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História Por Elas 1ª Temporada - 44 - Conversa Entre Irmãos


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 44 - 44 - Conversa Entre Irmãos


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 44 - Conversa Entre Irmãos

Narrador.

Mais uma manhã chegava ao fim sem Lauren perceber, haviam se acumulado muitos papéis que precisavam de uma assinatura para sair da advocacia, e Sinuhe já tinha autorizado cada folha com sua assinatura. Era nessas horas que Lauren mais sentia falta de suas amigas, o trabalho terminava bem mais rápido quando tinha companhia.

— Lauren? - Madelaine, a nova secretaria, chamou um pouco acanhada. Entrar naquela sala a intimidava, ainda mais com quem estava lá dentro. - Me pediu para avisar quando Sofia chegasse, ela chegou e foi trocar de roupa.

— Isso quer dizer que já são quase meio dia?

— Meio dia e quinze.

— Agora eu consigo notar a minha fome. - Por mais que não tivesse sido uma piada, Madelaine sorriu porque Lauren sorriu primeiro. - Você já saiu para comer?

— Não posso sair até a última pessoa deixar o escritório.

— É um cliente?

— Ele disse que tem negócios com a senhora Cabello.

— Você avisou que ela não estará aqui até semana que vem?

— Duas vezes, mesmo assim ele insistiu em falar com alguém. O que devo fazer?

— Segura a Sofia lá fora enquanto eu falo com ele, não estou com paciência para clientes teimosos.

— Tudo bem, vou pedir para ele entrar.

— Obrigada, Maddie. - Lauren esperou Madelaine sair para guardar todos os papéis que estavam sobre a mesa na primeira gaveta, era uma mania de Camila que ela acabou aderindo. - Preciso parar de perder a hora do almoço.

Desde quando suas amigas foram viajar, três dias atrás, Lauren se perdia nas horas e Sofia ou Jackie a trazia de volta. No final da noite de ontem, Lauren recebeu uma ligação e por esse motivo estava agora mesmo sentada esperando alguém entrar. Trabalho, trabalho e mais trabalho.

Lauren imaginou que Madelaine fosse atrás de Sofia primeiro, assim ganhando tempo para ir até a enorme estante de livros pegar um ou dois que fizesse o tempo passar, mas ela estava errada e a porta se abriu mais uma vez.

— Espero que não seja uma péssima hora para tratar de negócios. - Lauren sentiu seu estômago revirar ao reconhecer a voz da última pessoa que ela esperava encontrar, a fazendo virar com raiva. - Você?

— Christopher?

— Só pode ser uma brincadeira, com tantas advocacias espalhadas por Miami, você tinha que escolher justo essa aqui?

— Que porra você está fazendo aqui?

— Eu te pergunto a mesma coisa. Está comendo a sua chefe? Não vejo outra explicação para te encontrar na sala que tem o nome dos Cabello.

— Não somos iguais, Christopher. Ao contrário de você, eu não transo com ninguém para subir na vida. Esse papel é todo seu, idiota.

— Um Cabello não deixaria um Jauregui na frente da própria advocacia em sã consciência. Espero sinceramente que esteja pegando a filha e nos os pais dela, que nojo.

— Você não se enxerga? Estamos no meu ambiente de trabalho, aqui o respeito é bom todos nós gostamos.

— Nunca existiu respeito entre os Jauregui e os Cabello, muito menos com uma Jauregui sendo subordinada dos Cabello, se toca.

— Ficou louco? Andou se drogando mais uma vez? Eu não ficaria surpresa, deve ser por isso que o seu raciocínio está mais lento que o normal e não consegue ganhar seus casos... Não, você nunca foi um bom advogado, não vamos culpar as drogas no seu organismo.

— Quer tirar vantagem de um caso que você e a sua amiguinha ameaçaram o meu cliente? - Christopher riu, tomando a liberdade de puxar uma cadeira para sentar. - Além do mais, o imbecil do Dylan foi um frouxo e entregou tudo de mãos beijadas para vocês.

— Claro, acredite que foi assim mesmo. - Foi a vez de Lauren rir, seu irmão não poderia ser mais patético. - Você é o advogado que joga sujo, que não tem escrúpulos e não sabe perder. Consegue perceber a diferença de níveis que existe entre você e eu?

— Nossos níveis realmente são bem diferentes um do outro. Por mais que você tenha se esforçando todos esses anos, nunca chegará ao meu nível, maninha.

— Obviamente. Para chegar no seu nível, eu tenho que descer muito, muito mesmo porque você nunca saiu da sola do meu sapato. - O sorriso de Christopher se foi, e ele nem sabia que vinha mais coisas. - O que foi? Pisei muito forte em você?

