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História Portas da Alma - Capitulo 13


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 13 - Capitulo 13


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 13

Idris -Alicante.

 

Jace estava sentado de frente para Robert em seu escritório em Alicante, olhava para o pai com um olhar frio, olhar que Robert devolvia na mesma moeda. 

— Então, o que é tão importante que fez você me chamar até aqui? 

— Você já é maior de idade Jace, já deve assumir responsabilidades, já é considerado um adulto pelos olhos da Clave. Decidi que você irá assumir o instituto de Nova York. 

— O quê?! Mas e Maryse? Ela o dirige! - Gritou o menino pasmo.

— Não diga asneiras Jace, todos sabemos que Maryse não está em condições de dirigir nada! Você e Isabelle vêm fazendo todo o trabalho duro. Logo, eu decidi que você irá dirigir o instituto, já tem idade para isso. Você ficará uns dias por aqui, terá algumas aulas com Helen e Aline Penhallow sobre a administração de um instituto. 

— Não pode estar falando sério, o instituto é de direito de Alec, ele foi criado à vida toda para dirigi-lo, não vou tomar o lugar do meu parabatai! 

— Alexander perdeu qualquer direito ao instituto quando resolveu sumir no mundo com aquele submundano. Além de me envergonhar perante toda a Clave sendo gay, ainda abandona suas responsabilidades para sumir com o bruxo mais extravagante e mau falado da historia! 

— Você não pode estar falando sério. Ele é seu filho! Alec está confuso, ele só precisa de tempo para se recuperar . . . - Jace se interrompeu ao ver os olhos de Robert se estreitarem. 

— Você sabe onde está Alexander, não é? Eu deveria ter imaginado, são parabatai no fim das contas. Onde ele está,Jace? Onde está aquele inconsequente? 

— Eu não sei, Alec se foi, ficou muito magoado com a gente. - Disse o garoto o encarando frio. 

— Acha mesmo que eu acreditei por um momento que fosse, que você não sabe onde está Alec? Diga-me, onde está aquele bastardo? - Perguntou Robert com fúria. 

Por um momento Jace se assustou com a fúria que viu nos olhos de Robert, o homem estava fora de si, parecia louco. Jace pensou que a melhor coisa que poderiam ter feito por Alec foi realmente o terem escondido. 

— Não sei onde Alec está, mas se soubesse também não lhe diria. - Disse o loiro saindo do escritório e batendo a porta.

Jace saiu pisando duro, Robert realmente estava fora de si, a fúria que viu em seus olhos não era normal, não entendia o por que do homem odiar o próprio filho. Alec sempre foi uma pessoa tão fácil de lidar, sempre cumpriu todas as ordens de seus pais, sempre fora o mais responsável, nunca bateu de frente com os pais, até conhecer Magnus. Porém a fúria de Robert parecia vir de algo mais profundo, por um momento ele poderia jurar que vira magoa e até um pouco de inveja no olhar de Robert, quando o mais velho falara que Alec havia fugido com um submundano. 

Caminhou por um longo tempo, quando percebeu estava nas margens do lago Lyn, sentou-se na margem e ficou observando as águas calmas. Pensou em sua vida, em como ela estava difícil, num curto espaço de tempo perdera o parabatai, a mulher que amava, a família inteira fora destruída e agora queriam que ele assumisse o instituto. 

Soltou um suspiro frustrado, estava ficando fora de si, não conseguia mais agir normalmente, essa historia toda o estava enlouquecendo, era muita pressão e agora o fato de Clary o odiar não estava ajudando. 

Ficou um bom tempo ali, observando as águas, não soube dizer se foram minutos ou horas, a tranquilidade que encontrara ali era tudo o que queria no momento. Ouviu som de passos atrás de si e olhou por cima dos ombros, viu a silhueta definida de Helen Penhallow-Brackthorn se aproximando, a garota não esperou um convite e se sentou ao seu lado. 

— Desculpe interromper seus pensamentos, mas o Inquisidor me mandou te buscar para começarmos as aulas sobre a administração de institutos, Aline está esperando por nós. 

Jace a olhou de esgueira e respondeu.

