Narrador.
— Não quero entrar agora, Laur. - Dinah segurou Lauren assim que ela tentou entrar, deixando algumas pessoas passarem na frente delas. - Só mais alguns minutos.
— Vamos ficar aqui fora fazendo o que, Dinah? Eu não sai de casa para ficar na rua, por favor, né?!
— Só preciso de mais alguns minutos e podemos entrar.
— Você ficou falando na minha cabeça até eu aceitar sair de casa para me enfiar no meio de várias pessoas bêbadas. É claro que não vamos ficar aqui fora.
— Para de ser chata, Lauren. O que custa esperar a festa ficar mais cheia?
— Custa a minha paciência, Dinah. - Lauren já não tinha muita. - Pode me chamar do que quiser, não vou ficar aqui fora plantada sem fazer nada.
— Sabe do que precisa?
— Entrar.
— No meio das pernas de alguém. - Dinah riu da coloração nova do rosto de Lauren, ela ficava vermelha quando era pega de surpresa. - Você precisa transar para relaxar, ninguém mais aguenta esse seu estresse.
— Vai se foder, Dinah.
— Não com você, sinto muito.
— Sei que adoraria gritar meu nome igual a louca que você é, mas nem com todo o amor do mundo eu faria isso. - Lauren caminhou até o lado de dentro com Dinah atrás dela, não vendo o jeito que a loira ficou quando viu quem estava lá dentro. - Essa merda está bem cheia para mim...
— Não acredito que a Allyson chamou aquela...
— Ei? - Lauren cobriu a boca de Dinah rindo, ainda mais quando a loira revirou os olhos cruzando os braços. - A casa é da Ally, ela chama quem bem entender.
— Tira a mão da minha boca, Lauren.
— Não. - Dinah arqueou as sobrancelhas antes de morder a mão de Lauren, que prendeu um baita grita na garganta. - Sua filha... Da Milika. Ficou louca, Dinah? Isso doeu, porra.
— Continua rindo e vai ficar sem um dedo, sua idiota.
— Não desconta em mim o que você viu ou acha que viu, Dinah. - Lauren se afastou emburrada, mas não foi longe porque Dinah a segurou. - Me solta.
— Você não vai me deixar sozinha depois de me fazer entrar, Lauren.
— E você me fez sair de casa. - Lauren não estava entendendo a troca de humor de Dinah, mas não levaria a culpa do que tinha deixado sua amiga daquele jeito. - Não vou ficar aqui levando seus coices e achando normal a sua troca repentina de humor.
— Me desculpa, tá legal?
— Não.
— Vai desculpar sim. Lembra da última vez que fui em uma festa sozinha e voltei puta de raiva?
— Lembro. - Era mentira.
— Foi por culpa dela, do mesmo jeito que é agora.
— Pelo amor de Deus, de quem você está falando, mulher?
— Disfarça e olha para frente, lá no sofá. - Lauren virou de uma vez, sentindo Dinah a virar de volta. - Caramba, eu falei para disfarçar, porra.
— Eu vou olhar do mesmo jeito, qual é a diferença?
— A diferença é que você quase comeu ela, Lauren.
— Que saco, Dinah. Eu nem sei qual delas é essa pessoa, tem mais de três sofás.
— Primeiro sofá, é a de vestido preto com roxo. - Olhando disfarçadamente como Dinah queria, Lauren voltou a olhar para o sofá, sorrindo de lado. - Ela se acha a melhor em tudo, mais que todos.
— Ela é bonita, pode se achar o quanto quiser.
— QUE? - Dinah puxou Lauren mais uma vez, praticamente colando seus rostos. Qualquer pessoa que estivesse passando naquele exato momento, diria que elas iam se beijar. - Nunca mais repita isso na minha frente, ouviu?
— Eu só falei a verdade, mas me desculpa por isso. Já pode me soltar.
— Quero ir embora. Agora mesmo, Lauren.
— Agora você vai ficar. - Lauren se soltou tentando ser firme, mas só tentando mesmo. Era Dinah, quem em sã consciência mandava nela? - Vamos ficar.
— Eu não quero ficar aqui, Lauren.
— Você não me tirou de casa para dar meia volta, Dinah. Não vamos ir embora e pronto, fim da história.
— Que saco, eu vou embora sem você.
— Vocês chegaram. - Allyson surgiu toda sorridente, ignorando a cara de poucos amigos de Dinah. - Você ficou gata com esse destaque em volta dos olhos, Laur.
— Gostou? - Lauren abraçou Allyson, aproveitando para sussurrar em seu ouvido. - Se prepara porque ela ficou atacada com alguém.
