História Por Dinheiro Ou Amor - Sem Trabalho e ponto final.

Narradora






Assim que Viktor deixou Mistis em cima da cama, logo pegou seu celular e discou o numero do médico particular de Mistis, ela em todos esses anos só se consultou com ele, com nenhuma outro. Depois de discar o numero, após alguns segundos chamando, logo estou a voz do profissional.

-Alô, Viktor o que foi ? -Diz o doutor, já sabendo ser ele pois ambos tem a tempos o numero do outro, para em casos de emergência, como esta.

-Carlos, a Mistis desmaiou no chuveiro, enquanto tomava banho. - Diz Viktor com seu celular apoiado a sua orelha com a ajuda de seu ombro, enquanto secava o corpo de Mistis, com muito cuidado e delicadeza.

-Desmaiou ? A quanto tempo foi isso ? - Pergunta o doutor.

-Não sei o tempo exato, quando cheguei ela já estava desmaiada. - Diz Viktor colocando roupas íntimas em Mistis, para logo depois colocar um vestido que bate em seus joelhos.

-Já tentou reanima-lá colocando um algodão com álcool em suas narinas ?

-Não. - Diz Viktor já terminando de arrumar Mistis.

-Então faça isso, ou melhor traga ela ao meu consultório, se você a acordar antes de traze-la até aqui, não vai querer vir dizendo que está bem. - Diz o doutor, já conhecendo o gênio difícil de sua paciente. - Venha rápido e tenho cuidado ao carrega-lá.

-Está bem, você já está no seu consultório ou está Indo ? - Diz Viktor enquanto coloca simples sapatos aos pés de Mistis que geralmente usa.

-Sorte sua estou aqui, já estava quase saindo, hoje iria terminar meu espediente mais cedo. - Diz Carlos sorrindo.

-Desculpe, já estou levando a Mistis. - Após falar, Viktor desliga e com todo o cuidado, retira Mistis da cama e a carrega em seus braços, no "estilo noiva" até seu seu carro, abrindo as portas da casa com dificuldade,após colocar ela em seu carro foi em direção ao consultório de Carlos.


Após alguns minutos chegou ao local, que felizmente, não era muito longe da casa de ambos. Depois de descer de seu veículo, carregou Mistis para dentro do consultório.

Assim que entrou com Mistis em seus braços, foi atendido por enfermeiros que já estavam a sua espera, a colocaram em uma marca e a levaram para uma de tantas salas que avia no local. Assim logo Carlos apareceu indo até a sala onde levaram Mistis.

Viktor se sentou, mas continuou preocupado, ainda nem sabe como não entrou em pânico quando viu sua amada caída. Passou alguns minutos, que pareceram eternos para Viktor, então viu Carlos indo em sua direção, no mesmo segundo se levantou.

-Como ela está ? - Diz Viktor já afoito.

-Ela acordou, ela por acaso tem andado se alimentado mal ? Está dormindo poucas horas ?

-Ela anda comendo pouco, mesmo com eu falando para ela comer ela não come, e também as vezes já peguei ela acordando de madrugada e ficar tomando café até amanhecer dizendo que não consegue dormir. - Diz Viktor em detalhes a rotina de Mistis de alguns meses até aqui.

-Isso è ruim, Mistis tem uma saúde fraca, se ela continuar assim pode ter uma possível anemia, isso se já não estiver. - As palavras de Carlos dobraram a preocupação de Viktor.

-Posso ver ela ?

-Sim, ela está na primeira sala a direita. - Assim que o doutor indicou o local, Viktor foi sem pensar até la, sendo seguido pelo doutor que estava com passos lentos, difere de Viktor que estava apresado.

Assim que entrou no local, viu Mistis tentando se levantar, com certa dificuldade, assim foi no mesmo momento até ela.

-Mistis, você tem que ficar deitada, descanse. -Diz Viktor a fazendo se deitar novamente.

-Viktor, você me trouxe para cá ?

-Mas è claro, você desmaiou.

-Isso ocorreu porque Mistis anda se alimentando mal e ainda não dorme direito. - Diz Carlos ao chegar ao local, já lançado um olhar reprovador para Mistis.

-Não me olhe assim Carlos. -Diz Mistis cobrindo até sua boca com o cobertor.

-Olho sim, e eu deveria falar e muito, mas não vou. - Assim que Carlos diz isso Mistis suspira aliviada. - Mas vou passar uma lista do que deve fazer durante pelo menos duas semanas, se possível muito mais.

-Tava demorando, ta bom o que eu tenho que tomar agora ? - Diz Mistis cruzando os braços.

-Isso è para o seu bem Mistis. - Diz Viktor.

