Draco estava com o braço ao redor dos ombros de Hermione, a menina percebeu (e ficou muito contente) que desde que Harry havia entrado no grupo de amigos, Draco ficava cada vez mais perto dela. Sempre a tocando, como se para lembrar o menino dos olhos verdes que ela tinha um dono. Consequência disso era Pansy furiosa, porque Potter não parecia se importar muito.
“O que será que o padrinho vai ensinar esse ano?” O loiro perguntou, distraído com um cacho dela entre os dedos.
“Não faço ideia, espero que nada horrível. Igual a ele.” Nott murmurou. Cuidando para Snape não o pegar falando mal em suas costas. “Eu não sei como vocês gostam de passar o tempo na casa dele. Severus é horrível.”
“Não exagera irmão.” Hermione apertou os livros do ano com força contra o peito. “Será que ele vai demorar muito?”
“Não sei, espero que sim!” Theo encarou o novo membro que estava em silêncio. “Você já conheceu o Snape?”
“Não.” Os olhos verdes eram curiosos atrás dos óculos grandes demais para o rosto. “Mas, já ouvi falar muito dele. Pansy e Daphne não pararam de reclamar hoje no café.”
“Por que você sentou com elas?” Hermione perguntou curiosa, tinha sentido falta do moreno no café.
“Pansy me agarrou, e disse que não sentasse com ela ia ficar do meu lado na aula hoje.” Os três meninos fizeram cara de pavor e nojo, e novamente Hermione se sentiu satisfeita.
“Você vai se sentar com o Draco.” Ela disse. O loiro a encarou como se a fosse matar. “Eu não consigo trabalhar com ele, duas cabeças que pensam demais sempre dá meio errado, prefiro trabalhar com o mano, mas se o Draco não quiser, posso sentar com você.”
“Eu vou sentar com o Potter sem problemas.”
“Lá vem ele.” Nott murmurou, perdendo as esperanças que a aula seria cancelada.
Quando Draco percebeu que Hermione sentaria na frente, puxou Harry para uma das mesas mais afastadas, ficando no corredor do meio.
“O que foi?” O garoto que sobreviveu perguntou confuso.
“Snape ia tirar a gente de lá, ele acha que eu copio da Hermione sempre.”
“Ele está certo?”
“Sim.” O loiro deu de ombros. “Eu sei fazer as coisas também, mas se eu posso só copiar da Hermione, eu vou.”
Eles se sentaram, e ouviram o discurso de abertura de Snape. Malfoy percebeu que o professor olhava Potter como se ele tivesse algo sujo na cara, mas o colega nem se tocou enquanto copiava tudo que o professor dizia.
“Então Potter.” Draco aproveitou que Snape passava as instruções no quadro. “Qual a sua com a Hermione?” Perguntou despretensiosamente.
“Mione?” O moreno não percebeu os olhos cinzas ficarem escuros com o uso do apelido. “Nada. Ela é só minha amiga. E também, é óbvio que ela gosta de você, quem seria idiota de tentar?”
“Ótimo.” Veela pareceu satisfeita com a pergunta. “Vamos deixar isso claro, Potter. Ela é minha, ela pode ser sua amiga, porque eu nunca impediria ela de nada, nem poderia, ela não deixaria. Porém, sem toque bobos, porque eu vou arrancar sua mão e ninguém vai poder me parar, eu sou protegido pela lei.”
“Que lei?”
Draco riu de lado, uma presa brilhando com a luz da vela na mesa. Harry se arrepiou, não entendeu metade do que Draco tinha dito sobre lei, entretanto o recado ficou claro como água, e ele podia ter sido criado como trouxa e não entender nada do mundo bruxo, mas idiota ele não era.
“As instruções estão no quadro, trabalhem em silêncio e esperem que eu recolha as amostras no final da aula.”
“Mãos a obra, Potter, acho que podemos ser grandes amigos agora.”
Novamente o sorriso, seguido daquela sensação de terror de Harry, o moreno decidiu que com certeza queria ser melhor amigo de Draco, porque não queria ver o que aconteceria se fosse o contrário.
Na última fileira, do lado dos grifinórios, um ruivo cheios de sardas e ressentido, ainda não sabia, mas seria o exemplo vivo do que Harry havia temido.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.