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História Por que o certo parece ser tão errado? - Capitulo 5


Escrita por: Young_user

Capítulo 5 - Capitulo 5


 Pov. Hiro

Acordei dolorido, jogado de qualquer jeito no chão, como fiquei a tarde toda pensando’’por que raios eu beijei a minha irmã gêmea?”ou “isso é tão doentio, então por que eu gostei”“? ”ou até ‘’será que ela deixaria rolar mais um”? eu realmente preciso de um psiquiatra, não estou normal, fizeram lavagem cerebral em mim, isso é doentio, é errado, é ruim, é horrível, um crime, algo nojento, mas é tão bom, parece ser tão... viciante, tão certo.

Engraçado, até alguns dias atrás eu tinha certeza que odiava ela com todas as forças,mas depois de um temo eu vi ela de um jeito diferente, parece que eu esqueci completamente o que era um relacionamento fraternal, o que significa a palavra irmãos.

Levantei do chão gelado e entrei no meu banheiro, escovei meus dentes e fui pra baixo do chuveiro gelado tentando organizar meus pensamentos, passei muito tempo em baixo d’água, meus dedos ficaram meio enrugados, notando isso desliguei o registro, peguei minha tolha branca e enrolei na minha cintura, me observei no espelho que tinha na pia, cabelo molhado mas sem deixar de estar uma bagunça total,o corpo nem magrelo nem bombado,mas na minha opinião ainda era estranho e magricelo.

Voltei pro meu quarto e simplesmente me joguei na cama, ao tinha vontade de fazer nada, nem de comer, nem de sair daquele frio e escuro quarto, nem de ver TV ou minhas redes sociais inúteis e sem sentido, tentava deixar minha mente em branco e dormir, mas ela não saia da minha mente.

Que merda aquela maldita bruxa colocou na minha mente?

O que está acontecendo comigo?Eu sempre a odiei.

Eu já sou um adolescente anormal, e agora resolvo me apaixonar pela minha irmã.

Isso mesmo, apaixonado, não adianta tentar dar uma de idiota e me perguntar ‘’o que está acontecendo comigo e meu coração? ‘’, não dá pra fugir do que está na minha cara, não dá pra fugir disso, isso é tão pecaminoso, mas nem sei por que penso nisso, nunca fui muito religioso mesmo.

Mas isso ainda não deixa de ser anormal, quantos irmãos gêmeos você chega e pergunta ‘’são só irmãos ou estão namorando?’’, exatamente, nenhum.

Fechei meus olhos e pensei em todos os momentos juntos, quando tomávamos banho juntos, quando íamos ao parque todo final de semana, quando dividíamos o sorvete , quando nossos pais morreram nosso primeiro dia com a Tia Cass, quando dormíamos juntos para tentar reconfortar um ao outro, quando começamos a brigar.

Abri os olhos e me levantei rapidamente da cama,peguei um papel e escrevi o que sentia, coloquei em um envelope,entrei no meu closet e vesti minha calça preta, camisa de manga longa branca e minha jaqueta de couro preta,abri a porta do quarto e andei pelo corredor até o quarto da Venellope,coloquei o papel em baixo da porta e bati na nela.isso vai ser brega e sem graça, mas corroda- se  (piada intera da minha escola, não é pra ter graça,pelo menos pra vocês )

H:sei que nem sempre fui um bom irmão,você pode me dar seu perdão?

Palavras pesadas não ocupam seu espaço, mas não me impeça de te dar um abraço.

Sim, eu nem sempre estive aqui, mas quero ainda te ver sorrir.

Por todas as burradas que eu cometi, me fez perceber tudo o que fiz.

Posso estar bem ‘’acabadaço”, mas ainda vou te acolher em meus braços.

Sei bem tudo que fiz, mas ainda te quero bem aqui.

Ass: o imbecil do seu irmão Hiroshi Hamada.

Esperei por qualquer reação dela, um grito, um xingamento, um eu te odeio, mas o que ela fez me impressionou, ela abriu a porta e se jogou sobre mim, fiquei alguns segundos parado, ma ao sentir certa umidade na minha jaqueta retribui o abraço apertado.