-Eu sei, mas sempre que venho aqui ele manda eu me entupir de medicamentos.

-Mas é claro, se quando você vem aqui é sempre quando está quase morrendo ou desmaiada. - As palavras de Carlos fizeram Mistis se calar, pois era pura verdade.

-Esta bem, agora me fale o que eu tenho que comprar ? - Diz Mistis derrotada.

-Nada, absolutamente nada.

-Como assim nada ? Você vai me dar o remédio ?

-Não, o que eu recomendo é, estremo repouso, ou seja, ficar dormindo, em casa sem trabalhar, e se alimentos ricos em proteínas. - Suas palavras fizeram Mistis o olhar surpresa.

-O que ? Impossível, eu tenho uma empresa para cuidar.

-Você não tem Viktor para isso ?

-Mas...

-Mas nada Mistis, é a sua saúde em jogo.

- Viktor, não deixe ela ir trabalhar, só comer e dormir em casa, entendido ?

-Sim, completamente.

-Mas Viktor. - Diz Mistis ainda indignada , mas sendo ignorada.

-Se possível faça ela fazer pequenas caminhadas,será bom para ela pegar um pouco de sol, está tão pálida.

-Eu sempre fui assim. -Diz novamente sendo ignorada.

-Está bem Carlos.

-E vou dar esse medicamento para dormir, mas é para ser usado somente em último caso, e só deve tomar uma doze por dia.

-Está bem Carlos, já posso levar a Mistis para casa ? - Pergunta Viktor, fazendo Mistis sorrir.

-Não. - Logo o sorriso de Mistis sumiu. - Ela deve dormir por aqui hoje, pode leva-la amanhã de manhã se quiser.

-Mas eu já estou bem, posso muito bem ir para casa. - Diz Mistis contrariando Carlos.

-Calada Mistis. - Seu olhar fez Mistis se calar, Carlos é uma das pessoas que Mistis tem muito respeito, é como se fosse um irmão.

-Bom acho que isso é tudo, se quiser dormir aqui, tem um sofá e uma poltrona junto com cobertores, eu já vou indo, amanhã bem cedo vou estar de volta, até mais Viktor.

-Até mais

-E você. - Diz olhando para Mistis. - Trate de descansar.

-Tchau para você também Carlos. - Diz Mistis quando Carlos sai do local. - Ótimo, agora sou proibida de trabalhar.

-Isso mesmo, trate de ir se acostumando com essa ideia, pois não vou deixar você trabalhar até estar bem. - Diz se sentando a poltrona ao lado da cama de Mistis.

-Okay, eu já entendi. -Disse até olhar para ele. - Você vai dormir ai ?

-Sim, por que ?

-Pode ir para casa se quiser, eu já estou bem. - As palavras de Mistis fez Viktor segurar suas mãos.

-Eu não vou te deixar sozinha nem agora, nem nunca Mistis, ainda mais agora, sabendo que você odeia hospitais.

-Verdade, eu não gosto de hospitais, meus pais morreram em uma cama de hospital, os dois, para mim, hospitais cheiram a morte. - Suas palavras saíram em tom de sofrimento.

-Isso não é verdade Mistis, pessoas são salvas, e são trazidas ao mundo em hospitais também. - Com suas palavras Mistis apenas sorri se deitando.

-Tem razão, Viktor. - Ele direcionou seu olhar a ela. - Será que vou morrer na cama de um hospital, em uma cirurgia de vida ou morte como eles ?

-Não pense nessas coisas Mistis, descanse.


-Viktor, você lembra do dia em que eu contei tudo o que aconteceu comigo ? -Diz Mistis ainda olhando para as paredes do local.

-Como poderia esquecer, senti vontade de matar esse canalha que lhe fez sofrer tanto. - Diz Viktor demonstrando tanto ódio tem ainda por Lysandre.

-Ainda lembra o nome dele ? - Os olhos de Mistis começaram a lacrimejar.

-Com todas as letras, Lysandre Wister. -Assim que Viktor pronunciou o nome dele fez Mistis soltar um sorriso amargo.

-Lembro do dia em que a mãe dele esfregou esse sobrenome em uma face, dizendo que favelados não tinham o direito de ter ele. - algumas lagrimas saíram dos olhos azuis de Mistis.

-Como ele era hipócrita. - Diz sendo observada por Viktor. - Ele me fez acreditar que queria se casar comigo, me fez acreditar que iria enfrentar a família para ficar comigo, os pais dele me odiavam, mas eu estava disposta a enfrentar, eles e quem fosse, se ele estivesse comigo, mas no fim ele não queria nada comigo. - Agora as lagrimas saiam sem parar.

