1. Spirit Fanfics >
  2. Por Elas 1ª Temporada >
  3. 47 - A Verdade

História Por Elas 1ª Temporada - 47 - A Verdade


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 47 - 47 - A Verdade


Narrador.

─ You are my friend, straight and no chaser, burns going down but it keeps me alive. Tell me the truth, I like the danger, cause in the end you will be mine. Everything is gray until you draw me, touching on my body like you know me. - Lauren cantarolava baixinho com Camila em seu colo e suas mãos trançando seu cabelo, as coisas haviam se acertado definitivamente entre elas. - Write on me, color outside the lines. Love the way you tat me up, baby, take your time...

─ Meninas? - Sinuhe adentrou a sala de reuniões com um copo minúsculo de café entre os dedos, ganhando atenção de todas. - Juro que essa foi a última ligação, já avisei a Madelaine que temos que conversar e não quero mais interrupções.

─ O que fizemos de errado, Mama?

─ Não fizeram nada de errado, mi amor. Pelo contrário, temos dois novos contratos graças a vocês, não vou me cansar de parabenizar o ótimo trabalho de todas.

─ Se não fizemos nada de errado, qual é o motivo dessa conversa que parece importante, Mama?

─ Chicago foi um teste. - Allyson se virou para Normani e Dinah, que se viraram para Camila e Lauren com a mesma surpresa estampada em seus rostos. - Tínhamos que marcar presença na conferência, a advocacia Cabello nunca recusa um convite, mas Chicago foi um teste planejado por Alejandro e eu.

─ Então não existe contrato? - Dinah questionou um tanto quanto confusa, até mesmo decepcionada. - Tudo o que ouvimos era mentira? 

─ Tudo o que ouviram e fizeram foi real, os dois contratos foram fechados por vocês, não tem nenhuma mentira nisso. - Sinuhe olhou para cada uma delas e imaginou suas reações com o que viria a seguir, principalmente a de Camila. - Vamos ao que interessa. Estou pensando em me aposentar, já trabalhei muito nessa vida e agora eu quero aproveitar o restante dela com calma e sossego.

─ Mama... - Camila correu desesperada em direção a sua mãe, fazendo de tudo para segurar o choro. - Mama, você está...

─ Morrendo? Não, mi hija. - Sinuhe segurou o queixo de Camila com cuidado, notando a leve vermelhidão de seus olhos. - Um dia todos morreremos, mas eu espero que a minha hora demore para chegar. Ainda tenho que pegar no seu pé para voltar a estudar, no pé da Sofia para tomar banho com mais de cinco minutos, e o mais importante, quero ter netos.

Acho que isso foi uma indireta, Laur. - Dinah sussurrou no ouvido de Lauren. Camila e Lauren nunca tinham sentado para falar sobre elas com seus pais, para eles, tudo poderia acabar tão rápido como começou, mas Sinuhe ainda sim queria ser avó. - Acho que os Cabello querem ter mais herdeiros, amiga. 

─ Na vida eu tive três sonhos, garotas. O primeiro era construir meu próprio negócio, e aqui estamos porque Alejandro nunca me deixou desistir, nem nos piores momentos. O segundo era ser mãe, tinha que ser um casal de qualquer jeito, mas a Sofia só me enganou durante a gestação inteira. As minhas duas filhas são as pessoas mais importantes que eu tenho na vida, por elas eu reconstruía esse prédio novamente com as mãos e na chuva.

— Assim você vai desidratar as meninas, Mama.

— Qual era o terceiro sonho? - Lauren perguntou curiosa e todas a olharam. - O que? Sei que vocês também querem saber o terceiro sonho, parem de me olhar assim.

— Eu conto, querida. - Sinuhe sorriu só de lembrar. - O terceiro sonho ainda é ser avó, não sabem como meu coração ficou quando a Camila me contou que tinha uma namorada, que ela não se casaria com um homem. A orientação sexual dela nunca foi o problema, eu não ser avó sim. Levei um tempo até entender que era possível ser avó com a minha filha se casando com uma mulher, claro, se ela quiser casar. Agora os filhos de olhos verdes? Não abro mão, pode esquecer, mi hija.

— Ouviu direito, Lauren? - Dinah voltou a perturbar. - A Sinu quer netos de olhos verdes, isso significa que é você que vai carregar as crianças por nove meses.

