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História Por Favor, Ensine-o a Amar (Romance Gay) - "Ele quer te ver"


Escrita por: CarlosBuckholz

Notas do Autor


Fala galera, desculpa a demora, mas como já havia dito, não posso postar sempre e estou fazendo o máximo e o melhor para sempre estar postando!

Capítulo 6 - "Ele quer te ver"


— Não sei o que aconteceu, Caio, do nada você cai... — Raul não tinha a coragem de olhar em meus olhos, enquanto eu analisava todo o desenho de seu rosto e nem prestava atenção no que ele estava falando.

  — Desculpe, eu não entendi, pode me falar de novo? — Perguntei.

Raul fez uma cara de quem queria me estrangular alguém — esse alguém era eu.

— Caio, você simplesmente caiu. — disse Raul.

Aquelas palavras me fizeram quase cair em risada, mas me segurei e percebi que o a enfermaria não estava mais fria, e sim um pouco mais quente que o normal, Raul parecia me trazer uma confiança que eu nunca havia sentido por ninguém, em toda a minha vida.

— E depois disso? — Perguntei, mas dessa vez sem coragem de olhar nos olhos dele, e comecei a prestar atenção na enfermeira que se aproximava.

— Nada.

— Caio, más notícias, sua mãe e seu pai não podem vir te buscar, então você vai ter que ficar aqui até o final do horário letivo, quero ver se você não terá nenhum problema novamente, mas preciso que durma — falou Glória enquanto abria uma térmica com algum líquido dentro.

— O que é isso? — tinha muito medo de injeções.

— É apenas um remédio para que você possa dormir.

— Mas eu não quero! — gritei.

— Pelo amor de Deus, moleque. — falou Raul enquanto olhava para mim, dessa vez, no fundo de meus olhos. — Você quase morreu e ainda quer ficar dando uma de manhoso, vai tomar isso sim, e se precisar eu te seguro.

— Quem é você para querer mandar em mim? — Nesse momento, eu já estava tentando levantar da cama. 

RAUL

Não acreditava, mas eu estava tentando ajudar um garoto que para mim não era nada e que eu tinha certeza que nunca havia visto em minha vida.

Percebi que Caio estava levantando da maca e tentei segurá-lo, mas ele acertou um tapa em minha boca. — Aquilo fez meu sangue ferver, eu estava a ponto de mandar a enfermeira ir embora e derrubá-lo com apenas um soco e fazê-lo dormir, mas não conseguia ficar bravo com ele.

— Foi mal — disse ele com os dois olhos mais abertos do que nunca, ele parecia estar com muito medo.

— Toma essa injeção se não eu vou te desmaiar no soco! — gritei e segurei o corpo dele contra o meu.

Caio parecia ter se acalmado ao estar em meus braços, nesse momento o tapa nem doía mais, só queria mesmo era que ele ficasse quieto. Caio me segurou com força enquanto Glória aplicava a injeção em seu corpo e logo fui percebendo que ele foi ficando mais tranquilo, até que ele ficou todo mole encima de mim, mas ainda assim estava me segurando. — Não queria soltá-lo, mas Glória parecia estar desconfiada de algo, então o deitei na cama.

— Sabe que às vezes minha vontade é de abandonar esse serviço? — Glória parecia estar com sérios problemas de estresse. — Caio só vem aqui para me dar problemas, e nunca ficou quieto e paciência igual hoje.

— Então todo esse estresse e o tapa na minha cara, são normais? — Perguntei.

— Normalmente ele começa a dar uns gritos, faz birra para tomar remédios contra dores e injeção é o trauma dele. — falou com a maior tranquilidade — Teve uma vez que ele derrubou aquele armário de remédios, comparado a hoje, ele está normal, mas tudo isso tem uma explicação...

— Qual? — Estava mais curioso do que tudo.

— Ele é praticamente um pouco mais elevado que um bipolar, tendo diversas personalidades, então ele é considerado meio doido por todos aqui, mas agora tenho que ir. — Glória me cumprimentou com os olhos e saiu pela porta da enfermaria indo para a sua salinha.

Na enfermaria, apenas eu e Caio estávamos lá.

"Como uma carinha dessas pode ter um demônio amaldiçoando esse corpo", pensei enquanto dava risada da situação.

Nem eu me conhecia mais, nunca em nenhum momento achei que ficaria parado cuidando de alguém na enfermaria.