-Mistis, não fique assim. -Diz secando os olhos de Mistis.

-Eu deixei eles em paz Viktor, só porque saíram do país, mas se eles voltarem, e tentarem algo contra mim novamente Viktor, eu sinto não vou me controlar, não posso e não vou me controlar, vou pagar com cada moeda o que me fizeram, eles vão pagar, agora eu tenho o mesmo que eles, dinheiro e poder . - Diz com amargura, com a voz fraca, até acabar adormecendo, por causa do sedativo que recebeu de Carlos.

-Eu queria tirar todas as dores de seu coração Mistis, só para lhe ver sorrir tão abertamente e despreocupada como antes. - Diz acariciando seus cabelos, até dormir também.







•



Mistis está agora em frente a casa dos Wister, bom se isso pode ser considerada uma casa, pois o tamanho de uma das salas é quase o tamanho de sua casa inteira, sabe disso pois a algum tempo entrou acompanhada de Lysandre. Pior dia esse Mistis poderia dizer, em que a mãe de Lysandre a ofendeu de diversas formas varias vezes, sempre demonstrando que era inferior.

Agora esta em frente a casa, com medo de tocar a campainha, pois está procurando por Lysandre que não anda aparecendo e anda meio estranho com sigo ultimamente, não tem visto ele faz dias. Depois de tantos minutos, decidiu tocar a campainha, porque mesmo que tenha que passar por cima da mãe de seu Amado para velo, ela vai fazer isso. Passou alguns segundos, então tocou novamente a campainha, logo escutando uma voz.

-Estella ? Maria ? Cade as empregadas dessa casa para atender a porta ? São todas umas inúteis. - Assim que escutou a voz teve certeza que era a mãe de Lysandre, que foi a mesma que abriu para si, que demonstrou total desagrado assim que a viu. - O que está fazendo aqui ?

-Quero ver Lysandre, ele está ? - Pergunta entrando dentro da casa, fazendo a mulher, dona de cabelos tão platinados que chegam a parecer brancos, ficar enfurecida.

-Mas espera ai , o que é isso ? Quem você pensa que é para entrar assim em minha casa ? -Diz fechando a porta.

-Eu sou a noiva de seu filho, e eu vim aqui pois estou preocupada com ele. - Diz Mistis tentando se manter firme, ela nesse tempo não tinha a mesma autoridade e alto confiança para se impor.

-Noiva ? Não me faça rir garotinha, meu filho, um Wister, nunca se casaria com alguém do seu nível, ponha-se em seu lugar. - A cada palavra a senhora demonstrava querer respeito.

-Lysandre jurou se casar comigo, então ele vai cumprir, mesmo que a senhora ou qualquer outra pessoa não queira. - Diz Mistis olhando para os olhos da senhora que levou como uma afronta.

-Ora sua, como ousa me dirigir a palavra sua cadela de rua!! - Com suas palavras a senhora levantou a sua mão, indicando que iria lhe bater, mas Mistis foi mais rápida.

-A senhora não pode me bater. - Diz dando um passo para trás.

-Não ? Vera como está errada. - Diz segurando o braço de Mistis.

-Eu estou gravida de seu filho. - Diz fechando os olhos esperando o tapa, que não veio, então abriu ambos os olhos vendo a senhora espantada.


-Grávida ?

-Sim, Lysandre não lhe disse ?

-Você está dizendo que ficou grávida de meu filho ? - Diz a senhora parecendo ficar cada vez mais irritada. - Isso é inaceitável, imperdoável.

-Por que ? Ele será seu primeiro Neto senhora , não está feliz ? - Diz Mistis sorrindo, até sentir seu braço ser fortemente apertado.

-Neto ? Feliz ? Mas è claro que não, nunca que eu iria considerar essa coisa como meu Neto, meus netos não teram sangue sujo, isso que você carrega é um bastardo, e quem me garante que seja realmente de meu filho sua aproveitadora. - Diz jogando Mistis contra o chão.

-Isso não é verdade, Lysandre foi meu primeiro e único homem, eu amo seu filho, entenda isso. - Diz Mistis sendo observada pela senhora por cima.

-Sim, como muitas que também amam ele e a seu dinheiro, mas escuta bem rale, me escuta bem. - Diz pegando Mistis pelos cabelos e a levantando. - Você não vai conseguir nada com esse filho ai.

-Ai!! Está doente, me solta!! -Assim que Mistis fala a senhora aperta mais.

-Mas já que é assim está bem. -Ao dizer isso soltou Mistis que caiu sobre o chão. - Levante, vamos, rápido. - Mistis se levanta devagar.

