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História Por Elas 1ª Temporada - 6 - Puxa Direito


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 6 - 6 - Puxa Direito


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 6 - Puxa Direito

Narrador.

— Não acredito que fiz isso. - Camila jogou o cabelo para trás quando ouviu o barulho da água enchendo a banheira que Isabella aproveitaria sem ela. - Eu vou te matar, Normani.

— Oi, gatinha.

— É comigo, cara?

— Claro que é com você, gatinha. Que tal a gente se conhecer melhor? Lá no banheiro? - Camila revirou os olhos quando o homem se aproximou tentando tocar nela, desviando de suas mãos. - Não vou te machucar, vem sem medo.

— Que tal você sair de perto e não me tocar?

— Não, não. Quero beijar sua boca para sentir o que andou colocando nela.

— Você sempre chega assim nas pessoas? Sendo nojento?

— Não sou nojento, você que é especial, gatinha. - O estômago de Camila embrulhou quando sentiu o cheiro que exalava homem, até parecia que ele tinha tomado banho de álcool. - Muito especial para ficar sozinha.

— Sou mesmo?

— Muito, além de muito linda.

— Vamos fazer assim. Eu vou fica paradinha bem aqui enquanto você desce para pegar uma bebida para mim, pode ser?

— Não preciso descer. - Rindo, o homem mostrou a garrafa de vodka pela metade, quase deixando cair tudo no chão. - A gente pode fazer a festa com essa aqui, lá no banheiro.

— Cara, esquece o banheiro. E eu não quero essa vodka, eu quero uma... Uma bebida rosa que vi lá na cozinha. - Camila quis bater a cabeça na parede por ter falado a cor errada, mas quando o homem voltou a sorrir, ela fez o mesmo. - Você pode ir buscar?

— Claro, minha Deusa. Não sai dai que eu já volto.

O homem correu, literalmente, pela escada, quase caindo por cima das pessoas sentadas. Camila, achando que estava livre, foi tentar abrir qualquer outra porta para procurar Normani, mas acabou parando na terceira quando deu de cara com outro homem bêbado que tomou mais alguns de seus minutos.

Como se não fosse o suficiente se livrar de mais um homem, até mais bêbado que o outro, o primeiro voltava com a bendita bebida rosa que Camila nem sabia que tinha. Ela tinha duas opções: ou ela voltava para o banheiro ou arriscava a porta no final do corredor.

— Que se dane. - Camila caminhou apressadamente até sua última esperança, comemorando quando conseguiu entrar e fechar a porta sem olhar quem estava dentro. - Obrigada, obrigada, obrigada.

— Com licença?

— É muita falta de sorte eu conseguir entrar pela última porta e ainda tem gente. - Riu negando com a cabeça. - Eu não vi nada, juro que nem olhei. Só me deixa ficar dois minutos e eu já vou embora.

— Não seja louca, garota. - Camila reconheceu a voz perfeitamente, até porque não conseguia esquecer da grosseira que havia sido tratada. - Vai ficar parada aí?

— Não estamos fazendo nada, Camila. Pode olhar. - Com um sorriso forçado, Camila se virou para olhar Elizabeth e a pessoa que ela achava arrogante. A mesma que era a dona dos olhos bonitos. - Viu? Não estamos fazendo nada.

— Me desculpa por atrapalhar o nada de vocês duas, é que eu não tive outra escolha. De verdade.

— Relaxa, Lauren e eu só estávamos conversando sobre um assunto que talvez seja do seu interesse também. - Camila pensou em perguntar qual seria, mas a expressão de Lauren era horrível. - Você entrou aqui toda afobada, está correndo ou se escondendo de alguém?

— Eu subi toda contente porque eu ia... - Elizabeth riu quando Camila se calou porque Lauren cruzou os braços, se mostrando nada satisfeita com sua possível história. - Eu só queria achar a Normani, mas não tive sorte na minha procura e encontrei alguns caras bêbados que não queriam me deixar em paz.

— Que caras?

— Não sei, nunca tinha visto eles antes. Com certeza eu me lembraria de pessoas que cheiram a álcool puro.

— Por algum acaso um está de camiseta verde com cinza e o outro de camiseta vermelha e preta?

— São esses mesmo. Eu só queria descer sem nenhum dos dois tentarem tocar em mim novamente.

