História Por que o certo parece ser tão errado? - Capitulo 23

Pov. Venellope

Entrei no meu quarto e bati forte a porta, eu estava ofegante e ainda meio tonta com o que havia acontecido La na sala.

Lembrei-me do telefone que ainda estava tocando e vibrando no meu bolso, atendi ele.

*Ligação on*

V: alô?

L: eu, você, duas facas e um doido.

Um incinerador, um carro com um homem morto.

Diz aí, cê topa?

V: oi Luise

L: ooooi

V: por que você me ligou?

L: sei lá, já irritei o Rancis, o Turbo, a Taffita, meu primo do Canadá, só falta irritar você e seu irmão.

V: você tem o numero dele?

L: não, mas você vai me passar, e ele vai passar o numero dos amigos dele para eu irritar eles, eu já trabalhei, fiz a lição de casa, comecei a assistir jigoku shoujo, já comi, já assisti Bob Esponja, já criei sete musicas infantis macabras, eu preciso terminar de irritar o pessoal agora pra poder assistir o resto dos animes.

V: falando assim até parece que isso é uma grande responsabilidade.

L: pra mim é.

V: okay, e como você pretende me irritar?

L: era uma vez um pudim apaixonado

Estava num beco quando foi assassinadooo

Pluft

PUDIM MATAAAADO

PUDIM MATAAAAAAADOOO

PUDIM MATAAAAAAAAAAADDOOOO

Pudim matado já morreu

V: okay, já chega você conseguiu me irritar em menos de um minuto.

L: ótimo, agora me passe o número do seu irmão.

V: vou te dar antes que você comece a cantar essas músicas estranhas de novo.

L: você não reconhece minha arte Psico-Killer.

V: por que somos amigas mesmo?

L: por que eu sou maravilindamente adorável.

V: sei.

L: era uma vez...

Passei o número do Hiro, desliguei o celular e me joguei na cama suspirando alto.

Comecei a pensar na minha vida altamente cagada, sem os pais, morando com meu irmão gêmeo que resolveu ter uma tara por mim, uma tia que trabalha em outro país, amigos que me deixam doida, e um diretor de escola que quer meu corpo nu. (até agora não vi nada terrível).

Levantei da cama depois de um tempo, me joguei embaixo do chuveiro por um bom tempo, para ser mais precisa, até que meus dedos ficassem enrugados, coloquei um short leve azul e uma regata branca, peguei o notebook e fui assistir algum filme, procurei um filme de comédia romântica, de ação, de aventura, até animação, nada me chamou a atenção, fechei o notebook, peguei meu celular e fui jogar Vector,passei de 3 fazes e comprei 5 manobras, depois joguei 100 maneiras de morrer, por que eu amo esse jogo, bati meu Record, fui assistir anime, comecei a assistir the 100, supergirl e humans, li de novo ponto de impacto até o capitulo 40, liguei a televisão e fiquei mudando várias vezes de canal, parei no cartoon, mas tava passando a laranja irritante (vamos fingir que ainda passa) não gosto dessa porra, mudei pra Disney, tava passando high school musical, que idiotice, coloquei na Nick, the Thundermans, disso eu gosto, mas o episodio tava no final, então mudei pra um canal de filmes, garota infernal, muita filha-da-putagem, Alvin e os esquilos, sem paciência pra aguentar as vozes, bastardos inglórios, hum, não, azul é a cor mais quente, nah.

Suspirei alto, desliguei a televisão, comecei a fazer exercícios idiotas pra me deixar exausta e com sono, polichinelos, alongamentos, flexões, abdominais, mais polichinelos, agachamentos, mais polichinelos e suor, tomei outro banho, peguei outro livro na minha prateleira, li todo, botei na prateleira de novo.

Joguei-me na cama e desliguei as luzes, virei de um lado pro outro, parei e olhei pro teto, corri os olhos pelo meu quarto, corri os olhos pelo quarto, levantei da cama e fui arrumar o quarto, organizei os objetos da minha mesa, coloquei meu novo despertador em um lugar bom pra eu não ter que caçar ele no criado mudo, coloquei minhas roupas organizadas colocando em ordem de cores passando de camisetas, regatas, shorts, saias, vestidos e calças.