— Eu não vou, não vou participar desse golpe. 

— Golpe? - Perguntou a menina confusa. 

— Eles querem que eu roube o lugar do meu parabatai, não vou fazer isso! 

Helen pareceu hesitar por um momento, mas logo respirou fundo e respondeu.

— Jace, pelo pouco que soube, Alec deixou o mundo das sombras, ele não vai voltar, acho que o mais indicado para assumir é você. Não sei o que aconteceu com Alec, o que deu na cabeça dele para desistir de tudo, mas sei que ele ficaria feliz que seu substituto fosse você. Ele abriu mão de tudo por Magnus, eu sei o que é isso, abriria mão de tudo por Aline também, assim como ela abriria mão por mim. Olha não sei o que de fato aconteceu, tudo o que sei é os ruídos que o povo das fadas e eu sei melhor do que ninguém que não se deve acreditar em tudo o que se falam. Eu pouco conheci Alec, mas o pouco que vi gostei, ele é um líder nato,Jace ele  vai voltar para vocês, tenha fé! 

Jace engoliu em seco e olhou para a garota.

— Obrigado. 

— Disponha. - Disse sorrindo.

— Você foi à única que parece entender que Alec vai voltar, todos já desistiram dele.

— Sabe, você não é o mesmo que conheci, seu brilho está apagado, essa historia mexeu muito com você, não é? Ouvi rumores sobre você e Clary, sinto muito.

Jace sentiu os olhos ficarem úmidos, segurou o choro, não choraria na frente de uma garota que só viu umas quatro vezes na vida, embora ela fosse simpática e não o tratasse como louco por não querer tomar o lugar do parabatai

— Não faço ideia do que estão falando sobre Clary e eu. - Disse por fim.

Mas não era verdade, ele ouvira os rumores, estavam dizendo que ele e Clary haviam terminado, uns diziam que ele a havia traído, outros diziam que ela o havia traído, outros que eles descobriram que não se amavam, havia até quem dissesse que depois da partida de Alec, Jace havia descoberto que amava o parabatai. O loiro, no entanto não dava a mínima para o que falavam, tudo o que ele queria era Clary de volta.

— Desculpe, fui enxerida, não queria ser inconveniente. 

— Tudo bem, mas,Helen, preciso ficar um pouco sozinho, não vou a aula alguma hoje, mande minhas desculpas para sua esposa, vocês não tem culpa de nada.

Helen o olhou hesitante por um momento, mas logo assentiu com a cabeça, tocou em seu ombro com uma despedida e logo se retirou. Quando não viu mais sinal da loira, Jace deu razão ao choro que segurara por tanto tempo, choro pela perda de Alec, choro por sua família estar um caos e principalmente choro por Clary lhe odiar, pela garota achar que ele era uma cópia de Valentim. 

Abraçou o próprio corpo e continuou chorando, estava tão perdido em sua própria dor que não ouviu alguém se aproximando, sentiu uma mão em seu ombro e se virou sobressaltado. Arregalou os olhos ao ver que era Clary. 

                                                                * * * 

Phoenix- Universidade do Estado do Arizona

 

Sempre que Alec estava no meio de muitas pessoas, ele se sentia oprimido!

Não havia uma única vez que ele se sentisse confortável, mais um na multidão. Ele sempre se sentia deslocado, como se o lugar dele não fosse ali, como se fosse em qualquer lugar menos ali.

Antes de ir à aula, Alec passou no médico, ele estava preocupado com o seu arranhão, tanto que tomou antitetânica e fez um novo curativo, só que a consulta foi estranha.

O médico não via nada de mais em sua mão, nada mesmo, nem mesmo ficou preocupado com a aparência horrível ao redor do machucado.

Talvez a vacina seja a solução e Alec estivesse fazendo tempestade em copo de água.

Foi nesse segundo que ele perceberá que a aula havia acabado e que os seus colegas saiam pouco a pouco da sala de aula, então, o rapaz resolverá fazer o mesmo.

A maioria dos colegas eram bem mais velhos do que Alec, o que facilitava a vida do rapaz, porque ele conseguia ter uma conversa descente com qualquer pessoas sem se sentir um completo estupido.

