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História Por Elas 1ª Temporada - 48 - Decepções e Planos


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 48 - 48 - Decepções e Planos


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 48 - Decepções e Planos

Narrador.

─ Eu não quero saber, ela tem que sair daqui. - Como ninguém deixava Dinah se aproximar de Clara, ela falava alto o suficiente para a mãe de Lauren ouvir. - Não preciso de segurança nenhum para chutar ela daqui.

─ Se lembra quando eu disse que mulheres devem falar baixo para parecerem mais educadas, Dinah? - Clara provocou. - Falando nessa altura, eu poderia te ouvir lá de fora.

─ Quer mesmo falar de educação? - Lauren usou o mesmo tom provocativo de Clara, só ela sabia como a mulher ficava enfurecida com aquilo. - Você não pode cobrar educação de ninguém quando constrangeu os funcionários para subir e entrou aqui sem ser chamada. 

─ A minha conversa será com a Sinuhe, com você me resolvo depois, Lauren.

─ Vou pedir que não fala assim com as minhas garotas, não usamos a grosseria nessa advocacia. - A voz de Sinuhe estava calma, mais calma que qualquer outra ali. - Como posso te ajudar, Clara? 

─ Quero o contrato de Lauren rescindido hoje e agora.

─ COMO? - As palavras de Clara pegaram Allyson, Normani e Camila de surpresa, mas não Dinah, ela esperava mais da mulher que odiava, muito mais.

─ Você não pode chegar aqui e mandar a minha mãe demitir a Lauren, essa não é a sua advocacia, senhora folgada.

─ Fica calma, mi hija.

─ Não, Mama. Essa mulher é uma folgada, sem educação e acha que vamos fazer o que ela quer.

─ Eu não vou demitir a Lauren, querida. Não se esqueça do que conversamos agora pouco, Lauren só sai daqui se ela quiser.

─ E eu não quero.

─ Calada, Lauren. 

─ Você não manda em mim, Clara.

─ Sou Clara Jauregui, mando em quem eu quiser. - Disse olhando diretamente para Sinuhe. - Eu havia feito um pedido, agora estou mandando você demitir a Lauren.

─ Aqui dentro você não manda em nada. - Sinuhe deu alguns passos em direção a Clara, sentindo Lauren colocar a mão em seu ombro. - Era só isso que queria? Estamos resolvidas, pode se retirar.

─ Não, não estamos resolvidas. - Clara terminou o caminho que Sinuhe tinha começado, rindo quando todas ficaram atrás da mulher que pretendia afundar para o resto da vida. - Uou, você tem defensoras, Sinuhe.

─ Eu tenho mulheres incríveis ao meu lado para o que der e vier, a sua ironia não nos incomodam.

─ Que bom saber, posso continuar usando até você fazer o que falei.

─ Não vou dispensar a Lauren só porque você quer, o potencial dela é desperdiçado no nível pleno, ela se tornará sênior antes do tempo e eu serei a pessoa mais orgulhosa dela nesse mundo. 

─ Sabe como é constrangedor sua filha ganhar casos contra a advocacia da própria família?

─ Eu não, a minha filha trabalha comigo. - Por mais que não tivesse a intenção, Sinuhe fez com que Dinah e Camila rissem de Clara, a irritando mais um pouco. - Se um dia ela quiser trilhar seu próprio caminho, eu estarei lá para apoiá-la.

─ Espere pelo dia que suas filhas fiquem uma contra a outra na frente de um juiz, saberá a sensação que sinto cada vez que Lauren humilha Christopher.

─ Lauren foi esperta de escolher uma advocacia melhor para trabalhar. - Normani sorriu como quem se libertava de amarras, ela não aguentava mais ficar calada diante da situação que Clara alimentava com sua presença. - Você teve uma filha brilhante e um filho frouxo para não dizer inútil.

─ Não seja tola, menina. Os melhores advogados trabalham para mim, meu filho é um deles.

─ Acho que não foi isso que saiu nas últimas revistas e jornais. - Dinah não deixaria de cutucar Clara com a história das entrevistas, não depois de saber por Taylor como os Jauregui reagiram. - As capas das revistas ficaram uma melhor que a outra, você leu? O prodígio que a Sinu fala é a Lauren, ela sabe como dar valor nas pessoas.

─ Os melhores estão com a minha mãe, a Lauren está com a minha mãe. Tenho certeza que você se morde de raiva só de pensar que ela escolheu uma mentora mil vezes melhor que qualquer Jauregui.

─ Você é bastante intrometida e boca grande, também é advogada? - Clara perguntou por perguntar, ela não pretendia deixar alguém responder. - Claro que não é, sua postura de menina mimada e fraca diz que não aguentaria um livro de direito.

