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História Por Draco - O roubo do primeiro beijo


Escrita por: SPierre

Notas do Autor


:D

Capítulo 4 - O roubo do primeiro beijo


 

    Hermione limpou a garganta. Pansy estava muito próxima de Draco, e ela não sabia como lidar com um sentimento ruim que isso gerava em seu peito.

    “O que vocês estão fazendo?” Perguntou encarando seus pés, um sapatinho rosa social os apertava, combinando com o vestido branco que usava para o chá na casa dos Parkinson.

    “Estamos namorando sua boba, sai daqui.” Pansy cruzou os braços, e empinou o nariz. Hermione sentiu os olhos queimarem com as lágrimas que se aproximavam e acenou com a cabeça, virando e saindo da casa de princesa da amiga.

    “Ei, Hermione!” Theo correu na direção dela, com suas calças sociais tornando a ação um pouco difícil. “Viu o Draco?” O coração da morena apertou, ela apontou em direção de onde tinha vindo. Passando sem olhar nos olhos do irmão e andando para casa principal.

    “Hermione!” Ela ouviu em seguida a voz do loiro, razão de seu tormento infantil, e antes que ele pudesse alcança-lá saiu correndo. “Hermione, espera!” Mas ela não queria esperar, e as lágrimas já estavam escorregando pelo seu rosto. Draco era um… um… um bobo!

    Ela deu a volta na casa e entrou pela cozinha, os elfos do local pararam e acompanharam com olhos grandes e preocupados a pequena senhorita passar correndo.

    “Não contem a ninguém que me viram.” Disse chorosa. “Isso é uma ordem!” E continuou correndo, os cabelos castanhos voando atrás de si.

    Não demorou um minuto para o pequeno senhor Malfoy também entrar na cozinha. Ele parou e olhou ao seu redor, ela podia ter ido para qualquer parte da grande casa dali.

    “Onde ela foi?” Perguntou para um pequeno elfo que se encolheu. “Ela deu ordem para não falar, né?” Draco suspirou e pensou por um minuto. “Você consegue apontar sem quebrar a ordem?” Sorriu jocosamente, Hermione não fugiria dele.

    O elfo pareceu pensar e apontou o dedo para a porta lateral, que dava no jardim secreto da casa. Ele acenou para o elfo e voltou sua corrida.

    Encontrou Hermione de joelhos no meio do jardim, o vestido branco espalhado ao seu redor, e ela soluçava copiosamente.

    “Hermione.” Ele se aproximou e alisou o cabelo dela. “Eu não estava namorando a Pansy, eu juro.”

    “Eu vi você se beijando.” Ela afundou o rosto contra as mãos. “V-você prometeu que se ca-casaria comigo. Agora fi-fica beijando a Pansy. Não quero ca-casar com você.” Disse entre soluços. Draco sentiu um aperto no coração e apertou com força contra o peito.

    “Hermione, eu nunca trairia sua confiança, eu não estava beijando ela. Ela que me beijou.” Draco havia completado 11 anos no último dia 5 de junho. Dia 1 primeiro de setembro ele e seus amigos, incluindo Pansy, estariam embarcando para seu primeiro ano em Hogwarts. E a última coisa que Draco precisava era Hermione brigada com ele e o substituindo por um novo melhor amigo, ou pior, um namoradinho na escola. Ele não conseguia expressar a profundidade do que sentia, com apenas 11 anos, mas sabia, no fundo de sua mente e coração, que casaria com Hermione. “Eu juro Hermione, me perdoa.”

    “Você deu seu primeiro beijo com aquela horrorosa da Parkinson.” Hermione havia ficado mais calma no momento que seu rosto foi de encontro com o peito de Draco, ela odiava que o garoto tivesse tanto poder sobre suas emoções, e não conseguia explicar como isso podia acontecer.

