 

oOo

 

Kibum sentia-se pequenino dentro daquela casa. Ele estava sentado na grande, não, na gigantesca sala de Minho. Lá fora, depois de um dia cheio de sol, as nuvens tinham-se juntado para atirar mais neve sobre a cidade. Ele estava sentado de pernas cruzadas num dos sofás, com a sua avultada barriga entre os seus braços. Ele acariciava a sua própria barriga e ria-se ao ver de vez em quando, abaixo da sua pele a clara marca de um pé. Minji estava irrequieto, se calhar, era por sentir a inquietação do seu omma.

 

Mas naquele momento ele estava sozinho em casa de Minho. O futebolista tinha achado mais seguro que naquele dia ele não saísse dali. Portanto, sim, ele estava fechado ali, mas não se podia queixar por falta de espaço. E Minho não estava ali porque tinha ido buscar Minhyun e Minki à casa de Kibum. E ele estava ali fechado porque ao que parecia havia uma multidão de gente à frente do prédio, que incluía fãs curiosos, paparazzis loucos e simples repórteres a tentar descobrir quem era Kibum.

 

Pelo menos, pensou Kibum, Minho não era um ídolo e não tinha uma orla de fãs malucas que podiam querer matar Kibum pelo simples facto de ser o parceiro de Minho. Afinal Minho era só um famoso futebolista, era normal que as pessoas se importassem por ele, por ser uma simples figura conhecida. E última coisa que o beta precisava era ter a atenção da nação na sua pessoa, principalmente quando estava no estado que estava. E mais ainda porque não queria que as pessoas andassem a vasculhar o passado de Minho. Não por Minho, nem por ele mesmo, mas sim por Minki e Minhyun.

 

O que o Minho fizera no concerto fora completamente romântico, fora de cortar a respiração, mas também fora de alguma maneira irresponsável. Mas o mesmo Minho tinha dito para Kibum não se preocupar, que ele trataria do assunto fazendo mais tarde uma conferência de impressa para responder às perguntas dos jornalistas voluntariamente. Apesar disso, Kibum ainda tinha medo que alguns jornalistas medonhos quisessem vasculhar o passado.

 

- OMMA! - Gritou Minki entrando pela sala adentro e logo reparando no seu adorado omma e correndo para ele. Minho e Minhyun seguiram-no, enquanto as portas do elevador se fechavam nas suas costas. Os filhos já deviam deduzir que estavam juntos, afinal tudo começara com uma ideia deles, agora estava na altura de lhes dizer que iam mudar de casa. Mas pelo entusiasmo dos filhos isso não seria uma grande perda.

oOo

 

A noite tinha caído sobre a pequena cidade. Lá fora, através da janela, Jinki conseguia ver os flocos brancos de neve a descer sobre as ruas desertas àquela hora. Ele tinha mentido a Jonghyun. Ele não tinha planos para jantar fora. Na realidade não tinha planos de sair daquele quarto até ao dia seguinte. Sorriu ao ouvir o som da água a cair no chuveiro. Enquanto Jonghyun se banhava ele pediu uma refeição completa, acompanhada por champanhe, morangos e chântili. Em silêncio ele mandou o rapaz do serviço de quartos deixar o carrinho de comida junto à cama, deu-lhe a gorjeta e com o mesmo sorriso resolveu preparar tudo antes que o ómega regressasse.

 

Junto com o carrinho ele tinha mandado trazer outras coisas: um ramo de rosas e um saco de velas perfumadas com cheiro de floresta. Ele já sabia que o ómega adorava velas de cheiro. Colocou as luzes do quarto a meia-luz, espalhou e acendeu as velas e colocou o ramo de rosas sobre a cama. Porém, quando estava a abrir a garrafa de champanhe sentiu-se observado. Jonghyun estava encostado à ombreira da porta que levava à casa de banho de braços cruzados e mirava os movimentos do namorado. Um sorriso pequeno e divertido correu-lhe os lábios.

 

- Parece que ainda não estás vestido! – Observou Jonghyun em pura brincadeira, enquanto Jinki olhava para ele com a garrafa de champanhe estagnada na mão, num misto de surpresa e humor.

 

- Apanhado em flagrante! – Declarou-se culpado sem se sentir verdadeiramente culpado. Jinki gargalhou e terminou de abrir a garrafa de champanhe. Serviu dois copos, ao mesmo tempo que fazia um sinal de cabeça para que Jonghyun se aproximasse. Passou então um dos copos para as mãos do ómega.