-A senhora é um monstro. -Diz Mistis com seus olhos pedindo para chorar.

-Sim sei, quanto você quer ? - Pergunta a senhora.

-Como assim quanto ? - Pergunta Mistis.


-Quanto você quer para deixar meu filho em paz e aportar esse filho ? Pode pedir a quantia que quiser. - As palavras da senhora fizeram Mistis a bater.

-Quem você pensa que eu sou ? Acha que pode me comprar com dinheiro ? Eu não tenho preço, não me trate como uma qualquer pois eu não sou , se tiver alguma nessa sala só pode ser você então. - Após bater nela, a senhora colocou a mão onde esta agora vermelho, arrumando seus cabelos para trás logo em seguida.

-Sua vadia, não fique se achando, perto de mim você não é ninguém, me ouviu ? Absolutamente, NINGUÉM!!

-Eu sou alguém sim, alguém que Vale muito mais que você. - Com o grito as empregadas foram até o local e viram Mistis e a mãe de Lysandre descotindo, então seguraram a senhora que parecia querer bater a qualquer momento em Mistis.

-Senhora se acalme. - Diz uma empregada.

-Pense em sua pressão. - Diz a outra.

-Saia de minha casa, SAÍA !! - Grita a senhora.

-Até mais, senhora. - Diz por ultimo em desgosto, saído da casa e andando em passos rápidos.

Andou mais um pouco, até se encostar em um muro, então começaram a sair lágrimas sem sua permissão, foi difícil se manter de pe diante de cada palavra dela.

-Lysandre, onde está você, eu preciso tanto de você meu amor- Diz se encostando ao muro, avia muito pouco movimento nas ruas, quase desertas.

-Em seus braços è o único lugar onde me sinto segura. - Diz abraçando os próprios braços. - Lysandre.

Logo após dizer essas palavras se lembrou de Lysandre dizendo que não queria se casar com ela, se viu diante dele, de seus pais e de Nina.

-Essa sim é a esposa ideal, a altura de um Wister como meu filho. - Diz a mãe de Lysandre mostrando a Nina.

-Mas é claro senhora, não podemos nunca nós misturar a rale. - Diz Nina sorrindo.

-Lysandre. - Diz Mistis estendendo a mão para ele, enquanto chora.

-Sua idiota, eu nunca te amei. - Suas palavras seguidas junto com risos de todos, fizeram Mistis apertar seus dedos a seu vestido.

-Seus malditos, eu odeio cada um de vocês, eu vou me vingar. - Ao falar isso se viu descendo uma escadaria acariciando sua barriga. - Pelo menos eu tenho você meu filho, você foi tudo o que me sobrou. - Sorriu até escutar uma frase que a fez tremer.

-Será mesmo ? -Quando ia se virar tudo o que viu foi o rosto de Nina sorrindo antes de cair e sentir uma enorme dor. - Para pessoas como você não deve sobrar nada. - Só escutou isso até adormecer, quando acordou sua visão estava turva, quando melhorou viu o doutor.

-Doutor ? - Pergunta, logo sente uma forte dor no ventre. - Ai, meu filho.

-Infelizmente, você perdeu o seu bebê, lamento muito. - Tais palavras fizeram Mistis sentir seu coração rachar, rachadura essa mais profunda que qualquer outra, que nada foi capaz de curar.






•







-NÃO!! NÃO PODE, tem que estar errado, não pode. - Grita Mistis abrindo os olhos, logo colocando a mão na região de seu ventre.

-Mistis, está tudo bem, está tudo bem. - Diz Viktor a abraçando, então ela se da conta foi um sonho e abraça Viktor, e volta a chorar.

-Ela me fez perder meu filho Viktor, ela, a culpa é dela. - Diz Mistis baixo, fazendo só Viktor ouvir, que a abraça mais forte.

-Está tudo bem Mistis, foi só um pesadelo. - Aos poucos Mistis foi se acalmando e soltando Viktor.

-Desculpa. - Diz secando seus olhos, Viktor a observa e vê que ainda está tremendo.

-Não tem porque se desculpar, você não fez nada Mistis. - Diz Viktor sorrindo, que recebeu em troca dois olhos com a cor dos céus recheados de tristeza.

-A muito tempo eu não tinha um sonho de quase tudo o que me aconteceu, sempre foi por partes, me desculpe. - Mistis novamente se desculpa, então percebe que já amanheceu.

-Já disse que não precisa se desculpar, você não tem culpa de nada Mistis, se sente melhor ou quer um calmante ? - Pergunta Viktor vendo que aos poucos Mistis para de tremer e se senta relaxada.

