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História Por que tem que ser assim? - Como o mar à noite


Escrita por: Wang_Manu

Notas do Autor


Oie. Demorei, mas voltei e com um capítulo grande.
Espero que gostem ;*

Capítulo 7 - Como o mar à noite


Fanfic / Fanfiction Por que tem que ser assim? - Como o mar à noite

~~Manu on~~

        

         Em poucos minutos Rose aparece com uma bandeja, que continha purê de batatas, ervilhas, um pedaço de bife e mini cenouras. Ela coloca a bandeja em meu colo e se senta na poltrona ao lado de minha maca.

Enfermeira Rose- Desculpe-me a curiosidade, mas a senhorita poderia me contar com o que estava sonhando?

Manu- Nada de mais. Não precisa ficar curiosa.

Enfermeira Rose- Pois não parecia ser nada de mais. A senhorita estava suando, falando e se mexendo muito, enquanto dormia.

Manu- M-mas não foi nada m-mesmo.

Enfermeira Rose- Pelo amor de Deus senhorita Manuela! Pode confiar em mim. Estou tentando me tornar sua amiga, não faço isso com todos os meus pacientes, mas a senhorita não me ajuda! Parece até uma cebola, para chegar ao núcleo tem ir camada por camada. Minha paciência acaba.

Manu- Só usar uma faca.

Enfermeira Rose-  É, eu irei usar uma faca para cortar tua garganta.

Manu- Rose, você está de Tpm?

Ela me encara, com uma expressão de “sério isso?”

Manu- Okay, desculpe-me. Eu falo.

         Eu explico para ela cada detalhe e sensação que eu senti nesse sonho. Ela apenas me escuta, até que eu termino de falar tudo e ela começa a encarar o chão, pensativa.

         Eu começo a comer, enquanto ela ainda está olhando para o chão. Ela dá um puta suspiro, que me faz quase engasgar com as cenouras.

Enfermeira Rose- Não precisa se preocupar com o teu amigo. Ele não vai morrer. Normalmente quando sonhamos com a morte de alguém que é muito próximo de nós, é sinal de que ele irá se dar bem na vida. Seja na saúde ou nos negócios. – Ela falou animada, olhando bem nos meus olhos.

Manu- Como você sabe que é isso?

Enfermeira Rose- Eu sempre leio o significado dos sonhos, em sites astrológicos.

         Astrologia? Ela realmente acredita nesse tipo de coisa? Não é como se eu achasse que tudo isso é falso ou uma completa mentira, mas também, não acho que seja bom confiar em tudo que esses astrólogos dizem.

Manu- Bom, já que você diz...

Enfermeira Rose- Você não acredita em astrologia, né?

Manu- Não muito. Confesso que, acho que talvez exista alguma influência dos astros sobre nós, mas não acho que seja algo em que se possa confiar.

Enfermeira Rose- Mas pensa comigo. A lua exerce influência nas marés da Terra, certo? Se a lua pode influenciar coisas aqui na Terra por causa de sua força gravitacional, por que corpos celestes maiores, como planetas, não poderiam? É comprovado cientificamente que corpos celestes pesados afetam o campo magnético da Terra. E o campo magnética da Terra, de alguma forma afeta a pessoa em seu nascimento.

Manu- Mas o campo magnético da Terra é muito fraco, se comparado com outras fontes. Dá para ter um campo magnético maior com um imã de geladeira.

         Depois de eu ter retrucado esse argumento dela, ela não parou de dar vários argumentos para provar que a astrologia é real. Como por exemplo, que a influência dos planetas pode ser ocasionada por energias de origens espirituais. Porém se for assim, realmente não tem como dizer se é real ou não, pois espiritualidade é questão de fé, que nem todos têm, ou seja, seria irreal para estas pessoas que não acreditam.

         Ela deu seu último argumento e eu apenas concordei com ela,  sem retrucar nada, pois já não aguentava mais ouvi-la falar.

         Ela se levanta com cara de satisfeita, pega a bandeja, já vazia, e se dirige à porta.

Manu- Rose

Enfermeira Rose- Eu

Manu- Eu poderia fazer uma ligação?

Enfermeira Rose- Irei deixar, mas não deveria. O telefone fica no segundo corredor à direta. Tome cuidado para que a Enfermeira Cida não te veja.

Manu- Okay. Muito obrigada, Rose.

Enfermeira Rose- Não há de quê, minha flor.

         Ela me dá um sorriso e sai da sala.

         Eu me levanto e sigo o caminho que ela me indicou. O Hospital está pouco movimentado, devido à hora. Aparentemente, Rose ficou falando por horas.

         Pego o telefone e disco o número da casa de Dani.