 

Os dedos de Jonghyun tocaram nos dedos de Jinki e automaticamente ele sentiu o seu coração acelerar, de tal forma que ele sentia que o mesmo lhe ia sair do peito. Jinki era lindo. Ficava elegante e o seu porte sobressaia com um simples roupão de banho e o cabelo semi seco e desalinhado. A linha do roupão mostrava pouco, mas aquilo que mostrava fazia Jonghyun desejar e sonhar por ele.

 

Trocaram um brinde por mais nada do que pelo facto de estarem juntos. Jinki era lindo e Jonghyun não conseguia sequer compreender como é que um homem daqueles estava ao seu lado, como é que se tinha cruzado com ele. Sem saber muito bem porquê, começou a ficar intimidado. Será que era suficientemente bom para Jinki? Começou a ficar nervoso e pensamentos indesejados começaram a encher a sua mente ao perceber que finalmente teria a sua verdadeira primeira noite com Jinki. Ele sentiu-se infantil e inseguro de si mesmo. Mas isto só fazia ser ainda mais desperto para o facto de Jinki ser especial para si. Eles eram dois adultos e Jonghyun sabia perfeitamente para onde é que se dirigiam, porém se antes quisera de forma incontrolável o fogo de Jinki, agora questionava-se se era suficientemente digno para estar ao lado de uma pessoa como ele e ser objecto do seu afecto.

 

- Jonghyun… - A voz gentil de Jinki puxou-o dos seus pensamentos e uma mão suave mas forte acariciou-lhe o rosto brincando depois de forma relaxada com os seus cabelos ainda molhados do banho. – Não precisas de estar nervoso. Se quiseres pudemos tomar este passo noutra altura qualquer.

 

- Jinki… - Suspirou Jonghyun tentando arranjar palavras para descrever o que estava a sentir, aquela inquietação. Ele não queria que Jinki se desiludisse. Afinal ele já tinha tido tantos parceiros… - Sou mesmo digno de estar ao teu lado?

 

- Jjongie… Foi por causa disso que ficaste assim de repente? – Jonghyun apenas confirmou com a cabeça e Jinki suspirou e pousou o seu copo de champanhe para depois retirar o de Jonghyun também. Ele envolveu a cintura da criatura loura com os seus braços e depois beijou-o lentamente, ternamente. Aquele ómega era ridiculamente fofo com aquela demonstração de inquietação e embaraço. E Jonghyun não se apercebia disso. – Não te preocupes com isso. Além disso também não é algo que te compete a ti decidir, pois não? Sou eu que decido quem é digno para mim, Jonghyun. E eu digo que tu, Kim Jonghyun, és a única pessoa verdadeiramente digna de estar comigo.

 

- Jinki… - Murmurou Jonghyun num gemido derretido nos seus lábios.

 

O alpha trouxe-o lentamente até à beira da cama, onde se sentou e deixou que Jonghyun ficasse em pé, apoiado nos seus ombros e com a cabeça acima da sua. Os fios claros dos cabelos molhados de Jonghyun caíram ao mesmo tempo que ele se inclinava para continuar a observar os bonitos olhos de Jinki. Jonghyun não tinha noção do quanto viera preencher e concertar a vida de Jinki. Jonghyun via-se como um ser quebrado, mas Jinki não conseguia ver o que poderia estar quebrado naquela criatura.

 

- Beija-me. – Mandou Jinki e logo Jonghyun desceu a pouca distância que os separava e viu os seus lábios serem recebidos pelos lábios do cozinheiro ao mesmo tempo que as mãos de Jinki o puxavam ligeiramente para cima para o obrigar a abrir as pernas e a sentar-se sobre as pernas de Jinki na beirada da cama. Enquanto se beijavam os seus olhos conectaram-se e as mãos de Jonghyun pousaram no rosto de Jinki calmamente, sentindo a pele calma e macia do banho tomado. Foi invadido pela língua de Jinki e o próprio Jinki elevou uma das suas mãos para a parar no pescoço de Jonghyun e aprofundar-se nele. - Quero muito fazer amor contigo... tipo, agora, urgentemente...

 

- Eu nunca te diria que não Jinki...

 

- Ai não?

 

- Claro que não.

 

- Porque não?

