O bebê Draco brincava aos pés da mãe, ele tinha força o suficiente nas pernas gordinhas para ficar em pé.
“Olha Lucius, ele vai andar logo, logo.” Narcissa alisou os cabelos macios e quase transparentes do filho, o menino tinha 6 meses, e já mostrava aptidão de uma criança mais velha. “Ele não é um menino esperto?” Narcissa pegou o menino e o sentou no colo, balançando-o lentamente.
“Com certeza.” Lucius estava pensativo, encarando um quadro qualquer.
“O que você está pensando?” Narcissa perguntou, o bebê agora adormecido depois de brincar durante horas no tapete.
“Eu falei com meu pai hoje.” Ele respondeu, se referindo ao quadro de Abraxas Malfoy no escritório do patriarca da família. “Ele disse que próxima geração não será uma sangue-pura!”
“O que?” Narcissa apertou o filho contra o peito. “O que vamos fazer? Deixar ele morrer com 17?!”
“Eu ainda não sei, Narcissa.” O homem encarou o lindo bebê e respirou fundo. “Meu pai duvida inclusive que seja uma mestiça. Disse que toda endogamia entre sangue-puros enfraqueceu demais a genética e que as mulheres não são capazes de manter uma gravidez que pede uma magia tão forte, e que nem os homens, mesmo na nossa situações tem um fruto poderoso o suficiente para engravidar uma mestiça!” O pai alisou os pequenos dedos do filho. “Por isso nunca conseguimos ter outro filho.” Disse num tom de tristeza.
“Lucius!” Narcissa apertou a mão do esposo. “O que vamos fazer?”
“Eu vou fazer o feitiço de rastreamento!” Ele disse sóbrio. Os olhos cinzas brilhando.
“E se for uma sangue-ruim?” Ela perguntou aflita, apertando Draco contra o peito.
“Eu não vou deixar meu filho morrer Cissa!” Isso era resposta suficiente.
Ele encarou de longe enquanto a menina de um ano corria pelo parque, as perninhas gordinhas mal davam conta da velocidade e ela foi de encontro ao chão com força.
“É agora…” O homem loiro deu o sinal para o moreno ao seu lado, que acenou e foi em direção a criança que chorava.
“Hermione.” O homem moreno chamou. “Querida.”
A menina soluçou e olhou para o estranho, o rosto inchado e vermelho de chorar.
“Vem com o papai querida!” A criança ficou confusa por alguns segundos e ia voltar a chorar quando a varinha do desconhecido tocou em sua têmpora, apagando todas as memórias da sua curta vida e substituindo por outras.
“Dada.” A pequena resmungou, dando os braços para o pai.
“Isso Hermione, vem com o papai.”
Do outro lado do parque o casal Granger encarava as crianças no parque, sentindo no peito a dor do aborto natural que a Senhora Granger sofreu no ano passado.
“Podemos tentar novamente.” O marido disse confortante.
“Sim, podemos.” Ela apertou sua mão.
Na antiga residência de Hermione, Narcissa e Druella apagavam todas as memórias e resíduos da pequena menina, deixando apenas um berço de lembrança da filha que eles nunca tiveram.
“Eu não sei como agradecer por isso Narcissa.” A loira ao seu lado disse, estava chorando de felicidade. “Eu vou ter minha menininha.” Ela apertou a fotografia da criança contra seu peito.
“Druella!” A outra respondeu. “Você tem que lembrar o porque disso tudo, não é apenas para você ter sua menina, mas para o meu filho ter sua companheira.”
“Claro! É o mínimo que devemos a vocês por essa chance.”
“Ótimo.”
Elas deram mais uma volta pela casa, quando estava satisfeita com a limpeza cada uma foi para sua própria moradia.
“Está feito.” Lucius alisou os cabelos quase transparentes do filho, que estava tentando ficar sentado sozinho. “Você está seguro.”
“Eu vi as fotos dela.” Narcissa ajudou o pequeno que resmungou ilegivelmente. “Linda criança.”
“Os pais também eram bonitos, e a magia dela Cissa, eu conseguia ver irradiando a quilômetros de distância, mesmo o feitiço não estando em seu ápice. A garota é forte. Magia muito forte.” O homem estava fascinado.
“Então… Porque era tão importante ela ser ‘sangue-puro’?”
“Meu medo não era ela ser nascida trouxa, o medo ela achar outro parceiro antes dos 17 anos de Draco. Nenhum de nós correu esse risco de antes, na infância nossos pais faziam o feitiço e o contrato de casamento era feito, sem nenhum risco da Veela em nós morrer de coração partido, não havia essa possibilidade com uma nascida trouxa, ela podia ter um namorado e negar nosso filho.”
“Por Morgana.” Apenas a ideia de perder o filho afligiu o coração de Narcissa que o apertou com força, o bebê resmungou e bateu as perninhas gordas. “Eu nem pensei nisso.”
“Ela sendo uma Nott não corremos esse risco. Eu já fiz o contrato e amanhã ele será lacrado com o sangue das crianças.”
“Ótimo.” O casal se encarou, alívio no rosto de ambos. “Ótimo!”
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