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História Por Elas 1ª Temporada - 35 - Hora da Verdade II


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 35 - 35 - Hora da Verdade II


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 35 - Hora da Verdade II

Narrador.

— Espera um pouco. - Dinah levantou a cabeça lentamente, umedecendo os lábios antes de continuar. - Vocês duas passaram a noite acordadas?

— Isso não vem ao caso agora, Dinah. - Camila a cortou. - Começa a falar, Dylan. 

— Eu não quero ouvir. - Dinah virou sua cadeira para ficar olhando o lado oposto, mas Allyson deu alguns passos e a virou de volta. - Respeita o meu espaço.

— Eu quero ouvir. - Normani se curvou sobre a mesa, respirando fundo antes de terminar. - Já pode começar, Dylan.

— Desde o começo?

— Tem como começar pelo final? - Camila ironizou sem paciência. - Está esperando o que para começar?

— Não é fácil chegar em uma faculdade nova e não ter amigos, Normani foi a primeira e praticamente a única. Dinah e Allyson vieram de brinde, só que mais a Dinah do que a Allyson.

— Queria exclusividade, queridinho? - Quase todos os olhares foram parar em Camila, que deu os ombros. - O que foi? Só fiz uma pergunta.

— Se fiz alguma confusão, a culpa foi da Normani. Ela sempre estava grudada na Dinah e quando a Dinah não estava por perto, ela segurava a minha mão...

— Isso não queria dizer nada, Dylan. - Allyson o interrompeu, tão sem paciência quanto Camila. - Eu diria que sinto muito pela visão que teve sobre isso, mas eu não sinto. Normani tinha mania de segurar a mão de todo mundo, eu mesma tirei essa mania dela porque nem todo mundo entendia que era o jeito que ela aderiu para não se sentir sozinha.

— Como eu poderia saber? A faculdade inteira me notava quando estávamos de mãos dadas, eu sentia que poderia fazer amigos além da Normani. Ela só tinha que ficar mais comigo do que com a Dinah e a Allyson. - Dylan apertou suas pálpebras rapidamente, se afundando na cadeira. - Eu gostava de ser alguém naquele lixo de faculdade.

— Pode pular para o dia da festa? - Camila revirou os olhos. - Você enrola demais, fala e fala, mas não anda logo.

— Você consegue ser mais chata que a docinho. - Sem nenhuma cerimônia, Camila mostrou seus dois dedos do meio para Dylan, sorrindo ironicamente. - O primeiro copo de álcool foi eu quem ofereceu, ela pegou e sumiu com a Dinah. Fiquei jogado no sofá por um tempo enquanto todos pulavam e bebiam feito idiotas, Normani apareceu um tempo depois irritada sem a Dinah, e continuou bebendo abraçada comigo.

— Que suspense, cara. - Josh notou a impaciência no bater de unhas de Lauren contra a cadeira, ele sentiu que tudo precisava chegar ao final o mais rápido possível. - Conta logo o que elas querem saber, não estávamos em uma novela brasileira.

— O que querem saber? Eu levei a Normani para o quarto sim, mas foi porque ela pediu por um lugar mais calmo. O quarto da Allyson era o único lugar que não tinha ninguém trepando lá dentro.

— O que rolou no quarto da Allyson? - A voz de Dinah chamou atenção de todos, surpreendendo até ela mesma. - Você começou, agora termina.

— Normani estava bêbada e sem condições de segurar o próprio copo, qual ela deixou cair na própria roupa. Eu trocava a camiseta molhada da Normani por uma seca quando Dinah entrou, entendeu tudo errado e foi embora antes de ouvir qualquer coisa, foi bem triste...

— Não tenta ser engraçado, Patati Patatá, você é muito sem graça. Credo. - Camila disse totalmente séria, mas acabou fazendo Allyson e Josh rirem em silêncio. Até mesmo Lauren parou de bater suas unhas contra o estofado da cadeira ao ouvir como ela o chamou. - Já sabemos disso, queremos saber o que vem depois.

— Quero deixar claro que Normani estava acordada quando pediu ajuda com a camiseta, não me aproveitei dela. - Dylan sentiu que precisava deixar essa questão mais que clara para todos ali presentes, afinal, ele estava dentro de uma advocacia, rodeado de advogados prontos para foder sua vida mais um pouco. - Normani chegou na segunda com os olhos vermelhos dizendo que a Dinah não queria falar com ela, que não atendia suas ligações, que não respondia mensagens e não estava em casa.

— Você adorou esse momento, não foi, Dylan? - Camila provocou. - O caminho estava livre sem a Dinah grudada na Normani, era só continuar fazendo o teatrinho e vida que seguia.

— Eu não deixei a Normani no escuro. - Dinah ouvia tudo sem conseguir formular qualquer frase que pudesse expressar o que sentia, a raiva que a comia por dentro. Era questão de mais alguns segundos e Normani estaria igual a ela. - Contei tudo o que tinha rolado na festa, até combinamos de ir conversar com a Dinah separadamente.

— Agora eu fiquei curiosa. - Lauren arrastou sua cadeira para mais perto da mesa, cruzando os braços sobre a mesma. - Camila e Allyson tem uma versão sobre o que disse para Dinah, mas na minha versão falta coisas, talvez palavras? Será que você poderia falar o que disse para ela?

— Nada, eu não falei nada. - Dylan não teve coragem de olhar para ninguém, mas sabia que todos os olhares estavam sobre ele. Principalmente de Lauren e Allyson. - Eu nunca fui falar com a Dinah, Normani. Nunca cheguei perto.

— E o que mais, meu docinho? - Foi a vez de Lauren ironizar. - Não se cale, nos diga.

