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História Por fora das Pokébolas - A Reserva


Escrita por: Marcolino5

Notas do Autor


Olá!

Essa fanfic é referente ao anime/jogo Pokémon. Sempre quis saber o que é que os pokémon pensavam e aqui eu tento trazer uma ideia a respeito disso.

Espero que gostem do capítulo! :D

Capítulo 1 - A Reserva


Acordei, bocejei, olhei para o espelho que estava do lado da minha cama, desci as escadas para encontrar mamãe, papai e meu típico café da manhã, seguido por uma sessão de síntese.       
 - Oi, pai – Exclamei. – Oi, mãe!
 - Ora, se não é o meu futuro administrador! – Disse meu pai, Bentham.   
 - Teve uma boa noite de sono? – Perguntou a minha mãe, Felícia.             
 - Tive sim, mãe. – Eu respondi ao dar uma mordida no meu sanduíche. – Sonhei com.... com um dia de trabalho.              
 - Dizem que os melhores administradores sempre sonham com o seu trabalho. – O olhar de meu pai passava pelo jornal em suas mãos e chegava até mim. – Tenho certeza que você se tornará grande.               
 - Seu pai tem razão! Você é tão esforçado... – Disse minha mãe.
 - É, acho que sim. – Concordei, apesar de duvidoso.        
               Após terminar a refeição, sai para fora e deixei que o sol fizesse seu trabalho.
               Saindo um pouco disso, acho que você tem algumas dúvidas. Para começo de conversa, nós somos pokémon. Eu sou um Treecko, meu pai um Grovyle e minha mãe uma Bayleef.
               Me encaminhei para a escola, onde encontraria pessoas que estavam dispostas a seguir rumo na carreira de administração. Apesar dos meus pais me obrigarem, na verdade eu não queria ser um administrador, e sim um patrulheiro.                       
               Se você pergunta o que é um administrador e o que é um patrulheiro, lá vai: administrador é uma pessoa (na verdade várias) que fica encarregada de cuidar da respectiva população de sua parcela, como um político. Já um patrulheiro cuida da segurança de sua parcela.
               Ao chegar na escola encontrei meu amigo Edy (Eevee) na porta.
 - E aí, Edy? – Cumprimentei meu melhor amigo.
 - Oi, Rick! – Ele retribuiu o “High Five”. – Hm.. Vamos para a aula? O sinal já vai tocar daqui a pouco!            
               Nós entramos nela, que era ao ar livre, porém com algumas poucas paredes de madeira. Lá podíamos encontrar vários outros colegas: Sunkerns, Deerlings, Tangelas, Turtwigs, entre outros. Entramos na nossa sala, a sala 13. Nossa primeira aula era de Estudos dos Humanos, com a professora Clarice (Sunflora).  
 - Os seres humanos são- são seres involuídos e não devemos entrar em contato com eles, fazem guerras e matam uns aos outros. Nem- nem entender o que nós falamos eles conseguem! – Explicou a professora, que era gagá.   
               Enquanto ela balbuciava, Brian (Snivy) enviou um papel que dizia “estúpido” até mim, seguido de risadinhas. Mandei um olhar de ódio como resposta.
               Não liga pra ele, Rick – Edy aconselhou. A professora continuou a falar.
 - Uma- uma das, se não a ú- única, coisa útil que os humanos inventaram foram as batalhas pokémon, que aumentam as nossas ca- capacidades. As outras “criações” deles são...   
 - No momento em que ela ia terminar de falar o sinal tocou.       
 - Bom, re- recolham seus materiais e vão para o ginásio. – A professora ordenou. Nós entramos no ginásio e encontramos o treinador Buck (Chesnaught).         
 - O campeonato está chegando! – Ele disse, com cara intimidada. – E vocês, maricas, excluindo Brian, não conseguem ganhar de ninguém!  – Todos nós ficamos em posição de sentido e com medo, com Brian sendo uma exceção. Este era o queridinho do professor. – Ele vai mostrar como realmente se luta. Rickard e Brian, vão para a arena!          
 - Ganhar dele não vai ser tão difícil. – Afirmou Brian, lançando um olhar malicioso até mim.
 - Vamos ver! – Não acreditava que faria muita coisa, mas ouvi dizer que intimidar o inimigo antes da batalha contava muito.          
               Eu tinha quase certeza que iria perder, apesar de querer tanto ser um patrulheiro, eu nem sabia lutar tão bem. Entrei na arena juntamente com Brian, e ao soar do apito a batalha começou.
               Brian começou com o uso de Vine Whip, que acertou diretamente nos meus pés e me fez tropeçar. Eu me levantei e usei Quick Attack em extrema velocidade, fazendo uso de tudo que podia para acertar Brian, porém não fora o suficiente: ele desviara facilmente do golpe.
               Após eu fazer uso de meu Quick Attack fiquei perto o suficiente para que ele usasse o movimento Wrap, envolvendo todo o meu corpo e imobilizando meus braços e pernas. Sentia que todos os órgãos do meu corpo sairiam direto da minha boca, sentia que os meus ossos teriam esmigalhados.  
               O que eu poderia fazer? Não conseguia pensar direito em meio à essa situação. Utilizei do meu único movimento qual não precisava dos membros do meu corpo: Absorb. Para minha surpresa o movimento funcionou, e fora ainda mais eficaz pela distância entre mim e Brian.         
               Ele recuou e era óbvio que isso não seria suficiente para derrota-lo. Escorria suor do meu corpo, mas para Brian isso parecia extremamente normal, pois ele estava como sempre esteve com essa odiosa presença.         
               Brian avançou com seu Tackle e não tive escolha a não ser fazer uso de meu Pound em direção a ele. Agora a luta era para ver quem iria conseguir realizar o movimento. Brian, infelizmente, foi esperto e lançou suas vinhas para fora de seu corpo, agarrando minha cauda e me levando até o chão. Quando estava no chão ele finalizou o seu Tackle, me acertando em cheio. E, nesse momento, fiquei fora de minha consciência.      
 - Acorde, palerma. – Assenti à palavra de Brian enquanto meus olhos estavam se abrindo e me levantei. – Você é mais fraco do que eu pensava, hein?       
               As pessoas estavam rindo a minha volta, principalmente os membros do grupo de Brian: Elliot (Pansage), Willy (Cacnea) e Sam (Shroomish).          
 - Você está bem, Rick? – Perguntou Edy, vindo até a minha direção          
 - Sim, estou – Eu disse, ao tirar a poeira da arena do meu corpo.
               A medida que os sinais iam tocando nós mudávamos de sala.      

