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História Por Elas 1ª Temporada - 25 - Sou Sua Amiga II


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 25 - 25 - Sou Sua Amiga II


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 25 - Sou Sua Amiga II

Lauren.

— Abre essa boca, Lauren. Não queira me tirar do sério logo agora, já faz duas horas que estou esperando você me contar o que aconteceu. E eu quero desde o início.

— O que foi agora, Dinah? - Como eu já conhecia bem aquele drama, nem me dei o trabalho de olhar para ela, além de precisar terminar de ler alguns papéis. - Não faz nem dois minutos que você sentou a bunda nessa cadeira, para de mentir.

— Eu avisei que a nossa conversa não tinha acabado quando as garotas foram embora. Já tomei dois banhos e você continua fingindo que não aconteceu nada entre você e a Camila. Para de ser sonsa, Lauren.

— Estou ocupada, Dinah. Preciso revisar esse caso porque é para amanhã de manhã, podemos conversar depois? Daqui uns dez dias?

— Para de gracinha, Lauren. Você revisou esse caso três vezes, nunca faz isso.

— Não estou fazendo gracinha, só quero terminar o que comecei. - Deixei os papéis de lado quando Dinah ameaçou puxar das minhas mãos, eu não poderia deixar ela rasgar as únicas cópias que tinha. - Se você colocar as mãos nesses papéis, eu tiro elas fora.

— Não vou tocar em nada, mas por favor, me conta? - Dinah juntou as mãos como se fosse rezar, só que era mais uma tentativa de chantagem emocional fajuta. - Por favor?

— Não, Dinah. Tenho que trabalhar.

— Tudo bem então. - Lá vem coisa. - Vou ligar todas as televisões desse lugar, todos os home theater que existe aqui dentro e vou começar a gritar. O que me diz, Jauregui?

— Que inferno.

— Vou fazer isso também, obrigada pela dica, bebê.

— Vou resumir, está bem? - Dinah assentiu toda animadinha, que vontade de bater nela e no sorrisinho vitorioso que vi nascer em seus lábios. - Nada de perguntas ou interrupções, estamos entendidas?

— Fala logo, Lauren.

— Fala logo, Lauren. - Não deu para resistir, ainda mais vendo a cara de poucos amigos que ela fez. - Eu gostei da Camila desde a primeira vez que coloquei os olhos nela, lá na festa do Teddy. Cantamos juntas e ela falou uma coisa que não gostei, logo veio a antipatia que nem durou muito, todas as provocações e a vontade de implicar com ela...

— Só isso? Você enrolou tanto para nada? É isso mesmo, Lauren? Você não resumiu nada, cortou toda a porra da história, caralho.

— Falei para não me interromper. Ainda não acabei, mas se sabe a porra da história, pode contar você mesmo.

— Para de ser chata e conta logo. Se você cortar mais alguma coisa, eu corto seus dedos, idiota.

— Você é tão amorosa.

— Anda logo.

— Prefiro ficar sentada.

— A minha mão vai na sua cara, Lauren.

— Cadê o seu senso de humor?

— Enfiei ele no seu...

— Okay, pode parar. - Dinah sendo Dinah. - Camila andou sonhando comigo por causa de algumas provocações que andei fazendo de propósito, e não foi diferente no dia da reunião. Escutei ela enquanto dormia e tive a certeza que queríamos a mesma coisa, mas ferrei com tudo porque ela me viu com a Liza.

— Calma, você realmente ficou com a Liza lá na advocacia? Pensei que era só uma piada da Ally com a pessoa que não quero falar o nome. - Era tão difícil falar Normani? - Você ficou chapada em pleno trabalho, Lauren? Queria perder o emprego? Tudo isso era para provocar a Camila também? Logo a filha dos donos?

— Só foi uma vez.

— Toma vergonha nessa cara de pau, Lauren, mas faz isso depois que terminar de me contar tudo.

— Implicar com a Camila era divertido no começo, provocar ela com as minhas roupas coladas foi melhor ainda. Só que... - Eu não saberia explicar porque estava sorrindo nem se quisesse, só sabia que era bom lembrar dela e das coisas que tinha feito. - Ficar com ela foi incrível, não rolou sexo e nem as mãos bobas que você pensou, mas foi incrível beijar a mulher que não sai da minha cabeça desde a primeira vez que a vi.