 

- Não sei, talvez, por que és um alpha! - Brincou e riu-se. Com um movimento rápido Jinki atirou Jonghyun para a cama e ambos ficaram deitados de lado sobre o colchão. A cabeça de Jonghyun ficou por baixo do braço de Jinki e ambos a escassos centímetros do ramo de rosas. - Romântico...

 

- Mentiroso. - Soprou Jinki perto dos lábios de Jonghyun com os seus olhos perseguindo as linhas do rosto do ómega. O seu olhar estava lentamente a ficar mais intenso, mais brilhantes, ou assim achava Jonghyun. Embora pudesse ser os seus próprios olhos que estivessem a ver coisas onde não existiam. Mas um fogo existia dentro de Jinki e estava pronto para deflagrar. - Tu conseguias bater facilmente num alpha até à morte. Eu sei bem, eu vi como tu defendeste Taemin e Sam Su.

 

- E olha que já não estou na minha melhor forma. - Vangloriou-se Jonghyun.

 

- Aquilo não era a tua melhor forma?

 

- Não! Há quase dois anos atrás estava grande como um touro. Mas já perdi quase os meus músculos todos...

 

- Não perdeste nada. - Cortou Jinki. - Tu ainda tens uns belos abdominais...

 

- Como é que tu sabes?

 

- Porque quando te abraço, sinto todos os teus músculos. - Brincou Jinki passando uma mão sobre o a barriga de Jonghyun e apertando-a como se quisesse sentir os abdominais, fazendo o professor rir, pois o movimento fez-o ter cócegas.

 

- Mas sabes Jinki, eu a ti nunca te diria que não. - Jonghyun tinha parado uns segundos para observar o rosto da pessoa que estava tão perto da sua. A cara de Jinki tinha ficado de repente séria e contemplativa. Tal como a do Jonghyun. Eles olharam-se por uns meros momentos de silêncio. Os dedos de Jinki pousaram sobre o rosto de Jonghyun acarinhando a sua bochecha e apreciando simplesmente o toque.

 

Jonghyun fechou os olhos e sentiu os dedos de Jinki percorrerem o seu rosto. Sentiu um arrepio. Nem sequer era um arrepio de antecipação, era um daqueles arrepios bons que se alastram no corpo quando algo bom acontece. Ainda de olhos fechados ele sentiu os lábios de Jinki em pequenos beijos, sobre as maçãs do seu rosto, na ponta do seu nariz, na testa, nos lábios. Suaves como borboletas a pousar. Como papoilas suaves a bailar no vento da primavera.

 

Jinki mexeu-se ainda depositando beijos pequenos sobre a pele de Jonghyun. O ómega abriu as pernas e deixou que Jinki se encaixasse entre elas. Quando Jonghyun voltou a abrir os olhos tinha Jinki por cima de si e não ao seu lado. Ele colocou as pernas pousadas ao lado do quadril do alpha e elevou os seus braços para agarrar na cara de Jinki e de forma mais impetuosa roubar-lhe um beijo. Jinki soltou um gemido ao sentir o ataque de Jonghyun contra a sua boca. Mas devolveu-lhe a força. Os seus cotovelos espetaram-se contra o colchão, cada  um deum lado da cabeça de Jonghyun e as suas línguas devoraram-se pelo meio das suas cabeças.

 

Não foi só um beijo, foram vários até deixar os pulmões a arder, até que as suas mãos afoitas estavam nos seus cabelos e nos roupões. Jonghyun agarrou fortemente as dobras do roupão de Jinki, enquanto este se afastava da boca do ómega e descia ao pescoço. Jonghyun estremeceu ao sentir a língua sobre a sua omoplata. As descargas elétricas dos toques simples de Jinki iam-se acumulando nos seus músculos e numa pressão crescia no seu baixo ventre. Todo o seu corpo estava a despertar.

 

Jinki descobriu um sinal pouco abaixo da linha do pescoço, a cair para o peito, ele abria lentamente o roupão. Beijou o sinal, quase que o quis morder. Os seus dentes rasparam na pele descoberta. A respiração de Jonghyun ficou mais pesada. Os dedos de Jonghyun que se tinham fechado no roupão de Jinki ficaram moles e ele libertou-os e afastou-os, deixando-os pousados sobre os braços de Jinki, enquanto o mesmo usava cada vez mais a boca para abrir o roupão. Ele fazia um caminho de beijos e caricias até à barriga de Jonghyun, até ao nó do cinto do roupão. A pele de Jonghyun sabia a sal e a sabão. E cheirava a doce. Jinki conseguia sentir esse cheiro a aumentar. Eram as ferómonas ómegas. Era como se elas estivessem a despertar depois de um longo período a dormir. Mas ainda era um cheiro ténue. Jinki sentiu porque tinha o seu nariz as centímetros da pele de Jonghyun.

