Narrador.
Nervosa, muito nervosa. Era assim que Dinah se sentia desde o segundo que sentou no banco do carona com Normani dirigindo até seu esconderijo de agora, o banheiro. Seu coração acelerava numa mistura de medo e felicidade a cada cinco minutos, sua respiração falhava e sua cabeça imaginava milhares de coisas.
— Dinah, não sei mais quanto tempo vai ficar aí dentro, mas estou indo para sala, tenho que tirar os meus sapatos porque estão me matando.
— Eu... - Com medo de Normani ir além da sala de seu apartamento, Dinah correu para fora enrolada na toalha, forçando um sorrisinho. - Tem vários chinelos espalhados pelo quarto e roupas por todo canto, pode escolher algo mais confortável para vestir.
— Não precisa. - Normani tentou não olhar para baixo dos ombros de Dinah, e só ela poderia dizer o quão difícil estava sendo. - É... Tirar os sapatos são suficientes.
— Certeza?
— Certeza absoluta. Camila mandou várias mensagens dizendo que a Lauren sumiu depois que alguém do restaurante chamou ela e por isso ainda estão lá.
— E quantas dessas mensagens ela está te xingando?
— Tem uma que ela fala sobre Olivia e Liza, eu nunca tinha lido tantos palavrões em uma única mensagens. As outras são minhas opções de morte por ter pegado o carro dela e não ter voltado.
— Eu falei que deveríamos pegar o carro da Lauren, você não quis me ouvir.
— A chave do carro da Camila estava comigo, era mais fácil e mais rápido.
— Então vamos esperar elas chegarem, mas se quiser trocar o vestido já sabe onde tem roupa. - A decepção de Dinah não passou despercebido por Normani. - Vou ir vestir alguma coisa...
— O que vamos ser agora que finalmente estamos numa boa? Colegas de trabalho? Amigas que emprestam roupas e chinelos uma para a outra?
— Você só quer ser minha amiga? - Normani não respondeu. - Pensei que depois de hoje... Eu não quero ser só sua amiga.
— Acha que podemos tentar outra vez? Acha que podemos tentar esquecer tudo o que rolou até... Ontem?
— Se você me disser que quer começar do zero mais uma vez, estou disposta a fazer de tudo para isso acontecer. - Dinah se aproximou de Normani, colocando alguns fios de cabelo atrás de sua orelha. - Erramos e aprendemos com os nossos erros, foi uma grande lição para ambas. Então eu acho que é a hora da nossa felicidade voltar com força total, eu quero ter o que tínhamos lá no começo, quero ter momentos inesquecíveis de novo.
— Você ainda é uma frouxa, sabia? - Normani sorriu quando Dinah assentiu para ela, também sorrindo. - Lembra da nossa primeira vez?
— Eu tenho a cicatriz até hoje, é impossível esquecer a mordida que me deu porque estava nervosa.
— Vai me dizer que não ficou nervosa na sua primeira vez?
— Com você não. Eu queria ser a melhor, queria fazer daquela noite a melhor da sua vida, da minha vida. - As mãos de Dinah seguraram a cintura de Normani com firmeza, grudando seus corpos. - Está nervosa?
— Talvez. - Sua voz falhou e seus olhos reviraram em seguida, era nítido o seu novo nervosismo. - Sim, eu estou nervosa.
— Podemos esperar as meninas lá na sala se quiser. - Normani prendeu Dinah com seus braços, olhando no fundo dos olhos da loira sorridente. - Quer mesmo ter uma segunda primeira vez?
— Quero sim. - Sem paciência para aguentar mais um minuto sequer, Normani beijou os lábios de Dinah como se o mundo fosse acabar. A explosão de sentimentos as fizeram esquecer todo o resto, as pessoas e o tempo, mas o ar ainda era essencial. - Não sabe como sonhei com esse dia.
— Sua boca continua macia como eu me lembrava. Seu corpo ainda se arrepia inteiro aos meus toques.
— Meu corpo se arrepia só de me olhar, Dinah. Imagine como ele fica quando me toca?
— Não só imagino, como estou vendo. Essa sua sensibilidade sempre foi um dos meus pontos fracos.
— Você é meu ponto fraco.
Normani fechou os olhos quando sentiu os dedos de Dinah passando por suas costas até chegar no zíper do vestido, o abrindo até chegar no final. O vestido era lindo em seu corpo, mas o chão seria seu acolhedor por um tempo.
Sem quebrar os olhares fixos entre as duas, Dinah levou Normani até a cama, apreciando a visão perfeita que teve quando ela se deitou completamente nua no lugar mais sagrado para a loira. Os anos haviam se passado e Normani era ainda mais linda que antes, maravilhosa nas palavras de Dinah.
Mesmo sem saber que Camila e Lauren não chegariam, Dinah trancou a porta antes de deitar por cima de Normani, fazendo questão que sua coxa ficasse no meio das pernas dela. O primeiro gemido escapou quase como um sussurro, levando Dinah a explorar a pele de Normani com muita atenção e dedicação.
— Tira.
Foi a única coisa que Normani disse, vendo Dinah se levantar com pressa para soltar a toalha e se deitar por cima dela mais uma vez. Outro gemido escapou, agora mais alto e com mais prazer que o primeiro.
— Ainda nem comecei e você já está querendo me matar com esses seus gemidos no meu ouvido? Uh?
— Você sabe como usar a boca...
— Não só a boca, com os dedos também. - Normani arqueou o corpo quando sentiu Dinah massagear seu clitóris inchado, agradando imensamente a loira. - Molhada e deliciosa, preciso sentir com a boca.
— Eu também preciso. - As pernas de Normani se abriram como um convite silencioso para Dinah, que entendeu e obedeceu de imediato. Os gemidos e a sucção eram as únicas coisas que poderiam ser ouvidas, até mesmo fora do quarto. - Porra...
— Quero.
[...]
— Está dormindo? - Normani questionou com a voz calma, talvez cansada. Seu corpo quase sem movimento se virou e encontrou o outro lado da cama vazio, seu peito doeu por imaginar mais do que deveria. - Como eu sou...
— Linda? Maravilhosa? Dorminhoca? - O sorriso de Dinah não poderia ser maior, ao contrário de Normani que não sabia se sentia vergonha ou ficava feliz por Dinah não ter ido embora do próprio apartamento. - Pensei que só acordaria mais tarde.
— Quanto tempo estou dormindo?
— Quase uma hora e meia. - Normani levantou assustada, procurando por seu vestido e seus sapatos, não achando nada. - Não precisa correr, a Camila não vem para cá.
— Como não?
— Ela pegou o carro da Lauren e foi embora com a Sofia. Eu não entendi como eles se dividiram, mas ninguém vai bater na porta.
— A Lauren não precisa bater na porta.
— Ela vai dormir com a Camila, mas se você quiser ir embora, eu te levo.
— Não quero ir embora, quero comer.
— Vamos comer, a Jackie deve ter feito alguma coisa.
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