Ao sair da sala de aula, Alec pensa em ir para casa, mas em vez disso segue em direção a cantina, na esperança de ver Magnus repleto de purpurina, roupas extravagantes e com um imenso copo de chá, já que ele gosta mais de chá do que de café.

E lá estava ele, sentado numa das mesas centrais, chamando a atenção de todos, enquanto Alec pega o seu café e se senta numa das últimas, no lugar mais afastado da cantina.

Ele morde o lábio, uma, duas, três vezes, tentando arrumar uma maneira de falar com Magnus sem ser considerado um idiota, quando o observa se levantar e seguir para a fora do campus com o seu chá nas mãos, Alec não pensou duas vezes e o seguiu, ajeitando a sua mochila e tomando um bom gole de café, ele observou Magnus olhar para trás e parar, enquanto Alec continuou andando.

-Indo para casa? –Pergunta, aproximando-se de Alec.

-Estou. –Responde, inseguro.

-Você não é do tipo que sai, não é mesmo? –Pergunta, avaliando-o.

-Não. –Responde, sussurrando. –Eu não gosto muito de multidões, eu... Deixa para lá. –Confessa, corando.

-Prefere ser invisível. –Acusa, tomando um gole do seu chá.

-Se isso fosse possível, pode ter certeza disso. –Revela, olhando-o nos olhos.

E sempre que Alec olhava nos olhos de Magnus, o seu coração disparava, as suas pernas tremiam e tudo o que ele queria era ficar com ele vinte e quatro horas por dia, mas isso não era possível, já que Magnus preferia o tipo do cara que Alec não era.

O tipo deslumbrante, alto, cabelos loiros e olhos dourados.

-Então, se você pudesse ficar invisível agora, você deixaria que as outras pessoas pensassem que eu estou andando sozinho? –Pergunta, rindo.

-Talvez, eu não gosto que as pessoas fiquem me olhando. –Confessa, envergonhado.

-Isso é porque você é lindo. –Afirma, deixando Alec cabisbaixo, não se sentindo lindo o bastante. –O quê? –Pergunta, confuso.

-Eu vi você com um cara uma vez, quer dizer, várias vezes... –Interrompe-se, coçando a garganta. –É um amigo? –Pergunta, observando-o fechar a expressão.

-Então, você é do tipo que gosta de loiro de olhos dourados? –Pergunta, emburrado, deixando Alec confuso. –Ele é só um amigo. –Revela, mal-humorado.

-Então, ele não faz o seu tipo? –Pergunta, rapidamente.

Alec não conseguiu se controlar, a pergunta, praticamente, saltou da sua boca e quando ele perceberá o que havia perguntado, sentiu-se tão envergonhado que sairia correndo, senão fosse pelo olhar que Magnus lançara.

-Em parte sim, faz o meu tipo. –Responde, com a sobrancelha arqueada. –A parte do loiro dos olhos dourados é que não faz o meu gênero, gosto mais de cabelos negros e olhos azuis. Está sim é a minha combinação favorita. –Revela, deixando o coração de Alec disparado e ele poderia jurar que o seu rosto estava mais vermelho do que uma latinha de coca-cola.

                                              * * * 

Idris- Alicarte.

 

Rapidamente levou as mãos ao rosto e o enxugou, aproveitando o gesto para tentar se preparar para a rispidez da garota, tentou proteger seu coração que nesse momento estava exposto e muito vulnerável.

— Aconteceu alguma coisa Jace? - Perguntou a garota. 

Clary havia chegado ao lago e visto uma figura solitária chorando de soluçar, seu coração se apertou com tamanho sofrimento, quando se aproximou percebeu que era Jace, o menino parecia estar sangrando de dentro para fora. Apesar de estar magoada com ele,ficou preocupada, nunca havia visto Jace chorar dessa maneira antes.

— N-não. - Respondeu o rapaz.