 

O alpha elevou-se afastando-se do dorso de Jonghyun, mas apenas para que as suas mão tivessem liberdade de ir desfazer o nó do cinto de forma a que o pudesse abrir completamente. Os olhos de Jonghyun estavam semicerrados e miravam Jinki a sua boca estava semiaberta para respirar e ele tinham uma aura de total entrega. O ego de Jinki cresceu. E Jonghyun sentiu o cheiro do alpha intensificar-se. Ele começava a libertar a sua dominância. O cozinheiro voltou a aproximar-se mais de Jonghyun, porque nunca tinha verdadeiramente saído dali. A boca de Jinki foi diretamente à orelha esquerda de Jonghyun.

 

- Não faças nada! Quero simplesmente que sintas. - Demandou Jinki não esperando uma resposta e atacando o lodo da orelha de Jonghyun que gemeu suavemente na sua respiração pesada.

 

As mãos de Jinki entraram pelo roupão e tocaram pela primeira vez na pele de Jonghyun. Os seus dedos moveram-se enquanto o tecido descia e deixava à mostra a pele de Jonghyun, o corpo de Jonghyun. Os olhos de Jinki percorreram a pele desnuda, apenas para reparar que Jonghyun tinha os boxers postos. Um sorriso torto cresceu-lhe nos lábios abrindo-os com os seus perfeitos dentes.

 

- Alguém disse que íamos jantar fora... - Relembrou-lhe Jonghyun, retribuindo-lhe o sorriso maroto. Jinki tornou a beijá-lo, mas foi um beijo rápido, pois depressa o alpha estava novamente a beijar cada centímetro novo de pele, naquele corpo perfeito. Jonghyun era magro, era verdade, no entanto notava-se que era saudável, aqueles abdominais não se podiam manter se ele não tivesse um boa alimentação. E Jinki sabia que Jonghyun era um boa boca, ele era afinal aquele que mais o alimentava. Fosse com comida ou com os seus próprios lábios.

 

Jonghyun mordeu a boca quando Jinki passou a sua língua sobre o mamilo direito do ómega. Ele gostava daqueles dois botões escurecidos sobre a pele. Aqueles botões que cresciam e enrijeciam perante as suas caricias e faziam o corpo de Jonghyun estremecer de tal maneira que as mãos do mesmo foram aos ombros de Jinki para os apertar. Mas isso não era de todo para o fazer parar muito pelo contrário. Ele sabia que era um incentivo e uma espécie de descontrolo.

 

As suas mãos afastaram ainda mais o roupão enquanto passeavam pelas curvas de Jonghyun, sem nunca abandonar os mamilos e sem dar grande hipótese para que Jonghyun pensasse em alguma coisa. Ele devia apenas e unicamente sentir os seus toques. E devia empregar-se com o seu cheiro. Devia gravá-lo na sua mente e nunca mais largá-lo. Sim, Jinki queria marcar Jonghyun com a sua essência.

 

Sem tirar os boxers o alpha fez uma das mãos entrar neles. Jonghyun murmurou-lhe para mais um beijo e Jinki cedeu com prazer. A sua mão escorregou pela humidade que já existia dentro dos boxers e pela pêle surpreendentemente suave.

 

- Fizeste a depilação aqui? - Questionou rectoricamente. Empurrou ligeiramente o tecido para baixo e retirou o membro desperto de Jonghyun para fora, deixando-o à mostra entre os seus dois corpos, um já com o roupão aberto e o outro ainda não. O membro de Jonghyun estava despido dos pêlos naturais, ele mostrava-se inteiro, ligeiramente mais escuro que no resto do corpo e recolhido entre os dedos do alpha.

 

- Não só ai! - Ronronou o louro, elevando a perna direita a fazendo-a roçar nas pernas de Jinki, para que ele sentisse que também ali havia pura suavidade. - Eu gosto assim... sinto mais...