— Além de advogada de merda, agora você também é palhaça de circo, Michelle?

— Me chamar de palhaça foi a sua forma de me ofender, Michael?

— Não me chama assim...

— Como eu fui esquecer que você não gosta de ser chamado assim, Christopher Michael? Que gafe minha.

— Ridícula.

— Ridículo é você que vem aqui para encher o saco, fala o que quer e pensa que não vai ouvir também? É claro que vai. E me chamar de palhaça não é ofensa, mas se me chamassem de Christopher seria horrível e eu não suportaria tal comparação.

— Continua com as suas gracinhas, quero ouvir sua risada quando eu comprar esse muquifo para transformar em mais uma advocacia Jauregui, lindinha.

— Só nos seus melhores sonhos, Michael. Essa advocacia ou qualquer outra advocacia Cabello jamais será dos Jauregui. Acorda para vida, imbecil.

— Acorda você, traidora. - Christopher tentou intimidar Lauren batendo suas mãos contra a mesa ao se levantar, mas não teve o efeito que ele queria, e Lauren nem sequer piscou. - Acha mesmo que vai continuar nesse seu conto de fadas quando a mamãe descobrir para quem você trabalha? Eu mesmo faço questão de começar a infernizar a sua vida comprando essa advocacia para mim.

— Que se dane você e a Clara, essa advocacia não está á venda. Pode ir atrás de outro brinquedinho, daqui você não leva nada.

— Se a mamãe já faz um enorme estrago sozinha, imagine com ajuda do papai? - A diversão de Christopher sempre foi atormentar a vida de suas irmãs, a de Lauren mais que a de Taylor, e seus pais lhe proporcionavam tal prazer como ninguém. - A filha desnaturada que trabalha para os nossos maiores concorrentes será o grande motivo dos Cabello perderem esse lugarzinho medíocre.

— Você é péssimo como advogado e péssimo blefando também, você é um merda em todos os aspectos. - Por mais que Lauren estivesse a ponto de matar Christopher, ela não deixaria a oportunidade de zombar dele passar, era uma de suas regras contra ele. - Consegue ser bom pelo menos no sexo? Você não pode ser o primeiro Jauregui...

— Cala a porra da boca, Lauren.

— Por que? Não é assim que você consegue as coisas que quer? Dói muito? Posso te indicar alguns lubrificantes, tem um que até deixa tudo anestesiado.

— Eu mandei você calar a boca. - O rosto de Christopher ganhou uma nova coloração, mas vermelho de raiva não era novidade para Lauren. - A sua voz me irrita, cala a boca pelo menos dois minutos.

─ Você está no meu local de trabalho, se alguém tem que calar o caralho da boca, é você que nem deveria ter pisado aqui. Some de uma vez e não volte porque eu serei a pessoa que vai te chutar daqui de cima.

— Nossa, Jauregui. Você está brava? Ou é falta de apanhar?

— Está mesmo falando de apanhar? Se bem me lembro da última vez, você chorou com um nariz quebrado em duas partes, igual a um bebê chorão. E eu vou quebrar esse seu nariz plastificável de novo se tentar qualquer coisa contra os Cabello.

─ Não adianta me ameaçar, Lauren. Nós dois sabemos que eu tenho tudo o que quero, na hora que quero e quando eu quero. - Christopher queria amedrontar sua irmã de um jeito ou de outro, mas seu blefe não estava saindo como queria e ele pegaria mais pesado. - Eu quis a sua amada Keana, ela foi minha. Eu te quis longe, você foi mandada para outra faculdade. Vai ser do mesmo jeito com a filha dos Cabello. Quando eu pegar ela, porque eu vou fazer isso com todo prazer do mundo, eu vou te deixar assistir.

Os olhos de Christopher brilharam quando viu a expressão de Lauren, ele finalmente tinha achando o novo ponto fraco dela e usaria, mas seus olhos brilhantes não durou muito. O punho de Lauren havia ganhado vida própria e sua raiva se triplicava só de pensar em Camila sendo submetida a qualquer coisa, os Cabello perdendo tudo o que construíram.

Lauren gritava com todo o seu fôlego, mas não ouvia sua voz, do mesmo jeito que não ouvia Christopher pedindo para ela parar. A imagem de Camila triste com ela a deixava cega de ódio, tão cega que não viu quando Madelaine entrou acompanhada de dois seguranças que a tiraram de cima de Christopher.