Daniel- Alô?

Manu- Dani sou eu a Manu.

Daniel- Manu são quase duas da madrugada. O que você quer a está hora?

Manu- Você – Tento fazer uma voz sensual para zoar com ele.

Daniel- Pena que não vai ter. Vou voltar a dormir.

Manu- Aish. Eu tava zoando. Eu só queria te falar que eu estou no hospital, e – ele me interrompe.

Daniel- O que? Por quê? Você está em estado critico? Você está bem? Calma, que idiota, se você está no hospital é porque não está bem. O que aconteceu? – Ele fala tudo isso MUITO rápido e com um tom de preocupado.

Manu- “I'm beginning to feel like a Rap God, Rap God” (Música do Eminem)

Daniel- Eu aqui preocupado com você, e você ai zoando com a minha cara. Sua filha de uma égua.

Manu- Eu estou bem, não precisa se preocupar. Vou receber alta em 2 dias, ou até mesmo amanhã.

Daniel- Quer que eu vá ai?

Manu- Não precisa. Já está tarde, volte a dormir. Amanhã você passa aqui.

Daniel- Agora que você me acordou, eu não irei conseguir dormir por um bom tempo.

Manu- Desculpe. Eu não sabia que horas eram. Nem olhei no relógio.

Daniel- Sem problemas. Fico feliz de que esteja bem.

Manu-  Obrigada Dani. Até, beijos tchau.

Daniel- Beijos Manu.

         Coloco o telefone de volta na base, ele deve ser velho, pois tem a tinta descascada e a voz do outro lado da linha só pode ser ouvida bem baixa; e volto para meu quarto.

 

~~Manu off~~

~~Daniel on~~

         Assim que ela desligou o telefone, eu abri um sorriso. É ótimo que ela esteja bem.

         Decido ir visita-la agora mesmo, já que perdi completamente o sono. Coloco uma calça jeans, uma blusa preta, um tênis marrom e um casaco de moletom preto. Pego a minha carteira, meu celular e o chaveiro que tem a chave do carro e a de casa e então saio de casa apressado.

         Entro no carro eu vou em direção ao hospital.

Daniel (pensamentos)- Eu deveria comprar algo que ela goste, como doces ou chocolate. Vou ao mercado 24h antes de ir  ao hospital. Ela ficará muito feliz e surpresa, já que espera que eu apareça lá só amanhã.

         Mudo minha rota e vou para o mercado.

Chegando lá pego uma cesta e vou direto ao corredor de doces. Pego vários tipos de doces que ela gosta, como Fini, balas de vários sabores diferentes, jujubas, chocolates e etc. Vou até o caixa pago tudo e volto para meu carro para ir até o hospital.

 

~~Daniel off~~

~~Manu on~~

         Estou muito entediada. Não consigo dormir e não tenho nada para fazer. Rose não está mais no hospital e não tem mais ninguém que eu possa conversar nesse lugar.

         Enquanto estava deitada pensando na morte da bezerra, escuto alguns passos no corredor vindo em direção ao meu quarto. Decido fingir que estou dormindo, porque se for a Enfermeira Cida, estarei encrencada por estar acordada a está hora.

         Alguém entra no meu quarto. A pessoa parece estar tomando cuidado para não fazer barulho, deve achar que estou dormindo.

         A pessoa deixa algo, que pelo barulho parece ser uma sacola de mercado, na poltrona ao lado da minha maca, e se aproxima de mim. A pessoa pega minha mão e aproxima seu rosto do meu. Consigo sentir a sua respiração, mas ainda não abro os olhos, mesmo que eu queira ver quem é. Quero saber o que essa pessoa quer fazer comigo enquanto durmo.

         Essa pessoa aproxima ainda mais seu rosto do meu, quase encostando nossos lábios. Consigo sentir o cheiro da pessoa, e já sei muito bem quem é, só conheci duas pessoas com esse cheiro na minha vida toda, e uma delas está morta, então só sobra uma opção.

Manu- Dani? – abro meus olhos e encaro os dele. Eles são muito bonitos, são azuis escuros, lembram-me a visão do mar quando está de noite.

Daniel- O-oi Manu – ele diz se afastando, porém ele não solta minha mão.

Manu- Por que está aqui agora?

Daniel- Eu estava sem sono, porque alguém me acordou, né. – reviro os olhos e o olho com uma cara de “Sério mesmo”. Ele sorri e volta a falar – Então decidi fazer uma surpresa. Eu trouxe doces para você, também.

         Assim que ele falou doces, meus olhos brilharam e eu me sentei na maca. Ele riu e jogou todos os doces em cima da maca e se sentou ao meu lado. Ele deve ter gasto muito dinheiro, pois ele comprou doces caros como Fini e Toblerone.