 

- Eu também gosto. - Declarou Jinki puxando-o por mais um beijo, antes de se erguer e ficar de joelhos entre as pernas depiladas e torneadas de Jonghyun. Ele queria ver aquele espectáculo. O espectáculo que era ter Kim Jonghyun submisso por baixo da sua pessoa. O seu ego enchia-se ainda mais. Uma mão masturbava devagarinho o membro do ómega e a outra descia devagar desde dos mamilos, pelos abdominais até uma marca fina e branca em forma de meia lua, pouco acima da linha dos boxers.

 

Jinki sabia o que aquela cicatriz significava e não conseguiu conter a emoção. Os seus dedos percorreram a linha em meia lua. Jonghyun fechou os olhos e sentiu que cada dedo de Jinki lhe causava uma picada de calor. Ele sentiu a cama mover-se, Jinki estava a mudar de posição, mas não se estava afastar. Pouco depois sobre a sua cicatriz em vez dos dedos ele tinha os lábios de Jinki. Arfou ao sentir Jinki tão perto e a tocar-lhe em toda aquela intimidade.

 

Abaixo daqueles lábios, dos seus lábios, pensou Jinki, através daquela cicatriz, dentro de Jonghyun, um inocente tinha sido criado, um inocente tinha nascido e nem todo o amor de Jonghyun o tinha salvo. Tinham restado as memórias, as lições e um lugar vazio. O que seria ver aquela barriga a criar vida? O que seria ver Jonghyun com sorriso no rosto ao sentir o seu bebé?

 

Jinki abocanhou o membro de Jonghyun que soltou um arfar espantado e um “hum” contido. A sua boca envolvia completamente o pénis de Jonghyun. Os seus lábios fechavam-se à sua volta, a sua cabeça movia-se para cima e para baixo. As pernas de Jonghyun apertavam, num movimento involuntário, os seus ombros pela posição em que estava. O louro estremecia em prazer e os seus dedos depressa conheceram o caminho até aos cabelos de Jinki. A sua língua fazia movimentos circulares na ponta da glande ou esponjosos com um sugar forte, como se quisesse retirar algo do interior de Jonghyun por ali.

 

- Jinki... Oh... Jinks... - Jinki agarrou nas mãos de Jonghyun que se tinham embaralhado no seu cabelo e levantou-se de repente, prendendo as mesmas mãos acima da cabeça de Jonghyun, enquanto a sua boca com sabor a Jonghyun penetrou a boca do mesmo. Algo morria e renascia na respiração do ómega. Foi novamente abandonado e Jinki voltou à sua posição anterior ao mesmo tempo que arrancava completamente os boxers. Mandou-os para fora da cama e agarrou nas pernas de Jonghyun, obrigando-o a abri-las mais e a puxá-las para o seu corpo.

 

Jonghyun sentiu-se aquecer ainda mais, mas agora de embaraço. Aquele era o lugar mais intimo do seu corpo. E mais uma vez os seus pensamentos tornaram-se negros. Era o seu lugar mais íntimo e ele não tinha sido realmente sensato alguns anos anteriores. Ele nunca fora uma mente conservadora. Não era daqueles que achava que um ómega devia ser casto e pertencer a apenas a um alpha toda a sua vida. Não, não havia nada de errado em fazer sexo e sentir prazer. Mas uma coisa era fazer isso com as pessoas certas outra era saltar de prato em prato, ser comido e comer, sem um pingo de sentido de preservação pessoal.

 

Os olhos de Jinki no entanto não mostravam qualquer tipo de repudio, muito pelo contrário. Os seus olhos tinham gula. Uma fome que tinha que ser saciada. Jinki sabeu os seus lábios, como se eles tivessem ficado secos de repente. E engoliu em seco se estivesse com sede. Jonghyun sentiu não aguentou o embaraço que era de estar a ser mirado daquela maneira e colocou as mãos à frente da cara, como se isso pudesse tapar aquilo que Jinki não deixava que se tapasse.

 

O alpha gargalhou com o embaraço do ómega. Aquela criatura não tinha noção da fofura que era. E que essa fofura só fez aumentar a vontade que Jinki tinha para o devorar.

 

- Jonghyun, olha para mim... - Pediu Jinki. Jonghyun olhou para ele através dos dedos das mãos e então viu as mãos do maravilhoso cozinheiro irem até ao nó do cinto do seu roupão. Aquilo era definitivamente o que ele mais queria ver. Jinki foi mauzinho ao demorar a desatar o nó e quando o fez as suas mãos subirem lentamente antes de abrir o roupão lentamente.