-Não, eu estou bem. - Logo seu estomago indicou que está com fome. - Só morrendo de fome. - Fala por fim soltando um sorriso, o que aliviou Viktor, que imaginou que Mistis iria passar alguns dias sem sorrir com uma expressão de tristeza, como já ocorreu uma vez.

-Vou trazer falar para trazerem seu café da amanhã, então você vai pra casa comigo , e vai ficar descansando, ouviu bem Mistis ? - Pergunta Viktor.

-Está bem , senhor mandão. - Brinca Mistis sorrindo. - Agora fala pra trazerem logo que eu estou com fome.

-Depois eu sou mandão, ta bem já estou indo. - Diz Viktor saindo do local, então Mistis suspira alto.

-Tantas lembranças voltaram todas de uma vez, não fui capaz de suportar, ainda estão algumas bem nítidas. - Diz Mistis respirando devagar para se acalmar, então colocou a mão em seu colar, dado a si por sua mãe, que foi passado de geração a geração, já meio desgastado e com a aparência um pouco velha, mas em meio a todos os seus colares luxuosos esse é o mais importante.

-Minha mãe e meu pai. - Diz Mistis ao abrir o colar, tinha de um lado a foto de sua mãe e do outro de seu pai, que faleceu quando era ainda muito nova provocado por um atropelamento, e sua mãe de Leucemia, que quando começou a ser tratada já estava avançado demais. - Como sinto falta de vocês.

-E por falar nisso, já faz um tempo que não vejo minha tia. - Diz Mistis se lembrando de sua tia Aghata que foi para si como uma segunda mãe, que ficou ao seu lado desde antes de seu pai morrer, mas como não quis sair da cidade com Mistis, ela foi sozinha, mas paga todas as contas de sua tia, que vive em um apartamento de muita boa qualidade.

-Talvez eu deva visitar ela daqui algumas semanas, vou aproveitar e levar presentes e passar um tempo com ela. - Passou mais alguns segundos e Viktor apareceu com uma bandeja farta com alimentos.

-Por que demorou tanto ? - Pergunta vendo Viktor colocar a bandeja sobre si.

-Não da pra se preparar em um segundo Mistis, mas pelo visto você está bem hoje.- Diz Viktor vendo Mistis comer sem pressa, percebendo que ela tem graciosidade em qualquer momento.

-E por qual razão não estaria ? - Pergunta direcionado o olhar sobre Viktor.

-Ora, porque você desmaiou ontem e por... - Não se atreveu a falar.

-Pelo meu pesadelo ? - Só recebeu a confirmação. - Eu não vou ficar mal só porque lembrei do que já vivi, passado, é ou para ser lembrado, vingado , ou esquecido. - As palavras e feições de Mistis que antes eram doces e sorridentes, passaram a ser frias, junto com seu olhar e expressão, Mistis as vezes pode ser uma pessoa bondosa como foi a muito tempo, mas também pode ser uma pessoa fria, impiedosa, como se tornou.

-Mas enfim, você já comeu ? - Diz Mistis voltando a sua serena expressão.

-Sim, meio que você demorou para acordar.

-Eu demorei ? Por falar nisso, que horas são ? - Diz Mistis quase terminando de comer, por conta de sua fome, acabou comendo rápido sem perceber.

-São 09:34, por que ? Você tem algo para fazer ? - Diz Viktor olhando as horas em seu celular.

- Nove horas ?! Você já deveria ter ido trabalhar Viktor, o que ainda está fazendo aqui ?

-Você é mais importante Mistis. - Diz sorrindo. - Bom já terminou né ? Podemos ir ?

-Ah sim claro. -Diz Mistis tirando a bandeja de cima de suas pernas, se levantando devagar.

-Quer ajuda ? - Pergunta Viktor se aproximando.

-Não precisa Viktor, não estou tão ruim assim sabia. - Diz Mistis sorrindo, indo até Viktor.

-Ainda bem, bom vamos porque já está tarde.

-Vamos. - Depois disto, ambos foram até o carro de Viktor e entraram nele, indo em direção a casa de ambos.






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-Lysandre o que foi ? - Pergunta Nina, ao chegar a sala, vendo seu esposo pensativo, não recebendo nenhuma resposta do mesmo que pareceu não lhe ouvir. - Amor ? Lysandre está me escutando ?

-Hum, que ? O que foi Nina ? - Diz Lysandre, saindo dos seus pensamentos.

-No que pensava tão concentrado ? - Pergunta Nina intrigada, se sentando não muito longe de seu esposo.