— Você chamou a Normani, você me chamou, Allyson. - A baixinha se afastou coçando a nuca, ela já estava preparada para muito mais que só aquela pequena explosão de Dinah. - Sabe que eu não entro no mesmo lugar que ela, Allyson. Não deveria ter me chamado se queria ela aqui.
— Eu chamei todas as minhas amigas, Dinah. Sabe que sempre faço isso em todas as festas que estou.
— Okay então. Muito obrigada por me chamar, mas eu já vou ir embora.
— Fala sério, Dinah. Eu não vou deixar você ir embora assim, a casa é grande...
— Ninguém vai me segurar aqui, eu vou ir embora de qualquer jeito. Me da as chaves do carro, Lauren.
— Por favor, Dinah. Você me fez sair de casa e agora quer voltar? De jeito nenhum.
— Lauren?
— Vamos fazer assim. Você fica até a primeira brincadeira do Teddy e depois se quiser ir embora, Lauren e eu deixamos.
— Tá, eu fico.
— Sério? - Allyson e Lauren questionaram surpresas.
— Super sério, quero ver qual será a gracinha que o Teddy preparou dessa vez.
— Vai gostar. Eu vou ir pegar bebidas para vocês duas, não saíam daqui.
— Não garanto nada. - Allyson sabia, mas preferiu arriscar quando saiu de perto delas. - Eu vou matar ela, vou sim.
— Qualquer um pode ler isso na sua testa, Dinah.
— Não posso fazer nada se eu não consigo esconder o que não me agrada, Lauren.
— Deveria aprender, a única coisa que Ally fez foi não excluir nenhuma amizade dela. - Lauren empurrou Dinah até algumas cadeiras que estavam no canto mais calmo da casa, mas não foi o suficiente para tampar a visão da loira sobre os sofás. - Muda essa cara, Dinah.
— Daqui a pouco.
— Vamos animar isso aqui? - A voz de Teddy surgiu nos alto-falantes espalhados pela casa, causando uma pequena aglomeração de bêbados na frente do palco improvisado que fizeram. - A primeira brincadeira dessa noite é o karaokê, sei que vocês amam cantar. Eu vou pegar um papelzinho que pode ser solo, dupla, trio, quarteto ou grupo.
— Que merda de brincadeira é essa? - Dinah perguntou para Lauren, que deu os ombros. - Isso aqui vai virar uma gritaria.
— Já tenho o primeiro papel... É uma dupla, pessoal. - Lauren logo entendeu o que estava prestes acontecer e não conseguia acreditar. - Quero ver quem será nossa primeira dupla.
— Lauren? Ei? Tem alguém aí?
— Que foi, Dinah?
— Estava dormindo?
— Não, só estava pensando. O que você perguntou?
— Não fiz uma pergunta. Eu disse que já sei quem vai cantar.
— E quem será?
— Eu mesmo, fica olhando.
— Como vai escolher os nomes, Teddy? - Alguém questionou no meio das pessoas, fazendo a pergunta que muitos queriam fazer. - Explica aí, menino.
— Tenho dois saquinhos aqui comigo, um eu já tirei a dupla. No outro tem o nome de todo mundo que foi chegando e escrevendo seus nomes no caderno do poder divino criado por mim.
— Cala boca e anda logo com isso, Teddy. Estou quase dormindo, cara. - Alguém zombou. - Libera o microfone.
— Calma aí, seu babaca. - Teddy mostrou o dedo do meio para um de seus amigos, pegando mais dois papéis minúsculos. O sorriso debochado dele dizia que Dinah e Lauren estavam certas. - A primeira escolhida é a minha mulher maravilha com o nome de Dinah. Minha loira, vem mostrar essa voz potente que você tem.
— Eu não falei, Lauren?
— E a dupla dela é a mulher dos meus sonhos, a minha mulher fatal. Mani, sobe aqui também.
— Eu não canto. - Dinah disse alto para todos ouvirem e olharem para ela, até mesmo Normani. - Isso era tão óbvio, estava na cara que seria assim. Eu nem coloquei meu nome nessa merda de caderno.
— Alguém colocou. E ainda bem que fizeram isso, sua voz é incrível e todos que te conhecem concordam comigo. - Dinah levantou irritada, e Lauren foi atrás dela. - Vem logo, minha maravilha.
— Não ouviu o que eu disse? Não vou cantar, caralho. - Dinah saiu em disparada rumo a porta, quase derrubando as pessoas que entravam.
— Escolhe outra pessoa, Teddy. Eu também não vou cantar, não era para ser assim. - Normani saiu deixando Camila com a mesma cara de perdida que Lauren, assim como metade da festa.
— Normani? - Camila chamou, mas já era tarde. - Que merda aconteceu aqui? Com elas e eu não sei?
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