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História Porcelain - Prólogo


Escrita por: Moon-girl

Notas do Autor


Oláaaaa humanos, primeira fic aqui, não é a primeira que escrevo, mas também não é a ultima, hahaha. Bom espero que gostem do cap, comentem o que acharam, aceito a opinião de todos sendo elas boas, ou ruins. Enfim, Boa leitura. Kissesss :****

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Porcelain - Prólogo

23 de Novembro de 2016

ICUD - Massachusetts

5h 40min.

Soldados caminhavam de um lado para o outro sem parar, usavam um colete a prova de balas e um capacete que lhe cobria metade da cabeça, cada um carregava um fuzil nas costas, andavam como se fossem batalhar a qualquer momento, mas adiante dali, em uma enorme sala branca, uma cela. Ficava no meio da sala, e dentro uma garota sentada a frente de um piano, os dedos corriam pelas teclas com habilidade, e o suave som do instrumento ecoava pela sala, os guardas que estavam dentro da sala pareciam apreciar a música, mas não demonstravam, mantinham a mesma cara de nada como sempre. A menina era pálida, tinha longos cabelos platinados, e os olhos fechados apreciavam a música que ela mesma tocava, o corpo era esguio e avantajado, balançava de um lado para o outro no ritmo da música, parecia que estava sozinha na sala, somente ela e o luxuoso piano. Ela usava um vestido branco rodado, e em suas mãos havia tatuagens, na esquerda uma tatuagem indiana que ia do indicador ao pulso, e na direita, ao lado do indicador uma frase em russo Только те, кто может стрелять, те, кто готов взять выстре”. Ela levantou a cabeça abrindo os olhos, e observou os soldados parados, dando um singelo sorriso.
- George... – disse a garota suavemente, em um tom divertido. – Venha até aqui...

Ela se referiu ao soldado, que balançava a cabeça para frente e para trás no ritmo da canção, seu colega o encarou por uns instantes, como se estivesse dizendo que ele iria levar uma bronca, se não parasse naquele instante. George olhou ao redor da sala, fitando as várias câmeras espalhadas em cada canto, ele suou frio engolindo em seco, e virou-se para o lado da cela. O amigo, o encarou perplexo, e ele deu de ombros.

- Ah... – a garota parou de tocar e se levantou encostando-se no piano com umas das mãos e com a outra enrolou um dos fios do cabelo platinado nos dedos – Se aproxime...

O soldado fitou a mulher por uns instantes e respirou fundo, parecia tentador e ao mesmo tempo extremamente perigoso, mas ele preferiu se arriscar. Se aproximando lentamente, ela o observou e balançou a cabeça de um lado para o outro, sorrindo de um jeito curioso, os dentes perfeitamente perfilados, só davam á ela um aspecto ainda mais assombroso e sensual, era como se ela não tivesse nenhum defeito, ou como se tivesse um dos piores. A Astúcia.

- Venha soldado! – ela se aproximou das barras de ferro, e envolveu as mesmas com as mãos, as barras geladas tiraram calafrios da mulher, que não ligou e continuou olhando para George profundamente – George, você parece bem  hoje! Como uma presa fácil! – quando ele chegou perto, ela inclinou o corpo para trás ainda segurando as barras, e soltou uma risada debochada. O soldado assustado se afastou de súbito.

Atrás deles a grande porta que mantinha a sala trancada começou  a se abrir, o soldado virou ligeiramente em direção a porta, e tomou o seu posto, o outro olhou para ele quando o mesmo se aproximou e suspirou desapontado. Um homem entrou na sala acompanhado de um batalhão, fortemente armado e protegido. Ele usava um terno branco, tinha o cabelo preto ondulado, e olhos castanhos vazios, mantinha um sorriso zombeteiro no rosto, e segurava com a mão esquerda um bastão dourado, com uma pedra roxa na ponta.

- Querida... – ele disse se aproximando da grade – O que tem para mim hoje? – ele disse observando o piano.

- Daniel. – ela disse se afastando da grade, indo em direção ao piano bufando – Sabe... Eu cansei disso. – ela se inclinou abaixo dele, e puxou o que parecia ser uma marreta, os olhos do homem se arregalaram, e ela sorriu brincalhona – O que foi Dan? – ela ergueu a marreta e atingiu com tudo o piano, que fez um barulho estrondoso. Mais uma marretada, podia-se escutar as cordas do piano romperem-se uma por uma, o homem observava tudo sem nenhuma expressão, até que ela parou e passou o braço pela testa, como se estivesse enxugando o suor de um trabalho pesado. – Chega de batucar nisso, o show grátis acabou Dan Dan.

- Você é mesmo uma garota estúpida – ele disse fechando a cara, cruzando os braços. Mas logo desfez a cara revirando os olhos – Que pena... Eu gostava tanto de escutar você tocar – disse fingindo um desapontamento.

-Ah, Dan Dan... – ela se encolheu fingindo estar triste e logo olhou para cima sorrindo, voltando o olhar para ele – Sabe... algumas coisas são destruídas para que outras possam coexistir.  O homem acompanhou o olhar anterior da mulher, e logo duas bombas de fumaça adentraram a sala pelo telhado – Acho que o show realmente chegou ao fim. Bem, eu já estava entediada mesmo...

