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História Portas da Alma - Capitulo 15


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leituraaaaaaaa

Capítulo 15 - Capitulo 15


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 15

Idris - Academia dos Caçadores de Sombras. Três dias depois.

 

— Talvez isso seja paranoia sua Izzy, todos estão sofrendo, Alec deixou um buraco em nossas vidas e você sabe que Jace não sabe lidar com pressão ou sentimentos. Ele estar estranho é normal, bem é o mais perto do normal que Jace Herondale consegue chegar. 

Isabelle lhe lançou um olhar mortal, estavam na sala de treinamento da academia, a morena aproveitou que ninguém prestava atenção nela na casa de seu pai e resolveu visitar Simon. Chegando lá contou toda sua angustia ao namorado, toda a dor e culpa que sentia por ter falhado com os irmãos e desabafou seu medo de perder o último irmão que lhe sobrara. 

— Simon, estou falando sério, Jace não está normal, ele está misterioso, cheio de segredos e sei que se encontra com alguém diariamente, além é claro de viver com os olhos pregados no telefone. Até mesmo seu relacionamento com Clary está estremecido. 

— Isabelle, Jace e Alec eram parabatais desde quando? Os quinze, quatorze anos? É mais que normal que ele esteja perdido, além é claro de ser de Jace que estamos falando, o ser mais dramático e problemático que existe. Logo ele vai superar, Jace é forte, assim como você. Além disso, eu tenho certeza que Alec vai voltar mais cedo ou mais tarde, ele ama vocês demais para ficar muito tempo longe. 

— Mas já fazem meses e ele não voltou! - Disse a menina desesperada.

— Izzy, acalme-se, tente entender o lado de Alec também, ele foi preso e torturado por meses, é normal que esteja magoado, mas tenho certeza de que ele vai voltar. O amor que ele sente pela família, por você, vai superar qualquer magoa que ele tenha.

Isabelle soltou um suspiro frustrado, nada lhe tirava da cabeça que Jace sabia onde Alec estava. 

— Pode ser Simon, mas ainda vou tirar essa historia a limpo, acho que Jace está escondendo algo! - Disse a garota decidida fazendo Simon rir e lhe dar um selinho. 

— Não seria minha Isabelle se não tirasse. 

                                           * * * 

Phoenix- Apartamento de Alec.

 

Era vigésima vez que Alec encarava o relógio da cozinha.

Ela tinha se arrumado quase que duas horas antes do encontro e nada conseguia distrai-lo, nem mesmo a televisão a sua frente, na verdade, ele nunca foi muito adepto de assistir TV, mas em momentos como esse era bom ter algo para passar o tempo, já que Mary não estava em casa.

Alec não conseguia parar de pensar em Magnus, não depois de tocar, sem querer, a bunda de Magnus, ou de sentir o seu corpo no seu.

-Preciso de um voluntario. –Pede Alec, observando Magnus levantar a mão. –Ok, Bane, venha. –Chama e Magnus vai, mesmo com uma careta no rosto.

-Chame-me de Magnus, Alexander. –Pede, virando o seu rosto minimamente e deixando colado com o de Alec.

-Não posso. Aqui não. –Revela, suspirando, sentindo o cheiro de sândalo que emanava de Magnus e, instintivamente, colou mais o seu corpo no dele.

Por um segundo não existia mais alunos, eles não estavam em uma academia, só existia Magnus e Alec, até que o rapaz cai em si e volta a dar a sua aula.

-Vamos começar a situação... Se um homem chegar por trás. –Sugere, agarrando a cintura de Magnus e observando-o colocar um sorriso nos lábios.

Parecia que Magnus gostava da situação, gostava muito da situação, tanto que ele sempre se voluntariava para qualquer demonstração.

Quando deu o horário, Alec saiu e trancou o seu apartamento, seguindo em direção ao de Magnus buzinando logo em seguida.

Não demorou em Magnus abrisse a porta, com Presidente Miau nos braços, vestindo uma blusa preta, escrita em lantejoulas “Pisque se me quiser”, com uma calça ferrugem.

-Azul-claro? –Pergunta, sorrindo.

-O quê? Está ruim? –Pergunta, nervoso.

-Não, combina com você. –Responde, piscando em direção a Alec, que sente as suas bochechas esquentarem.

-Estava pensando nós poderíamos ir num restaurante de comida Etíope que fica aqui perto. –Sugere, observando Magnus beijar Presidente Miau, coloca-lo em cima do sofá vermelho sangue, pegar sua carteira e se aproximar dele, com um sorriso nos lábios.

-Gosta de comida Etíope? –Pergunta, com a sobrancelha arqueada.

-Comi uma vez, lembro-me dela estar bastante apimentada. –Responde, despreocupado.

