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História Por Elas 1ª Temporada - 9 - Samaritana


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 9 - 9 - Samaritana


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 9 - Samaritana

Narrador.

— Estou com medo de descer, Lolo.

— Sabe que foi errado o que fez, não sabe? - Sofia assentiu baixando a cabeça, mexendo no pacote de bala. - Talvez você leve um puxão de orelha, ganhe um castigo de alguns dias, mas não precisa ficar com medo. Tenho certeza que sua mãe também sentiu medo quando não te achou em lugar nenhum.

— Eu nunca mais vou sair sozinha ou sem avisar ninguém, juro de dedinho.

— É assim que se fala. Agora vamos lá acalmar o coração dela?

— Vamos. - O breve sorriso que Sofia deu por juntar seu dedo mindinho com o de Lauren se foi assim que elas desceram do carro, era hora de dizer tchau. - Pode me desculpar, Lolo?

— Pelo que, Sofi?

— Você só foi comprar sorvete e acabou aqui comigo, eu não queria estragar sua noite.

— Você melhorou a minha noite, garotinha.

— Está falando a verdade?

— Super verdade. Eu fui em uma festa de amigos com uma amiga e acabei ficando sozinha, ela me deixou muito brava por fazer isso. - Enquanto caminhavam em direção ao portão, Lauren sentiu vontade de revirar os olhos quando se lembrou de Camila. - Conheci algumas pessoas e uma delas me deixou mais brava ainda, então eu te conheci. Não precisa se desculpar, eu adorei conhecer você.

— Eu também, Lolo.

— Sofi, mi amor. - Sinuhe sorriu aliviada quando viu Sofia terminando de subir a pequena escada, correndo até ela quando Sentt abriu o portão. - Por favor, nunca mais faça isso. Não sabe o tamanho do susto que tomei quando não te encontrei na sua cama.

— Eu nunca mais vou fazer isso, Mama. Jurei de dedinho com a Lolo. - Sofia saiu dos braços de sua mãe, indo abraçar a cintura de Lauren. - Essa aqui é a minha nova amiga e colega de time que comem muito, Mama.

— A Lolo... - Lauren assentiu. - Lolo é derivado de que?

— Lauren. Meu nome é Lauren.

— Muito obrigada por tudo o que fez, Lauren. - Sinuhe suspirou aliviada por Sofia voltar para seu lado, nada contra, mas ela ainda era uma desconhecida. - Quanto te devo?

— Como?

— Vocês vieram comendo, a Sofia mais que você. Sem falar da gasolina que gastou vindo até aqui. Quanto estou te devendo por tudo isso?

— Não precisa me pagar por nada, não deu trabalho nenhum trazer a Sofia para casa.

— Claro que precisa. Você saiu para comprar alguma coisa e encontrou a minha filha fujona. Eu desconfiei de você o tempo todo, mas só porque sou mãe e essa preocupação já vem de fábrica. Além de ser uma ex advogada, entrar nessa vida só me ensinou que não devo acreditar em todo mundo.

— Fácil de fazer inimigos e rápido de atrair mentirosos, sei como é isso.

— Que bom que me entende. Agora o mínimo que posso fazer, é pagar pelo caos no final da sua noite. - Sinuhe abriu a carteira, revelando muito mais que uma pessoa normal carregava no dia a dia. - Quanto você quer?

— Eu deixei o carro aberto, Sofi. Não quer ir pegar as coisas que ainda não comeu? - Sofia não perguntou para sua mãe se podia ir pegar os doces, ela simplesmente foi porque sabia que era hora da conversa de adultos. - Primeiramente, isso não foi um sequestro que precisa ser pago, mas eu aceito o seu dinheiro em troca de duas coisas.

— E o que seria essas duas coisas?

— Eu gostaria de ver qualquer documento com sua foto e da Sofia também. Como você mesmo disse, a vida nos ensina a sermos desconfiados.

— Ótimo argumento, era exatamente o que eu estava esperando da sua parte, além de trazer a Sofia. - Sinuhe tirou alguns papéis do bolso do casaco, entregando para Lauren. - Aí tem algumas fotos da Sofia comigo desde quando nasceu e nossos documentos também, pode olhar todos.

— Obrigada, eu vou olhar sim. - Lauren viu algumas das fotos, não todas, e devolveu para Sinuhe, olhando rapidamente os documentos que também devolveu. - Quero dizer que não estou desconfiando de você, só quero ter certeza que Sofia ficará bem. 

— Entendo perfeitamente, mas qual é a outra coisa?

— Sei que não é da minha conta, mas a Sofia se assustou com o que fez hoje e ficou com medo de voltar para casa, apesar de querer voltar. Você é a mãe dela e sabe o que faz, só queria pedir que não fosse tão dura com a Sofia. Ela ouviu a briga entre você e a sua outra filha...

— Foi por isso que ela fugiu? - Lauren assentiu quando viu Sofia subindo a escada. - Vou fazer o que me pediu. Cem dólares paga por tudo?

— Não precisa de tudo isso...

— Você me pediu uma coisa e eu estou te pedindo outra, por favor aceite.

