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História Por Favor, Ensine-o a Amar (Romance Gay) - Incidente


Escrita por: CarlosBuckholz

Notas do Autor


A partir daqui, dois personagens começam a narrar, sendo que quando cada um for narrar, eu irei informar.

Capítulo 5 - Incidente


CAIO

Meu coração ficou acelerado de uma hora para a outra. Fechei a porta da sala depois de escutar aquilo de Raul, e fiquei totalmente sem reação a não ser, andar pelo corredor com medo.

Estava precisando ir no banheiro, minha bexiga ficou cheia, mas eu sabia que ele iria ir ao banheiro e não gostaria de encontrar com ele.

Os meus passos pelo corredor pareciam ser infinitos, nunca em toda a minha vida demorei tanto para conseguir chegar na metade daquele corredor, Raul estava um pouco mais afastado de mim, sabia disso pelo motivo de escutar seus passos lentos.

"Meus deuses, o que eu faço agora? Se eu correr, ele vai perceber que eu estou fugindo dele", pensei enquanto chegava ao bebedouro. E, olhei para trás percebendo que Raul me fitava, com seriedade enquanto passava praticamente ao lado do bebedouro para se dirigir ao banheiro.

"Ele vai me bater?", pensei.

Sentia que era a hora de voltar para a sala, mas infelizmente, não estava conseguindo andar, meus olhos começavam a se fechar, minha visão ficou embaçada e percebi que estava desmaiando.

— Ei... — foi a última coisa de escutei, e nem sabia de quem era a voz.

RAUL

"Senhor, o que está acontecendo?", perguntei para mim mesmo assim que vi Caio caído no chão.

A primeira coisa que veio em minha mente era que ele poderia ter batido a cabeça com força. Peguei meu celular de meu bolso, e mandei liguei para Julia — não falava com ela e nem com ele, mas era o que deveria ser feito.

  — Por favor, que não você fique bem — disse para Caio, que continuava esticado no chão e parecia nem respirar. 

Julia deve ter pedido para se retirar da sala de aula, pois eu conseguia ver ela ao final do corredor tentando lembrar de quem era o número, e quando ela atendeu falei:

 — Dá pra me ajudar aqui?

Julia nem ao menos perguntou quem era, e saiu correndo igual um senhor de oitenta anos, pois ela parecia ser sedentária.

  —  O que você fez com ele? — Perguntou em meio aos berros, no corredor.

Tentava encostar no rosto de Caio, mas era difícil, ele me dava alguns choques, parecia que transmitia alguma energia diferente, algo que nunca havia sentido, eram choques bons, não doíam, mas dava para sentir.

Todas os professores das salas que estavam por perto, apenas abriram a porta, um por um, e perceberam o que estava acontecendo e logo o corredor estava cheio de alunos e professores a nossa volta.

  — Eu não fiz nada! — Exclamei para Julia, e saí de perto, com medo. Todos estavam me olhando como se eu fosse algum monstro;

Não queria deixá-lo sozinho, não ali no meio de um monte de pessoas que só estavam sufocando seu ar.

Caio foi acordando aos poucos e Julia se abaixou para ajudá-lo a sentar.

Por um instante, meus olhos se enchiam de lágrimas, mas consegui segurar para não chorar — eu estava feliz por Caio estar bem.

CAIO

Não sabia onde estava, meu rosto formigava, como se eu tivesse acabado de levar alguns choques.

  — EITA PORRA! — Gritei ao perceber um mutirão rodeando meu corpo no chão.

— Garoto, você está bem? — perguntou a professora Ana.

Ana era a professora mais foda de todas, ou uma das mais fodas, pois ela tinha seu cabelo toda semana de uma cor — ela adorava fazer mudanças.

— Acho que sim, professora, mas o que aconteceu? — perguntei.

— Também não sabemos, mas já pedimos para ligar para a enfermeira, que deve chegar em uns cinco minutos, continua deita...

Comecei a perder o fio da meada sobre o que a professora estava falando, percebi no fim da multidão que agora já diminuía, Raul, afastado, me olhando com cara de quem estava muito assustado, pelo sol que batia em seu corpo, percebia que ele estava meio molhado — parecia ser suor.

De longe, via a enfermeira da escola, com dois alunos carregando uma maca.

"Que vergonha, não acredito que vou sair daqui numa cama de enfermaria", pensei.

A enfermeira chegou, seu nome era Glória, ela parecia estar querendo um dia de folga. —  Glória retirou seu material hospitalar de uma maleta e pediu para medir minha pressão.

Estiquei os pulsos, estava me sentindo muito envergonhado, Glória mediu minha pressão.

— Está muito baixa, ele pode ter um novo desmaio a qualquer momento, precisamos levá-lo para a enfermaria.

— Eu vou andando — falei.

— Não, Caio, você vai na maca, como um bom menino, que conheço há anos  — disse Glória. 

— Você falando assim, até parece que está falando com uma criança — citei, com um tom de deboche.

— Respira fundo e tenta lembrar o que aconteceu — pediu a enfermeira.

— Eu não me lembro, só me lembro de ter saído beber água e agora estou aqui.

Glória analisou meu estado no chão, olhou ao redor e gritou.

— Pessoal, alguém por acaso viu o que aconteceu por aqui?

— Eu sei quem viu — disse a filha de Ana, que no caso era Julia.

Julia apontou o dedo indicador para Raul.

— Ele viu!

— Você viu mesmo Raul? — perguntou Glória, que estava há uns 15 passos de Raul, e mesmo assim, ele conseguiu escutar..

— Bem, eu havia acabado de sair da sala de aula, então, acho que acabei olhando ele cair, e pedi ajuda — disse Raul se aproximado, mas com receio.

—  Então, você vem junto.

 Glória pediu para que alguém me colocasse na maca, e graças a Renato e Fernando, consegui deitar-me.

 "Que saco, não acredito que estou aqui, passando por essa vergonha novamente, ano passado, foi o braço, esse ano eu desmaio do nada, e me sinto bem", pensei enquanto Glória me empurrava pelos corredores da escola e me levava para a sala de enfermaria.

Olhei para trás e percebi que Raul me analisava, e caminhava em passos mais lentos — ele estava mesmo suado.

Glória empurrou a maca com tudo, fazendo com que aquelas portas estranhas de hospitais (que tinha uma na escola), se abrisse ao meio.

Ela me colocou deitado e pediu para que eu não levantasse, pois ela ia procurar minha ficha de medicamentos, iria me medicar e pedir para que alguém da minha família viesse me buscar — o que seria difícil, já que todos em casa estavam trabalhando.

  — E você, Raul, espere aqui — disse ela e logo depois saiu.

— Obrigado — eu falei baixinho, com a esperança de que ele não tivesse escutado.

— Pelo que? — perguntou ele, com uma voz seca.

— Por ter pedido ajuda.

— Eu apenas estava no corredor, e socorri você, como se salvasse qualquer outra pessoa.

"Que grosso", pensei.

— Eu levei algum choque?

— Não, por que? — perguntou Raul.

— Meu rosto ainda formiga, parece que levei algum choque.

Raul ficou em silêncio.


Notas Finais


Em breve, novo capítulo, sorry a demora para atualizar!


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