-Hum... Quer tentar de novo? –Pergunta, fechando o apartamento.

-Talvez... Não sei bem. –Confessa, nervoso.

-Que tal irmos para um restaurante de comida italiana desta vez? –Pergunta, fazendo Alec sorri.

-Vai haver outras? –Pergunta, colocando as mãos no bolso, observando Magnus suspirar.

-Provavelmente. –Responde, seguindo na frente. –Então, que tal? –Pergunta, olhando Alec nos olhos.

-Eu gosto da ideia. –Responde, despreocupado, no segundo que ouve Mary subir as escadas. –Deixe-me ajuda-la. –Pede, pegando uma das sacolas de Mary e a ajudando a subir os últimos degraus. –Deveria ter me chamado para ir com a senhora, ou ter chamado Logan. –Resmunga, emburrado.

-Eu sei, mas eu odeio depender dos outros. –Garante, suspirando. –Olá, Magnus. –Cumprimenta, sorrindo.

-Olá. –Cumprimenta, sorrindo.

-Agora deixe de bobagem e siga para o seu encontro. –Manda Mary, quando Alec coloca as sacolas em cima da mesa. –Não queremos que Magnus acredite que está sendo trocado por uma idosa de sessenta anos. –Resmunga, fazendo com que os dois soltassem uma risada.

-Não iria pensar tal coisa. –Afirma Magnus, negando com a cabeça, seguindo para fora do apartamento.

-Qualquer coisa é só me ligar. –Avisa Alec, olhando nos olhos de Mary.

-Pare de se preocupar comigo e vai sair com o Magnus. –Manda, divertida. –E, por favor, não termine esse encontro sem um beijo. –Sugere, deixando o rapaz confuso. –É como eu pensei, você nunca saiu com ninguém. –Comenta, negando com a cabeça. –Se terminar esse encontro sem um beijo, ele vai pensar que é somente amizade, coisa que eu amaria, pois você seria o namorado dos sonhos de qualquer avó que quer, desesperadamente, desencalhar seu neto mais novo. –Brinca, fazendo-o ri.

-Vou pensar no assunto. –Garante, beijando os cabelos de Mary e se encaminhando para fora do apartamento, encontrando um Magnus com uma expressão divertida.

-Vamos? –Chama, olhando-o nos olhos.

-Vamos sim. –Garante, concordando com a cabeça.

Os dois desceram as escadas e quando a mão de Alec esbarrou na de Magnus, Magnus a segurou e em seguida entrelaçou os seus dedos nos dele.

-O quê? –Pergunta, despreocupado, com um sorriso nos lábios.

-Nada. –Responde, timidamente.

 

                                                        * * * 

 

Idris - mansão Herondale.

 

— Achei que você fosse ficar na casa de Robert. - Disse Clary olhando a abastada biblioteca.

Ficou impressionada com a quantidade de livros, tinha livros tão antigos que a garota poderia jurar que tinham mais de um século. Livros de todos os gêneros, de cima para baixo, ordenados carinhosamente em ordem alfabética. 

— Não suporto ficar no mesmo lugar que ele, não consigo encara-lo sem que a gana de voar em seu pescoço me invada. Além disso, aqui tenho mais privacidade, vou poder mandar mensagens para Magnus e o deixar a par do que acontece aqui. 

Jace olhava sem muito interesse os livros antigos, até que algo lhe chama atenção, era um livro grosso, com a capa antiga marrom e verde musgo, toda trabalhada e escrito em letras garrafais Um Conto de Duas Cidades, quando abriu uma foto antiga caiu no chão, abaixou-se e pegou a foto observando com atenção.

A foto mostrava uma bela moça com longos cabelos castanhos e lindos olhos cinzentos, seu cabelo estava trançado e caia levemente pelo ombro direito, usava um vestido longo cuja a cor o garoto não soube identificar, mas que ficava entre o creme e o laranja, embora não soubesse dizer se era o fato da foto ser bem antiga e amarelada houvesse interferido no tom,  sua expressão era o que mais encantou o rapaz, ela tinha um olhar sonhador e cheio de vida, além de um sorriso capaz de iluminar o mundo. 

Ao lado direito da bela jovem estava um rapaz bastante peculiar, tinha cabelos prateados e seus olhos pareciam a lua, o prateado chamava atenção, embora a foto não favorecesse as cores, podia ver com clareza que seus olhos eram prateados, além é claro, da curvatura de seus olhos que indicava que fosse oriental, trajava um terno negro típico da época, o que destacava era sua camisa branca, era um rapaz agradável de se ver. Tinha uma expressão bondosa e amigável, devia ter sido uma pessoa fácil de conviver.