-Nada de importante Nina. - Diz Lysandre, sendo observado por Nina, Nina sempre foi uma esposa muito possessiva, querendo sempre onde e com quem seu esposo estava, ou o que pensava.

-Hum... - Diz Nina continuando ao observar.

-Nina, você não tem nada para fazer ? Tipo compras por exemplo. - As palavras de Lysandre demonstravam claramente que não queria a presença de sua esposa naquele local, fazendo Nina ficar irritada.

-Se você me devolver meu cartão bem que eu poderia ir né, poderia comprar coisas para essa casa que está tão vazia. - Diz Nina se referindo ao seu cartão que Lysandre o tirou de si pois estava gastando como se dinheiro fosse infinito.

-Está bem, pegue e pare de me atormentar. - Diz Lysandre tirando o cartão da carteira e entregando a Nina.

-Volto ao fim da tarde. - Diz Nina sorrindo, pegando o cartão e já indo fazer suas compras.

-Finalmente um pouco de paz. - Diz Lysandre suspirando, logo voltando a pensar.

-Estou de volta, me estranhou minha mãe não ligar ate agora me falando para ir visita-lá. - Junto com os fins de suas palavras seu celular começou a tocar e quando viu o numero sorriu. - Falando no diabo.

-Alô. - Diz ao atender, logo escutando a voz de sua mãe.

-Meu filho, por que ainda não veio me ver ? Faz tanto tempo que não o vejo, não seja tão mal com sua mãe. - Diz a senhora.

-Mãe, não faça tanto alvoroço, nem faz tanto tempo assim, você ia sempre me visitar, e também estou em outra cidade agora, outro dia irei visita-lá.

-Outra cidade ? Mas por quê ? Você poderia muito bem ficar aqui em casa, não sente falta ? - A mãe de Lysandre sempre gostou de controlar cada passo de seus filhos, queria ter sempre eles sobre seus olhos para mandar neles, coisa que Lysandre sempre odiou, pois gosta de liberdade mais que qualquer um.

-Não mãe, e nem pense em encher a cabeça de Nina com essas ideias, por que nada me fara voltar para essa casa.

-Está bem, não precisa ficar tão serio, e como está a Nina, está gravida ? - Ter netos sempre foi o maior desejo de sua mãe, só por isso ela insiste para Nina engravidar.



-Não mãe ela não está. - Diz Lysandre já cansado, sua mãe sempre que ela com sigo sempre faz essa mesma pergunta.

-Não é possível, ela pode, por que ela não fica ?

-Escuta aqui mãe, se era só isso eu gostaria de desligar, pois eu tenho mais o que fazer do que escutar suas lamúrias. - As palavras duras de Lysandre fazem alguém de fora pensar que odeia sua mãe, mas essa nunca foi uma família de amor, entre ter dinheiro, posses, poder e luxos, e ter uma casa simples, mas cheia de amor e que nunca faltasse nada, eles sempre preferem o dinheiro.

-Não são lamúrias Lysandre, ela tem que me dar um Neto, temos que continuar nossa linhagem.

-Irei desligar.

-Espera, Lysandre. - Antes de ouvir algo mais Lysandre desligou, não deixando sua mãe falar.

-Finalmente em paz. - Diz lysandre relaxando a cadeira.





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Nina está olhando varias vitrines de lojas enquanto anda, com dois funcionários seus carregam suas compras, indo logo atrás dela.

-O que mais ? - Pergunta a si mesma, quando olha para uma loja que lhe agrada, assim entrando nela.

-Bom dia, a senhora está procurando por algo ? - Diz a funcionaria a atendendo.

-Quero os vestidos mais belos que tiver. - Logo a funcionária mostrou o local dos vestidos. - Se precisar de algo eu lhe chamo, agora pode ir.

-Sim senhora. - Assim que a mesma foi embora, Nina passou a olhar os vestidos, escolhendo levar oito, de cores e modelos diferentes.

-Esse é belíssimo. - Diz Nina tocando em mais um, com a estampa de seda, com uma apertura nas costas de cor dourada.

-Irei colocar esse. - Diz sendo observada por seus funcionários, assim que terminou de se trocar se olhou ao espelho.

-Estou como eu sempre fui, uma princesa. - Ao sair do restiario olhou para os funcionários. - Como estou ?

-Belíssima senhora. -Diz um sorrindo.

-Está mais bela do que sempre senhora.

-Isso já era de se esperar. - Ao ser bajulada olhou para uma das funcionárias da loja e essa lhe pareceu muito família a primeira olhada, logo ficou espantada, com a ideia de quem poderia ser. - Mistis ?