— Ah, ia esquecendo, você pode cuidar dele para mim? — perguntou Glória logo depois de abrir a porta da enfermaria? — Eu consigo um atestado para você receber todos os pontos de presença de hoje e você fica aí com ele.

— Tá. — respondi seco e com medo.

"O que a Bianca vai pensar?", minha namorada tinha ciúmes até de meus amigos, não sei o que faria se me vesse cuidando de um desconhecido.

"Ah, ela não veio hoje", sorri ao lembrar disso e continuei ali na enfermaria, que quando adentrei estava fria, mas depois, começou a ficar quente, "deve ser o aquecedor".

Caio dormia como uma pessoa tão calma, e nem parecia ser o demônio que a enfermeira Glória havia dito.

Escuto o som da porta da enfermaria se abrindo e logo em seguida se fechando, para meu princípio achei que era a enfermeira novamente que deveria ter esquecido algo, mas logo me virei para escutar novamente alguma coisa escrota vindo da Tia Glória, percebi que era apenas a Julia — aquela nojenta!

— Como ele está? — perguntou ela se aproximando de vagar e pegando nas mãos de Caio.

— Dormindo.

— Avá! Achei que ele estava acordado, pulando, saltitando e dando piruetas enquanto a platéia aplaudia.

"Eu vou te matar, filha da puta", meus olhos cerraram ela enquanto esse pensamento vinha em minha mente.

— Olha se você veio aqui me atacar, melhor ir embora.

— É você que deve ir embora, por sua causa ele está aqui e ele é meu amigo, já não sei o que é seu.

— Olha garota, eu não fiz nada, eu apenas te liguei porque ele estava lá caído, e eu não queria fazer um mutirão igual você fez. — meus dentes serravam um ao outro e minha vontade era de atacar a garganta dela e cortá-la com meus dentes.

— Então você não fez nada?

— Você deve ser surda né infeliz?

— Eu já sabia que ele tinha péssimo gosto para escolher homens — Julia suspirou. — Mas não sabia que escolheria um igual a você.

— O QUE? — gritei.

— Dá pra falar baixo, aqui é a enfermaria, e não um lugar para você dar seus shows Raul, eu te conheço melhor do que ninguém e sei que você é uma peste, e o Raul não merece ninguém igual a você, ele já tem problemas de mais.

— Ele não é meu namorado, eu sou heterossexual.

— Dá pra ver o jeito que ele te olha, ele gosta de você.

Aquela vadia parecia estar gostando de me ver passar raiva.

— Problema dele, eu tô aqui apenas porque estou preocupado com ele.

— Parece outra coisa, bom, eu sei que ele gosta de você, agora se você gosta dele, aí já é outra história.

Aquela sala parecia estar fria — Julia tinha o poder de fazer as pessoas ficarem com raiva, desde que a conheci há dois anos atrás.

— Já visitou seu amigo, agora pode ir embora — gritei e apontei para a saída.

Julia agarrou as mãos de Caio que ainda dormia em sono profundo e parecia estar melhorando.

— Olha Raul, ele não é sua propriedade e você pode muito bem ir cuidar da Bianca, já que eu sei que ela pode estar grávida.

— As notícias se espalham mesmo e chegam aos porcos — falei.

— Na verdade, elas já saíram do chiqueiro.

Me virei e saí em passos firmes pela enfermaria, passando por quatro macas até chegar na porta de hospital, abri com tudo e passei sem ao menos olhar para trás, mas sentia que aquela garotinha estranha me olhava e devia estar pensando que venceu.

(...)

Normalmente, apenas a primeira semana de aula era meio-período, o resto do ano letivo era período integral, mas para meu azar, hoje era o primeiro dia de aula integral e eu não estava com cabeça para isso — minha vontade era de pular o muro da escola e ir embora.

(...)

As horas foram se passando e percebi que Julia não saia de dentro da enfermaria por nada, fazia quatro horas que eu estava esperando do lado de fora e nem a enfermeira desnaturada havia aparecido para ver se Caio estava bem.

— Vou entrar e foda-se essa vadia!

Levantei-me do banco que estava sentado ao lado de fora, e quando cheguei a menos de dois metros da enfermaria, Julia abriu as portas e assustada com a cena de me encontrar tão perto dela, ela disse:

— Ele acordou, e parece que quer falar contigo.



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