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História Por Elas 1ª Temporada - 28 - Dinah


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 28 - 28 - Dinah


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 28 - Dinah

Narrador.

— Meu celular não para de vibrar na minha bunda, espero que não seja sua irmã de novo, Lauren. - Dinah apertou o botão para fechar o porta-malas, dividindo as compras entre suas duas mãos e pegando as mais leves. - O que ela queria?

— Antes eu não sei, agora ela provavelmente quer me matar porque esqueci de responder. - Tinha várias outras mensagens além das que Taylor mandou, todas ignoradas por Lauren que preferiu passar o resto da tarde entre beijos e momentos quente com Camila. - Se ela já estava impaciente antes, imagine agora que já passou horas desde que visualizei a conversa e não disse nada.

— Aquele projeto de gente irritante vai falar até sua orelha cair, pode ter certeza disso. - Lauren revirou os olhos porque sabia que era verdade. Taylor sempre foi uma boa pessoa, só que era muito mimada. Se as coisas não fossem do jeito e na hora dela, ela não queria mais. - Hoje estou sem paciência para aguentar sua irmã.

— Imagine eu, que tive uma noite péssima e acordei antes da hora. Seja lá o que a Taylor queria, ela poderia ter falado mesmo sem ter uma resposta minha. Vamos pela portaria, tenho que falar com o Mark.

— Sabe que existe interfones, baby?! Se a bonita não conhece, eu digo que eles servem para pessoas como você ficar de fofoca com o Mark e com os estranhos que continuam habitando esse prédio. - Lauren pouco se importou para o que Dinah falava, nem mesmo para suas reclamações quando foram de encontro a portaria. - Estou cansada para ficar andando...

— Sei muito bem que você não tirou essa bunda grande da cadeira, Dinah. Não sei como está cansada se tudo o que fez para ajudar a Ally, foi sentada. Para de reclamar.

— Você acha que ser linda não cansa, garota? - Lauren não respondeu. - Eu digo. Ser linda não cansa, até brincando eu sou perfeita.

— Camila está certa, você é muito egocêntrica. - As palavras de Lauren surgiram efeito contrário, Dinah havia aceitado a crítica como elogio. - Pode pegar meu celular e olhar as horas?

— Não guardei seu celular.

— Se for mais uma brincadeira, não tem graça, eu preciso do meu celular.

— Você ficou ocupada demais com a boca da bunduda na sua para não lembrar de guardar o celular? - Foi exatamente o que aconteceu. - Não me faça ter aquela conversa outra vez, Jauregui. Agora eu vou com artilharia pesada

— Não sei do que está falando. - Lauren, evitando olhar nos olhos de Dinah a todo custo, jogou as compras para cima da loira e puxou sua bolsa. - Se estiver aqui dentro... Cadê a porra desse celular? Não acredito que perdi mais um.

— Poderia abrir a porta, Lauren? Ainda não tenho o poder de atravessar paredes ou me teletransportar para o outro lado. Seu celular não está aí, para de mexer na minha bolsa.

— Não, eu vou pegar o seu celular para ligar no meu, alguém pode atender. - Em um segundo de distração, a porta da garagem se abriu e uma pessoa que elas nunca tinham visto antes apareceu sorrindo, visivelmente nervoso. - Você queria me matar de susto ou algo do tipo?

— Desculpa, senhora... Senhorita. Vi vocês pela câmera e imaginei que as sacolas estivessem pesadas. Eu só quis ajudar...

— Pode ajudar pegando pelo menos a metade, garotão. - Dinah sentiu o alívio renascer perante seus dedos quando todas as sacolas foram tiradas dela, beijando o rosto do rapaz ainda desconhecido. - Quem é você e cadê o Mark?

— Sou o Zeke, senhorita. Vou ficar no lugar do senhor Mark hoje, em todas as folgas ou quando ele estiver doente, como hoje.

— Você parece uma criança, não parece, Lauren? Tem idade para trabalhar?

— Não sou criança, senhorita. Tenho vinte e três anos, posso trabalhar sem nenhuma restrição.