V: você não precisava pedir desculpas Hidiota

H: claro que eu precisava, não podia deixar você me odiar mais ainda- ela me apertou um pouco menos, mas continuou com a cabeça no meu ombro.

V: eu não te odeio, só não temos uma boa convivência.

H: essa fala é minha

V: não entendi

H: não é pra entender

Ela me soltou aos poucos e ficamos cara a cara

V: por que você tá com roupa de sair?

H: pergunto-te a mesma coisa Dona Venellope Hamada – ela corou um pouco e pôs a mão na nuca, lá vem coisa.

V: eu fui no Sugar Rush ontem

H: como assim?Tenho certeza que confisquei seu amado skate ontem

V: eu aluguei um

H: mais castigo Venellope?Você não tem jeito

V: NÃO, por favor, uma semana sem skate não.

H: quem falou em skate?Você vai me compensar por isso

V: hã?

H: burguer

V: idiota

H: chata

V: imbecil

H: infantil

V: imaturo

H: nerd

V: sem graça

H: adotada

V: merda de cavalo

H: Beth feiosa

V: fruta podre

H: fofa

V: isso não dá certo comigo inútil

H: você é muito má Vane

V: do que você me chamou?

H: má?

V: não

H: Vane?

V: é, acho que faz 11 anos que você não me chama assim.

H: foi mal, até me esqueci disso.

V: tudo bem, o que você vai querer?

H: que tal mais um dia no parque, como nos velhos tempos?

V: serio?

H: claro, ainda são _olhei meu relógio de pulso_ 10h34min, ainda temos um dia todo.

V: okay vou demorar 30 minutos- ela se virou e entrou no seu quarto, já perto da porta do banheiro falou

V: se quiser pode esperar aqui- e logo entrou nele.

Pov. Venellope

Entrei no banheiro e me despi, fiquei pouco tempo em baixo d’água, peguei minha toalha branca e enrolei em volta do meu corpo, peguei meu secador e sequei meu cabelo até não estar mais tão úmido, sai do banheiro e o Hiro tava sentado na minha cama, passei por ele e entrei no meu closet (povo chique )peguei uma calça colada, uma bota preta até o joelho uma blusa regata branca que destacava meus seios,minha jaqueta vermelha e me vesti, sai do closet e vi que o Hiro se levantou da cama

V: e ai?

H: a roupa é bonita, mas você continua feia.

V: você está com uma roupa bonita também, mas continua feio, chato e idiota e nem por isso eu to falando alguma coisa insensível.

H: aí, doeu

V: você mereceu, agora vamos logo – peguei a mão dele e um pequeno choque percorreu meu corpo, ignorei, pode ser um choque térmico pois minha mão sempre foi fria e a dele está quente.

Andamos pelo corredor e descemos a escada passamos pela porta e ele a trancou, andamos pra fora do condomínio demos um tchau pro porteiro e continuamos a andar, passamos pela rua agitada cheia de pessoas conversando entre si,grupos de adolescentes fazendo baderna, pessoas dentro de docerias e cafeterias com seu notebooks  digitando de maneira rápida e sem tirar o foco da tela,um grupo de músicos com seus instrumentos musicais  tocando alguma musica na qual não prestei atenção, andamos até um cara com aparentes 38 anos nos parar, ele tinha o cabelo castanho claro penteado pro lado fazendo um tipo de topete , era alto e os olhos eram negros mas parecia que tinha manchas rochas  aparentemente genes de Alexandria , estava vestido com uma calça preta e um tênis branco e uma camisa azul marinho e azul escuro listrada.

C: ei, com licença, mas podem me responder uma pergunta?

H e V: não/claro – o cara nos olhou entranho, virei pro Hiro e ele fez a mesma coisa.

H e V: como assim?

C: eu só queria saber se vocês queriam posar pra minha revista – olhamos pra ele

C: nosso ultimo casal de namorados brigaram e não conseguiram mais trabalhar juntos, estamos procurando um casal - eu e o Hiro ficamos com as bochechas vermelhas (tem uma brincadeira bem filha da puta no meu colégio, sempre que falam algo constrangedor pra uma pessoa todo mundo grita ‘’huuuuummm tá ficando vermelho ª’’)

H e V: não somos um casal

C: não? Mas vocês parecem muito, e estão até de mãos dadas – olhamos para nossas mãos e só agora eu notei que desde que saímos de casa, coramos ainda mais e separamos rapidamente a mãos.

