1. Spirit Fanfics >
  2. Por você >
  3. Civil war

História Por você - Civil war


Escrita por: kirito_tenshi

Notas do Autor


Depois de várias guerras o mundo encontrou uma nova organização. No topo da hierarquia de comando estão os guerreiros que saíram vitoriosos das grandes catástrofes, os descendentes dos pelotões Alfa. Seguidos da elite que ou financiavam as operações militares ou eram do núcleo científico.

Submissos a eles estão os Betas, "os conquistados", a larga mão de obra que mantêm as elites, e responsáveis por reconstruir o mundo. A pena para a fuga de sua casta ou deserção é sempre pesada.

Porém, há uma nova esperança surgindo, rebeldes que lutam pela igualdade, por reconhecimento, para estes algo os aguarda.

Capítulo 1 - Civil war


Fanfic / Fanfiction Por você - Civil war

Venho aqui algumas vezes desde aquele dia e a cada visita morro aos pouquinhos ao perceber lhe fiz sofrer, sem que você nunca tivesse me conhecido de verdade.

Ano 3000 – Distrito - Desconhecido

O frio atordoava minha carne e meu espirito não possuía mais força de vontade. Já andava assim a dias, desde que havia fugido de meus captores. A neve que caiu na noite anterior tornava a paisagem da densa floresta um mar branco, o pouco contraste vinha do verde da copa das arvores.

Seguindo o curso do rio sabia que logo chegaria a uma fazenda ou um campo, por ele irrigado, a fome já tornava cada passo um sacrifício. Ouso um tiro, não sei até quanto mais depois disso andei, e então senti meu corpo desfalecer.

Minha consciência aos poucos me desperta, o calor em minha face me dizia que estava vivo, mas por quanto tempo? Será que meus captores finalmente me alcançaram? Seria esse o inicio de um duro interrogatório quem me levaria a morte depois de uma longa sessão de tortura ? Seria possível que depois de tanto esforço para viver acabaria assim?

Todos esses questionamentos passaram como um flash por minha mente, um segundo depois já me impulsionava a abrir os olhos e saltar do local em que eu estava deitado.

Era um quarto sem muito luxo, a limpa coberta posta sobre mim agora repousava num chão não tão limpo. Junto a cabeceira da cama uma jarra e água muito suja. O calor que sentia antes era proveniente da lareira que crepitava alto. Não havia janelas, para ter uma melhor ideia de onde eu estava.

Fui salvo?

Aquilo não parecia um ambiente de tortura, era mais um dormitório arranjado. O que quer que fosse, não esperaria para descobrir, mas a grossa porta de madeira trancada indicava que deveria esperar ali, quer eu quisesse ou não.

Observando melhor o quarto vejo um pão inteiro, que logo padeceu diante de minha fome.

Passado, pelo que penso, algumas horas, ouso o ranger de portas e pouco depois o som de chaves e logo em seguida a minha porta se abre.

Um homem, um jovem, que aparentava uma meia idade abre a porta, seu corpo coberto de por grosas cobertas e capas de caça, trazia em sua mão uma espingarda, não apontada para mim, como eu estava esperando, mas repousada em seu ombro pois ao andar se apoiava em uma moleta . Seus olhos tomados por rugas, de preocupação.

– Quem é você? - o questionei.

– Olá, você está melhor? Eu o encontrei caído, enquanto caçava por minha propriedade, e cuidei de você.

– Mas por que fez isso?

– Achei que o tinha atingido na hora, não queria ser responsável por sua morte. Então quando percebi que você estava apenas caído o trouxe para minha casa.

São tempos estranhos, mesmo que fosse verdade ele ainda poderia me entregar para algum guarda que aparecesse.

– Obrigado, não sou da região, e me perdi a alguns dias, meu nome é …

– Não importa, você esta seguro aqui. Fique pelo tempo que precisar, só tranquei a porta para que você não saísse sem saber que é bem vindo para ficar.

Não consegui conter as lagrimas, não importava o quão forte fosse o calor emanado por aquela lareira, jamais senti o calor humano que esse estranho estava me proporcionando. Depois de tudo o que passei e fui obrigado a fazer.

Desabei no chão abraçado aos meus joelhos me entreguei ao que estava sentindo, a dor no peito e na garganta, que me sufocavam a meses, deixei sair, perante os olhos daquele jovem.

Naquele situação ele voltou a me cobrir com a coberta, disse que seu iria preparar o jantar e quando eu estivesse disposto poderia ir ao seu encontro.

– A proposito, meu nome é Kai.

Adormeci depois.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

 

A luz da invadia aquele que nos últimos três dias estava sendo meu quarto, não havia me arriscado a sair dele, até aquele momento, e encarar a realidade. Kai me trazia comida e limpava minha feridas após os banhos, ele nunca indagava sobre meu passado. Eu o agradecia do fundo do meu coração por isso.

Naquele horário ele havia ido caçar, resolvi explorar um pouco a casa e os arredores. Era uma cabana de caça, das antigas, feitas de madeira nativa, fora o quarto, que descobri ser o único da casa, havia um comôdo que ele dividiu em cozinha e sala, utilizando a lareira que cozinhava também para se aquecer. Um sofá surrado, que ele devia está utilizando de cama, e um rádio sobre uma pequena mesa, que estava amontoada de papeis e um porta retrato com uma foto de um garotinho segurando as mãos de um Kai muito mais jovem.