— Com essa cara de bebê ninguém vai te levar a sério, Zeke. Você deveria deixar pelo menos a barba crescer, não sei muito bem.

— Deixa ele em paz, Dinah. Até parece que não tem uma vida para cuidar. - Lauren franziu o cenho quando o substituto de Mark começou a carregar as sacolas até o elevador, colocando tudo no canto antes delas entrarem. - Muito obrigada por isso, Zeke. E não liga para Dinah, ela não consegue guardar a língua dentro da boca.

— Se achou ruim, não queira conhecer o resto dos moradores. Não são muitos, mas o suficiente para você sair daqui correndo. Quando conhecer a louca...

— É o primeiro dia dele, para com isso, Dinah. - Lauren a repreendeu, mas era como falar com uma criança birrenta que escutava por um ouvido e saía pelo outro. - Zeke, uma mulher vai chegar daqui a pouco, pode deixar ela subir.

— Poderia me falar qual é o nome dela? - Zeke tirou um bloco de notas e uma caneta do bolso da camiseta, parecendo assustado com a ideia de liberar um desconhecido sem interfonar. - Senhorita?

— Eu acho que era... - Lauren olhou para Dinah em busca de um nome, mas a loira também não sabia. Allyson havia mandado as informações
por mensagem e Lauren não tinha achado seu celular. - Eu não lembro o nome dela.

— É o seu dever saber o nome da mulher, Lauren. Do mesmo jeito que deveria saber onde socou a merda do seu celular.

— Eu não posso esquecer as coisas? Até mesmo do meu celular? Isso nunca aconteceu, mas sempre tem uma primeira vez para tudo.

— Claro que você pode esquecer o que quiser, mas não o celular com as informações da pessoa que vai nos ajudar por um bom tempo.

— Você interfona quando ela chegar, Zeke. - Lauren disse levemente irritada, liberando as portas para enfim subirem. - Você é muito chata, Dinah.

— Que? - Foi a vez de Dinah segurar as portas segundos antes de se fecharem, olhando diretamente para Zeke. - Eu não sou um amor, Zekezinho?

— É... Sim, senhorita.

— Obrigada. - Dinah fez uma pequena reverência ao deixar as portas se fecharem diante de Zeke, finalmente subindo para o último andar. - Ele concorda que eu sou um amor.

— Você assustou ele, idiota. Não vou ficar surpresa se o cara não aparecer amanhã.

— Isso é mentira sua. - Que Dinah adorava pegar no pé alheio não era novidade, Mark sabia perfeitamente como era desde quando chegou. O coitado quase pediu demissão na primeira semana. - Tenho certeza que hoje em dia o Mark me ama e não lembra do inferno que causei para ele.

— Claro, do mesmo jeito que Zeke já te ama. Agora pega essas sacolas, sem reclamar. - Lauren saiu assim que o elevador chegou no andar delas, congelando ao olhar a entrada do apartamento. - Não acredito que você deixou a porta aberta...

— Eu não deixei. - Dinah não precisou negar duas vezes, Lauren sabia da mania que elas compartilhavam em relação a verificar as coisas mais de duas vezes antes de saírem. - Tenho certeza que tranquei, Ally até riu quando saímos.

— Tem alguém lá dentro, pega a sacola mais pesada quando entrarmos. - Lentamente, Lauren segurou o máximo de sacolas que aguentou em uma mão, se aproximando sem fazer nenhum barulho. - Você bate e eu seguro.

Estou ocupado, Connor. Da seu jeito e me liga mais tarde, quero saber qual foi a solução da merda que fizeram dessa vez.

— É um homem, Lauren. Não vamos entrar lá sem a polícia. - Dinah tentou se afastar com as pernas bambas, mas voltou quando viu que foi a única que saiu do lugar. - Correr ou chamar a polícia?

— Nenhum dos dois, não vou deixar um marginal dentro do nosso apartamento, Dinah. Nem fodendo. Pode ser o marido viciado da mulher do segundo andar ou pode ser um filho da puta tentando foder com os meus casos a mando de alguém.