— A titia já ama. - Normani entrou na brincadeira, batendo palmas para provocar Camila e Lauren igualmente. - Gente, já pensei até nos nomes.

─ Conseguem imaginar bebês com a bunda da Mila e os olhos da Laur? - Allyson não ficou de fora, e Sinuhe estava adorando a animação das amigas de sua filha, talvez ela se animasse para realizar seu último sonho. - Qual é a cor do cabelo de vocês?

─ Vocês podem parar com isso? - Camila pediu ao voltar para o colo de Lauren, não vendo sua mãe revirar os olhos como as outras três. - Ainda estou muito nova para ter um filho, você vai esperar para ser avó, Mama. 

─ Que nova o que, Camila. Você já tem vinte e três anos, vamos acelerar as coisas e me encher de netos? Já falei que estou velha.

─ Mama, você disse que quer sossego. Esqueceu da Sofia? Ela vale por dez crianças...

─ A sua irmã já tem nome, Camila. - Normani a cortou. - Já pensei em Lucca, Mattheo, Jackson, Jack, Caleb, Lorenzo, Heitor, Benjamin, Pietro, George, Nicolas...

─ Só meninos, Normani? - Dinah resmungou. - Eu quero ser tia de uma menina. Quero uma Helena, Charlie, Hanna, Emily, Spencer, Aria, Monica, Rachel, Phoebe, Alicia, Elizabeth...

─ Não, Elizabeth não. - Camila tentou levantar para acertar um tapa em Dinah pela provocação, mas Lauren não deixou. - Já existe muita Elizabeth nesse mundo, filha minha não tem nome de vadia.

─ Olha a boca, mocinha. - Sinuhe a repreendeu sem tirar o sorriso do rosto, ela sabia que sua filha não implicaria com um nome sem motivo. - Quem é Elizabeth? 

─ Por coincidência, é uma amiga da Ally que eu até que gostava, mas ela virou uma... Pessoa que não gosto mais.

─ Resumindo. - O sorriso de Dinah não poderia ser maior. - A Liza não perde uma oportunidade quando a Lauren está por perto, e a Milinha sente ciúmes.

─ Calada, eu não tenho ciúmes de ninguém... Só acho que ela poderia ser menos atirada, chega a ser vulgar.

─ Não fala assim dela, Mila. - Allyson defendeu a outra amiga mesmo sabendo que não adiantaria de nada, nunca funcionava quando o assunto era Elizabeth. - Ela é uma boa pessoa.

─ A nossa filha não vai ter esse nome, fala para elas, Lauren.

─ Não, ela não terá esse nome, Camz.

─ Não importa qual seja o nome, eu só quero ter netos. Um, dois, três ou quatro netinhos.

─ O que acha disso, Tanajura? Já está pronta para abrir uma creche? E você, Lauren?

─ Para tudo. - Camila correu para se aninhar no colo de Sinuhe, mesmo sem muito espaço para ela. - Quem disse que Lauren e eu teremos filhos? Nós duas nem temos um relacionamento de verdade.

─ A Lauren pode finalmente resolver tudo isso agora mesmo. - Normani sorriu ironicamente, ninguém nunca saberia como ela esperava aquele dia chegar. - A tia Sinu está aqui, prove suas reais intenções com a Camila.

─ Sério, Normani?

─ Estou rindo, Lauren?

─ Não, mas você é a única que conta piadas totalmente séria. As vezes eu não sei quando está brincando, tipo agora.

─ Para de enrolar, Lauren.

─ Não estou enrolando, eu só não sei como fazer isso.

─ Como não, Lauren? - Allyson questionou desconfiada. - Você já namorou antes, é só fazer o pedido.

─ Sim, já namorei, só que nunca fiz o pedido para um dos pais da garota. Sem querer ofender, mas pensei que isso estava ultrapassado.

─ Ultrapassada é você, presta atenção que eu só vou ensinar somente uma vez. - Dinah piscou para Lauren e foi até Sinuhe, tirando Camila de seu colo a força. - Você já transa, para de agir como bebezinho.

─ Chata.

─ Shiu, me deixa terminar. Vou ficar de pé, assim eu pareço ser mais séria.

─ Isso está ficando cada vez melhor. - Sinuhe gargalhou. - Quero saber se vai ser assim na vez da Sofia. 

─ Espero que a Sofia não tenha amigas como as minhas, Mama, mas alguma coisa me diz que essas quatro estarão lá no dia para infernizar a vida do garoto. Ou garota, vai saber.