─ A sua opinião não me importa, mas você está certa sobre eu não seguir a carreira da minha mãe, assim eu resolvo meus problemas no murro. - Camila tentou ir para cima de Clara, mas só conseguiu afastar a mulher porque Lauren a segurou. - Pode ficar com medo mesmo, não me importo de quebrar dois dedos na sua cara também.

─ Estou morrendo de medo de uma fedelha que nem saiu das fraldas ainda. Céus, como estou com medo.

─ Respeita a Camila, Clara. - Lauren pediu. - Não me faça pedir outra vez.

─ Vou fazer as palavras de Lauren as minhas, respeita a minha filha.

─ Parando para pensar, sua filha não me é estranha. - Enquanto Clara analisava Camila dos pés a cabeça, Allyson ainda se mantinha calada desde o segundo que Clara entrou na sala de reuniões. Normani queria provocar a mulher de qualquer jeito até ela perder a paciência e a razão. Também tinha Dinah que planejava a morte de Clara. - Sim, olha esse cabelo castanho, é você na foto que Taylor tinha no celular, não é?

─ Não sei, o celular não é meu para saber o que tem ou não nele, parece que é louca.

─ Camila? - Sinuhe a chamou como forma de repreensão. - Por favor, mi hija.

─ Estou cansada desse showzinho, pegue suas coisas e vamos embora, Lauren.

─ Eu não vou, já disse que não vou embora.

─ Você vai, é obvio que vai. - Em uma tentativa de se aproximar de Lauren, Clara deu dois passos e Dinah junto de Allyson deram mais dois, cobrindo o caminho. - Vocês não podem me impedir de tirar a minha filha daqui.

─ Não ouviu quando ela disse que vai? - Allyson se impôs. - Ela não vai para lugar nenhum, mas você já pode ir embora. Ou prefere enfrentar todas nós?

─ Ela não é mulher para isso, Ally. Essa senhora só é valente quando tem o capacho do marido com ela. Não foi assim quando invadiu o nosso apartamento para perturbar a Lauren, Clara?

─ Sou mulher o suficiente para levar a minha filha comigo. - Clara respirou fundo quando Sinuhe se juntou a Dinah e Allyson para impedir seu caminho até Lauren. - Me deixem passar, não vou pedir outra vez.

─ Eu já disse que não vou com você.

─ Ouviu agora, Clara? Ou será que vou ter que te expulsar igual fiz no apartamento? Melhor ainda, vou devolver a surra que já deu na Lauren, assim você aprende a ficar longe dela.

─ Lembra do colégio que você e Christopher estudaram quando tinham dez anos, Lauren? - Clara ignorou Dinah, ela queria mostrar como era uma ameaça verdadeira. - Eu sei que se lembra, eu te dei de presente depois que você me obrigou a comprá-lo. Foi mais um de vários.

─ Você acabou com o emprego de quase mil pessoas, eu não mandei comprar nada. Você sempre acaba com tudo.

─ E você acha que depois desse showzinho vai acontecer o que com essa advocacia? Eu não deixarei nem o zelador para contar história de como tive o prazer de gastar meu dinheiro.

─ Por que acha que alguém iria com você? - Camila questionou depois de um tempo calada. - Todos os funcionários que trabalham aqui são fiéis aos meus pais, pode esquecer.

─ As pessoas vendem suas almas por dinheiro, e eu posso oferecer o triplo do que eles ganham. Quer apostar que não fica ninguém além de vocês três e a Sinuhe?

─ Você perderia. - Normani e Allyson disseram em uníssono.

─ Talvez seja verdade, mas só porque eu não pretendo deixar ninguém aqui depois que a advocacia Cabello for minha.

─ Eu posso ficar sem nenhum funcionário, mas essa advocacia nunca será sua, Clara. Agora faça o favor de sair do meu prédio, sabe o caminho da saída.

─ Por favor, Sinuhe. Sabemos que uma advocacia não consegue ir para frente sem advogados, e eu vou tirar todos de você se a Lauren não vier comigo.

─ Você é burra ou o que? A minha mãe não tem medo de você, a Lauren não vai sair daqui. Quer um tapa no ouvido para ouvir direito?

─ Foi a Lauren que te ensinou a resolver tudo com as próprias mãos? Igual ela fez com o irmão dela? Porque o Christopher chegou em casa com o nariz quebrado mais uma vez.

─ Sorte dele que eu não quebrei ele inteiro.

