História Por Elas 1ª Temporada - 5 - Parece Arrogante

Narrador.

Desde a hora que Normani e Camila haviam chegado na casa de Allyson, Normani conversava com quase todo mundo sem deixar de procurar a pessoa que tinha falado antes de sair de casa.

Camila não perguntava mais porque a resposta era sempre a mesma, ou a falta dela. Depois de entrarem e ficarem rindo um tempo com Allyson nos puffs minúsculos, a baixinha saiu quando ouviu mais coisas quebrando na cozinha.

Isabella reapareceu com dois copos cheios de bebidas que nem ela sabia o que era e entregou para elas, mas não ocupou o lugar de Allyson porque a chamaram para qualquer outro lugar. Silenciosamente, Camila agradeceu, ela e Isabella não tinham a mesma intimidade que Normani tinha com ela.

— As pessoas começaram a chegar, agora sim vai virar uma festa de verdade, Mila.

— Tenho certeza que são as pessoas que estavam procurando o que fazer lá fora. - Deu os ombros. - Se bem que estou precisando conhecer pessoas novas... Tirando os machos bêbados que só sabem encher a porra do saco que não tenho.

— Quer conhecer alguém que abra as pernas para você, não é?

— Eu não disse isso, Normani.

— Ótimo. Hoje você não vai me abandonar para comer qualquer uma dessa festa.

— Eu não quero transar com ninguém, para de ser pervertida. E acabei de decidir que também não quero ficar com você. - Normani acertou um tapa na cabeça de Camila, rindo da sua cara de chocada. - Por que me bateu? Sabia que doeu?

— Não senti nada.

— Eu resolvo isso. - Camila espalmou a coxa exposta de Normani, que não teve reação nenhuma porque outra coisa tinha toda a sua atenção. - Vai falar que não doeu?

— Ela chegou.

— Quem chegou? - Sem saber para quem Normani olhava, Camila olhou para todos que passavam pela porta. - As pessoas vieram arrumadinhas, gostei. Só não sei qual delas você está olhando igual uma psicopata.

— Dinah Jane.

— Legal. Agora eu tenho um nome, mas quem é Dinah Jane?

— Que? - Normani a olhou confusa, sentindo sua perna arder pelo tapa que tinha ganhado. - Caralho, Camila. Que mão pesada é essa?

— Nem adianta disfarçar. Você disse que Dinah Jane chegou, mas não falou qual delas é a tal Dinah Jane.

— Ninguém. - Mentiu.

— E esse ninguém sempre te faz dormir acordada?

— Não seria dormir de olhos abertos?

— Tanto faz, você ficou igual uma boba olhando para a tal Dinah Jane. A senhorita bobona tem cinco segundos para falar quem ela é, ou eu vou gritar o nome dela para descobrir quem é a fulanita de tal.

— Não vou arriscar porque você é louca e eu não quero que faça isso. Se vira lentamente para a porta. - Camila fez o que Normani pediu, ainda vendo várias pessoas entrando e saindo. - É a de vestido preto com olhos raivosos.

— Ela me parece bem arrogante, não gostei dela. Eita, merda. - Normani e Camila olharam para o outro lado da sala quando Lauren olhou para elas, esperando não ter dado na cara que estavam olhando. - Noventa por cento das mulheres estão de vestido preto com outra cor, vinte por cento tem olhos raivosos. E se a pessoa que estava procurando é uma das que olhou para cá, a amiga dela parece ser simpática.

— Para de olhar, Camila.

— Não estou mais olhando, louca. O que você quer com ela?

— Preciso pensar alguns minutos.

— Vamos animar isso aqui? - Normani  não teria seus minutos para pensar com todas aquelas pessoas gritando. - A primeira brincadeira dessa noite é o karaokê, sei que vocês amam cantar. Eu vou pegar um papelzinho que pode ser solo, dupla, trio, quarteto ou grupo.

[...]

— Achou ela, Mila? - Isabella perguntou parando ao lado de Camila, fazendo questão de tocar seus ombros. - Lá fora ela não está, olhei duas vezes.

— Falei que não precisava me ajudar, estou estragando sua festa, Isa.

— A graça acabou quando você parou de cantar. - Camila sorriu surpresa, talvez a procura por Normani ficasse para mais tarde. - E te ajudar não deu trabalho nenhum, eu faria várias vezes.