O menino ficou em silêncio, sem saber como corrigir a situação. Algo dentro dele gritava em ver as lágrimas que manchavam sua camiseta, e saber que a culpa havia sido dele. Mas, como resolver um problema que nem ele havia criado? Pansy tinha tido que Hermione estaria no castelo encantado do jardim, quando chegou lá foi agarrado pela morena. Sabia que Hermione ter chegado justamente naquele momento não foi acaso do destino, Parkinson era tenebrosa, e estava aprendendo rapidamente como jogar sujo. Algo que sua doce e ingênua Hermione nunca faria. Draco levou o pulso da garota para seus lábios, sem saber exatamente o que estava fazendo. Beijou com delicadeza o ponto pulsante, fechou os olhos quando uma onda poderosa tomou conta do corpo dele, e ficou sem respirar por alguns segundos. Abriu a boca e passou a língua pela pele fina e sensível dela. Hermione tinha virado o rosto para encarar, vidrada, o que ele fazia. Não entendia o que era, mas algo dentro si dizia que era um momento muito importante.

Os olhos cinza se abriram, e estavam diferentes, completamente negros. Ele sentia uma vontade súbita, que não conseguia repreender, de morder o ponto vibrante do pulso dela.

“Minha?” Uma voz funda e ecoada, como se saísse de dentro do peito de Draco, indagou.

Ela acenou a cabeça positivamente. Hermione sabia de muitas coisas. Sabia fazer vários feitiços simples, mesmo sem varinha, sabia tudo sobre Hogwarts, sobre magia, e sobre história. Sabia todas as regras da sociedade que devia seguir. E também sabia que pertencia a Draco Malfoy, desde que tinha consciência suficiente para entender sobre romance, ela entendia que seu futuro era ao lado do herdeiro Malfoy. A mãe dizia que era a sua intuição feminina, mas a menina sempre acreditou que fosse algo mais. Mais profundo, mais mágico.

“Minha?” A voz era mais desesperada agora, como se precisasse de confirmação auditiva.

“Sim…” A menina respondeu, um pouco assustada com os olhos negros e com as … aquilo eram presas?... que surgiram na boca do amigo.

Draco sorriu, e abaixou a boca em direção ao pulso, mordendo.

“Ai!” Hermione gemeu, tentando puxar o pulso, mas ele a segurou firme e sugou o sangue dela, injetando o seu veneno. A dor sumiu depois de alguns segundos, e Hermione encarou hipnotizada enquanto tudo ocorria.

O menino soltou seu pulso e o lambeu, fazendo as pequenas marcas se fecharem, mas não sumirem, Hermione encarou o pulso em seguida, tinha certeza que aquelas cicatrizes nunca sumiriam, e o que em nome de Merlin diria a mãe?

“O que você fez?” Perguntou em um sussurro.

“Eu…” Draco levou a mão a temporada, uma dor de cabeça horrível. “Hermione, eu sinto muito, eu não sei porque eu mordi você.”

“Minha mãe vai ficar tão braba!” A garota gemeu.

“Eu falo com ela.” Draco apertou os ombros de Hermione e a puxou novamente, queria mesmo estar mais preocupado, mas dentro de si só havia uma calma apagazidora, como se soubesse que o que tinha feito fosse a coisa mais certa do mundo. Mais importante que seu primeiro beijo roubado por Pansy. Mais importante que qualquer coisa no mundo de uma criança de 11 anos.

“Foi bom?” Hermione perguntou tímida.

“Morder você? Sim.” Draco parou e riu. “Desculpa, eu não sei porque disse isso.”

“Eu quis dizer beijar a Pansy.”

“Ah! Não sei. Eu nunca beijei antes, mas foi babado e nojento, eu não queria ter dado meu primeiro beijo com ela.”

“Com quem você queria ter dado?”

“Você sabe.” Ele sentiu o rosto corado.

“Se ela aceitasse fingir que você nunca beijou outra, você daria o primeiro beijo com ela agora?”

Draco afastou o rosto dela de seu peito, e limpou as marcas de lágrimas do rosto, ainda redondo de infância, de Hermione. Ele se aproximou e fechou os olhos, colando seus lábios contra os macios dela. Ficaram pressionando por alguns minutos, tentando imitar o que já haviam visto adultos fazer. Draco não abriu a boca e tentou a engolir, como Pansy fizera, assim era muito melhor.

Se afastaram e olharam cada um para o lado, ambos rostos corados e quentes.

“Foi o melhor primeiro beijo do mundo.” Ele assegurou, apertando a mão dela com força. Porém, sem a encarar, ainda sentindo o rosto quente.

