História Por uma eternidade? - O primeiro contato

Obrigatóriamente segui Reiji pelo caminho iluminado por lanternas de chão eletronicas que ficavam espalhadas estrategicamente entre as arvores e arbustos. A estrada continuava a mesma, uma trilha reta de ladrilhos apontavam o caminho até uma enorme mansão em estilo renascentista antigo e estatuas de gargulas pela entrada deixavam o ar com um pesar incrivel. Tinha certeza que pelo caminho reto eu poeria ter ido até a residencia sozinha, evitaria o contato com Reiji um controlador maniaco por submissão em palavra, ridiculo, mas infelizmente teria de conhece-lo um dia.

O frio rasgava a minha boca , nunca gostei de maquiagem, mas sempre andava com uma manteiga de cacau na bolsa, em caso de frio estremo a minha roupa me salvava e eu engordava uns tres quilos só de casacos e sueteres. Parei um estante para acha a manteiga de cacau na minha bolsa de mão, eu realmente precisava fazer uma limpeza naquilo tinha muitas coisas que eu nunca usaria e só faziam peso, a Rosário da uma exagerada de vez em quando para que nunca falte nada para mim, ela diz que é um tipo de divida com a minha mãe. 

Quando retornei a andar Reiji estava parado me encarando com um olhar de desaprovamento. Claro, eu o encarei de volta

--Você realmente não tem modos, me deixou andando na frente sem se quer avisar que iria parar, um lastima. Meus modos de tratamento mudarão com você, talvez uns castigos seriam otimos para te educar! -- ele aumentou o tom de voz e ficou serio

--Se eu tivesse avisado que iria parar você reclamaria, por que pelo jeito você faz muito isso. --disse revirando os olhos-- você por acaso é algum tipo de sadicos? Fica falando em castigo e modos, desse jeito mulher alguma gostará de você! -- eu finalmente tinha terminado o meu discurso triunfal, ele não poderia falar mais nada então segui em frente passando por ele que segurou meu braço com uma força incrivel que talvez deixariam uns ematomas-- Ei.. isso dói.-- o mesmo segurou meu queixou me aproximou do seu rosto. Seus olhos eram incriveis, porém dentro deles eu via uma fome de poder que me arrepiou de uma maneira horrivel.

--Não preciso de uma mulher, quando o que corre dentro de qualquer um ja me excita. Você tem um cheiro otimo e tenho certeza que os outros ja notaram, se você não tiver modos, lá dentro será bem pior. Volto a repetir vai embora enquanto há tempo.

Me soltei de seus braços e ele deu um sorriso malicioso.

--Olha da proxima vez que você me segurar dessa maneira não vou me controlar em te dar um chute entre as pernas, e eu não vou embora.  Custe o que custar essa casa ainda tem memórias da minha mãe-- na realidade eu não tinha entendido nada do que ele disse e não seria capaz de chuta-lo. Fiquei com medo.

--Você não é sua mãe!! -- ele levantou o tom de voz e se virou-- Menina sem modos, vamos em frente!

Quase soltei uma risada, acho que o magoei.

Ao chegar na porta Reiji bateu as mãos na madeira empoeirada e um longo tapete vermelho se estendeu pelo hall de entrada até subindo as escadas, estantes de livros espalhas, um grande lustre no teto e sofás de tecido nobre. 

Reiji andou até o meio do salão e disse:

--Você fique ali na sala, nada de andar por ai. Sente-se e comporte-se, pelo menos tente ser menos desagradavel.

--Olha... tsc... ok-- eu simplesmente disisti de ter uma discussão com ele. Sempre era em vão.

Segui até a sala que tinha janelas de vidro maravilhosas refletindo a noite do lado de fora, o sofá era enorme, deixei minhas malas em um canto e me sentei no mesmo, na frente dele havia uma escadaria lateral e o engraçado era que eu não via uma televisão sequer. Como eu passaria o tempo nesse lugar?