─ Essa Lauren explosiva é novidade para vocês? - Dava para sentir o prazer nas palavras de Clara. - Saibam que isso não é nada, ela não sabe se controlar. Assumo que tenho uma filha violenta.

─ Mentira sua.

─ Quantas vezes você já bateu no seu irmão?

─ Ele continua sendo um lixo de pessoa, então eu acredito que não foi o suficiente.

─ Lauren arranca sangue do irmão desde os cinco anos. Podem imaginar como as coisas foram nos anos seguintes, essa mão engessada dela é a maior prova do quanto é violenta. Quer mesmo ela perto das suas filhas, Sinuhe?

─ Eu não sou violenta. - Lauren se apressou em correr para a frente de Sinuhe, o desespero escorrendo por todo seu rosto fazia Clara se divertir em silêncio. - Vocês me conhecem, não sou do jeito que essa mulher está me descrevendo.

─ Christopher sempre foi o frouxo dos gêmeos, sabe? Eu cheguei a pensar que ele tinha deixado de ser frouxo na faculdade quando descobriu que a Lauren queria me dar o maior desgosto da vida. - Clara encarava Camila com desgosto, o mesmo desgosto que um dia encarou Keana. - Nem dormindo com a mulher que Lauren levava para cama ele mudou. Sinto desgosto até hoje por saber que ela ainda quer me irritar quando se envolve com qualquer uma.

─ Isso porque o mundo gira em torno de você, né, Clarinha linda. - Dinah zombou. - Esse seu preconceito diz muita coisa.

─ Ele diz que você tem inveja da liberdade que temos. - Normani continuou. - E inveja é uma coisa muito feia que aprendemos a não ter quando somos crianças, senhora. 

─ Deveria prestar mais atenção nos sinais que a vida está lhe dando. - Allyson sorriu por conseguir entrar na provocação de Dinah e Normani, mas seu corpo ainda tremia. - Começa se olhando no espero, depois você decide se ainda quer ter um marido ou uma nova mulher.

─ Eu posso fazer um esforço e te ajudar, mas não se apaixona na primeira ficada porque o meu tipo é a Lauren, sabe? Quarenta anos a menos, mas sem preconceito.

─ Acha normal sua filha falar com tanta naturalidade que beija mulheres? - Clara se inclinou para o lado. - Acha normal ela falar assim com uma mulher casada e muito bem casada?

─ Se soubesse das coisas que ela me conta sobre o sexo lésbico, você saberia o que é naturalidade. - A cara de Clara foi ao chão, igual a de Lauren. Para Lauren, era incrível ver mais alguém além de Dinah batendo de frente com Clara. - Você vai se retirar ou devemos nos sentar para escutar as histórias delas? Você pode acabar gostando.

─ Não me teste, Sinuhe. Não sabe do que sou capaz de fazer...

─ Acho que isso foi uma ameaça, Mama. Não sabe do que sou capaz de fazer... Que mulher mais repetitiva, isso é um saco.

─ Já me cansei, vamos embora, Lauren.

─ O que eu acabei de falar? Para de repetir as coisas, minha nossa.

─ Eu também serei repetitiva, Clara. - Lauren se virou. - Não vou ir com você, pode ir embora.

─ Um segundo. - Clara tirou seu celular da bolsa com um sorriso maior que seu rosto, discando o número que sempre ligava quando queria comprar locais grandes. - Pompeo? 

─ Desliga, Clara.

─ Espere a sua vez, Lauren.

─ Desliga, eu vou com você.

─ Lauren? - A indignação veio de todas, mas a decepção estava na voz de Dinah e Camila.

─ Vem cá, querida. - Sinuhe puxou Lauren até o final da enorme mesa de reuniões, secando suas primeiras lágrimas enquanto Dinah gritava nos braços de Normani e Allyson. - Não precisa chorar, do mesmo jeito que não precisa ir com ela. Eu confio nos meus advogados, nos meus funcionários e clientes, nada pode me parar, Lauren.

─ Eu acredito muito na sua capacidade de recomeçar mesmo que seja do zero, mas não é justo com vocês. A Clara e a Ellen juntas são piores que um tsunami, eu cresci vendo as duas destruírem vidas e reputações. - Lauren balançou a cabeça quando Sinuhe sorriu para ela, e a abraçou para sussurrar algumas coisas antes de se entregar ao choro. - Eu... Eu me demito, muito obrigada por tudo.

─ Vai mesmo fazer isso? - A voz de Camila fez com que Lauren saíssem dos braços de Sinuhe e secasse seus olhos antes de se virar. - A Mama disse que lutaria por você, não precisa ir com essa... Bruxa de grife. Com os meus pais e nós cinco, podemos seguir em frente.