─ Calada, Tanajura. Vamos lá... Senhora... - Sinuhe negou fingindo ter ficado ofendida, causando um certo pânico em Dinah. - Desculpa, me desculpa. Sinu está bom para você?

─ Bem melhor.

─ Sinu, mãe do meu falso amor de alguns segundos, eu gostaria de pedir a mão da Camila em namoro para o Alejandro, mas sou bem frouxa...

─ Eu não sou frouxa, idiota.

─ Fica caladinha e não atrapalha a conversa entre a minha futura sogra de mentira e eu. 

─ Como você é engraçada, Dinah, mas eu me esqueci de rir das suas incríveis palhaçadas...

─ Bom dia, Lolo. Hoje eu só tive duas aulas. - Sofia adentrou a sala de reuniões sem tirar os olhos de sua mochila, sem perceber que Lauren tinha companhia. - Não estou achando o meu caderno, mas eu juro que fiz o dever nas duas aulas...

─ Tudo bem, eu acredito em você, Sofi.

─ Obrigada pelo voto de confiança, mas eu queria mostrar o poema que fiz para você. - Sofia ia respirar fundo quando levantou a cabeça e viu sua mãe, sua irmã e Dinah de um lado, Allyson, Normani e Lauren do outro. - Vocês... Vocês já voltaram.

─ Si, mi amor. Não ganho um abraço?

─ Acho que estou sonhando. - Sofia jogou a mochila sobre a mesa, esquecendo do caderno perdido quando pulou nos braços de Sinuhe, e Camila aproveitou o embalo. - Primeiro meu café da manhã foi doritos, depois só tive duas aulas, e agora todas vocês estão de volta. Lolo?

─ Oi, Sofi.

─ Acho que você esqueceu de me acordar, estou sonhando.

─ Você está bem acordada, pirralha. 

─ É, não estou sonhando. Nos meus sonhos a Dinah não tem língua. Manda ela de volta, Mama.

─ É assim que fala com as pessoas, Sofia?

─ Isso é normal entre elas duas, Mama. Não se preocupa que uma sentiu saudade da outra, daqui a pouco estão se abraçando.

─ Imagine se o sobrinho for igual a tia? - Normani se virou para Dinah rindo, sua namorada ficaria louca ou mais apaixonada por Sofia. - Talvez você precise comprar mais tintas quando a miniatura da Sofi nascer, amor.

─ Que sobrinho? Eu não tenho isso.

─ Vai ser sobrinha, Normani. - Dinah rebateu. - E eu dou conta de qualquer coisa, até de duas Sofia.

─ Que sobrinha?

─ Não existe sobrinha ou sobrinho, Sofi. - Sinuhe esclareceu. - Não existe nem o pedido de namoro da sua irmã e da Lauren, imagine a demora que será para eu ter meus netos?

─ Vai pedir a Kaki em namoro, Lolo? - Sofia não escondeu sua animação, até mesmo desceu do colo de Sinuhe para dar pulinhos de alegria. - Vai ser hoje? Agora?

─ A Dinah estava pedindo sua irmã em namoro para sua mãe no meu lugar, eu ainda nem tive a oportunidade de começar. Pode me ajudar?

─ Claro. Dinah, sai de perto da minha irmã, você é da Mani. Não estraga o meu momento. - Allyson foi a primeira que explodiu em uma gargalhada alta, contagiando a todas que estavam olhando para Sofia sem acreditar na resposta que saiu dela. - Parem de rir, é um momento sério. Mama, você aceita a Lolo na nossa família?

─ Claro, mi amor. Lauren é uma boa menina, ela faz a nossa Kaki criar juízo. - Camila revirou os olhos divertida, nem parecia que estava chorando um tempo atrás e culpando Lauren por cada lágrima. - E quem consegue essa proeza com a Karla merece um prêmio de muita paciência.

─ O Papa e eu também aceitamos, já tivemos essa conversa e eu mandei ele ficar do meu lado. - Sofia não parava de surpreender, o que resultava em mais risadas das outras partes. - Kaki, depois da Mama queimar seu filme com a Lolo, é a sua vez.

─ Minha vez, pode mandar.

─ Você aceita ser a namorada da Lolo? Não esqueça que se você falar que não, a Liza e a Olivia falam que sim.