— O vinho do almoço subiu até sua cabeça ou está bêbada, Lauren? É um homem, não sabemos se ele está sozinho. Vamos descer e depois vemos o que podemos fazer pelas suas coisas ou seus casos que estão no cofre. Eu quero continuar viva, porra.

— Você pode descer ou pode me ajudar, Dinah. Não posso deixar nada sair lá de dentro, muito menos os casos mais importantes da minha vida que estão sim dentro de um cofre, mas não é indestrutível. Eu vou tirar ele ou eles do nosso apartamento, nem que seja no grito.

— Virou uma super heróina? Advogada que tem o poder do grito? Eu não vou entrar e nem vou deixar você fazer isso. A polícia é a melhor opção que temos, se toca. - Dinah se apressou em tirar o celular do bolso, logo perdendo a empolgação e deixando Lauren confusa. - Qual é o número da polícia? Não quero ligar para os bombeiros por engano.

— Sério? - A loira assentiu extremamente séria, uma ligação errada já havia acontecido antes. - Até eles chegarem aqui, já é tarde, já levaram tudo na maior tranquilidade. Não vou esperar, qualquer coisa você trava o elevador do mesmo jeito que fez quando nos mudamos.

— Se você não vai mudar de ideia, eu queria dizer que o sofá é um ótimo lugar para fazer sexo, fiz quatro vezes e duas delas você quase me pegou. Bebi água naquela sua garrafa favorita, aí deixei cair e quebrou, ela não sumiu do nada. - Lauren não estava acreditando que Dinah estava mesmo se despedindo dela, pior ainda, estava contando quase tudo o que já tinha feito desde quando chegaram no prédio. - Uma vez deixei cair molho na sua cama e disse que era menstruação porque sabia que ficaria puta por comer lá depois de falar que não era para comer na sua cama. Também teve a vez que acabei dormindo com a janela aberta e acordei com um bicho horrível no meu quarto, aí eu corri até o seu e dormimos de conchinha a noite toda e você apertou meus peitos pela manhã. Agora estou aliviada e posso morrer em paz.

— Eu vou entrar na porra desse apartamento e vou sair só para ter o prazer de te matar depois disso tudo, Dinah.

Christopher disse que temos alguns problemas para resolver, mas não falou o que era.

— Tem uma mulher? Ela falou da...

Quanto tempo mais vamos ter que esperar ela chegar? Eu tenho uma audiência daqui duas horas. - Lauren sentiu sua cabeça rodar ao reconhecer as vozes, deixando a raiva tomar conta dela. - Cansei, tenho certeza que essa menina foi para outro lugar.

— Eu... Eu conheço essas vozes, Lauren...

— E eu não acredito que eles estão dentro do nosso apartamento. - Agindo por impulso, Lauren chutou a porta com toda a sua força, assustando os dois invasores com o estrondo que causou. - Artigo um cinco zero, violação de domicílio, entrada clandestina contra a vontade do proprietário.

— Somos os proprietários. - A voz rude não assustou Lauren, pelo contrário, só aumentou sua raiva. - Deixa de besteira, menina.

— A pena é de um à três meses de detenção. - Dinah completou atrás de Lauren, deixando as sacolas mais uma vez no chão. - Temos provas da invasão.

— Vejo que aprenderam muito bem. - Quando Lauren ganhou a audiência em nome dos Cabello, ela sabia que seu dia incrível não duraria por muito tempo, ela só não esperava que seus pais estivessem parados no meio da sala, nem que ficaria com nojo do sorriso forçado de Clara enquanto falava com elas. - Que orgulho das minhas meninas.

— Primeiramente, vocês não são mais os proprietários desse imóvel. Segundo, não seja falsa, mulher. - O desprezo estava presente nas palavras cuspidas por Lauren, era sempre assim. - Terceiro, já pode chamar a polícia, Dinah. Nós duas não demos nenhuma autorização para entrarem aqui.