─ Não comecem com isso de novo, vamos embora, Lauren.

─ Posso fazer uma pergunta antes da senhora sair daqui arrastando a Lauren? - Allyson perguntou com a voz rouca, a culpa estava a consumindo por dentro. - O motivo desse inferno todo é a Lauren ter ganhado casos em nome dos Cabello ou o seu filho fofoqueiro falou da Camila?

─ E isso importa agora, garotinha?

─ Se ela está perguntando, importa. - Normani respondeu. - Perdeu a língua?

─ Como conseguem ser tão petulantes? Já eram assim ou foi a convivência com a Lauren?

─ Você é insuportável. - Camila rosnou. - Nasceu assim ou ficou depois de velha?

─ Deveria dar mais educação para sua filha, Sinuhe. 

─ Eu dei muita educação para minha filha, mas ela usa com quem usa com ela. Não é o seu caso, Clara.

─ Responde a pergunta que a Ally te fez. - Dinah disse autoritária. - Agora.

─ Não vou deixar a Lauren manchar o nome da família novamente, seja a filha de quem for. Eu fiz o possível e o impossível para limpar a sujeira que ficou quando a Keana se meteu nas nossas vidas, não vou deixar essa pouca vergonha acontecer. - Camila ligou os pontos que faltava na história que Lauren havia contado sobre como seu namoro tinha chegado ao fim por causa de uma outra pessoa, e sua repulsa pelos Jauregui só aumentou. - Se a minha filha está numa mare de sorte, que ela trabalhe na advocacia que um dia será dela. Eu sei o que é melhor para ela.

─ Sabe o que é engraçado nisso tudo? - Dinah secou suas lágrimas rindo, olhando somente para Clara. - Antes de você invadir o nosso local de trabalho, estávamos em um momento divertido, em família. A Sinu é a mãe do grupo, o tipo de mãe que não julga, não tem preconceito, que aceita como somos e que nos transmite segurança, energia positiva e muito amor. Aí chega você estragando tudo, destilando o seu ódio misturado com veneno.

─ Estou sem tempo, aonde quer chegar com esse seu discurso, Dinah?

─ Em você, somente em você. O seu tipo de gente é preconceituosa, expulsa o filho homossexual de casa, bate nele, o deixa com medo e até prefere que ele morra por causa da sua orientação sexual, o seu tipo de pessoa não pode ser chamada de mãe. Então não venha me dizer que sabe o que é melhor para Lauren porque você não sabe, nunca soube. Ou não estaria parada na minha frente.

─ Você ainda é uma criança, Dinah. Ser advogada não significa que já saiba de tudo o que acontece no mundo, com todas as pessoas.

─ O que você faz com a Lauren não é amor, não é proteção, muito menos é para o bem dela. Nunca vou entender o porque de você tratar a Lauren desse jeito e o Christopher não, ele beijou um homem primeiro do que a Lauren beijou uma mulher. Ally, Lauren, eu e todos que estudaram com ele sabe que você tem dois filhos gay, começa a tratar eles com igualdade.

─ O Christopher nunca foi igual a Lauren.

─ E nunca será. - Disse Allyson. - A Lauren é uma boa pessoa, não se esconde atrás de ninguém, não precisa fingir que é uma coisa que nunca foi. Você tem dois filhos gay, e eles realmente não são iguais. Christopher não consegue ser um terço do que a Lauren é.

─ Diferente do Christopher que correu para te contar da Lauren e da vaca da Keana, ela não fez isso quando viu ele com outro homem. Só isso já mostra como ela é muito melhor que seu filhinho querido. E quer saber de mais uma coisa? O esquema de tirar a Lauren da faculdade foi todo planejado pelo Christopher nos mínimos detalhes, ele só queria o caminho livre para ir atrás dos machos em paz e vocês nem perceberam.

─ Calúnia e difamação é crime, Dinah. Você como advogada sabe mais que ninguém.

─ Não existe calúnia ou difamação quando estamos falando sobre o merdinha do seu filho.

─ Agora chega, vamos embora, Lauren.

─ Espera...

─ Agora, Lauren.

─ Não posso me despedir das minhas amigas? Que inferno.

─ Eu não acredito que você vai mesmo fazer isso. - Camila não queria chorar na frente de Clara para não parecer fraca, muito menos na frente de Lauren, mas estava sendo difícil de controlar diante dos últimos acontecimentos. - Caralho, você é maior de idade, tem seu próprio apartamento, seu carro, e tem a porra de um trabalho incrível onde todos gostam de você.