─ Como assim a Olivia diz sim? - A sala de reuniões ficou no completo silêncio, Sinuhe olhava para todas em buscar de uma resposta e ninguém falava nada. - Alguém pode me explicar como a Olivia entrou nessa história?

─ Conhece a Sofia, Mama. Ela implica com qualquer um.

─ É mentira da Kaki, Mama. Sua amiga quer roubar a Lolo para ela, mas eu já deixei claro que a Lolo é da Kaki.

─ Mais tarde eu vou chamar ela para uma conversa.

─ Isso mesmo, Mama. Vamos continuar, Karla Camila...

─ Assim não, Sofia. Sem o Karla para ficar melhor.

─ Shiu, Kaki. Eu estou namorando vocês duas. - Sofia cerrou os olhos quando ouviu risinhos, não sabendo quem estava rindo. - Shiu, vocês três também, que coisa. 

─ Você parece uma velha rabugenta, pirralha.

─ Não ouviu o meu shiu, Dinah? Vamos lá, Karla Camila Cabello Estrabao, você aceita ser a namorada de Lauren Michelle Jauregui Morgado?

─ Michelle? Jauregui? - Camila arqueou suas sobrancelhas surpresa, notando a troca de olhar entre Lauren e Dinah. - De onde tirou que a Lauren tem Jauregui...

─ Senhora Cabello, estamos com problemas. - Madelaine avisou com a voz falha, roubando toda atenção para si. - Eu não queria atrapalhar, mas não sei  o que devo fazer.

─ O que está acontecendo, Maddie? - Sinuhe se colocou de pé, sendo seguida por todas. - Qual é o problema?

─ Como a Lauren proibiu a entrada de qualquer Jauregui na advocacia e a senhora confirmou, Clara Jauregui está nesse momento brigando com todos da portaria. Ela disse que vai fazer um enorme escândalo se ninguém deixar ela subir.

Não durou nem vinte e quatro horas. - Lauren sussurrou. - Desculpa por isso, Sinu. Eu vou descer para resolver tudo.

─ Não vou te deixar sozinha, querida. Maddie, libera a entrada dessa senhora, mas a mantenha na sala de espera por uns dez minutos, nada vai ser do jeito que ela quer.

─ Tudo bem, com licença. 

─ O que ela faz aqui, Lauren? - A pergunta veio de Dinah, mas era Allyson que sentia medo por ter colocado uma Jauregui com os Cabello. - Lauren?

─ Não quer ir jogar vídeo game, Sofi? - Lauren ignorou a pergunta de Dinah, ajudando Sofia a pegar suas coisas do chão. - Mandei o Josh trazer quatro novos jogos, você vai gostar.

─ O Josh pode jogar comigo, Mama?

─ Claro, mi amor. Vou pedir para Maddie procurar por ele.

─ Por que a Sofia tem que sair, Mama? O que está acontecendo?

─ É trabalho, Karla. A Sofia não tem idade para trabalhar, por isso ela vai com o Josh.

─ Já mandei mensagem. - Allyson alertou. - Ele está vindo... Com os jogos novos.

─ Vocês podem demorar o dia todo com esse trabalho, Mama. Eu quero tempo para derrotar o Josh em todos os jogos.

─ Isso não vai acontecer, menininha trapaceira. - Josh apareceu fingindo uma falsa animação para convencer Sofia a ir com ele, Madelaine o informou antes de sair correndo. - A Lauren me deixou trocar os controles porque quebramos os outros, dessa vez você não ganha. Vamos?

─ Bom trabalho para vocês, eu tenho que ensinar o Josh a jogar. 

─ Nada de deixar ela ficar andando pelos corredores. Eu mando alguém avisar quando tudo acabar. - Josh assentiu para Sinuhe e se foi levando Sofia com ele. - Okay, agora eu vou...

─ Você vai explicar o que está acontecendo, Mama? A gente não trabalha com os Jauregui, que história é essa?

─ Pode deixar que eu explico, Sinu. - Lauren encarou sua mão com gesso, graças a insistência de Taylor para ela ir no médico, sentindo a dor voltar duas vezes pior. - Ontem no começo da tarde eu recebi uma visita que não era para mim, mas eu era a única pessoa que poderia responder naquele momento.

─ Era ele, não era, Lauren?

─ Sim, Dinah, era o Christopher.

─ Isso explica seus dois dedos quebrados.

─ Quem é Christopher? - Normani e Camila questionaram juntas.