Quando olhou novamente a mulher estava de costas se afastando de Nina, a mesma foi a passos rápidos e cheios de raiva, duvida, e receio até ela. Quando chegou mais perto de imediato segurou em seu braço, a fazendo se virar assustada.

-Mistis ? - Pergunta, então viu seu rosto percebeu que não era ela, logo largando o braço dela.

-Senhora ? Deseja algo ?

-Ah, não, desculpe-me, a confundi com outra pessoa. -Diz se afastando dela.

Após Nina se afastar, resolveu se sentar, pensou que aquela mulher fosse Mistis, Nina odeia Mistis pois ele mostrou interesse nela primeiro que em si, Como ela também estudava no mesmo Colégio só via os dois de longe. Sempre achou que Mistis estava no lugar errado, pois essa escola não era própria para ela, mas sim para quem tinha poder, luxos.

-Não, nunca que seria aquela pobretona, aposto que ela continua vivendo no mesmo lugar medíocre de sempre, trabalhando para ganhar quase nada, sim ela merece isso, por ter olhando para Lysandre, deve pagar o resto de seus dias assim. - As palavras de Nina saem em desgosto.

-Será muito melhor para ela nunca mais cruzar com o meu caminho, pois o que eu fiz não seria nada, quero ver ela reduzida a nada, bom mais será que da pra reduzir o que já è nada ? - Com os fins de suas palavras veio risos, mal Nina sabe que o mundo pode dar voltas, até as vezes rápidas demais.






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-Mistis ? O que foi ? - Diz Viktor vendo Mistis para subitamente antes de entrar em casa.

-Sinto que alguém está falando de mim. -Diz Mistis olhando desconfiada para os lados, fazendo Viktor sorrir e lhe abraçar com um braço ao ombro.

-Você tem cada ideia Mistis, vamos entrar logo, não era você que disse que eu estava atrasado ?

-È mesmo , e por falar nisso você já pode ir, está fazendo o que aqui ainda ? - Diz Mistis quando ambos entram em casa.

-Eu já vou, só vou tomar um banho, e me trocar então eu vou. - Diz Viktor andando com Mistis ao seu lado no corredor.

-Está bem, bom já que estou proibida de trabalhar, vou comer minha torta assistindo minha série na sala. - Antes de Mistis ir a sala Viktor a impede.

-Nada disso, você vai ficar é em seu quarto, lá também pode ser suas séries e è mais confortável para você.

-Ai está bem, mas a torta você não tira isso de mim, nem que eu faça uma eu vou comer, me ouviu bem ?

-Sim, eu ouvi, bom mas deixa eu me arrumar que já está tarde.

-Isso, vai se arrumar, qualquer coisa vou estar em meu quarto, também vou me lavar.

-Está bem. - Logo em seguida Viktor foi em direção ao seu quarto Indo tomar um banho morno, enquanto Mistis ia tomar um banho Frio, como se a agua fria, levasse todas as suas preocupações.

Mistis demorou alguns minutos a mais que Viktor, que já está terminando de se arrumar, enquanto Mistis acaba de sair com apena um roupão lhe cobrindo e uma toalha que está a secar seus cabelos.
Após terminar de se arrumar resolveu ir até o quarto de Mistis, bateu antes de entrar.

-Entre Viktor. - Diz Mistis enquanto seca seus cabelos de frente ao espelho com um secador. - O que foi ?

-Só vim avisar que já vou. - Diz Viktor olhando para Mistis, realmente Mistis se torna um pecado em pessoa as vezes de tanta tentação.

-Está bem, cuidado em. - Diz Mistis desligando o secador e arrumando seu cabelo.

-Pode deixar, até depois. - Diz Viktor já saindo da porta do quarto.

-Até! - Fala um pouco mais alto sorrindo.




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-Está pensativo meu amigo ? - Diz Kentin sorrindo após entrar na sala de Castiel.

-O que me denunciou ? -Diz Castiel sorrindo voltando sua atenção a Kentin.

-Essa sua cara de quem vai aprontar.

-Super engraçado você Kentin. - Diz Castiel com ironia.

-Mas, no que pensava então. -Diz kentin se sentando em uma poltrona.

-Em Mistis.

-Nela ? Viu, já está todo apaixonado por ela, é parece que alguém amarrou o cachorro solto.

-Nada disso Kentin, pretendo chamar ela pra um jantar, mas não hoje, depois, ando muito ocupado.

-Boa sorte, você vai precisar.



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Dias depois.





-Viktor, eu já disse que estou ótima, já faz duas semanas que não vou trabalhar, agora eu posso ir. - Diz Mistis novamente tentando convencer Viktor.