— E desde quando precisamos de permissão para entrar em qualquer lugar, Lauren? - Michael ajeitou sua gravata esbanjando arrogância, a mesma que Clara e Christopher usavam com todos. - Nunca precisei disso e não vai ser agora que vou precisar, menina tola.

— A boa educação diz que devemos pedir qualquer tipo de permissão antes de sair entrando no apartamento alheio. Tenho certeza que meus avós deram educação para os dois, pena que tudo foi em vão. - Clara cravou as unhas nas próprias mãos, respirando fundo com a petulância de Lauren. - Esse é o nosso apartamento, Dinah e eu não liberamos a entrada de estranhos. Vou pedir educadamente que saíam, agora mesmo.

— Quem você pensa que é, Lauren? - A matriarca dos Jauregui deu alguns passos para frente, ficando mais perto da filha e da outra mulher que um dia lhe chamou de tia. - Acha mesmo que pode nos colocar para fora quando quiser? Que pode usar essa ironia comigo?

— Estou dentro do meu apartamento, sou uma das duas donas desse lugar e tenho certeza que a Dinah pensa como eu. Não queremos vocês dois enfiados aqui, por isso mesmo estou pedindo para saírem.

— Somos seus pais, menina malcriada. - Lauren riu das palavras de Michael. - Sua mãe e eu exigimos mais respeito...

— Agora são meus pais?

— Sempre fomos.

— Preciso falar da Keana? Porque depois que ela surgiu no mapa, eu sujei o nome da família e simplesmente virei uma órfã.

— Bem que você queria ser órfã, mas estamos vivos, muito vivos. - Michael voltou a usar seu tom rude, mas algo em sua voz estava diferente. Talvez fosse o motivo de Dinah e Lauren não reconhecerem a voz dele de imediato. - Te colocamos no melhor colégio de Miami, use a educação que pagamos para você ter.

— Falei de educação alguns minutos atrás, se lembram? Se eu ainda não coloquei vocês para fora daqui na base do chute ou ainda estou pedindo para saírem, isso quer dizer que estou sendo educada, não acham?

— Cansei dos seus joguinhos de sou dona do meu próprio nariz ou a pobre coitada que queria ser órfã. Seu pai e eu precisamos conversar, não vamos sair daqui até você parar de ser mimada e nos ouvir.

— Não tenho nada para conversar com vocês dois, muito menos ouvir qualquer coisa que venha de vocês. Pensei que tivesse ficado claro quando sai da casa dos senhores perfeitos.

— Queremos que venha trabalhar conosco, na advocacia com seu pai, seu irmão e eu. - Lauren e Dinah se olharam com as sobrancelhas arqueadas, visivelmente debochadas. - O que me diz?

— Eu digo que não ouvi muito bem, pode repetir, Clara?

— Não me chame pelo nome, Lauren Michelle. Sabe muito bem que não aceito que meus filhos me chamem pelo nome.

— Eu não quero ser grossa, mas já sendo. Podem ser diretos com a Lauren? Temos uma viagem ainda hoje, o voo é muito importante para perder de última hora.

— Como vai, Dinah? - Clara usou e abusou de seu cinismo com poucas palavras. - Me parece ótima.

— Cinco minutos atrás eu estava ótima, agora nem tanto. - Dinah não deixou de encarar Clara quando sua expressão foi de péssima a pior, igual a de Michael. - O que foi? Meu trabalho é falar a verdade.

— Chega de palhaçada, vocês dois não se importam com ninguém. Então falem o que querem e somem daqui.

— Sua mãe já disse, queremos que você trabalhe com a gente, entre família como deveria ser. - Lauren jogou o cabelo para o lado, oferecendo seu sorriso irônico para irritar Michael. - Qual é a graça?

— Vocês, só falta a roupa de palhaço. Ou não, seria uma ofensa para eles.

— Olha aqui, garota...

— Não sou idiota, muito menos ingênua para acreditar que vocês só vieram aqui para me oferecer trabalho depois de todas as vezes que eu disse não. Sejam diretos, falem a porra da verdade uma vez na vida de vocês, estou sem tempo para aturar ladainha insignificante.