C: que isso? Não precisam fingir

V: na verdade nós somos irmãos gêmeos

C: serio? Nem se parecem tanto, e tem cara de casal.

H: cara, a gente se odeia.

C: quem se odeia não anda de mãos dadas

V: serio isso? Não podemos fazer isso

C: m-m- mas vocês podem fingir?

H: o que você ainda não entendeu? Não vamos fazer isso

C: okay, tá aqui meu telefone caso mudem de ideia- ele me entregou o cartão dele e foi embora.

H: é cada ideia

V: eu não acho má ideia- ele me olhou com um cara estranha

H: endoidou?

V: veja bem, além da mesada da Tia Cass a gente pode ganhar um salário como modelos, e tem alguma coisa pra fazer depois do colégio, bem melhor do que passar o dia mofando em casa.

H: mas e as atividades do colégio?

V: Hiro, não sei se você se lembra mas somos superdotados, o que demoram pra fazer em 1 hora fazemos em 20 minutos

H: realmente, olhando por esse lado...

V: a gente só tem a ganhar

H: legal, falamos com ele depois, agora nós vamos para aquele parque – ele pegou minha mão, senti o mesmo choque de antes, e mais uma vez deixei pra lá, caminhamos lado a lado até chegarmos ao local lotado de pessoas, pagamos as entradas e fomos direto para a montanha russa, gritamos feito loucos, rimos um da cara do outro com os cabelos bagunçados e no final pegamos nossas fotos, que de algum jeito eles tiram e expõem as fotos num painel na fila, a nossa sorte é que estávamos até que bonitinhos nessa foto.

Fomos ao carrossel, é infantil? Sim, mas não estávamos ligando pra isso, depois disso fomos no trem fantasma, fiquei surda, com medo e traumatizada, mas foi muito legal.

Passamos pela barraca de tiro ao alvo, ou atire no patinho.

H: ei Vane, vamos nessa?

V: pode ser

Ficamos na fila e esperamos nossa vez, quando chegou pagamos duas fichas.

H: eu aposto que eu consigo atirar em mais patos que você

V: quem perder chama o diretor de imbecil na cara dele – falei isso já tendo certa vantagem do diretor ser meu amigo

H: feito – ele pegou uma arma de brinquedo, a cada pato que ele atirava era contado por um aparelho, o Hiro errou muitas mas não aparentava preocupação, no final ele atirou em 17 em um minuto.

V: minha vez – peguei a arma de brinquedo, mirava em vários patos, já tinha feito muitos jogos desse tipo, por isso eu sabia que tinha que atirar um pouco antes dele parar na sua mira, não prestei atenção no contador, quando soou um apito e eu vi que tinha atirado em 25 em um minuto

D.B: parabéns! Escolham seus prêmios.

O Hiro escolheu dois colares com uma clave de sol, chegou por trás de mim e colocou em meu pescoço.

Escolhi um par de chaveiros bem bonitinhos em forma de cadeado

D.B: escolhendo esse prêmio o casal pode tirar uma foto pra colocar nele – ele falou estendendo uma câmera digital, o Hiro ficou atrás de mim e me abraçou, eu sorri e apoiei minhas mãos no balcão, o Dono da barraca posicionou a câmera e tirou a foto

D.B: me entregue o chaveiro e na saída quando vocês passarem na bilheteria podem pegar lá.

V: okay, obrigada e não somo um casal – entreguei os chaveiros pra ele e fomos andando por aí, paramos num carrinho de sorvete, pegamos o de menta com chocolate (amo esse sorvete, e infelizmente na minha cidade só tem uma sorveteria que vende ele) e sentamos em um banco de ferro pintado recentemente de branco.

V: você vai ter mesmo corajem de chamar o diretor de imbecil?

H: claro, por que não?

V: sei lá - tomamos o resto do sorvete em silencio

Levantamos-nos do banco e andamos de novo juntos, depois de um tempo ele segurou minha mão de novo.

V: você precisa mesmo fazer isso

H: sim, não quero que esse monte de gente te arraste, não tenho paciência pra te procurar.

