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História Love By Accident HIATOS - Complicado e longa demais a história.


Escrita por: SolitariaGet

Notas do Autor


Boa leitura amoras. Sz

Capítulo 4 - Complicado e longa demais a história.


Fanfic / Fanfiction Love By Accident HIATOS - Complicado e longa demais a história.

– Calma bebê. Nós vamos dar um jeito.

Decidi andar pela rua pedir dinheiro para conseguir comer alguma coisa. Olhei para o céu e o mesmo já tinha estrelas amostras.
Coloquei minha mochila nas costas e sai caminhar a procura de alguém.

– Olá, moça. - falei a uma moça que estava sentada em um banco próximo da praça que eu estava. Olhei para frente e vi uma garotinha em uma bicicleta com rodinhas ela gargalhava enquanto andava e sorria a sua mãe que estava a minha frente agora.
A mulher me encarou esperando que eu continuasse. - você tem alguns trocados? Estou morrendo de fome. - pedi e ela negou com a cabeça.

– Eu não trouxe carteira, mas eu trouxe alguns lanches para mim e para minha filha. Se quiser posso te dar o meu. - ela falou sorrindo e eu correspondi.

– Eu ficaria muito grata. - agradeci e ela logo abriu sua bolsa enorme que estava no chão ao seu lado e tirou dali uma vasilha e abriu-a e tirou de lá dois sanduíches embrulhados em papéis alumino.

– Pode ficar com os dois. - falou e me entregou.

– Muito obrigada! - agradeci. Só Deus sabia meu alívio de poder comer neste momento. Peguei o sanduíche e arranquei o papel alumino e logo comendo de uma vez. Senti meu estômago agradecer por receber algo nele.

– O que uma garota linda como você faz na rua? - perguntou a moça e deu-me espaço para sentar-se ao seu lado e assim eu fiz.

– Na verdade… Nem eu sei. Nasci assim. - falei um pouco receosa e ela me olhou piedosa.

– Sinto muito. - falou e eu sorri.

– Obrigada, eu acho… - falei e ri fraco.

Assim que terminei de comer me despedi da moça e sai andando pela rua a procura de algum lugar para eu dormir. Acabei encontrando um chalé vazio e aberto. Fiquei receosa de entrar ali, mas não custa arriscar né. Andei até o chalé e tentei abrir sua porta, mas estava trancada. Suspirei. Já estava morrendo de sono, eu nem sei como vim parar aqui. Dei a volta no chalé e vi que atrás do mesmo tinha um jardinzinho. Vi ali uma espreguiçadeira, andei até o mesmo e olhei para os lados e certifiquei que não havia ninguém. Me deitei na espreguiçadeira e senti um alívio, mas, ao mesmo tempo, um medo tremendo.
Minha vida é uma merda, o que eu fiz para merecer tudo isso? Apesar de tudo que vivi eu nunca me desfiz de Deus, sempre soube que ele era minha salvação aqui na terra e depois daqui, mas ultimamente tenho duvidado de sua existência.
Talvez eu vá para o inferno por isso, mas, poxa!
Queria que meu pai, meu pai verdadeiro ainda estivesse vivo. Ele me salvaria disso, tenho certeza! As coisas nem sempre foram tão ruins
assim na minha vida…
Sim. Eu tive uma época boa na minha vida, quando meu pai verdadeiro ainda era vivo. Tenho poucas lembranças dele, mas sei que foi a melhor parte da minha vida.
Ele morreu em um acidente, foi a partir dai que tudo desandou. Minha mãe sempre foi uma drogada, mas meu pai a controlava e eramos uma família normal, mas quando ele morreu, ela se perdeu de vez e eu era usada para ela conseguir seu dinheiro para drogas, depois ela conheceu Eric e ela me obrigava a chamá-lo de pai e eu acabei me acostumando. Quando completei meus dez anos de idade, minha mãe me colocava na rua para pedir dinheiro e dizia que se eu voltasse sem nada ela iria me vender e que teria que me prostituir, foi ai que ela começou a me chamar de prostituta.
Eu só queria ter uma vida normal, uma mãe normal e um pai, ou, pelo menos, um padrasto normal. Queria ter uma vida como de Alessandra, seus pais são duros com ela, mas por amor. Queria poder sentir o amor paterno e materno, coisa que nunca terei.
As lágrimas já esvaiam de meus olhos, mas pararam assim que senti um forte enjoo. Corri até uma parte do gramado e soltei tudo que acabará de comer ali.
Droga, coloquei para fora a única coisa que estava me sustentando!
Deitei-me na espreguiçadeira de volta e tentei dormir o mais rápido possível antes que a fome voltasse.

Acordei com a luz do sol forte e assim que levantei dei de cara com um menininho moreno. Ele riu assim que viu abrindo os olhos. Me levantei em pulo e vi um homem e uma mulher na porta dos fundos do chalé. Arregalei meus olhos e sai correndo.