— Quer que eu te diga o que está acontecendo com você, Lauren? Posso dizer com todas as palavras ou fazer alguns desenhos, assim essa sua cabeça de vento vai entender.

— Na verdade não. Eu queria beijar a Camila durante a festa inteira e quando todos foram embora, ficamos, dormimos juntas e acordamos com você fazendo escândalo. É possível dividir a cama e ter uma boa noite de sono sem sexo. Ou manhã, sei lá.

— Jauregui, Jauregui... Sabe bem como isso acaba, não sabe?

— Não, eu não sei de nada. Nem sei do que está falando, Dinah.

— Sabe sim. A Camila vive em festas e não parece querer algo sério com ninguém além da sua vida de solteira, então não caía nessa para não chorar de novo.

— Não estou fazendo nada, Dinah. Só foi alguns beijos e nada demais, nada além disso.

— Sou sua amiga, então tenho o direito e o dever de falar, a bonita querendo ou não ouvir.

— É hoje que eu não acabo esse caso. - Guardei tudo o que estava sobre a mesa, não queria fazer a Dinah engolir todos aquelas folhas. - Vamos lá, pode dizer tudo o que quer.

— Quando o seu namoro acabou, ou melhor dizendo, quando se livrou da cobra peçonhenta, você disse que mulher nenhuma entraria nesse apartamento nem para beber um vinho. Você não só chamou uma, como também deu uma festa de aniversário e dividiu sua cama com ela.

— Não era qualquer mulher que eu conhecia e transava por algumas horas da madrugada, era a Camila.

— Vamos dizer que está tudo bem que não aconteceu nada entre vocês duas lá na cama, o que eu ainda não estou acreditando, mas não quero ver aquela Lauren acabada outra vez, cheia de esperanças falsas.

— Isso não vai acontecer, eu te dou a minha palavra que não vai, Dinah.

— Ela é amiga da pessoa que não quero falar o nome, Lauren. Duvido de tudo que venha do lado de lá.

— Obrigada, Dinah. Eu vou tomar os devidos cuidados comigo mesma, mas você não pode falar pela Camila. - Eu deveria ter ficado tão ofendida como acho que fiquei? Talvez a resposta me deixasse um pouco assustada. - Viu como ela é doce com os pais dela? Com a Sofia? É impossível alguém como ela me quebrar igual Keana me quebrou.

— Acho bom mesmo, ou eu pego uma agulha e furo aquela bunda toda dela, quero ver você ficar olhando.

— Não faça isso, eu ainda nem peguei naquele monumento. - Dinah tinha um sorriso diferente, era triste ou de preocupado, mas eu sabia me cuidar sozinha. - E quem falou que eu fico olhando a bunda dela?

— A pessoa que mais te conhece nesse mundo e quem convive com você todos os dias, quase vinte e quatro horas. Então não venha me dizer que não olha para aquele tamanho de bunda, até eu já olhei várias vezes.

— Claro que olhou, como saberia que ela tem a bunda grande, não é mesmo?!

— Não quero mais conversar, pode terminar de revisar essa coisa aí que escondeu.

— Muito obrigada pela honra, não sei o que faria caso você não me permitisse terminar o que comecei.

Dinah sempre foi protetora, digamos que ficou pior quando Keana me deu um belo pé na bunda por mudar de faculdade, vamos dizer assim. Tive dois anos para me recuperar muito rápido e mostrar para ela que eu estava bem e que ela não teria que bater ou matar a Keana, apesar dela merecer muito. Ser advogada da Dinah sempre esteve na minha lista de prioridade porque a mão dela pesa para um caralho.

Não sei qual rumo a minha nova história com a Camila vai tomar, nem sei se posso chamar assim. Ficamos, eu gostei e ela também, mas e amanhã? Devemos continuar com as provocações? Devemos nos beijar quando dermos bom dia uma para outra?

Deixei meus pensamentos sobre a Camila e o amanhã para depois, não literalmente porque eu estava revisando o trabalho de amanhã. Levei algumas horas para terminar cada ponto que fui substituindo por achar que a minha defesa ficaria melhor e sem chances de uma derrota por pouca coisa.