A fumaça logo se espalhou pela sala, três homens de preto entraram pelo duto de ar, e desceram sobre a cela da garota, eles colocaram um dispositivo sobre a tranca da porta, e a porta se abriu com um ruído alto. Daniel gritou para que os soldados fizessem algo, mas eles pareciam mais perdidos do que ele mesmo.

A menina saiu da cela, e subiu em cima da mesma através das barras que sustentavam a prisão, Daniel olhou para ela e se afastou indo em direção a porta. A garota olhou para Daniel e abriu um sorriso sínico, sendo guiada por um dos homens de preto, para o duto de onde eles saíram, ela acenou com a mão, mas foi levada por eles antes de ver a reação do homem.

***

Eles saíram em um lugar, que dava para fora da enorme fortaleza onde ela ficara presa, e de frente para um helicóptero que esperava por eles. A fortaleza se encontrava em um deserto, o local mais próximo dali era uma pequena cidade, onde a população não era muito grande. A menina correu para o helicóptero saltitando, como se fosse tivesse visto ou ganho um presente. No helicóptero, um homem alto e forte apareceu, ele usava uma jaqueta sem mangas, revelando as várias tatuagens pelos braços musculosos e não usava nenhuma camisa por baixo deixando a mostra o peitoral e o abdômen ambos definidos, usava uma calça jeans cinza apertada e os cabelos longos estavam meio presos. Ele desceu do veículo, abrindo os braços musculosos, e sorriu mostrando a fileira de dentes brancos perfeitamente alinhados.

- Bunnie! – ele gritou para ela, que ergueu os braços correndo na direção dele.

- Grandão! – ela gritou de volta, pulando nos braços do homem, entrelaçando as pernas definidas na cintura dele, que a apertou em um abraço de urso – Que saudades! Porque demoraram tanto?

- Desculpe Bunnie, o chefe teve alguns imprevistos – ele disse ainda segurando ela – Mas eu estava doido para vir te buscar logo, o pessoal está com saudades de você.

- Ah... – ela suspirou se afastando para olhá-lo de perto – Eu sei grandão, também estou. Ficar nesse lugar foi entediante! – ela se desvencilhou dele fazendo uma careta e se afastou dando tapinhas no braço dele – Andou malhando é?

- O de sempre – ele soltou uma risada esganiçada, o que a fez sorrir. – Vamos nessa? – ele disse subindo de volta ao helicóptero, estendendo a mão para ela, que parecia distraída olhando a fortaleza – Bunnie?

- Ah... Não vou sentir nenhum pouco de falta – ela virou para o veículo e pulou para dentro ignorando a mão estendida do amigo – Me viro.

O grandão deu de ombro e deu algumas batidas no banco do piloto, e ele logo deu a partida, tirando o helicóptero do chão. E em alguns minutos eles já estavam no ar, indo em direção ao destino indicado. A menina olhava impaciente pela janela, ainda era dia, não fazia frio, os cabelos platinados agora presos em um cocó improvisado, o vestido branco sujo de terra e os olhos cansados davam a ela um ar de forasteira fugitiva – o que de fato ela parecia ser – o amigo estava sentado do lado, observando o tempo, parecia pensativo e distraído, ele observava as nuvens enquanto coçava a barba loira. A menina olhou para ele e cutucou-o com o dedo várias vezes ate que ele a notasse.

- Tá pensando em quem? – ela disse sorrindo irônica, o homem corou.

- Deixe de besteira! Em ninguém! – ele disse virando a cara – O que você quer?

- Poxa grandão, que mau humor – ela disse fazendo bico, fingindo estar chateada e se encostando no ombro do amigo – Quero saber para onde vamos.

- Vamos para Amherst  – ele disse olhando ela de canto – Seu pai quer vê-la.

- Jura? – ela cruzou os braços inquieta – Pensei que eu fosse o desgosto da família.

- Sério? – ele a olhou confuso – Porque ele quem mandou resgatar você.

***

Quando chegaram à cidade já era noite. O amigo dormia ao lado, o ronco dele era tão alto que ela não conseguiu em nenhum momento pegar no sono, de vez em quando ela tentava aprontar com ele, colocando coisas no rosto dele, mas ele dormia feito uma pedra. Estava entediada, por demorar tanto para chegar, mas pensar em vê-lo novamente depois de três anos, sem ser de férias e sim presa, era um pouco desconfortante, já que o pai era um homem rígido e fiel a regras – bem, regras impostas por ele mesmo, talvez por isso ele deve tê-la resgatado, já que não seguia as regras dos outros – mas com certeza, algo á esperava, se não fosse a fúria ou a alegria do pai, com certeza seria outra coisa medonha.

Ela olhou pela janela do helicóptero, e viu as várias estrelas que iam aparecendo. Se fosse alguém de fora, poderia jurar que essa era uma cidade normal, maravilhosa, tranquila e pacifica. Porém, Amherst Hills era uma cidade incrível, de fato com todos esses elogios e honras, porém não por ser uma cidade turística ou coisa do tipo, mas por ser uma cidade bem bizarra. Ao longe já podia ver os edifícios e as casas, e o calafrio na barriga lhe dava uma sensação de “estou de volta ao lar doce lar”.

 


Notas Finais


Bom gente, esse foi o primeiro cap. Espero que tenham gostado, e talvez hoje ainda saia um novo, caso não saia, amanhã com certeza sai.
E a tradução da frase é: Только те, кто может стрелять, те, кто готов взять выстре” (Só quem pode atirar, são aqueles que estão dispostos a tomar um tiro).


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