— Eu vou dar um jeito neles e você desce depois que eu voltar. - Elizabeth caminhou até a porta a contragosto porque sabia que Camila não sairia do quarto com os dois lá fora, parando antes de sair. - Não vou demorar, Lauren.

— Tudo bem, eu espero.

— Obrigada, Liza. - Elizabeth fechou a porta quando saiu, não vendo Camila sentar no lugar que ela estava antes. - Eu não queria ter atrapalhado nada entre vocês duas.

— Como ela mesmo falou para você, estávamos conversando.

— Mesmo assim me desculpa.

— Okay.

— Desculpa.

— Minha nossa senhora. - Lauren bufou sem paciência, se virando para Camila. - Pelo que está pedindo desculpa agora?

— Por falar o que pensei de você.

— Está falando do que?

— Pensei que não sabia cantar e te disse isso, mas eu não queria te ofender.

— Não me importo com opiniões alheias.

— Nossa. - Camila riu debochada. - Uau.

— O que foi agora? - Lauren suspirou derrotada, ela já tinha aceitado que Camila queria irritá-la. - Fala de uma vez.

— Quando a Normani me mostrou a tal Dinah Jane, eu achei que era a de cabelo escuro e não a loira. Até falei o quão arrogante ela parecia ser.

— Está falando que me chamou de arrogante antes mesmo de saber quem eu era? - Camila vestiu seu melhor traje debochado, adotou um sorriso irônico e assentiu para Lauren. - Isso é sério?

— Claro que é sério. Eu errei por não imaginar que a Dinah Jane era a loira, mas acertei que a de cabelo escuro era arrogante. Como cabe tanta arrogância dentro de você, querida?

— Vou voltar a repetir que não me importo com opiniões alheias, ainda mais vindo de alguém que não conheço.

— Tudo bem então, eu vou deixar a senhora não ligo para opiniões alheia sozinha. - Camila levantou ainda sorrindo, olhando para Lauren enquanto caminhava de costas até a porta. - Acho que não cabe eu, você, e a sua arrogância nesse cômodo. É melhor eu sair.

— Ótimo, até que fim você falou uma coisa sensata que ambas concordamos.

— Como alguém consegue manter uma conversa com essa pessoa?! - Alguma coisa estralou dentro da porta quando Camila tentou puxar a maçaneta, chamando atenção da outra. - Era só o que faltava. Merda.

— Não estava indo embora? - Lauren perguntou ironicamente, oferecendo o mesmo sorriso para Camila. - Ainda estou te vendo, querida.

— Não enche a porra do meu saco. - Camila retrucou irritada, tentando abrir a porta mais uma vez. Sem sucesso. - Abre, porra. Abre...

— O que você fez?

— Acho que você não está com a sua audição boa porque estou falando que a porra da porta não abre.

— Puxa direito, com força, com jeito, sei lá.

— Sério? - Camila perguntou por perguntar, e acabou revirando os olhos quando Lauren assentiu e caminhou até ela. - Vamos lá, mostre que você é a fodona.

— Se você sair da minha frente, quem sabe.

— Com prazer, madame. Puxa direito, com força, com jeito. - Camila imitou a voz de Lauren, duplamente mais rouca. - Sei lá.

— Bem irônica você, não?

— Bem chata você, não?

— Você pode ficar quieta? Pode não, fica quieta e calada, sua voz me irrita.

— Não fico porque você não manda em mim, não é ninguém para me mandar ficar quieta e calada. Se a minha voz te irrita, arranca suas orelhas fora.

— Olha aqui sua... - Lauren se virou sem saber que Camila estava mais perto do que ela imaginava, por pouco não batendo seus rostos. - Sua...

— Sua o que? - Quente. Era assim que Camila e Lauren se sentiam naquele exato momento em que nenhuma queria quebrar o contato visual que parecia mais uma guerra. - Estou te olhando, Laur. Por favor me diz, sua o que?

— Eu... Eu percebi que está me olhando.

— Meninas? - Allyson chamou rindo com a cabeça entre o vão da porta, mas elas pareciam não ter ouvido. - Terra chamando essas meninas...

— Ally. - Disseram juntas, se afastando.