A casa era cercada por uma simples cerca, não seguraria nenhum pelotão se busca se viessem me procurar. Mas a densa floresta, as montanhas e a neve ofereciam um camuflagem e esconderijo natural. Isso me bastava, por hora.

Já era noite quando ele retornou com a comida, já me sentia bem mais forte e lhe ofereci ajuda. Durante a janta sentamos no sofá e ele ligou o rádio. Onde o locutor dava as últimas notícias.

"Mais uma base, na costa sul do país, foi atacada por rebeldes hoje, que foram prontamente rechaçados pelas tropas de contensão do general Oh Sehun. Que contínua negando que após mais de cem anos de regime sob o comando dos Alfas esteja havendo uma guerra civil.

As ações dos rebeldes aumentaram quando a algumas semanas a principal base militar do exercito foi explodida. Sobre isso o general Oh Sehun declarou que ação se deu devido a ... "

-- Besteira tudo isso. Aquele lugar está em pé. - disse Kai quando mudou de estação para encontrar uma com músicas do passado. As antigas melodias também eram as minhas favoritas, fico pensando que essa tal de Lady Gaga deveria ser muito amada.

-- Kai, eu realmente não sei como agradecer por você ter me salvo- disse enquanto terminávamos de comer.

-- Continue vivendo e fazendo coisas boas. Meu irmão sempre dizia isso.

-- Ele está ... vivo?

-- O sim senhor, nunca vi um garoto tão forte como ele. Quando decide lutar por algo que seus olhos brilham como chamas.

Não houve tempo para outro questionamento, o som de morteiros caindo nos deixou de prontidão. Logo as balas começaram a estourar os vidros da janela. Kai correu em direção a um armário e me deu uma espingarda e munições. Me guiando de volta para o quarto ele levantou a cama que eu estivera dormindo, revelando um alçapão que dava para um túnel.

Enquanto percorríamos o túnel, nuvens de poeira caia sobre nossas cabeças, diante do impacto das bombas.  Eles me encontraram.
No final o túnel se abria em uma grande caverna para a floresta.

--Venha me ajude a desabar essas pedras para fechar o túnel. - gritava o jovem.

Coremos até o amanhecer, agradeci por ter sido rápido em pegar roupas extras.

-- Venha, por aqui. - dizia Kai, sempre indo na frente.

Logo estávamos numa clareira, na qual decidimos descansar um pouco, fui pegar lenha para nos aquecer um pouco, quando voltei Kai estava caído no chão e próximo a ele começava a se formar um poça de sangue. Ele foi atingido por uma bala, mas a adrenalina fez com que ele continuasse.

Quando fiz pressão, para estancar o sangue, ele despertou com um grito. Como militar tinha conhecimentos para ocasiões como essas, e logo o sangue parou. Mas o que me preocupava era a bala, logo iria infecionar, foram feitas para matar lentamente.

-- Kai, me escute, ousa, você precisa de atendimento, e rápido, vai infecionar logo. Conhece algum lugar seguro onde eu possa tirar a bala?

-- Pequeno sabe ...  Byun conhece. Tenho que voltar para casa. Ele disse que iria voltar ... meu irmão, preciso ajudá-lo a voltar.

-- Se concentre Kai

-- Os malditos alfas estão com ele ... fizeram coisas horríveis ... eu sei ! Ele era um rebelde !

Meu corpo parou, minhas mãos ficaram frias, o único som que chegavam aos meu ouvidos eram as batidas do meu coração. Um rebelde ... Kai morava a alguns dias da base... seria possível? 

-- Kai, ousa - segurei o rosto dele para que ele olhasse nos meu olhos. - O seu irmão ... chamam ele de Baekhyun ?

-- Sim ... Byun Baekhyun ele está vindo me ver? - perguntou Kai, com o olhos cheios de lagrimas.

Deus, era verdade ... este é o irmão que Baekhyun tanto mencionava, se ele tivesse confiado mais em mim e dito o nome do irmão mais velho, eu teria revelado que conhecia o Baekhyun ... mas não sei se teria coragem de disser que o havia deixado para trás.

Logo tudo ficou silencioso, a terra estava dura de mais para uma bela cova. Mas me esforcei, ele merecia, me salvou sem que nunca ter questionado meu passado. As como isso estava perto de terminar.

Conheci o jovem Baekhyun há alguns meses quando ele foi capturado por meu pelotão de caça. Sempre fui ensinado que os ômegas eram inferiores, a classe deturpada, fraca e nojenta por seus atos querer exigir liberdade. Não demorou muito para que pequeno Baekhyun, mudasse minha opinião. Quanto mais ele resistia as torturas, mais eu me encantava por seu espirito e mais ódio meu superior, Oh Sehun, sentia. Mas isto está no passado.

-- Desculpe-me por ter te deixado para trás Baekhyun. Desculpe-me, por seu irmão ter morrido por minha causa. Mas está será a última vez que falhei com você. Sehun pagará pelo que fez. Me espere Baekhyun estou voltando para você.


Notas Finais


Esta foi minha primeira de universo alternativo ABO, quero muito continuar essa história e contar o passado do Chanyeol, o que vocês acham ???


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...