─ Levem ele. - Madelaine correu para segurar Lauren quando os seguranças a soltaram parar levantar Christopher do chão, mandando ele ficar quieto com suas ameaças que voltaria. - Você está bem? Tem sangue no seu rosto.

─ Não é meu, ele não me acertou um tapa.

─ Certeza, Lauren? Eu vou ir pegar alguma coisa para limpar seu rosto e sua mão.

─ Não se preocupa comigo, Maddie. Vou precisar que você ligue na portaria e proíba a entrada de qualquer Jauregui nessa advocacia, não até um dos Cabello autorizarem novamente.

─ Eu faço isso.

— Mais uma coisa, Maddie.

— Sim?

— Ninguém pode saber o que aconteceu hoje, não antes da minha conversa com a Sinu. Por favor, avise para os dois seguranças que saíram, não quero ouvir nenhuma conversinha pelos corredores.

─ Eu faço o que quiser, mas posso olhar sua mão? Tenho certeza que esse sangue também é seu.

— Talvez seja, não sei. - Lauren sorriu envergonhada ao deixar Madelaine olhar sua mão, sentindo adrenalina passar e a dor invadir. Com certeza tinha sangue seu ali. - Cadê a Sofia?

— Jogando vídeo game com o Josh. Você precisa de um calmante? Médico? Água com açúcar?

— Não preciso de nada disso, só quero saber da Sofia. - Lauren fechou os olhos por alguns segundos, negando com a cabeça. - Me desculpa, eu não quis ser grossa.

— Está tudo bem, Lauren. O Josh escutou os gritos e queria entrar para te ajudar, mas avisei que a Sofia já tinha chegado do colégio e ele correu para ficar com ela até você ir lá.

─ Obrigada por isso. Você pode me arruma uma roupa limpa? Vamos sair para almoçar, nós quatro.

— Deixa comigo.

Madelaine saiu apressada e voltou quinze minutos depois com camisetas novas e um kit de primeiro socorros, mas foi ela que quase precisou ser socorrida quando Lauren trocou de roupa na sua frente. A nova secretaria juntou o restante de forças que ainda tinha para cuidar da mão de Lauren, colocando uma atadura no final. 

No instante que Lauren foi buscar Sofia e Josh para almoçarem, a menina começou suas perguntas de como ela tinha se machucado assinando papéis. Madelaine, que já tinha se recuperado do mini ataque cardíaco, assumiu a culpa dizendo que havia deixado vários livros caírem sobre a mão de Lauren, e Josh confirmou.

[...]

— Meia hora, já se passou os trinta minutos que me pediu, Sofia. - Lauren pausou o desenho que assistiam, tirando o pacote de doce do colo da menina. - Eu sei que me ouviu, sua meia hora acabou, mocinha.

— Sério, Lolo?

— Muito sério, é hora de ir tomar banho.

— Ainda estou cansada, não pode ser daqui uma hora?

— Lembra da surpresa que te contei? - Sofia assentiu. - Você não saberá o que é até tomar banho, mas tem que ser um banho de verdade e não aqueles de gato, sem enrolação.

— Gatos não gostam de banhos.

— Você também não, sua fedida.

— Não estou fedida, tomei banho de manhã antes de ir para o colégio. Pode me cheirar, ainda estou no prazo de validade.

— Você correu no intervalo, comeu, correu de novo e ficou enfiada numa sala minúscula de arquivos. Agora mistura tudo isso, e é o seu cheiro.

— Pensando por esse lado, o cheiro que você criou não parece nada bom, fiquei até com nojo.

— Quer pensar por outro lado?

— Qual?

— O lado que eu te levo até o banheiro e te dou banho para tirar todos os seus cascões, porquinha. - Sofia arregalou os olhos só de pensar em Lauren dando banho nela, e suas bochechas ficaram vermelhas de vergonha. - Vamos?

— Não pode fazer isso, eu já sou grande e sei tomar banho sozinha, Lolo.

— Você não lava atrás das orelhas, então eu acho que vou te dar banho sim.

— Eu... Eu... Eu vou tomar banho sozinha e vou lavar atrás das minhas orelhas, prometo que vou.

— Você ainda está deitada. - Sofia pulou para fora do sofá na mesma hora que Lauren parou de falar, correndo para o quarto sem olhar para trás. - Não adianta falar para ela não correr, essa menina deve ter o sangue do Speed Racer.

— Eu também acho. - Lauren se desequilibrou com o susto, caindo de bunda no chão. - Ai, acho que isso doeu.

— Que caralho, Taylor. Você ainda vai me matar desse jeito.