Manu- Own. Muito obrigada Dani. Mas você gastou muito dinheiro, depois irei te pagar.

Daniel- Não precisa Manu. Considere como um presente meu. Vamos comer.

         Comemos doces até não aguentar mais. Ele fazia várias piadas e coisas engraçadas para me fazer rir. Ele talvez pense q estou mal e preciso ficar feliz ou algo do tipo.

Daniel- Manu, o que aconteceu para você vir parar aqui?

Manu- Atropelaram-me enquanto eu andava de moto. Acabei desmaiando e uma pessoa me trouxe aqui. Mas não me machuquei muito, só estou com o braço doendo um pouco e com uns ralados aqui e ali, nada de mais.

Daniel- Quem te trouxe aqui? A pessoa que te atropelou?

Manu- Infelizmente não.

Daniel- Quem foi então?

Manu- F-foi aae...

         Eu não consigo falar, parece que voltei para aquele sonho, só que com uma sensação pior. Sem perceber eu começo a derramar lagrimas, lagrimas que não deveriam estar saindo, porém estavam lá rolando pelo meu rosto.

         Dani, sem saber o que fazer, abraça-me e começa a afagar meus cabelos. Deito minha cabeça em seu ombro tentando parar de chorar. Se eu estou confusa com minha reação, imagino como Dani deve estar. O abraço dele é muito bom e aconchegante e ainda tem esse cheiro dele, que eu não sei o porquê, mas eu amo.  

Paro de chorar e tiro a cabeça do ombro de Dani, porém não paro de abraça-lo. Olho bem no fundo de seus olhos, parece até que estou me afogando neles. Ficamos nos encarando por um tempinho sem dizer nada apenas trocando um profundo olhar, sem nem ao menos nos movimentar, parecendo que estamos hipnotizados um pelo outro. Ele se aproxima lentamente de mim, diminuindo cada vez mais a distancia entre nós, até que ele acabasse completamente com o espaço entre nós, com um beijo.

         Ele coloca as suas mãos na minha cintura e eu jogo meus braços pelo seu ombro enlaçando seu pescoço. Sua boca tem gosto de morango, devido ao tanto de balas que ele tinha comido há pouco tempo. Nosso beijo é como um beijo de crianças, inocente, sem línguas, apenas com movimentos leves de nossos lábios. Mas só selinho não tem graça, então decidi aprofundar nosso beijo. Lambi seu lábio inferior pedindo passagem para minha língua, ele logo cedeu. Nossas línguas parecem estar dançando uma valsa, calma e até mesmo apaixonada. Minhas mãos vão até o seu cabelo e sua nuca, e uma de suas mãos sobem da minha cintura para meu rosto. Ele explora a minha boca assim como eu exploro a dele, calmamente, sem nenhuma pressa. Os únicos sons que eu consigo ouvir  nesse momento,é o som de nosso beijo e o som de meu coração estranhamente acelerado.

Nós nos separamos lentamente e eu o olho nos olhos. Ele cora e abaixa a sua cabeça, ele está com vergonha e fica muito fofo assim. Eu tiro minhas mãos de seu cabelo e nuca, e levo uma delas até seu queixo e fazendo com que seu rosto fique na altura do meu. Novamente olho em seus olhos, e abro um sorriso. Nunca havia pensado em Daniel desse jeito, porque eu namorava até alguns dias atrás.

Daniel- Seu sorriso é lindo, gosto de vê-la sorrir.

Manu- Obrigada, mas se tratando de beleza você ganha de mim. Pois você tem um sorriso lindo e os olhos mais lindos ainda, eles têm um brilho incrível e me lembram muito o mar à noite.

Daniel- O motivo de meu sorriso e meu brilho nos olhos, sempre foi você, Manu.

         Ele para de sorrir, retira suas mãos de meu rosto e cintura e se afasta de mim.

Manu- O que foi?

Daniel- Isso é errado. Você tem namorado e você nem ao menos sente interesse em mim.

Manu- Dani, eu não falei para ninguém ainda, mas eu e o Léo não estamos mais juntos. Ele terminou comigo a alguns dias atrás. E realmente eu nunca havia pensado em você de outra forma, mas gostei de ter beijado você. Se eu não quisesse o beijo, eu teria o afastado.

Daniel- Entendo. Por que ele terminou com você?

Manu- Olha lá! Já está claro lá fora.

         Ele parece ter percebido que eu mudei de assunto para não falar sobre o Léo, pois não fez mais perguntas.


Notas Finais


Vejo vocês no próximo capítulo.
Um beijo no coração e outro na bunda <3


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