Já fazia anos desde que meu pai levantara a mão para mim, desenvolvi uma defesa contra o toque de homens por causa de alguns tapas que levei do meu pai, mas devo ter apago por achar aquele toque inesperado. Meu rosto provavelmente ficaria inchado e eu teria que tomar uns remédios para dormir além do mais reforçar a segurança do meu quarto para que ele não entre. Meu pai muitas vezes usava cocaina em um espelinho da minha mãe bem na minha sala de estar e logo em seguida vinham as bebidas, ele passava dos limites muitas e muitas vezes e com isso o medo tomava conta de mim, nessas horas eu ligava para a Rosário que me deixava passar a noite em sua casa. Quando minha mãe fora de uma parte distante da familia real ela era a sua dama, cuidava de todos os preparativos até que se tornaram amigas, porém eu nada mais sei sobre a antiga história dela. Rosário também não comenta, só diz que foram tempos mais dificies do que o que eu terei de enfrentar.
Reconhecia o conforto da cama e o cheiro de cravo e canela no café feito na hora, no criado mudo ao lado da cama. Me espreguicei um pouco relaxando alguns musculos. Eu estava nua e infelizmente ela tinha esse costume de tirar as minhas roupas para que eu dormisse "limpa" e relaxada. Me sentei olhando em volta, não me cansava de observar os tres quadros na frente da cama, o primeiro retratava uma mulher de cabelos negros dando a luz ao seu filho, no segundo aparece seis homens em volta dessa mesma mulher e por fim e não menos importante a mulher sangrava pelo pescoço e em seus olhos ja não tinha mais vida. Aqueles quadros só me cativavam por que eu sempre gostei de artes e musica, até lembro uma canção que a minha mãe cantava pra eu dormir, mas tudo isso em perspectiva comum se tornava macabro. Peguei o café e dei um gole, era realmente maravilhoso, só estava acostumada com uma café barato e amargo da minha prateleira.
--Finalmente acordou! -- Disse Rosário escancarando as portas e com rapidez correndo até mim com seus saltos que faziam 'toc toc'
-- Rosário!! -- deixei o copo de lado e abracei ainda sentada na cama -- até levantaria se você me deixasse com roupas!-- dei risada fazendo careta.
-- Mas elas estavam horriveis ja providenciei roupas novas para você. -- ela pegou no meu rosto -- você deveria ir embora sabia? ou denuncia-lo, isso não pode mais acontecer!
-- Não foi nada de mais e eu vou embora só estou me organizando para ir. -- virei o rosto.
-- É exatamente isso que eu quero falar com você.-- ela fez uma pausa e eu prestei atenção.
Rosário era negra com olhos azuis, era uma mulher linda e maravilhosa. Seus detalhes intrigavam qualquer um.
-- Você provavelmente não sabe, mas a morte da sua mãe foi descoberta a menos de seis meses pelos parentes de onde ela nasceu e com isso a sua existencia também foi revelada. E eu não acho nada mais justo do que você fazer uma visita até lá, eu te levo e você não irá precisar pagar nada. É o que você sempre quis não é?
-- Uau Rosário, isso é incrivel, mas eu teria que pedir ferias e isso me custaria muito além do mais eu tenho meu pai. -- disse relembrando os momentos passados.
--Lara, me escuta. Deixa que tudo isso eu resolvo, só vai e fica alguns dias. -- ela mudou o semblante para uma caracteristica seria
-- Uma semana, nada mais. Acho que é o suficiente para relaxar e conhecer uns parentes.
O sol estava nascendo e eu voltando a dormir, já que Rosário me disse que cuidaria de tudo eu pude descansar
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