-Nem pensar , ainda não deixo, por que não procura sair, se divertir já que tem finalmente uma folga em ? Você precisa sair mais Mistis.

-Mas não sinto falta de nada disso, gosto de ficar ocupada, ocupar a mente com trabalhos, por isso deixei que eu vá.

-Não! E assunto encerrado, agora eu preciso ir.

-Ta bom, mas algum dia eu vou voltar.

-Eu sei disso. -Diz sorrindo.- Volto de noite.

-Bom trabalho.




Narradora





Viktor foi em direção a empresa trabalhar como todas as manhãs, assim que chegou no local, não passou dois minutos que se sentou na cadeira que a secretaria já bate na porta.

-Senhor, o Sr. Castiel está aqui, devo deixa-lo entrar ? - As palavras da Secretaria fizeram Viktor ficar surpreso.

-Sim claro, deixe-o entrar. - Assim Castiel entra para dentro sorridente, mas assim que vê Viktor no ligar de Mistis sua felicidade desaparece.

-Parece desapontado, o que foi ? Desejava ver outra pessoa ? - Suas palavras saem em cinismo.

-Digamos que sim. - Diz não escondendo seu desagrado.

-Como pode ver eu estou no comando hoje, qualquer assunto trate comigo.

-Digamos que os assuntos que queria tratar, são somente direcionados a Mistis.

-Pós que pena, ela não tem vindo e nem vira pelos próximos dias.

-E por qual motivo ?

-Questões de saúde, sabe ela tem uma saúde frágil, mas ainda bem que ela tem a mim para cuidar dela. - Tanto suas palavras como suas expressões finais foram em forma de provocação, que foi totalmente percebidas por Castiel.

-Ah sim, e por tem alguém como você ao lado dela que ela ficou tão adoecida não é mesmo. - As palavras seguidas de um sorriso fizeram Viktor ficar irritado.

-Ira ou não falar do que veio tratar ? - Diz voltando a questão inicial.

-Como já avia lhe dito são assunto somente entre mim, e a senhorita Mistis, e que irei tratar com ela agora mesmo. -Diz já passando a se retirar do local, fazendo Viktor se levantar.

-Já disse que não está aqui a Mistis.

-Sendo assim, irei até ela. -Diz sorrindo antes de sair, sem dar chances de Viktor protestar, sendo assim se sentando contrariado.

-Ele... Não é o ideal para ela... Não é - Murmura para si próprio seus pensamentos gritados em sua mente.

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Suspirou alto, o homem dono de cabelos tão platinados que parecem brancos herdados de sua mãe,com as pontas levemente pretas, herdadas de seu pai.

Suspirou cansado, avia passado um bom tempo ocupados com papeis, documentos, e mais papeis.Agora a única coisa que desejava ver era um café para poder relaxar um pouco.

-Talvez eu vá na próxima semana a casa de minha mãe. - Murmura alto seus pensamentos.

-Voltar aquela cidade. - Tais palavras o fizeram ter leves devaneios de sua juventude, foi então que se lembrou de uma moça, a qual era bem bonita, seu rosto atingiu sua mente.- Mistis. - sussurrou.

Um sorriso diabólico se formou em seus lábios. - Aposto que está pobre como sempre, será que ela deu a luz ao bebe que ela diz ser meu filho ? -Se pergunta em voz alta sorrindo, Lysandre não sabe do 'acidente' ocorrido com Mistis que a fez perder o feto.

-Mas se sim, então eu tenho um herdeiro, ilegítimo, mas continua sendo meu filho, se a minha esposa que não serve nem para me dar um filho, não poder me dar, pego a guarda da criança para mim e o faço filho. -Diz já arquitetando maldades.

-Oh sim, mas que transa boa foi aquela, admito que senti mais prazer em uma noite com Mistis, do que todas as minhas noites com Nina. -Diz em deleite, relembrando a tal fatídica noite.

-Talvez eu a faça virar minha amante dessa vez, não duvidaria se ela ainda me amasse, do jeito que é idiota.- Diz debochando, segurando seu café e tomando um pouco dele.

-Se ela fosse nascida de uma família como a minha, talvez eu até me casasse com ela de verdade, mas sem posses nem dinheiro, pra mim, não me serve de nada.

-Só servem para abrirem as pernas para mim mesmo,e Nina nem isso está fazendo direito.-Diz em desagrado.

-Espero que quando for ver minha mãe, encontre com ela, a vai ser um encontro magnífico, pelo menos para mim. - Suas palavras finais são acompanhadas de risos cheiros de más intenções, mal sabe ele que as vezes a vida pode lhe pregar peças, que na maioria das vezes elas não são boas.....



Continua.....[voltei <3]