                                            ***
               Estava no corredor, a caminho da saída da escola com Edy, quando encontrei minha alma gêmea: Lili. Ela é uma Petilil extremamente linda e inteligente... Com quem todos os garotos querem ficar.    
 - Oi, Rickard! Oi Edy! – Ela me cumprimentou. Fiquei com o rosto avermelhado. – Como vocês vão? – Pois é, o Edy também acabou ficando.   - Ah.... Vou bem oi – Troquei as minhas palavras .
 - Idem! – Disse Edy.        
 - Eu tenho que ir para casa agora, vejo vocês amanhã? – Lili perguntou   
 - Claro – Respondemos simultaneamente. Ela rapidamente passou pela porta e foi a caminho de casa.            
 - Vamos? – Eu acabei não prestando muita atenção nisso, estava babando e imaginando o quão linda era Lili – Você está aí?!       
 - Que? Ah, hm... Estou, o que você perguntou mesmo?   
 - Vamos para casa? – Ele repetiu a pergunta        
 - Sim, vamos. – Respondi. No começo, o caminho até a nossa casa era o mesmo, então ficamos conversando a respeito de algumas coisas não muito importantes para a ocasião. Chegou a um momento que nós tivemos que nos separar, e isso é que foi feito, eu fui para a minha casa e ele foi para a dele.         
 - Chegou bem na hora, filho! – Minha mãe disse. – O jantar já está pronto.           
               Eu me direcionei até a mesa onde o meu pai relia pela décima vez o jornal do dia. O nosso jantar eram alguns legumes, vegetais e frutas. O que era um pouco difícil de se pensar, já que, tecnicamente, nós éramos plantas. Mas tudo bem, a professora Clarice havia explicado que os humanos comiam carne mesmo sendo feito dela, então acho que comer alguns vegetais não é nada demais.    
 - Como foi a aula? – Meu pai perguntou, desviando o olhar do jornal.      
 - Nada demais. – Respondi – A única coisa de diferente que eu tive foi uma sessão de batalhas. E... Eu não consegui ser forte o suficiente, perdi.           
 - Você não tem que ganhar nada disso – Minha mãe disse.           
 - Realmente, você será um administrador e não um patrulheiro ou coisa parecida. Onde já se viu uma profissão tão medíocre? – Meu pai acrescentou.    
 - Pois é – Minha mãe concordou. – Ainda bem que você não quer ser um patrulheiro.
 - Vocês têm total razão. – Disse, dando uma leve risada falsa. Minha consciência havia ficado pior ainda nessa hora, quando descobri que meus pais não queriam que eu fosse um patrulheiro de jeito algum.          
               Após o jantar eu tornei a subir o meu quarto, peguei e observei a foto de Sir Tommen (Sceptile), que é o maior dos patrulheiros da parcela, era o meu exemplo e era quem eu queria ser. Guardei o retrato de volta na mesinha de cabeceira onde estava, me deitei e tentei dormir.               
No próximo dia foi tudo a mesma coisa. Acordei, tomei meu café, fui para escola, voltei pra casa, jantei e dormi. O dia era muito monótono, era tudo a mesma coisa e eu estava cansado disso.

                              ***
               Mais uma vez estava voltando para casa da escola para jantar. Quando eu e Edy nos dividimos eu acabei por ver uma sombra atrás da árvore. Caí no chão, assustado, e disse:              
 - Q-Quem é você?! – Perguntei para a sombra. Ela saiu do lugar onde estava e fui para um local visível. Agora podíamos ver bem ele ou ela, não dava para diferenciar muito bem.   
 - Hm... Oi, o meu nome é Adam – O garoto era bem mais alto do que eu porém não tão alto quanto Sir Tommen e agora sabíamos o seu nome.  
 - Meu nome é Rickard mas pode me chamar de Rick! Prazer em te conhecer! – Disse.
 - O prazer é meu! – Adam sorriu.              
 - Você vem de outra parcela né? – Perguntei. - Nunca te vi por aqui, na verdade nem sabia que esse pokémon existia!          
               Comecei a rondar o corpo dele, era realmente muito diferente do corpo dos outros pokémon que havia visto, o único que poderia se comparar seria o Machamp, porém ele era tão magricela...
 - Na verdade eu não sou um pokémon – Adam confessou, olhando para o lado.  
 - Se você não é um pokémon então o que você é? – Perguntei. E foi aí que eu me toquei do que ele realmente era – ESPERA AÍ, VOCÊ É UM HUMANO?



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