A marca no pulso de Hermione brilhou e ambas crianças encararam em silêncio.

“O que será que é isso?” Hermione passou o dedo sobre a cicatriz. “O que será que você fez?”

“Eu não sei…” Draco pegou o pulso de Hermione e o beijou. “Eu não faço ideia.”

 

 

 

Na sala em que os homens bebiam conhaque, Lucius se ergueu do nada, podia sentir no ar a magia ancestral de veela, sabia que além dele, só havia outra dessas criaturas na casa. Draco.

“Nott, um momento por favor?” O homem dos cabelos negros na sua frente se ergueu, e ambos saíram da sala de jogos. “Onde estão as crianças?”

“No jardim.” O outro respondeu.

Eles foram até o jardim, mas logo sentiram falta dos cabelos platinados e dos cachos cheios de seus filhos.

“Lucius, o que você acha que aconteceu?”

O homem avaliou as opções, sabiam que isso aconteceria, obviamente que sim. Mas, eles eram tão novos. O que, por Merlin, fez os sentidos de veela do Draco agirem tão cedo?

“Meu filho acabou de dar a primeira marca para Hermione.”

“O quê?!” Theodoro sênior, puxou o braço do amigo. “Como isso, você disse que a primeira marca acontecia apenas na puberdade, talvez, no mínimo aos 15 anos. Minha filha tem 11!”

“O meu filho também tem 11!” O loiro resmungou, tentando seguir a magia veela pela casa dos Parkinson. “Algo deve ter acontecido para despertar a veela dele. Hermione pode ter se aproximado de outro menino no jardim, ela é muito amiga do Blaise. Ou talvez de Theo…” Ele murmurou pensativo.

“Eles são irmãos, você é maluco?” O outro homem ficou indignado.

“Eu não quis dizer nada com isso. Mas, a magia veela não reconhece o que está em escrito em papéis, apenas o que o sangue diz, e por sangue eles não são nada. Talvez a veela tenha visto uma ameaça no amor fraternal dos dois. Mas, eu dúvido que seja o caso, eu estou apenas ventilando teorias.” Os dois seguiram apressados pelos corredores, até chegarem no jardim secreto, Lucius parou e puxou o amigo, ambos ficaram em silêncio.

Draco estava sentado, com Hermione apoiada no peito dele, ambos encaram o pulso da garota com afinco e cochichavam entre si.

“Essa marca pode machucar Hermione?” Theodore perguntou por fim, sentindo o coração mais aliviado por ver o sorriso enorme no rosto da filha.

“Não. Eles são jovens, mas a primeira marca não tem nenhum efeito sexual.” Ele pigarreou, desconfortável. “Ela é apenas um pré acordo entre eles, costuma acontecer quando uma das partes se sente ameaçada… Como eu disse. Apenas um seguro que acasalamento vai ocorrer.”

Ambos adultos se encaram e voltaram atenção para o casal de criança. Agora Hermione estava rindo abertamente de algo que Draco havia dito e então ela se virou rapidamente e colou seus lábios no dele.

“Mas o que?” Theodore deu um passo à frente, estupefato. “Seu filho está… está deflorando minha princesa?”

“Deflorando?” Lucius ergueu a sobrancelha. “É um beijo. Bem inocente. E quem começou foi sua filha.” O loiro virou e começou a voltar para a sala de jogos. Theodoro em seu encalço.

“Isso é muito errado, Lucius.”

“Ah por favor, vamos voltar a beber, as crianças não estão fazendo nada demais.”

“Como não?” O moreno perguntou.

“Theodore Nott.” Druella surgiu no fim do corredor. “Onde você esteve? Onde estão Hermione e Draco?”

“Bem.” Lucius respondeu, pegando a mão de Narcissa. “Temos que conversar, depois do chá, podemos todos ir para a mansão?

“Mãe!” Hermione venho correndo do fim do corredor, Draco logo atrás. “Mãe, Pansy é uma boba, eu quero ir embora.”

Os adultos riram, e Lucius encarou o amigo. Pansy então… Pelo jeito quem precisava ser acalmada o tempo inteiro, era Hermione.

 



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