─ Camila... - Lauren tentou se aproximar, mas não conseguiu. - Camila, eu...

─ CAMILA PORRA NENHUMA. NÃO CHEGA MAIS PERTO DE MIM ENQUANTO DEIXAR ESSA MULHER TE TRATAR COMO LIXO. VAI DAR ESSE GOSTO PARA ELA? VAI?

─ EU VOU SIM. - Com um suspiro longo e doloroso, Lauren foi em direção a Clara, que sorria vitoriosa para Sinuhe. - Um dia você vai me entender, Camila.

─ Quer saber? Sai da advocacia dos meus pais e leva esse demônio em forma de gente com você. Não quero mais olhar na cara de vocês duas, somem daqui.

─ Ficou louca, Camila? - Normani se mostrou incrédula com as palavras da melhor amiga, do mesmo jeito que Sinuhe. - Não pode fazer isso com ela, a Lauren é nossa amiga. É da família.

─ Que família? Não tem família, não tem nem amizade, Normani. A entrada dos Jauregui continua proibida, só vou colocar o nome da Lauren lá. Tolerância zero para qualquer um, podem fazer o escândalo que quiserem, vamos responder com a polícia. Agora somem da nossa frente.

─ Entendido, Camila. Estamos saindo.

[...]

─ Quantas vezes terei que falar que foi melhor assim, Lauren? Ninguém saiu perdendo, os Cabello continuam com a advocacia deles e você com a sua família.

─ Grande bosta fazer parte dessa família.

─ Não começa a me irritar de novo, ainda estou sem paciência por causa dele showzinho de horror. Sai desse carro e entra na casa, a empregada está esperando para arrumar suas coisas.

─ Você se faz de sonsa ou o que? Só estou com a roupa do corpo.

─ Me respeita, Lauren.

─ Não. - Lauren desceu do carro e bateu a porta com força, dando a volta para ficar do lado de Clara. - Eu quero discutir as minhas condições para ficar nessa casa de loucos. 

─ Não vou aceitar nenhuma condição sua.

─ Você pode aceitar as minhas condições ou pode me assistir saindo daqui para voltar na advocacia dos Cabello. Qual vai ser, Clara?

─ O que você quer?

─ Eu volto para essa casa por um tempo, ninguém suportaria morar com vocês pelo resto da vida. 

─ Só isso?

─ Não acabei. Já que serei obrigada a trabalhar com vocês, eu quero a minha parte na advocacia no meu nome porque não quero nenhum advogadozinho mandando em mim, isso incluí o merdinha do Christopher. E o mais importa.

─ Não extrapola, Lauren.

─ Depois do que fez? - Riu. - O que vou pedir é o mínimo. 

─ O que quer?

─ Eu quero uma cláusula assinada por você, pelo Michael e pelo Christopher afirmando que se forem atrás dos Cabello, se tentarem comprar as advocacias deles ou praticar qualquer coisa contra eles, Sinuhe e Alejandro serão os novos sócios majoritários das advocacias Jauregui junto comigo.

─ Ficou louca, menina? Eu nunca assinaria um papel desses, não envolvendo o nosso patrimônio.

─ Quem começou a jogar sujo foi você, só estou continuando. - Foi a sua vez de sorriu vitoriosa. - Não tem muito o que pensar, podem assinar os papéis para ficarem longe dos Cabello ou pode esperar uma entrevista minha falando que tenho uma namorada incrível, quem sabe eles até conseguem um beijo ao vivo?!

─ Se você quer jogar assim, eu também quero colocar as minhas cartas na mesa.

─ Pode pedir. - Lauren deu os ombros, Clara só tinha que falar o que ela queria ouvir e seu plano estaria iniciado. - O que quer?

─ Se um dia quiser morar sozinha novamente, terá que ser fora de Miami. Você não pode postar fotos com nenhuma mulher ou ser vista com uma, além de aparecer em público com a gente e deve ficar o mais longe possível dos Cabello. 

─ E quando eu vou me livrar de tudo isso? Quando eu estiver velha? Morta? Ou for mãe?

─ Você sendo mãe? Eu pago para ver isso acontecer, mas não adianta correr para adotar uma criança de rua, teria que ter o seu sangue, querida. Seja mãe e se livra de nós, até esse dia chegar, eu mando em você.

─ Ninguém manda em mim. Assina os papéis com os nossos termos e me deixa em paz.

─ Não se preocupa, vou mandar preparar os papéis o mais rápido possível.

─ Você que não precisa se preocupar, eu vou fazer os papéis hoje mesmo. Não confio em ninguém que trabalhe para os Jauregui. Seu jogo sujo, minhas regras.



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