— Ainda falta olhar os quartos, mas não acredito que ela esteja lá, então pode ir aproveitar a festa.

— Nada disso. Vamos subir e você mesmo olha tudo por lá.

Camila não era idiota, muito menos Isabella que viu a oportunidade perfeita de ter o que queria desde quando a conheceu. A escada estava cheia de pessoas conversando sentadas e outras de pé esperando a próxima música, mas não impediu as duas de subirem.

Isabella puxou Camila até a primeira porta do corredor, onde ficava um dos banheiros, lembrando de trancar quando elas já estavam lá dentro para não terem uma surpresa desagradável.

— Isa, Isa... Você sempre se tranca no banheiro com estranhas? - Isabella roubou um beijo rápido de Camila, mordendo seu lábio inferior ao se afastar. - Isso foi um sim?

— Se a estranha for como você, vou começar a fazer isso em todas as festas. Não via a hora de te beijar.

— Eu sabia que tinha alguma coisa por trás de muito interesse em me ajudar. - Camila prendeu o corpo de Isabella contra a parede, beijando seu pescoço enquanto subia suas mãos por cima do vestido. - Quer parar?

— Por que eu faria isso? Fiquei excitada só de sentir o seu cheiro, Camila.

— Só precisava saber antes de continuar.

Isabella gemeu quando Camila desceu a parte de cima do seu vestido tomara que caía, apertando seus seios com pouca força antes de iniciar um beijo faminto entre elas.

Sem paciência para ficar enrolando, Camila pediu para Isabella sentar na pia, que obedeceu e ainda facilitou tudo quando mostrou que não usava calcinha. Desde o começo estava tudo premeditado na cabeça de Isabella, ela só não sabia a hora que tudo aconteceria.

— Você já veio pronta para essa festa, safada.

— Mais ou menos. Eu tirei a calcinha quando fui no quintal atrás da Normani.

Camila riu quando lembrou da aposta que Normani queria fazer quando Isabella e Elizabeth se afastaram juntas. E agora ela estava prestes a transar no banheiro depois de negar que não ficaria com ninguém naquela noite.

— Estou escorrendo, Camila. Não me deixa assim...

— Não vou deixar.

Camila sentiu a própria calcinha ficar molhada quando Isabella abriu um pouco mais as pernas, ficando totalmente exposta para ela. Tomando cuidado para não machuca-la mesmo já excitada, Camila estimulou seu clitóris por alguns minutos e logo a penetrou, ouvindo seu nome ecoar pelo banheiro todo.

Isabella era uma perfeita escandalosa, ela gritava por mais e Camila dava mais. Pedia mais rápido e Camila a penetrava mais rápido, o mais fundo que seus dedos conseguiam ir. Rapidinhas de banheiros não demoravam, e aquela já estava acabando.

— Ei, vai demorar aí dentro? - Camila calou a boca de Isabella, sem deixar de movimentar seus dedos. - Cara tô apertadão, poxa.

— Só vem para mim. - Isabella queria matar a pessoa que bateu na porta, mas se contentou em gozar beijando os lábios de Camila, sem nenhum grito que pudesse mostrar o que elas estavam fazendo lá dentro. - Acho que a nossa brincadeira acabou.

— Eu vou sair desse banheiro direto para a cadeia depois de matar esse filho da puta. Quer esperar? Eu posso devolver o prazer...

— Já está saindo? Preciso muito entrar aí.

— Acho que isso foi um não, mas não se preocupe que eu vou sobreviver com mais uma excitação que passo.

— Quem sabe podemos continuar na sua casa? A noite toda?

— Acho que não vai gostar de ouvir os gritos da Normani quando eu começar a bater nela, mas podemos marcar qualquer outro dia.

— Depois eu pego seu número com a Ally.

— Vou ficar esperando sua ligação. Vai sair agora ou quer esperar?

— Esse cara estragou pelos menos dois futuros orgasmos meus e seus, ele não vai entrar aqui tão cedo.

— Vai fazer o que?

— Vou tomar um banho de banheira bem demorado, não vou sair daqui tão rápido

— Gosto do jeito que pensa, aproveita por mim. - Camila desceu Isabella da pia, lavando suas mãos antes de beijá-la e destrancar a porta. - Eu fico esperando sua ligação.