V: nossa, obrigada pela preocupação seu fdp.

H: que brinquedo ainda falta?

V: Thunder, splash, pandeiro, carro do futuro, carrinho bata- bate, briga de cotonete, o ciclone, e por ultimo a roda gigante.

H: legal, vamos- ele segurou mais firme minha mão e corremos pelo parque, gritamos pra caramba no thunder, ficamos no meio do barco no splash e saímos até bem secos do que os nossos acompanhantes, o Hiro quase rolou no chão no pandeiro, no carro eu quase vomitei e dei um tique nervoso, logo saímos de lá, compramos um refrigerante e sentamos em um banco, terminamos e fomos direto para o carrinho bate-bate, morri de vontade de matar o Hiro, mas eu me vinguei derrubando ele na briga de cotonete, fiquei tonta subindo a escada do ciclone, mas foi muito legal, e no fim fomos para  a roda gigante.

Já estávamos vendo o crepúsculo e o céu estava pintado em vários tons de rosa e laranja

H: por que paramos de vir aqui mesmo?

V: não lembro, acho que foi por causa das brigas.

H: por que começamos as brigas?

V: um cara da terceira serie me zou por usar enfeites de doces no cabelo e por que eu tinha a língua meio presa, quando eu pedi sua ajuda você disse que não ligava pra mim e que eu não passava de uma copia mal feita sua.

H: eu disse isso? – ele me encarou assustado como se não acreditasse em si mesmo

V: sim - ele olhou de volta para o céu

H: desculpa Vane, fui muito idiota.

V: continua sendo- dei uma risada baixa e ele me acompanhou

H: vamos recomeçar?

V: oi meu nome é Venellope Hamada e sou sua irmã gêmea um pouco mais nova.

H: oi meu nome é Hiroshi Hamada e eu sou seu irmão gêmeo mais velho, e a partir de agora eu vou ficar sempre com você.

V: promessa? – estendi meu dedo mindinho pra ele e logo ele entrelaçou o dele no meu

H: promessa

Nem notamos quando a roda chegou ao chão e o passeio acabou

H: vamos?

V: anda logo – peguei na mão dele _pela centésima vez nesse dia_ e saímos da cabine, caminhamos pelo parque até que duas crianças, um menino e uma menina, passaram correndo  e me derrubaram, soltei a mão do Hiro por reflexo e cai por cima do meu pé

V: AAIÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍI – machuquei meu pé, provavelmente torci.

M.E: moça, você tá bem?

V: sim, só tá doendo um pouco, podem ir

M.A: tem certeza?

V: sim princesa, podem ir

M.E e M.A: okay, tchau e desculpa- os dois saíram correndo pro lado que vieram

H: você ta mesmo bem?

V: não, tá doendo pra caralho.

H: consegue levantar?- tentei me levantar, mas senti uma pontada no meu calcanhar muito forte que me fez reprimir um grito de dor, saindo somente um gemido sofrido.

H: espera aí – ele me pegou no colo como se fosse um bebe, eu corei um pouco e virei o rosto, ele me colocou num banco e se abaixou de costas na minha frente

H: sobe

V: hã?

H: você não tá conseguindo andar, não consigo te carregar nos braços por muito tempo apesar de você ser leve, esse é o melhor jeito de te levar pra casa e cuidar desse pé.

V: okay – subi nas costas dele e ele se levantou, segurou firmemente minhas pernas e saiu andando, algumas pessoas nos olhavam estranho, eu simplesmente escondi meu rosto no pescoço do Hiro, passamos na bilheteria, pegamos os chaveiros e fomos embora, passamos pelas ruas movimentadas e cheia de pessoas, entramos no condomínio, demos oi pro porteiro e ele continuou andando comigo nas costas, chegamos em casa lá pelas 21:00, ele subiu a escada ainda comigo nas costas, entrou no meu quarto, me deixou sentada na cama ligou as luzes, foi ao banheiro e pegou um quite de primeiros socorros, saiu do meu quarto e logo voltou com um pacote de gelo, cuidou do meu pé , me deitou direito na cama, desligou as luzes e simplesmente deitou do meu lado

H: boa noite Vane

V: boa noite Hiro – me virei de costas pra ele e ele me abraçou, dormi rapidamente



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