─ É um futuro morto, assim ele não vem mais atrás da Lauren. 

─ Se acalma, Dinah. - Sinuhe pediu. - Não quero saber de mais nenhuma das minhas garotas indo parar no hospital, e eu falo muito sério.

─ Como quebrou seus dedos? - Camila perguntou por perguntar, ela só queria ouvir da boca de Lauren o que já sabia. - Agora vai ficar calada? Do mesmo jeito que ficou quando Normani e eu perguntamos quem era Christopher?

─ Christopher é meu irmão, Camila. Eu quebrei meus dedos socando a cara dele depois de ouvir as nojeiras envolvendo o seu nome e dos seus pais. A louca que estava fazendo escândalo na entrada é a mulher que um dia chamei de mãe. E sim, eu sou uma Jauregui, tenho Jauregui no nome como a Sofia disse, e infelizmente faço parte dessa família.

─ Por que escondeu que era uma Jauregui, Lauren? Meus pais nunca tiveram problemas com os seus.

─ Sei que não, mas eu queria ser reconhecida pelo que sou, pelo que estudei para ser. Não gosto de ter tudo de mãos beijadas quando falo que sou uma Jauregui, nem mesmo uma porta fica fechada para mim.

─ Não seja exagerada, Lauren. Você acha que minha mãe te aceitou só porque é uma Jauregui?

─ Eu não disse nada disso, entrei aqui usando Morgado porque eu queria sossego quando falassem de mim. Do mesmo jeito que as portas se abriam quando eu usava o Jauregui, elas se fechavam quando a Clara mandava. - Lauren encontrou o olhar de Sinuhe no meio de outros quatro olhares, e era o único que parecia transmitir orgulho e sem julgamentos. - Eu só queria trabalhar em paz, Camila. 

─ Continuo achando que tudo isso é um grande exagero seu.

─ Nunca foi exagero. - Dinah se intrometeu para dar um fim nas dúvidas de Camila, até mesmo nas de Normani que se mantinha calada junto com Allyson. Ela queria ação, e sua ação era pular no pescoço de Clara. - Chega em um restaurante e fala que está com Lauren Jauregui, abre quantas reservas você quiser mesmo em uma noite de lotação. O mesmo serve para hotéis, parques, voos de última hora e tudo o que imaginar. Todos tem medo de negar uma bala para um dos Jauregui e ter seus locais de trabalhos fechados sem esforço algum.

─ E sinto muito pelo inferno que essa mulher vai causar, Sinu. Eu não deveria ter...

─ Não termina, Lauren. Quando te contratei, deixei explícito que sabia quem você era, o nome que carregava e o potencial que tinha com tão pouca idade. Nunca duvidei de nada que venha de você, nem mesmo quando me disseram que estava aqui para nos espionar. Então se falar que quer continuar comigo, eu vou brigar por você, Lauren.

─ Como assim você vai brigar por ela, Mama?

─ Por que eu não brigaria pela sua namorada, Karla?

─ Eu... Ela...

─ Além do mais, eu sabia que os Jauregui poderiam vir atrás da Lauren e da Dinah quando assinamos os contratos. Se a sua namorada procurava por independência quando entrou nessa advocacia, ela encontrou. E se for preciso brigar pela pessoa que salvou a Sofia de ficar perdida na rua, eu vou fazer isso com unhas e dentes.

─ Essa briga vai ser porque a Lauren trabalha aqui ou porque ela quebrou dois dedos socando a cara do filho da toda poderosa que chegou? - Normani deu os ombros quando todas se viraram para ela. - Eu só queria saber.

─ Talvez seja os dois, mas o maior prazer da Clara é infernizar a minha vida com ameaças sobre comprar os lugares que me ajudam.

─ Que? - Camila quase gritou. - Você não vai vender a nossa advocacia por medo de nenhuma ameaça, não é, Mama?

─ Não tenho medo de ameaças, Karla. Seu pai e eu construímos essa advocacia com o suor do nosso trabalho, ninguém vai comprar o que um dia será seu e da Sofia, nem mesmo se entrarmos em falência.

─ Espero que a reuniãozinha sobre a futura falência não acabe só porque cheguei. - Clara sorriu esbanjando arrogância e prepotência, fechando a porta antes de Madelaine falar uma palavra. - Sou Clara Jauregui, ninguém me faz esperar.

─ E ninguém te deu educação pelo que estamos vendo aqui. - Camila retrucou.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...