— Sua mãe viu uma foto no celular da Taylor, queremos saber o que você...

— Essa enrolação toda para falar que invadiram a privacidade da Taylor mais uma vez? Caíam fora daqui, não tenho que explicar nada.

— Temos uma reputação a zelar, Lauren. Você não pode sujar o nome da família mais uma vez, sabe que quase não conseguimos deter as notícias em tempo. - Michael deu alguns passos para ficar ao lado de Clara, de frente para Lauren e Dinah. - Se aquela foto ou qualquer outra do mesmo tipo vazar na mídia, você sabe o que pode nos causar.

— Eu quero que o nome da sua família se foda, exploda no quinto dos infernos. Sou de maior e faço o que bem entender, até mesmo mandar uma foto beijando ou transando com outra mulher para qualquer revista de fofoca. - Agora sim a guerra estava declarada entre os Jauregui, e Dinah já se encontrava pronta para lutar por Lauren a qualquer segundo. - Vocês já tiveram o prazer de acabar com a minha noite, já invadiram nosso apartamento e a privacidade da Taylor. Querem mais o que?

— Se a sua mãe e eu temos a chave, não é invasão. Taylor é de menor, cuidar e averiguar o que ela faz é o nosso dever como pais. - As mensagens mandadas de um novo número agora faziam todo sentido para Lauren e Dinah. - Como seu pai, eu acho bom você não fazer nada que posso jogar o nome da nossa família na lama.

— E vai fazer o que se amanhã uma foto minha na cama com outra mulher estiver estampada na primeira página de uma revista?

— Não me provoca, Lauren. Sabe muito bem do que sou capaz de fazer.

— Vai tentar me bater de novo? Saiba que andei por certos lugares, agora eu sei me defender. Quem sabe você queira tirar o nosso apartamento? Não, esse eu já passei para o meu nome e o da Dinah. Já sei, vai tirar o meu carro? Acho que também não porque ele está no meu nome e eu posso comprar um bem melhor. - Pois mais que não fosse a hora certa, Lauren não conseguia controlar a ironia que simplesmente pulava de sua boca. - Vai me trocar de faculdade? Não pode, já terminei. Já sei, vai me colocar de castigo e sem a minha mesada por três meses, é isso, não é?

— Acho bom você parar, Lauren. Seu jeito de garotinha afrontosa está me deixando irritada.

— Eu ainda nem falei que vocês são péssimos pais, não sabem que a Taylor já é de maior. Quantos anos eu tenho?

— Não seja tola, é claro que sabemos a idade dos nossos filhos. - Michael mentia com tanta frequência, que até ele acreditava nas próprias mentiras. Era a secretária que o lembrava de todas as datas comemorativas que tinham na família, amigos próximos e futuros sócios. - Acha mesmo que esse apartamento e o carro nos importa, Lauren?

— Então é a última opção. Estou de castigo e sem mesada por meses, Dinah. O que será de mim agora?

— Não brinca comigo, Lauren. Sabe como os Jauregui são importantes em todos os lugares para você estragar tudo com esse... Esse seu erro.

— Só escuto blá blá blá. O único erro que existe aqui, é vocês me azucrinando em pleno começo de noite. Se uma foto pode acabar com a bela reputação de vocês, eu vou expor mais de dez.

— Já estou cansado dessa sua brincadeira, Lauren. Você me fez perder horas de trabalho para...

— Tem certeza que eu fiz você largar sua advocacia que só defende bandido? Não foram vocês que vieram até aqui para se intrometer na minha vida? Para dizer o que devo ou não fazer? - Lauren riu negando com a cabeça, sentindo a mão de Dinah passar por suas costas. - EU NÃO CHAMEI NENHUM DOS DOIS PARA UMA VISITA, INFERNO.

— NÃO GRITA COM A GENTE. - Os olhos de Lauren se fecharam automaticamente quando Clara tentou acertar seu rosto, mas Dinah foi mais rápida. - Me solta agora mesmo.