— Eu ia contar a verdade, Okay? A Dinah precisava ouvir da minha boca, mas me deixei levar quando alguns caras me chamaram para uma festa na casa deles. Eu só precisava levar a minha namorada, no caso o convite só servia para mim se a Normani estivesse junto.

— Quanto egoísmo. - Mesmo sem ouvir qualquer voz, Lauren sabia que todos concordavam com ela. - Você tinha quatro anos para fazer amizade com qualquer um, mas escolheu o mais fácil, escolheu estragar uma coisa que já existia antes de você chegar com todo o seu egoísmo de merda.

— Não era egoísmo...

— Preciso de alguns segundos, talvez um pouco mais porque não estou raciocinando direito. - Normani girou a cadeira para trás em busca de esconder a raiva que começava a tomar conta dela. Encarar o tempo nublado pela janela era melhor que voar no pescoço de Dylan. - Você está dizendo que nunca negou que não tínhamos nada para ninguém? Você simplesmente deixou a faculdade inteira falar e achar que transamos no quarto da Allyson?

— Qual é, Normani? Não foi eu quem saiu espalhando boatos de uma trepada que nunca aconteceu. Te deixei dormindo e quando desci, todos já estavam falando do jeito que a Dinah desceu. Não gritei que estava transando com você ou algo do tipo, só aceitei os parabéns.

— Você só aceitou os parabéns? - Normani se virou extremamente irritada, fazendo Camila e Lauren se levantarem junto com ela. - VOCÊ NÃO NEGOU PORRA NENHUMA, DYLAN. SABE A MERDA QUE CAUSOU?

— O que causei? Está falando sério?

— Claro que estou falando sério, seu imbecil.

— A única imbecil aqui é você. - Dylan se levantou quando Normani e Camila tentaram pular a mesa, mas Lauren foi mais rápida em segurá-las pela roupa e Allyson correu para ajudar. - A faculdade inteira sabia sobre vocês duas, mas ninguém falava nada. Não vem jogar a culpa só em mim.

— A culpa é sua, não minha. Você é sim o único babaca aqui.

— Por favor, Normani. - Dylan riu. - Depois que ouviu as pessoas dizendo que fazíamos um casal melhor que você e a Dinah, começamos a passar mais tempo juntos, de mãos dadas e oferecendo todo tipo de carinho publicamente. Eu não neguei nada do que rolou na festa ou do nosso falso namoro, mas você também não. Lá no fundo você não queria que ninguém soubesse que gostava de mulheres e que tinha vergonha disso, por isso deixou rolar tudo o que diziam. Já que não era mais problema meu, eu aproveitei meus cinco minutos de fama, coisa pouca.

— Coisa pouca? Você disse coisa pouca, seu desgraçado? - Normani conseguiu se soltar de Lauren e pulou a mesa, mas encontrou as mãos de Josh antes de tocar em Dylan. - VOCÊ MENTIU. MENTIU PARA MIM E DESTRUIU A MINHA VIDA.

— Eu sinto muito por ter... - Dylan se afastou quando as mãos de Normani quase atingiram seu rosto. Josh e Allyson usavam suas forças para segurar uma Normani jamais vista antes, e Lauren segurava Camila, que também queria bater em Dylan. - Sinto de verdade por ter te usado...

— QUE? VOCÊ NÃO SENTE PORRA NENHUMA. - A força de Normani parecia descomunal, o coitado de Josh sentia na pele, literalmente. - ME SOLTA, EU QUERO MATAR ELE, SAI DA MINHA FRENTE, ME SOLTEM...

— VOCÊ NÃO VAI MATAR NINGUÉM, NORMANI. - Allyson gritou autoritária. O escândalo precisava acabar. - Não quero te visitar na cadeia, muito menos que esse seja o último dia de todos nós como funcionários da advocacia Cabello.

— Tenta me entender, Normani. Eu não tinha amigos, ninguém queria um perdedor por perto ou como amigo em nenhum momento do dia. Nem o dinheiro do meu pai me ajudava...

— Foda-se você e as pessoas que não quiseram ser seus amigos. - A voz de Normani quase não saiu. - Todos os dias eu pensava que era meu amigo, mesmo trocando de faculdade e sumindo sem dizer nada, mas que amigo fode o outro como você fez comigo, seu filho da puta? Você fodeu com tudo, Dylan. Você queria ser popular? Era só você mostrar que era um bom advogado, só que nem isso você era.

— Eu sinto muito, já disse que sinto por tudo o que te fiz passar na faculdade. - Normani sentiu quando Josh desfez o aperto em volta de sua cintura e não perdeu tempo em acertar o rosto de Dylan, o jogando no chão com uma provável fratura no nariz. - Que caralho, eu estava pedindo desculpas...

— Vai embora daqui, Dylan. - Lauren ordenou com Camila ainda em seus braços. O nariz de Dylan seria o menor de seus problemas se ele continuasse na advocacia. - Coloca alguma coisa nesse sangramento e some daqui.

— É assim que me agradecem? Eu fiz um favor vindo aqui para colocar um ponto final nessa história e sou agredido? Você quebrou a porra do meu nariz, Normani.

— Você não fez mais que a sua obrigação, babaca. - Camila cuspiu. - Sai da minha advocacia, e nunca mais volte porque vai ser pior para você.

— Vão se foder. Vocês são um bando de loucos, lunáticos e sem noção. Eu que não quero colocar os pés aqui outra vez.

No momento em que Josh puxou Dylan para fora da sala, Camila correu para amparar Normani e Lauren fez o mesmo com Dinah. Cada uma chorava em um canto e Allyson chorava no meio, tudo poderia se resolver ou acabar de vez, só restava esperar e torcer. 



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