Também tive que esquecer a parte em que eu revisaria algumas fotos porque a Dinah fez metade do barulho que prometeu mesmo eu contando o que ela queria saber. Quando as panelas começaram a cair, aceitei que aquilo era um pedido de ajuda vindo da cozinha. Aqui vai uma dica para o meu eu do futuro: sempre tenha congelados ou vários números de restaurantes grudados na geladeira. Nunca se sabe quando Dinah vai cozinhar ou tentar colocar fogo no apartamento.

— O cheiro está horrível, vai ser comida italiana ou pizza, Jane?

— Fiz o nosso jantar, não vai ligar para ninguém.

— Com esse cheiro de queimado? - Dinah virou como se fosse me matar por falar a verdade, mostrando a colher que segurava como modo de ameaça. - Não vou mentir dizendo que o cheiro está maravilhoso, não sei como os bombeiros ainda não bateram aqui.

— Não queimei a nossa comida, só deixei cair molho no forno, que aliás, é você que vai limpar mais tarde.

— A pior parte fica para mim? - Pergunta retórica idiota. - Não gostei, você sujou, você que deveria limpar.

— Tudo bem então, eu limpo e como sozinha. Feliz agora?

— É comer e limpar ou ligar para o restaurante e ficar com fome por quase mais uma hora. Então eu vou comer isso aí que você fez e depois eu limpo.

— Foi o que pensei, senta aí e vamos comer.

— Não quero sentar sem saber o que vou comer. Vindo de você, pode ser até pedra com salada, não quero arriscar.

— Fiz espaguete à bolonhesa, a única coisa que sei fazer, sua idiota. Graças a pirralha, eu sei fazer uma coisa que não está congelada. E foi vergonhoso ela saber preparar seu prato favorito e eu não.

— Se quiser, só se você quiser mesmo, ainda da tempo de ligar no restaurante italiano. O cheiro está péssimo, Dinah.

— Já falei que o cheiro é do forno, come e fique quieta. - Nos sentamos com receio, eu esperava que o espaguete tivesse gosto de qualquer coisa, menos de comida. - Come. Agora. Lauren.

— Ainda não sei o que deu em você para querer cozinhar... - Minha resposta chegou em forma de notificação, Sofia tinha marcado Dinah e eu na publicação que Normani tinha feito quase duas horas atrás. Parece que alguém está antenada na vida social alheia. - Sua safada...

— Come.

— Deixa o número da ambulância pronto. - Peguei uma pequena quantidade de espaguete, comendo só para agradar o ego da Dinah. Péssima escolha. - O que você tem contra o sal, meu amor?

— Merda. Precisamos de alguém para nos ajudar na cozinha urgentemente, eu não posso fazer esse auê todo, toda vez que você ou eu quisermos comer. Tenho certeza que ela ou ele vai lembrar de colocar sal em tudo e vai ter um cardápio melhor que só viver de massa.

— Estou de pleno acordo, mas por hoje já está bom... Quase bom. - Dinah me entregou tudo o que poderia ajudar no sabor do nosso jantar, e eu conseguia notar sua chateação por errar mais uma vez na cozinha. - Um dia vamos conseguir fazer a nossa própria janta sem ajuda de ninguém, relaxa, Jane da minha vida.

— Espero que sim. - Ela estava realmente chateada, não tinha como negar que éramos péssimas na cozinha. - Qual é o caso de amanhã?

— Briga de família. O pai morreu e os filhos mais velhos não querer dividir nada com o irmão mais novo, meu cliente no caso.

— Você ama esses casos de família, sei que vai ganhar amanhã de manhã.

— Tenho ótimas defesas para o meu cliente. Essas pessoas que brigam por causa de dinheiro e ainda acham que podem ficar com o que não são deles me irritam profundamente.

— Sei muito bem, são seus casos preferidos. Adora foder o outro lado. - Dinah estava certa, eu me sentia a dona do mundo quando colocava cada vírgula no seu devido lugar. - Agora vamos comer, eu não fiz essa gostosura sem sal para deixar aí parado.

— Esse outro molho aqui deve ajudar no gosto, da próxima vez eu posso te ajudar. Se tiver próxima vez ou se a cozinha sobreviver. 



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