— Aceita logo, Lolo. Assim você sobe comigo e com a Mama, quero te mostrar meu quarto e te apresentar para Kaki.

— Fica para uma próxima vez, Sofi. Já está tarde, você tem que descansar e eu acho que sua irmã quer ficar com você.

Vai pensando. - Sofia disse baixinho, pegando o dinheiro da mão de sua mãe e entregando para Lauren. - Posso pegar seu número no celular da Mama?

— Eu... - Lauren se ajoelhou para ficar mais ou menos da altura de Sofia, olhando para trás antes de responder qualquer coisa. Sinuhe concordou silenciosamente com a cabeça, sabia que a menina não desistiria. - Eu vou adorar receber uma ligação sua, Sofi.

— Segura isso para mim, Mama. - Sinuhe nem teve tempo de protestar e Sofia já tinha jogado as coisas em seus braços, se virando para Lauren outra vez. - Quando você voltar aqui, vamos fazer a festa do pijama. As minhas são as melhores.

— Adoro festa do pijama, mas agora eu tenho que ir. - Lauren guardou o dinheiro no bolso do casaco de Sofia, a abraçando para sussurrar em seu ouvido. - Não conta para ninguém que eu te dei esse dinheiro e eu faço uma festa do pijama com você.

— Fechado... Quero dizer, toma cuidado na hora de voltar para o seu apartamento.

— Deixa comigo, Sofi.

[...]

— Lar doce lar.

— Lauren Michelle, isso são horas de chegar? - Dinah surgiu da cozinha com uma colher de madeira na mão, batendo ela contra sua outra mão. - Aonde você estava? Atender o celular faz bem, sabia? Preserva os dentes dentro da boca.

— Sem drama, Dinah. Já estou aqui. - Lauren passou pela loira e sua colher ameaçadora, entrando na cozinha para deixar as sacolas. - Tive um pequeno imprevisto quando cheguei lá no Pepê, mas o sorvete está aí.

— Que se dane o sorvete, Lauren. Eu quero saber porque você só chegou agora, porra.

— Não ouviu quando eu disse que tive um imprevisto lá no Pepê?

— Não me irrita mais do que já estou irritada, Lauren Michelle.

— Fui buscar o sorvete, acabei pegando mais algumas coisas e uma garotinha apareceu me pedindo ajuda.

— E você ajudou como a boa samaritana que é? - Lauren revirou os olhos, começando a tirar as coisas das sacolas. - Ela poderia ser de uma quadrilha que manda uma garotinha frágil ou fofa para pedir ajuda e depois... Não quero nem pensar no depois. Ou pior ainda, ela poderia gritar que estava sendo sequestrada por você. O que tem na cabeça?

— Do lado de dentro? Cérebro. Do lado de fora? Tenho bastante cabelo e um rosto até que bonitinho.

— Não me irrita, já te pedi.

— Menos, Dinah. Quase nada, por favor. A menina se perdeu e ligou para mãe dela, a mãe dela não conseguiu falar com a outra filha e eu levei a menina embora. Acabou.

— Senhor amado, você só pode ter ficado louca, Lauren.

— Por que, Dinah? A mulher nos acompanhou por vídeo chamada até chegar na frente do apartamento delas, deixei a menina e agora estou aqui.

— Você não pensou que essa menina poderia não ser filha dessa mulher? Que talvez ela estivesse morando com o pai porque a mãe é louca e não viu a menina fugindo? Ou que os pais verdadeiros estão feito loucos atrás da criança que você ajudou a sumir?

— Para, é sério. - Lauren cobriu a boca de Dinah, se afastando rapidamente por lembrar da mordida que tinha levado mais cedo. - Pode parar de surtar, eu vi os documentos das duas, elas são mãe e filha, o pai está viajando e a irmã já deve ter voltado para o apartamento deles.

— Você pediu os documentos da menina e da mulher?

— Claro que pedi, duh. Não confio em ninguém sem ter motivos e provas, ainda mais de uma desconhecida.

— Quer falar de motivos? Vamos falar de motivos. Me dê dois para não acertar essa colher na sua cabeça agora mesmo, Lauren.

— Eu trouxe sorvete?!

— Que virou água?!

— É só pegar um copo e beber, simples. - Dinah acertou a colher no braço de Lauren, ameaçando bater mais uma vez quando viu que também ia apanhar. - Sua idiota, isso doeu, caralho.

— Não ligo. Você não me atendeu.

— Eu não podia atender, tá legal? A chamada de vídeo ia cair e a mulher colocaria a polícia atrás de mim na mesma hora. Pensa direito.

— Nunca mais faça isso em toda a sua vida, Lauren. Me deixar preocupada não é uma coisa boa e se tiver uma próxima vez, essa colher de pau vai fazer muito mais que te deixar uma marquinha de nada nesse braço sem sol.

— Só tenta me bater de novo para ver o que te acontece, ridícula.

— Ridícula é a sua mãe.

— Você sabe que sim, agora estou indo dormir. Termina de guardar as coisas e come o que quiser comer para ver se esse seu estresse passa de uma vez.

— Não vai sumir do nada.

— Sei que não, isso é falta de sexo. 



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