– Moça! Calma! - a mulher gritou, mas eu estava em pânico e não escutei-a e continuei a correr até estar longe daquele chalé.

Droga esqueci minha mochila! Será que devo voltar? Será que eles iriam me ajudar? Eles não pareciam ser pessoas ruins. Mas agora já estou longe demais, a noite quem sabe eu volte para dormir lá de novo.

Andava pela rua sentindo aquele sol quente e senti uma forte tontura. Me encostei na parede ao lado e fechei os olhos e respirando fundo, várias vezes tentando fazer aquilo passar. Senti meu estômago embrulhar e abri os olhos no mesmo instante e vi uma mulher se aproximando, mas não me importei, já que estava preste a vomitar. Corri até a ponta da calçada e vomitando no boeiro que tinha ali. Vi meu vomito transparente, já que não tinha comido nada. Sentia meu estômago doer por ainda querer vomitar e não ter nada. Respirei fundo e abri os olhos sentindo o gosto horrível na boca. Assim que me levantei dei de cara com uma mulher com as mãos na cintura.

– Acho melhor a senhorita vir comigo e me explicar as coisas direito. - era a mulher que encontrei quando sai da sala de Justin, era a mãe dele. Olhei para ela receosa e quando fui negar ela não me deixou falar. – Eu irei te ajudar, prometo! - ela disse pegando minhas mãos e as apertando. Assenti concordando. Não negaria sua ajuda, eu estava sem nada eu precisava de alguém.

– Venha, vamos para minha casa e lá você come alguma coisa, toma banho descansa e depois conversamos, pode ser? - ela disse sorrindo meiga e eu assenti sorrindo também. Ela segurou minha mão e fomos andando até um carro preto. Entramos no mesmo e logo o carro deu partida.

– Como é seu nome? - perguntou.

– Keisha… - falei baixo.

– Sou Pattie, muito prazer. - falou sorrindo e eu sorri de volta. Ela não parecia ser um monstro como o filho. Talvez Justin deve ter herdado aquela grosseria de outra pessoa ou adquirido com o tempo. Confesso que naquele dia que contei a Justin ele me surpreendeu, ele foi totalmente diferente do Justin que conheci naquela noite no hotel. Ele foi tão atencioso, cuidadoso e do nada agora ele é grosso, justo quando mais preciso de ajuda?

Chegamos a casa de Pattie e fiquei assustado com o tamanho da sua casa, nunca vi uma casa tão grande eu poderia até me perder naquele labirinto que ela chama de casa.

– Fique à vontade, querida! - Pattie disse assim que abriu a porta do quarto que segundo ela eu ficaria. Mas segundo a mim, eu iria embora assim que sol nascer amanhã.

– Ali tem um banheiro, você pode tomar banho ali, pegarei uma toalha a você e uma roupa. - falou.

– Obrigada, dona Pattie. - falei finalmente desde a hora que chegamos. – A senhora é muito gentil. - falei e ela sorriu e passou a mão em minha cabeça e após em meus cabelos pretos.

– Não foi nada querida. Agora vai tomar seu banho e depois você pode comer e descansar se quiser. - falou e eu assenti e fui até a porta que ela indicou. Isso aqui não era um banheiro! Isso aqui é do tamanho do meu quarto. Andei até a banheira e eu não sabia mexer naquilo então preferi esperar Pattie voltar com a toalha e a roupa para eu pedir sua ajuda.

[…]

Acordei e senti um conforto. Foi quando lembrei-me de que estava na casa de Pattie.
Levantei-me e fui até o banheiro escovando os dentes com a escova que Pattie me deu. E depois abri a porta do quarto e fui andando em direção a escada que havia no fim do corredor. Mas antes de chegar na mesma ouvi a voz de Pattie.

– Acordou? - Pattie saiu da porta onde estava que acho que deveria ser seu quarto.

– Dormi muito? - perguntei tímida e ela riu.

– Sim, mas não tem problema. Você precisava descansar. - ela disse e me abraçou de lado e caminhamos até a escada assim. Assim que descemos ela sentou-se no sofá e pediu para que me sentasse ao seu lado.

– Acho que precisamos conversar, você não acha? - perguntou e eu assenti. Estava disposta a contar tudo a Pattie, ela parecia ser uma boa pessoa e que iria me ajudar.

– Comece então desde o início. - pediu.

– Desde o início mesmo? - perguntei fazendo careta e ela riu nasalo e assentiu.

– Claro, eu exijo! - falou brincalhona e eu ri assentindo.

– Bom, é complicado e longa demais a história. - falei.

– Não tem problema, estou aqui para ouvi-la e ajudá-la e tenho muito tempo, podemos ficar aqui a noite toda. - falou e eu assenti.

– Bom, meu nome é Keisha e eu tenho dezesseis anos de idade. - falei e Pattie assentiu.