 

Jonghyun ficou por momentos sem respirar, as suas mão caíram para um dos lados da cara, os seus olhos abriram, dobrando de tamanho e a sua boca literalmente aberta. Jinki estava completamente nu, tal qual como o seu omma o tinha posto ao mundo. Ele estivera aquele tempo todo apenas com o roupão por cima do corpo. Um corpo com um cheiro forte misturado com gel de banho, que enchia as narinas de Jonghyun e o inebriava. Um corpo de músculos tonificados, largos, másculos e fortes. Jinki sorria e deixava que o seu pequeno ómega o comece com os lábios. Jonghyun não precisava de dizer nada para que Jinki soubesse que ele estava a gostar do que via, afinal a sua cara dizia tudo.

 

- Oh meu deus! Tu és um canhão! - Tremelicou Jonghyun, não querendo acreditar que aquele tipo de perfeição existia e que estava mesmo ali, literalmente entre as suas pernas. De propósito para deixar Jonghyun ainda mais atónico, Jinki empurrou-se para a frente e deixou que o seu imponente membro desperto de alpha caísse sobre a entrada já húmida de Jonghyun.

 

- Não babe, eu sou um alpha! - Contrariou. A humidade daquela entrada chamava por ele. Levou os seus dedos até ela sentindo a lubrificação intensa do ómega. Penetrou com um dedo e reparou numa certa resistência ao entrar, mas entrou dentro de Jonghyun, provocando ao mesmo um chirriado baixo de gemidos. Ao mesmo tempo que deixava o seu pénis ali mesmo ao lado da entrada, para se encher com a humidade de Jonghyun e para que o mesmo fosse sentindo o seu peso sobre a pele. Colocou o segundo e reparou novamente na resistência. - Babe há quanto tempo...

 

- Dois anos e alguns meses... - Respondeu Jonghyun antes que Jinki tivesse tempo de terminar a vergonhosa pergunta. Jinki olhou para Jonghyun e depois arqueou as costas para a frente para aproximar o seu rosto do rosto avermelhado do louro. Um sorriso cresceu-lhe na cara.

 

- Isso vai ser quase como desflorar-te novamente!

 

- Por amor de Deus, Lee Jinki, não digas uma coisa assim com essa cara de prevertido. Oh meu deus... - Gritou embaraçado virando a cara para o lado, como se fosse insuportável encarar Jinki naquele momento.

 

- Tão lindo!

 

- O quê?

- Tu és a pessoa mais bonita que eu alguma vez conheci. - Afirmou com um sorriso pequeno e sereno que chamou a atenção de Jonghyun de novo para ele. Beijou o ómega. Queria que atenção dele estivesse toda em si. Os seus dedos abandonaram o corpo de Jonghyun e ele trocou-os pela ponta do seu membro. Jonghyun estremeceu e logo colocou os seus braços sobre os ombros de Jinki.

 

- Não vais pôr um preservativo? - Questionou, ao mesmo tempo que sentia o seu corpo a abrir lentamente para deixar Jinki entrar.

 

- Não. Tu não engravidas, nem tens doenças. Eu também não tenho e estamos numa relação para a vida, não numa brincadeira escolar. Então vamos aproveitar os pontos positivos. - Disse Jinki movendo o quadril para se enterrar ainda mais dentro de Jonghyun. Ele ia devagar, por vezes, voltava um pouco atrás para depois avançar novamente, ou um pouco mais. Parecia procurar alguma coisa.

 

- Ah-ah... - Gemeu Jonghyun ao sentir o seu ponto de prazer a ser passado pelo pedaço de carne alpha que entrava no seu corpo.

 

- É aqui. - Rejubilou o alpha.

 

Com as pernas ele obrigou Jonghyun a empinar mais o rabo e consequentemente a abrir mais as pernas e a arquear as ancas. Com mais um movimento e ele estava completamente dentro de Jonghyun. Quentes e húmidos eram como ambos se sentiam na junção dos seus corpos. O alpha ficou quieto e deixou que Jonghyun relaxasse e respirasse fundo, enquanto se acostumava àquele tipo de intrusão depois de tanto tempo.

 

Ele beijou Jonghyun começando a fazer movimentos lentos e na direcção certa, fazendo com que o seu membro roçasse de forma especifica, de forma a bater no ponto de prazer do ómega. Á medida que os seus movimentos abriam Jonghyun e que a própria lubrificação aumentava, ele aumentava também a velocidade dos seus movimentos. E Jonghyun estava maravilhado em como não perdia a orientação do seu ponto de prazer.