— Como conseguiu abrir a porta? - Camila questionou coçando a nuca, evitando olhar para Lauren. - Eu tentei e não consegui.

— A porta não estava trancada, só empurrei. - Mentiu. - Aconteceu alguma coisa?

— Nada não, era só a porta que não estava querendo abrir por dentro. E como você acabou de fazer isso, eu vou atrás da Elizabeth. Viu ela por aí?

— Não vejo ela desde a hora que vocês duas acabaram de cantar. Vou ir tomar banho, quererem ir junto? - Allyson riu da careta que elas fizeram, empurrando a porta para entrar. - Estou brincando, não gosto de dividir a água quentinha do meu chuveiro.

— Eu não vou ir atrás dela. Pode falar que fui embora e se você estiver bem mais tarde, passa meu número para ela?

— Deixa comigo, Laur. - A baixinha bateu continência quase caindo do lado de Camila, que virou quando Lauren a olhou antes de sair. - Que clima, hein?!

— Tenho certeza que alguém te deu bebida batizada. Precisa de ajuda para tomar banho?

— Estou bem, Mila. Relaxa e goza.

— Queria mesmo.

— Que?

— Esquece. Essa sua amiga é sempre assim?

— Lauren? - Camila assentiu. - Assim como?

— Arrogante. Ela acha que tem o rei na barriga ou a própria coroa na cabeça?

— Depois que conhecer ela melhor, o que não vai demorar, você vai ver que ela é legal, Mila.

— Não sei o que isso significa, mas eu não pretendo frequentar mais as festas com essa pessoa desagradável que você tem como amiga.

— Que amigas estamos falando?

— Meu Deus, Allyson. Vai tomar seu banho e depois pode ir direto para cama, sua bebedeira já passou dos limites.

— Já está de manhã? - Camila arqueou as sobrancelhas esperando Allyson rir, mas ela entendeu que a outra falava sério, do mesmo jeito que perguntou de que amiga elas estavam falando. - Tenho que abrir a cortina para saber se está claro...

— Já está super claro. São seis horas da manhã, é hora de ir dormir.

— Pensei que não tinha passado da uma da manhã.

— Esse seu relógio está errado, o meu está marcando seis da manhã. Eu vou sair, você vai trancar essa porta, vai tomar seu banho e vai dormir. Ou só deita e dorme.

— Se já são seis da manhã, eu vou fazer tudo isso, Mila. Pode desligar o rádio para mim?

— Deixa comigo. Tenha um bom dia, Ally.

Camila saiu deixando a amiga lá dentro, ouvindo quando a chave foi virada dentro da tranca. Allyson ficaria bem e ela já poderia ir embora para casa matar Normani na base da unha.

O karaokê ainda estava todo a vapor, as pessoas pulavam jogando suas bebidas para cima, umas nas outras, e Camila tinha certeza que Allyson ficaria extremamente brava quando acordasse mais tarde.

— Acho que estou apaixonada, Teddy. - Camila ouviu assim que chegou perto de seu carro, onde Elizabeth estava sentada. - Ela é incrível.

— Não se iluda, Liza. Sabe o tanto de caras e mulheres que não conseguiram nem o número dela?

— Então eu já comecei bem, meu caro amigo bebum. É só a Ally aparecer e o número da Lauren é meu.

— Dúvido. - Camila se abaixou para ouvir o resto da conversa, o nome de Lauren envolvido chamou sua atenção. - Vamos fazer uma aposta.

— Que tipo de aposta?

— Se você conseguir um beijo da Lauren, eu te pago duzentos dólares.

— E se eu perder? O que não vai acontecer, é claro.

— Se você perder essa merda, vai ter que fingir ser minha namorada por um tempinho só para geral não me encher mais o saco.

— Não é mais fácil você apresentar ela para todo mundo e deixar de mistério?

— Vocês não batem bem da cabeça, então não. Você tem duas semanas para beijar a Lauren e me provar que isso aconteceu.

— Fechado, essa é a aposta mais fácil da minha vida. Vai ter que me pagar duzentinhos a vista, Teddyzinho.

— Veremos.

— Veremos.

Camila queria ver a cara de Lauren ao saber que estava sendo alvo de uma aposta sem noção, assim seu jeito arrogante deixaria de existir nem que fosse por alguns minutos. 



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