– Sou filha de Helena Lesley e Dylan Campbell. Minha mãe sempre foi uma drogada viciada, mas meu pai conseguia ajudá-la a controlar, mas quando tinha seis anos de idade, Dylan morreu e minha mãe desandou de vez. - falei e Pattie tinha sua expressão assustada e piedosa. – Ela começou a me levar na rua pedindo dinheiro dizendo que era para me dar comida, mas a verdade era que ela nem ao menos se importava, ela pegava o dinheiro e gastava tudo com suas drogas. Então depois ela conheceu Eric, meu padrasto. Ela me obrigava a chamá-lo de pai, porque ele não podia ter filhos e segundo ela, ela queria dar esse prazer a ele, mas Eric nunca foi um pai. Ele é outro drogado viciado. Quando completei meus dez anos de idade, eles me colocavam na rua para pedir dinheiro e se eu voltasse sem nada eles me batiam, queimavam-me com bitucas de cigarros, me espancavam e depois me proibiam de ir a escola até as marcas sumirem. Minha mãe dizia que me colocaria para se prostituir se continuasse chegando sem nada. Então depois de três anos, conheci uma garota chamada Alessandra, ela se tornou minha melhor amiga, mas eu nunca disse a ela as violências que sofria, mas depois de um ano quando tínhamos quatorze anos de idade, Alessandra foi em casa saber porque eu não estava indo para escola. Ela deu sorte de chegar lá quando meus pais não estavam. Foi ai que ela descobriu e quando meus pais chegaram ela discutiu com eles e eu tive que expulsá-la pois eles poderiam bater até nela. Depois disso ela continuou enfrentando-os e tentando sempre me proteger. Mas meus pais proibiram nossa amizade, a gente só se via na escola e quando eu ia, pois estava sempre apanhando e proibida de ir a escola.

Quando completei meus quinze anos, decidi que não iria mais pegar dinheiro na rua e passar fome, decidi que a partir daquele dia eu ficaria com o dinheiro para eu comer, então preferia apanhar de barriga cheia do que vazia. – Explicava e Pattie tinha sua boca caída indignada. Ela passava a mão pelo rosto toda hora, mas não me interrompia. - Só que fazia um tempo que não conseguia nada, minha mãe estava me proibindo de sair pedir dinheiro, pois ela dizia que se fosse para mim eu não podia. Então um dia ouvi sobre vender a virgindade, passei dias pensando sobre isso e bom tomei a decisão de vender a minha. Quando consegui uns trocados na rua fui a uma Lan House e me inscrevi em um site com um nome falso e idade falsa. No site eu me chamava Lauren Perez e tinha dezenove anos… E seu filho comprou-me por um milhão de dólares. Eu me assustei por ele aceitar esse preço, mas fiquei feliz também, pois teria dinheiro para poder comer. Então nos encontramos e tivemos nossa noite, mas depois de um mês… - minha voz vacilou quando cheguei nessa parte e senti o choro vir.

– Não precisa chorar, querida! - Pattie disse e me abraçou. Aproveitei aquele abraço quentinho e me senti protegida por alguns segundo, pois me soltei de Pattie. Eu queria contá-la tudo, antes que minha coragem fosse embora.

– Quero continuar… - pedi e ela assentiu.

– Então depois de um mês minha menstruação estava atrasada e pedi para minha amiga Alessandra comprar um teste. Eu fiz o teste e deu positivo, meu mundo desmoronou, claro. Eu não tinha nada, como daria uma vida a alguém se nem eu mesma tenho uma vida? - soltei soluços de meus lábios, mas limpei minhas lágrimas e respirei fundo controlando o choro.

– Então Alessandra me convenceu de ir falar com Justin, mas ele me humilhou dizendo que eu estava tentando dar o golpe da barriga, mas não era verdade. Ele era minha única solução. Então depois disso, cheguei em casa e minha mãe pediu dinheiro, pois tinha me visto entrar no carro que Justin mandou me buscar para conversarmos. Ela dizia que eu estava me prostituindo e que ela queria o dinheiro e depois disse ela me queimou com cigarro e me espancou. Fiquei sem ir para escola uma semana, mas depois de algum tempo comecei a ter muito enjoos e estava com medo de contar e eles, eles eram loucos podia me bater até eu perder a criança. Mas um dia chegu-uei… - gaguejei ao lembrar-me daquele dia.

– Não precisa continuar se não quiser, querida. - falou Pattie e eu neguei com a cabeça.

– Eu cheguei e eles estavam em meu quarto, eles encontraram o meu dinheiro e meu teste de gravidez. Eles me espancaram, m-me… me… - não conseguia mais falar e vi que Pattie chorava com a mão na boca. Ela me abraçou forte.

– Oh, querida. Vai passar… Eu prometo que vou te ajudar. - ela sussurrou a mim e senti meu coração se aliviar com aquelas palavras.

– Eles me estupraram, Pattie… - disse por fim e soltei o choro todo. Pattie acariciou meus cabelos pretos me acalmando o que foi difícil, pois eu não conseguia parar de chorar. 


Notas Finais


O que acharam? Comentem e.e


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