Joguei-me na cama de novo, olhei para o relógio 20h26m, porra, só tinha passado 3h, levantei com cuidado e fui descendo as escadas com o celular na mão pra iluminar, já que a casa tinha tipo um horário de desligar as luzes, mas usava sensor de calor pra poder garantir que todos estavam no quarto até determinado horário, eu e o Hiro fizemos esse sistema na 6ª serie, ganhamos um bom prêmio por isso.

Cheguei à cozinha e abri a geladeira, tinha uma refratária com salada de frutas, provavelmente foi a empregada fantasma de novo, não sei por que o provavelmente, eu não sei se sou muito inteligente ou extremamente burra.

Coloquei um pouco pra mim, acendi a luz da cozinha e sentei no balcão da pia, terminei de comer, lavei a vasilha e coloquei no lugar, desliguei a luz e subi as escadas com cuidado pra não fazer ruídos, desliguei a tela do celular quando estava perto do meu quarto, mas bati e dedo na quina da porta do Hiro, me fazendo além de sentir uma dor mortalmente insuportável, me fez cair no chão, segurei meu pé quase chorando de dor, mas que porra de vida, escutei a porta do Hiro abrir, MAS QUE PORRA DE VIDAAA.

H: Vane? Cê tá bem

V: TÔ ÓTIMA, PERFEITA, NÃO TÁ VENDO IMBECÍL?

H: calma, foi só uma pergunta, o que houve? – logo ele estava abaixado na minha frente

V: bati a merda do dedo na quina

H: uui, isso é quase pior que um chute nos países baixos.

V: não preciso saber das suas incríveis aventuras

H: okay, calma ae – ele colocou um braço apoiando as minhas costas e o outro embaixo dos meus joelhos , me levantando, corei fortemente, por que meu rosto estava muito quente, ele me levou ao quarto dele e me sentou na cama se sentando ao meu lado.

H: tudo isso por causa de uma quina?

V: ei, isso doeu.

H: sei

V: isso não é drama meu

H: eu não disse nada

V: mas pensou

H: como você sabe?

V: você é meu irmão gêmeo, é tipo ligação telepática

“H: ata, mas essa sua ligação ‘‘telepática” – fez o sinal com os dois dedos – não me impediu de jogar sorvete na sua cabeça no primário.

V: argh, agora estou lembrando o quão escroto você podia ser.

H: você também não era a melhor pessoa do mundo, você me trancou em um armário no terceiro ano, e só me tirou de lá perto do final do recreio, eu passei quase duas horas naquela merda.

V: você colocou minhocas no meu macarrão.

H: por que você tinha colocado meu boneco no telhado.

H: e você queimou a minha boneca.

H: por que você enterrou meu ursinho.

V: mas foi só por que você matou meu grilo.

H: por que você tinha um grilo de estimação?

V: por que eu gostava de grilos.

H: tá okay.

Ficamos em silêncio por um momento.

H: ainda tá doendo?

V: não, então já vou pro meu quarto.

H: NÃO, quer dizer, dorme aqui.

V: hã? Claro que não, por que eu iria dormir aqui?

H: a gente fazia muito isso.

V: quando tínhamos cinco anos

H: não precisa ter medo de mim, eu juro que é sem malicia, só vamos dormir.

V: se eu descobrir que você está mentindo, eu vou chamar a Luise pra te espancar.

H: aff, nem me fale dela, eu tava no meu jogo online e ela me ligou falando um monte de coisa estranha e cantando músicas irritantes, acabei perdendo o jogo, como ela descobriu meu número?

V: eu passei.

H: por que?

V: por que se não ela iria me irritar até a morte.

H: verdade, VAMOS DORMIR.

Deitei na cama e coloquei um travesseiro no meio pra dividir, me virei e fechei os olhos.