— Se você encostar em um fio de cabelo dela ou tentar mais uma vez, eu quebro suas duas mãos. - Dinah segurava o braço de Clara com firmeza quando Lauren voltou a abrir os olhos, vendo a raiva da mulher que se dizia sua mãe se multiplicando. - Não tenho medo de vocês dois, nem das ameaças que fazem e muito menos dos seus cães de guarda. Se tentarem tocar na Lauren mais uma vez, eu vou quebrar mais que só as mãos dos dois.

— Solta a Clara, Dinah. - Michael ordenou. - Eu mandei você soltar

— Você não manda em nada, ainda não entendeu, Mike? - Dinah soltou o braço de Clara, a empurrando para trás. - A Lauren não vai trabalhar com vocês, não vai fazer o que vocês dois querem e se ela não postar uma foto com outra mulher, eu mesmo beijo ela e mando para todas as revistas que conheço.

— Você estaria cavando sua própria cova, menina. Ninguém bate de frente com um Jauregui e sai impune. Clara e eu não temos dó...

— Eu deveria ter batido de frente quando levaram a Lauren embora pela primeira e última vez. Vocês não são ninguém para mim, não tem qualquer tipo de poder sobre a gente. - As narinas infladas de Clara e Michael mostravam o quão irritados estavam com Dinah, eles nem sabiam o tanto que ela ainda tinha para falar. - Podem ir embora e não pensem em voltar, nem mesmo mandar o gay incubado do filho de vocês.

— Estão cientes que Mike e eu podemos acabar com o que chamam de carreira? - Clara ameaçou com seus punhos fechados, acumulando sangue entre as unhas. - Um estalar de dedos e vocês perdem tudo.

— Vai em frente, acaba com tudo o que me obrigaram a estudar. Eu nunca quis ser uma Jauregui, nem uma advogada como vocês. - Lauren sentiu o alívio percorrer por dentro ao confessar o que tanto escondeu, mas também sentiu que seus olhos estavam prestes a estragar tudo. - Pensem bem antes de acabarem com a carreira da Dinah, eu ainda sou uma Jauregui e também posso acabar com vocês dois. Um bom Jauregui sabe bem como foder qualquer outro.

— Então será assim? - Lauren e Dinah não responderam, a resposta era óbvia demais para precisar ser dita. - DeLuca me disse que você foi bem hoje pela manhã, mas isso vai acabar, Lauren. Quando eu descobrir, o que não vai demorar, quem te deu um emprego, vou acabar com tudo o que essa pessoa pensa que tem na vida. A culpa será toda sua, porque se você não trabalhar para nós, ninguém mais te dará emprego enquanto eu viver. Isso é uma promessa que estou fazendo.

Dinah manteve seu nariz empinado até o último segundo, quando os Jauregui foram embora extremamente irritados com elas. Não foi o caso de Lauren, que desabou assim que ouviu a porta ser trancada.

Lauren não queria chorar, ela tinha jurado que nunca mais choraria por causa das pessoas que faziam de sua vida um inferno, mas foi mais forte que ela. Dinah poderia ter sua tão sonhada carreira de advogada jogada no lixo, os Cabello poderiam perder tudo o que haviam construído com suor e dedicação em anos, Camila seria perturbada por causa de uma foto que Taylor tirou sem ninguém perceber. E a culpa seria dela, assim pensava ela.

Quando alguém te abraça porque você está chorando ou quase, o próximo passo é desmoronar mesmo que não seja sua intenção. As lágrimas parecem criar vida própria, se juntam com pensamentos tristes e o resultado é uma pessoa acabada. Era assim que Lauren estava se sentindo nos braços de Dinah.

Dinah era quem Lauren chamava de família, quem sempre esteve ao seu lado nos melhores e nos piores momentos de sua vida. Foi Dinah que passou madrugadas ouvindo Lauren chorar do outro lado da linha quando foi obrigada a mudar de faculdade, e foi a pessoa que mais comemorou sua volta.

Era essa Dinah que estava jogada no chão cuidando de uma Lauren em prantos, a mesma que estava disposta a enfrentar Michael e Clara para sua amiga voltar a ter paz em sua vida.



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