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História Por Elas 1ª Temporada - 32 - A Falsa Reunião


Escrita por: AlascaVozizer

Capítulo 32 - 32 - A Falsa Reunião


Fanfic / Fanfiction Por Elas 1ª Temporada - 32 - A Falsa Reunião

Narrador.

Dinah, para de fazer graça e devolve o meu sorvete, você já acabou com seu.

— Já falei para você pegar... Aqui na minha boca, Mani.

Não me provoca, Dinah. Sabe que quase fomos pegas da última vez porque começamos a ficar animadinhas.

E quem falou que temos que parar, Normani? Não vamos parar, vem cá.

Só temos vinte minutos até a próxima aula começar, Dinah.

Podemos pular essa aula chata, Mani. Vamos ficar aqui? Juntinhas? Com muitos beijos? Com essa sorveteria maravilhosa só para nós duas? Diz que sim?

Não. Claro que não vamos perder mais uma aula do Levy, já perdemos a última.

Só que já sabemos o que ele vai ensinar hoje, não precisamos sair daqui.

— Precisamos sim.

— Não precisamos não.

Que tal irmos fazer essa aula, porque a presença conta mais que a matéria, e depois vamos lá para casa aproveitar o resto do dia?

Vai ter alguém lá?

Ninguém até as sete e meia da noite.

Você me convenceu, mas pode me dar alguns beijos antes de sermos sugadas pela repetição do Levy?

Deixa eu pensar...

— Eu peguei a chave da sorveteria com o amigo da Ally só porque você estava com vontade de chupar sorvete. Isso não conta como ponto a meu favor?

Dinah? - Lauren a chamou quando passou pelo corredor, voltando porque não ouviu a reclamação de todas as manhãs. - Caralho, Dinah. Não é hora de dormir feito uma pedra, acorda.

— Me deixa.

— Já estamos atrasadas, levanta que precisamos ir.

— Eu não quero ir hoje, não estou afim de ouvir a voz insuportável do Levy, me deixa em paz.

— Levy? O professor Levy? Sério? - Lauren riu caminhando até a janela, afastando as cortinas na esperança de Dinah acordar com a claridade. - O mundo tem bilhões de pessoas, você tinha que sonhar com o professor da faculdade? Tinha que relembrar o seu tesão pelo Levy logo hoje que temos reunião? 

— Lauren?

— Não, é o papai noel em pleno março. Acorda, Dinah.

— Mas... Mas cadê a...

— Não importa quem esteja procurando, provavelmente foi embora e você nem ouviu quando saiu. Agora sai dessa cama e toma seu banho o mais rápido possível, estamos atrasadas para reunião.

— Preciso de cinco minutos. - Dinah sentou na beira da cama, sentindo sua cabeça rodar enquanto tentava entender porquê diabos ela não vestia nada. - Merda. Que reunião é essa?

— A Camila marcou de última hora. Tenho que descer até a portaria para assinar alguns papéis e ter uma conversa com o Mark. Esse é o tempo que você terá para se arrumar.

— Essa reunião é muito importante? Sempre temos folga depois de uma audiência, sem contar que não estou no clima de sair para nenhum lugar, Lauren.

— É importantíssima, ninguém mandou você beber demais. Os seus vinte minutos começam agora.

Dinah não sabia que Lauren estava descendo até a portaria com três fotos no bolso, quais seriam usadas para impedir Clara, Michael e Christopher de invadirem o apartamento delas de novo. Dinah levantou resmungando e foi tomar seu banho, desejando se enfiar na banheira nos dez minutos que passou no chuveiro.

— Bom dia, Jackie. - Ainda sonolenta, Dinah encostou na ponta da mesa ajeitando o cabelo, levando alguns segundos para se assustar com a outra mulher. - Jackie? Você não chega só de tarde quase noite?

— Não mais. Lauren me ligou para perguntar como fazia ovos mexidos cremoso, conversa vai e vem, agora eu chego aqui de manhã e saio de tarde, depois de fazer a janta de vocês.

— Agora eu tenho motivos para acordar cedo sem reclamar, esse cheiro está divino.

— O seu amigo disse a mesma coisa, já a garota foi embora sem comer nada do que fiz. Eu me sentiria muito ofendida se Lauren não tivesse falado que ela só saiu correndo porque estava atrasada.

— Volta um pouquinho, Jackie. Que amigo e que garota estamos falando?

— Callie? Candy?