— Vejo que alguém não teve um bom dia. Quer me contar? Hoje eu não tenho hora para ir embora.

— Eu realmente não tive um bom dia, mas estou segurando as pontas porque a Sofia não precisa saber do meu mau humor, muito menos merece ter uma pessoa assim.

— Primeiramente, sai desse chão. - Lauren se levantou para se jogar no sofá, sendo acompanhada por Taylor. - Ótimo. Agora para de enrolar e me conta o que rolou hoje, fiquei até curiosa.

— Seu irmão aconteceu hoje.

— Christopher?

— Não, o Sebastian. - Taylor revirou os olhos com tamanha grosseria de Lauren, acertando um peteleco em sua testa como resposta. - Claro que é o Christopher, você tem outro irmão?

— Como você é insuportável, Lauren. Estou aqui com meus pés doendo e mesmo assim quero te ouvir. Custa ser menos grossa com a única pessoa que ficou por aqui e que tenha mais de dez anos?

— Você também não colabora, Taylor. Que pergunta mais idiota, eu hein.

— Fala logo, Lauren. Quem perdeu a paciência agora foi eu, não quero passar a noite toda sentada nesse sofá.

— Troquei os lençóis ontem...

— Foca no assunto Christopher, estou cansada demais para manter meus pés no chão.

— O Christopher apareceu na advocacia querendo falar com a Sinu ou com o Alejandro, não sei, mas deu de cara comigo. Ele fez graça, falou um monte de merda e eu não me aguentei, bati nele sem dó.

— Isso explica tudo. - Taylor sorriu escandalosamente, rindo mais ainda ao olhar para Lauren. - Que foi? Você fez um baita estrago na cara de pau dele, parabéns pelo novo nariz quebrado e os olhos roxos dele.

— Não me parabenize, okay? Eu decepcionei a Sinu, vou decepcionar o Alejandro e a Camila também, não era a impressão que eu queria causar. 

— Não está mais aqui quem te deu os parabéns por fazer o que muita gente tem vontade, mana. - Taylor se aproximou de Lauren, a puxando para deitar em seu colo. - Ele chegou mais irritado que o normal, com vários curativos pelo rosto, chutou tudo o que tinha na frente, quase quebrou todas as portas da casa e sumiu depois de receber uma lição. Eu deveria ter tirado uma foto da cara dele, tenho quase certeza que o nariz dele estava torto.

— Acho que o nariz dele não foi a única coisa que quebrou, meu punho está doendo. Maddie se ofereceu para chamar um médico ou me levar até um, mas eu não queria deixar a Sofia assustada depois de falar que não estava doendo.

─ Então não deveria mentir para ela, e não minta para mim também. O que ele disse para te tirar do sério ao ponto de bater nele?

— Ele quer comprar a advocacia dos Cabello para infernizar a minha vida como os seus pais vem fazendo todos esses anos, e eu não vou deixar isso acontecer.

— Sei que tem mais, fala que estou curiosa.

─ Christopher usou o nome da Keana para me atingir, mas só conseguiu fazer isso quando falou da Camila. Não posso e não sei como explicar o tamanho do nojo que senti quando ele... Meu estômago revira só de lembrar.

─ Infelizmente você mostrou seu novo ponto fraco, agora eles vem com tudo, mas comprar a advocacia dos Cabello? Impossível, pode relaxar.

— Impossível? - Lauren se levantou a tempo de ver Taylor assentindo para ela. - Desde quando alguma coisa é impossível para eles?

─ Os nossos pais não estão interessados em comprar a advocacia dos pais da sua nova namorada, mas o Christopher? É impossível ele comprar uma bala depois da merda que ele fez e o papai ficou sabendo.

— O que ele fez?

— A pergunta é, o que ele não fez?

— E?

— E que desde quando o Christopher te enfrentou, ele não ganhou mais nenhum caso. A revista que os Cabello estão na capa foi o fim do nosso irmão, nossos pais estão pulando da altura desse prédio.

— Foram tantos casos assim?

— Depois de você, foram mais seis casos. Seis casos que os advogados dos Cabello ganharam do Christopher. Você deveria ler a revista que a sua futura família foi capa, só faltou seu nome junto com os deles. 

— A minha paz definitivamente acabou, só tenho que esperar a retaliação deles por eu trabalhar com os Cabello. - Lauren cobriu o rosto com a mão boa, fechando a outra com toda sua força e abrindo novamente quando Taylor mexeu em seu cabelo. - O que vou fazer agora?

— Talvez pedir ajuda da sua chefe?!

— Primeiro eu preciso saber se ainda tenho um trabalho com os Cabello.



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