 

Para facilitar um pouco as ancas de Jonghyun e para Jinki conseguir o lugar onde se únia ao outro, o alpha elevou-se, deixou que o rabo de Jonghyun descesse um pouco, porém abriu-lhe as pernas para os lados e segurou-as no lugar com as mãos. Com a abertura e com a falta de cobertura do corpo de Jinki, Jonghyun sentiu o frio do ar. Levou uma mãos ao seu próprio membro. Mas então Jinki bateu fundo contra o seu traseiro e rosnou. Jonghyun ficou a olhar para Jinki sem perceber porque é que tinha parado, o mesmo tinha um certo ar arreliado.

 

- Jonghyun, tira essa mão dai! - Ordenou Jinki de costas direita olhando para Jonghyun enigmaticamente de cima.

 

- O... o quê? Porquê? - Atrapalhou-se Jonghyun, reparando que a sua mão tinha ido só ao seu pénis para se masturbar. Jinki tornou a baixar-se para agarrar na mão de Jonghyun e afastá-la do seu próprio corpo. Por precaução agarrou também na outra mão de Jonghyun e ficou daquela maneira a dar as mãos com o ómega. Os braços do mesmo esticaram quando Jinki se votlou a elevar.

 

- Não sei como era antes babe, mas comigo, tu nunca mais vais precisar de fazer essa coisa inútil. Afinal tu és um ómega. Deves ser capaz de chegar ao orgasmo usando apenas a tua entrada. - Jinki tinha especial confiança nas suas qualidades, mesmo não tendo tido muitos parceiros na sua vida. Mesmo sem resposta de Jonghyun ele recomeçou os movimentos do seu quadril. Entrando e saindo de dentro de Jonghyun. Ouvindo o som que produziam em conjunto. Um som desavergonhado.

 

Era verdade que nunca ninguém o tinha acertado daquela maneira. Nunca ninguém o tinha feito sentir nada tão intenso desde o seu interior até ao lado de fora. Parecia que estava a construir uma pressão, que crescia e que em breve iria explodir. O seu pénis era o perfeito exemplo do que estava a sentir. Jinki investia contra si sem se perder. Com ritmo e dedicação e o seu cérebro desligava-se a cada descarga de prazer. E todo o seu corpo tremia. Até as suas cordas vocais estavam soltas em arfares pesados.

 

Jinki sabia o que fazia, Jinki sabia que intensidade produzir e onde tocar. Quando percebeu que Jonghyun não mais contrariaria os seus suaves mandares soltou as suas mãos, mas Jonghyun apenas soltou uma mão a outra continuava fechada à volta de Jinki, e com força. Até que ele se levantou de repente impulsionando as suas pernas contra o corpo de Jinki e ficando sentado em cima dele. Jonghyun riu-se ao perceber o pequeno espanto da inversão de posições.

 

- O.. Obrigado... pelas rosas... - Agradeceu gemendo ao mesmo tempo que Jinki o ajudava a cavalgar o seu próprio membro, enquanto repousava a sua cabeça e elevava o quadril em direcção ao traseiro do louro. Era uma imagem excepcional ver aquele ómega mexer-se com intento. Ver o seu membro escorregar dentro e fora daquele rabo. E aqueles mamilos ainda enrejicidos. A pedirem por mais tormento. Jinki elevou a sua mão e fechou os seus dedos sobre o mamilo direito de Jonghyun. Jonghyun gemeu de forma selvagem. Jonghyun não era só fofo, ele era extra sexy.

 

As rosas continuavam ali ao lado, tremendo ao mesmo tempo que a cama.

 

Não era só Jinki que sabia o que devia fazer para enlouquecer o parceiro. Jinki gemeu quando Jonghyun fez as suas bochechas traseiras apertarem o membro no seu interior e mesmo assim, em tensão, subiu e desceu sobre o corpo do alpha. Jinki parecia aumentar de tamanho a cada movimento de cima baixo. E os seus movimentos continuavam apontados ao ponto de prazer de Jonghyun.

 

Jonghyun parou de repente. Jinki parou ao mesmo tempo que ele. Jonghyun estava quente e suado e a sua respiração eram gemidos. O alpha reparou então que o membro de Jonghyun tremia.

 

- Acho que vou...