— Essas pessoas são novas para mim. - Dinah riu e sentou na mesa, não queria cair porque ainda havia sono e álcool tomando conta dela. Jackie a olhou dos pés a cabeça quando Dinah escolheu sentar na mesa com todas as cadeiras vazias. - Não seria Camz?

— Exatamente isso. Ela não quis comer, mas o homem alto de olhos claros que saiu sem a Lauren ver ou ouvir, comeu. - Jackie negou com a cabeça, ela havia tomado um susto quando deu de cara com Drew saindo de fininho. - Sua noite foi boa com o bonitão?

— Não sei se fiz alguma besteira com o Drew, nem sabia que ele tinha dormido aqui, mas lembro dos sonhos indesejáveis que tive. - Ou lembranças que Dinah nunca foi capaz de esquecer mesmo que fosse sua maior vontade. Também tinha o fato dela ter visto Normani agarrada com uma loira que ela julgou ser falsa, no mínimo. - Vou denominar como pesadelo, não tem outra explicação.

— Os sonhos tem vários significados, bons e ruins. - Jackie entregou uma xícara de café para Dinah, guardando as panquecas em um recipiente de plástico. - Tem nutella no meio, Lauren disse que vocês gostam dessas coisas doces.

— Como vou saber o gosto das panquecas se você está guardando tudo, Jackie?

— Fala com a Lauren, as ordens são dela.

— Ela já subiu?

— Subiu minutos antes de você sair do quarto, ela foi pegar a bolsa e alguma coisa que a tal Camz esqueceu.

— A folgada já comeu?

— Folgada são os seus irmãos. - Lauren entrou na cozinha com seu copo de suco vazio, o colocando na pia antes de se virar rindo para a tela do celular. - Vamos embora, Dinah.

— Ainda estou de estômago vazio, não posso sair assim.

— Você vai comendo no caminho. - Jackie assentiu sorridente, e entregou as panquecas para Dinah e sua cara emburrada. - Pega qualquer coisa para limpar os dedos, não quero marca de chocolate no meu carro.

— Eu não posso comer igual uma pessoa normal e civilizada, Lauren? O que custa me deixar tomar café da manhã em casa?

— Quem é a pessoa civilizada que ignora as seis cadeiras vazias e senta na mesa? Literalmente? - Dinha deu os ombros, fingindo que não era com ela. - Okay, já te falei que estamos atrasadas. Vamos embora.

— Vamos, não tem outro jeito.

— Boa reunião, meninas. Vejo vocês mais tarde, eu acho.

— Espero que seja boa mesmo, Jackie. Ou eu vou matar um hoje.

Jackie riu quando Lauren começou a empurrar Dinah para fora da cozinha, as espiando até ficar sozinha com seus pensamentos no jantar. A quilômetros de distância do apartamento de Dinah e Lauren, Normani assistia o mesmo vídeo pela terceira vez só aquela manhã, jogada no sofá esperando por Camila.

Para de me gravar, Normani.

Você sabe como é linda, Dinah?

É claro que eu sei, essa pergunta é mais óbvia que as perguntas da Rita, amor.

Você me chamou do que?

De nada, doidinha. Para de gravar, Mani.

Eu quero ouvir do que você me chamou, depois eu desligo.

Então vou te deixar aqui sozinha, você se vira com a louça mais tarde.

Que abusada, hein.

Você sabe muito bem como sou abusada, minha linda.

Pode me mostrar? Adoro quando você é abusada comigo.

Cala boca, Normani. Com esse celular ligado eu não vou te mostrar nada. Acho bom você parar de me gravar ou eu vou fazer greve... De tudo.

E corta.

— Ela parecia ser feliz do seu lado.

— Que susto, Camila. - Normani fechou os olhos quando ouviu o celular cair no chão, lá se ia a tela nova. - Chegou que horas que não te ouvi?

— Cheguei a tempo de ver a loira andando pelos corredores. - Mentiu, ela tinha visto a tal loira indo embora pela manhã quando chegou. - Desde quando você guarda esse vídeo?

— Nunca fui capaz de apagar, então eu tenho desde o dia que gravei.

— Me conta como foi? - Normani sorriu sem nenhuma alegria quando Camila pegou seu celular do chão e a entregou com o vídeo passando mais uma vez. - Por favor, Mani?

— Era um sábado de tarde, mas eu tinha chegado na sexta porque ela queria que eu conhecesse alguns primos que vieram de longe. A mãe dela fez um almoço gigantesco para a família toda, depois decidiram passar o sábado e o domingo na fazenda, então a louça ficou para nós duas que não quisemos ir depois de mentir dizendo que tínhamos um trabalho em grupo.