Claryo olhou desconfiada, mas não insistiu, se ele não queria falar, ela não o forçaria, o triste era que se fosse em outra época, Jace lhe contaria o que tanto o afligia. Ia se retirando quando o sentiu segurar sua mão, olhou para o rosto de Jace e viu uma dor de partir o coração, alguma coisa estava o fazendo sofrer e muito. 

— O que você tem,Jace, o que tanto te aflige? - Sussurrou a garota.

— Não aguento mais Clary, eu suportaria tudo se você estivesse ao meu lado, mas sem você não sou nada, não sou ninguém! Perdoe-me por ter te magoado, não era minha intenção! - Disse o garoto desesperado e voltando a chorar.

Clary arregalou os olhos, nunca havia visto Jace tão desesperado assim. A conversa que teve com Magnus antes de ir a Idris lhe veio à mente.

Clary estava sentada na sacada do instituto curtindo sua depressão, estava arrasada por causa de Jace, sentiu seu celular vibrar e quando olhou percebeu que era uma mensagem, o número não era identificado e dizia apenas " Encontre-me na cafeteria daquele mesmo dia " . Não precisava ser muito inteligente para deduzir de que se tratava ou de Magnus ou de Alec. 

Quando chegou lá não se decepcionou, Magnus estava sentado na mesma mesa que havia sentado com Jace naquele dia. Sentou-se a frente do bruxo e o encarou fria, não conseguia olha-lo sem culpa-lo pela dor de Izzy e de Maryse. 

— O que quer comigo? 

— Clary, sei que está magoada e sei que não entende o que está acontecendo. Ouça, Alec se esconder foi preciso, ninguém pode saber de seu paradeiro, ele corre perigo. Tudo o que Jace e eu fizemos foi para o bem dele. 

— Não faço ideia do que esteja falando, tudo o que eu sei é que o homem que eu amo mentiu pra mim, que Alec e você estão fazendo muita gente sofrer, sinceramente não esperava que vocês fossem capazes de tanta maldade. Alec sempre me pareceu um pouco rabugento antes, mas nunca cruel. 

— Clary me escute! Alec não sabe disso! Ele não sabe que está magoando as pessoas que ama! - Disse o bruxo energético. 

— Do que está falando? Como ele pode não saber? Ele simplesmente some no mundo e acha que ninguém vai sofrer? 

— Clary, Alec passou três meses sendo torturado por demônios, sua mente estava um completo caos, totalmente quebrada. A única solução que Jace e eu encontramos foi apagar a memória dele. Ele não sabe que é um caçador de sombras, ele nem ao menos sabe quem eu sou! - Disse o bruxo angustiado. 

Clary ficou boquiaberta. 

— Como assim? 

— Por isso inventamos toda essa historia, seja lá quem for que chamou Alexander aquele dia ainda está por aí, essa pessoa tem influencia o suficiente para saber que Alexander estaria sozinho aquele dia. 

Clary arregalou os olhos quando percebeu onde Magnus queria chegar. 

— Vocês acham que tem um traidor na Clave?! 

— Sim, por isso guardamos segredos, apenas Jace e eu sabemos, Jace cuida dele nas sombras e eu sou seu vizinho, claro que não contamos nada a ninguém. Não que não confiássemos em você ou Isabelle, mas porque as paredes têm ouvidos e também, vocês duas não são muito boas em esconder seus sentimentos.

— E por que está me contando isso agora? 

— Porque Jace está sofrendo por você, esse menino já sofreu como o diabo, ele aguentou a barra nos primeiros meses quando eu não conseguia olhar para Alexander. Ele não merece sofrer mais, ele acha que não é um direito dele contar, que é um segredo meu e de Alec, mas não posso ficar de braços cruzados vendo ele se acabar a cada dia por você. 

Voltando a realidade Clary pode perceber que tudo o que Magnus lhe contou era verdade, Jace não poderia estar fingindo um sofrimento desses. Culpa a assolou, deveria ter insistido mais, ou ter confiado mais nele. Ajoelhou-se em frente a ele e segurou seu rosto entre as mãos. 

— Jace, precisamos conversar. - Disse suavemente encarando os olhos dourados.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!
E eu sei que finalmente vou fazer uma certa Shipper muito feliz!!! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Bjss até o próximo!!!


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