 

- Tu não achas. Tu vais. - Declarou Jinki, sentando-se e recebendo o peso do corpo de Jonghyun sobre as suas pernas que ele abriu para se poder equilibrar sem os fazer cair. Jonghyun soltou a mão de Jinki finalmente, apoiou-se no seu pescoço e fez as suas pernas irem para trás de Jinki sendo penetrado completamente pelo pénis dele.

 

Jinki puxou o seu rosto aquecido para um beijo. Calmo como um onda a sua língua entrou e saboreou em paciência. As suas mãos desfizeram-se do ropão que ainda estava nos braços de Jonhghyun, e depois elas percorreram as costas de Jonghyun, calmamente sentido a pele quente. Sentido a sua proximidade. Ao fim de uma espera, eles estavam ligados. Jinki sentia que era ali que pertencia, sentia que toda a sua vida fora feita para chegar àquela momento. Nem a marca que Jonghyun tinha com outro alpha, nem a marca que ele partilhava com o omma do filho, tinham importância naquele momento. Percebeu que o seu amor ultrapassava as regras da natureza. A única coisa que ele queria saber era que tinha aquele tesouro entre os seus braços. E ele iria guardá-lo para sempre. Iria amá-lo para sempre.

 

O beijo terminou e Jonghyun suspirou lentamente colando a sua testa à de Jinki. Ter o alpha dentro de si era diferente de todos os outros. Ele sentia-se completo, sentia que se podia entregar completamente a ele, sem ter desilusões mais tarde. Não precisava de ter cuidado, pois Jinki nunca deixaria de o amar por quem ele era. Ele fora completamente aceite por Jinki e sentia isso. Ele sentia-se envolvido em amor. E ele amava Jinki.

 

- Jinki... eu...

 

- O que foi?

 

- Não... eu não sei...

 

- Diz-me Jonghyun. Eu quero ouvir.

 

- Não. Ainda é cedo...

 

- Eu quero ouvir, Jonghyun. Eu quero ouvir com força e confiança. Diz-me! - Cortou Jinki. Os seus olhos finos estavam sobre os olhos brilhantes de Jonghyun.

 

- Eu amo-te. - Declarou com força, mas sem muita confiança. Mas era o suficiente para Jinki. Era o suficiente para fazer um fogo de artificio imenso subir do seu peito. Era o suficente para abrir o sorriso mais deslumbrante que alguma vez dera a Jonghyun.

 

- Eu também te amo. - Correspondeu Jinki buscando por mais um beijo, com ternura com amor. As lágrimas de Jonghyun despertaram e ele não conseguiu contê-las. Porém eram lágrimas calmas e caíam em consolo. A última vez que ouvira aquelas palavras, tinha doido tanto. Mas agora ele estava como que a curar uma ferida. Ele estava feliz, feliz por saber que Jinki o amava, por sentir isso, nas suas palavras e nos toques e gestos. - Deixa-me vir dentro de ti.

 

Jonghyun concordou com a cabeça e Jinki moveu-se para o deitar novamente na cama, sem sair dele, de gestos suaves e carinhosos. Jonghyun envolveu o quadril de Jinki e o mesmo recomeçou os movimentos parados. Eles ainda estavam despertos e mais sensíveis. As palavras tinham poderes poderosos. Jonghyun agarrou o corpo de Jinki com força, ele soava suspiros contra o ouvido do alpha, enquanto tremia em descargas de prazer. Sentiu o membro de Jinki jorrar uma molha quente dentro de si e encher a sua pessoa com a sua essência alpha. Ao sentir aquilo libertou-se das suas próprias amarras e pela primeira vez na vida, não precisou de se tocar para atingir o clímax. E isso, talvez, porque o seu corpo tinha esperado pela pessoa certa para se entregar completamente. Aquilo não era simples sexo. Aquilo era fazer amor. Era amor.

 

Abriu os olhos e deu com os olhos de Jinki semi abertos, mas sem os tirar do rosto de Jonghyun. Deu com o seu sorriso de prazer. Deu com os seus beijos ainda incoerentes. Deu com ele a limpar as suas lágrimas. Deu com ele a repetir aquela palavra “amo-te”. E deu por si a arder por dentro, a cicatrizar. A estar feliz. A ser feliz. A amar.

 

- Eu quero o teu sorriso. - Disse Jinki. - E tudo o que está por detrás dele. 


Notas Finais


O que é que vcs acharam? Quais são as vossas expectativas para os próximos capitulos? Gostaram do Lemon... desculpem se não foi o suficiente. Beijos


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