— A família dela é grande?

— Grande é apelido, Camila. Vamos dizer que a nossa família juntas da a família da Dinah.

— Considerando que as nossas famílias não são minúsculas, eu imagino que metade de Miami levam o sobrenome Hansen.

— Quase isso.

— Continua contando do vídeo.

— Estávamos assistindo televisão, mas o filme era sem sentido e perdemos a paciência, então mudei de canal quando ela foi buscar refrigerante e começou a tocar uma música em outro idioma.

— Já ouvi ela cantando em outro idioma, achei maravilhoso.

— Eu também achei. Fui atrás dela para gravar, mas ela me viu e não quis mais cantar. O resto é esse vídeo aí.

— Sente falta desses momentos?

— Quase todos os dias.

Camila se calou quando pensou se tudo daria certo. As probabilidades de tudo ir para o espaço era grande já que ela, Lauren e Allyson dependiam de uma outra pessoa para colocar um ponto final nas feridas alheias.

— Mani... - Camila suspirou. - Se tudo fosse esclarecido hoje, o que você faria?

— Eu ficaria com medo. - Normani foi direta o suficiente para impressionar Camila. - Com certeza eu ficaria com medo.

— Por que?

— Porque eu não sei mais se o Dylan tentou falar com a Dinah, mesmo assim eu acreditei nele e não na pessoa que eu queria ao meu lado para o resto da vida.

— Independente de quem estivesse falando a verdade, você tentaria ficar com a Dinah mais uma vez?

— Mesmo se ela fosse a mentirosa?

— Não acredito que Dinah seja a mentirosa nessa história, Mani. Aquelas lágrimas não eram falsas, eu senti a dor dela, de verdade.

— Tudo bem, o lado dela por ter sido o verdadeiro todos esses anos, mas eu não acho que ela ficaria comigo depois de esclarecer tudo.

— Por que não?

— Dinah passou todos esses anos achando que eu tinha vergonha de ser quem eu era, que eu era uma completa covarde...

— E você tinha vergonha?

— Não era vergonha, Mila. Eu tinha medo dos meus pais, das pessoas que chamei de amigos, medo de ninguém me aceitar como eu era. Como eu sou.

— Mani, ninguém precisava te aceitar além de você mesma. Quando nos aceitamos, o mundo pode explodir e lever os preconceituosos junto com ele.

— Agora eu sei disso, mas a Dinah não.

— Você poderia contar isso para ela.

— Eu nem sei como ela ainda divide a sala comigo, Camila. Quando a Allyson sai para pegar ou entregar qualquer papel, a Dinah sai logo atrás. Tem vezes que ela corre só de perceber que estou olhando para ela. Como vou falar com uma pessoa que não me escuta?

— Você sabe que nada é para sempre? - Normani assentiu. - Um dia tudo isso vai se encaixar, a Dinah não vai levar essa raiva ou qualquer outra coisa ruim que ela sinta por você para o resto da vida. E só vai depender de você querer ser feliz, com ou sem ela.

— Com ou sem a Dinah.

— Sim, está na hora de tomar um rumo na vida, você precisa de mais sexo com a loira gostosa que estava aqui ou com outra pessoa.

— Essa é uma outra questão pela qual talvez eu não tenha mais a Dinah para mim... Eu deveria mesmo tomar um rumo na vida.

— Está falando do que?

— Ontem eu não fiquei em casa.

— Pensei que...

— Você saiu e eu não queria ficar sozinha. Liguei para os meninos e a Shay atendeu o celular do Louis, disse aonde estavam indo e eu fui encontrar eles.

— Ainda não estou entendendo.

— Acontece que os nossos amigos estavam com os amigos da Lauren e da Dinah. Ela estava lá... Dançando toda feliz, muito feliz.

— Não sei o que viu, mas tenho certeza que ela só estava se divertindo.

— Como sabe?

— Liguei para Lauren enquanto regava as plantas da minha mãe, eu queria saber como foi a audiência. - Mentiu. - Ela contou que estava indo dormir e a Dinah tinha saído com o carinha para comemorar a vitória deles.

— Eles pareciam bem mais que só advogada e cliente.

— Tecnicamente, eles deixaram de ser advogada e cliente quando ganharam o caso. - Normani a olhou incrédula. - Vemos isso depois, agora vamos embora. Estamos atrasadas para a reunião de urgência que a Lauren marcou.

— Vamos. 



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