Ao lado esquerdo da jovem, encontrava-se alguém que fez Jace arfar, podia jurar que era Alec com roupas de época, os mesmo cabelos negros, porém com o corte da época, a pele clara que nem o amarelado da foto conseguia esconder e os olhos . . . os mesmos olhos azuis. Olhos que de algum jeito se destacaram na foto, pareciam dois pedaços de céu, assim como o jovem prateado, ele trajava um terno negro, porém seu vestuário era completamente negro, não havia um só pedaço que não fosse negro. Sua expressão era decidida, o queixo levantado e um sorriso zombeteiro, como se zombasse do mundo, como se não dá-se a mínima para o que o outros falassem ou pensassem. 

Jace ficou olhando hipnotizado para a foto por um longo tempo, Clary percebendo que a atenção do namorado estava toda voltada para a foto, aproximou-se e viu o que tanto deixara Jace encantado. O loiro virou a foto e percebeu algo escrito, a caligrafia bem trabalhada e elegante dizia: Willian Herondale, Teresa Gray e James Carstairs. 

— Jace, James e Teresa são a Tessa e o irmão Zacharias! - Exclamou Clary aturdida. 

Jace apenas observou a foto mais um tempo, aquele era o Herondale que começou tudo, o pioneiro de sua linhagem, sentiu seu peito apertado e se perguntou se alguma vez se sentira parte de algum lugar, não se sentia um Herondale e também não era um Lightiwood, não sabia a que lugar pertencia, respirou fundo desejando que Alec estivesse ali. O moreno sempre sabia o que lhe dizer nesses momentos, sempre sabia o que lhe falar para que sentisse que pertencia a algum lugar. Logo foi tirado de seus pensamentos pelo som da campainha, guardou a foto dentro de livro e foi atender. 

Quando abriu a porta percebeu com certa surpresa que se tratava de Aline Penhallow e Helen Blackthorn, observou as duas garotas que lhe encararam decididas. 

— Jace, precisamos conversar! - Disse Aline e seu tom não deixava margens para uma recusa. 

                                                  * * * 

Phoenix- Restaurante Italiano.

 

Magnus Bane nunca, em hipótese alguma pensou que viveria a experiência de um primeiro encontro com Alec, não com aquele homem, que já estava fazendo planos para uma vida a dois, mas havia uma certa satisfação em Magnus.

O fato de ele escolher o mesmo tom de camisa, o fato dele se lembrar da comida Etíope, mesmo não fazendo ideia de quão desastroso havia sido o primeiro encontro deles, ou melhor, que eles tinham um relacionamento.

Ao fazer os pedidos, Alec esperou que Magnus o fizesse, assim como da primeira vez, enquanto o observava atentamente, Alec o filmava e isso deixava Magnus ainda mais apaixonado, ter aqueles belíssimos olhos azuis sobre si, era de fato extremamente gratificante.

-Então, além de ser um ótimo professor de defesa pessoal, o que faz da vida? –Pergunta, tomando um gole de vinho.

-Sou estudante de medicina. –Responde, tomando um gole de vinho e colocando uma expressão de surpresa.

Magnus sabia que Alec gostava daquele vinho, ele fez de proposito.

A verdade, é que Magnus estava jogando sujo.

Ele preparou a noite baseada nos gostos do amado, desde o vinho até a lasanha a quatro queijos com o molho branco, que Magnus sabia que Alec amava, principalmente, uma de uma cantina italiana que eles visitaram quando estavam viajando, a primeira viagem do casal, a viagem interrompida por Camille.

-Interessante... Eu faço arquitetura, amo decorar e modificar locais. –Revela, rindo. –Eu mudo o meu apartamento o tempo todo, ele nunca é toda a semana o mesmo. –Comenta, despreocupado.

Magnus tinha que ser honesto, talvez ele nunca encontrasse uma cura para a mente de Alec, então, já que o grande amor da sua vida teria que viver como mundano, nada mais justo do que Magnus viver ao seu lado, como um mundano também.

-Sério? Você muda tudo? –Pergunta, inclinando-se em direção a Magnus.

-Eu fico entediado facilmente com as minhas coisas, com as combinações do meu apartamento. –Confessa, bebericando mais do seu vinho, quando a lasanha chega e Alec os serve, comendo um pedaço e colocando uma expressão de satisfação no rosto.

-Isso está muito bom. –Garante, ao engolir.

-Que bom que eu acertei. –Comemora, sorrindo abertamente, mas rapidamente ele viu um brilho estranho, um brilho familiar de preocupação nos olhos azuis de Alec.

-Você fica entediado com tudo? –Pergunta, murmurando, enquanto bate os seus dedos em cima da mesa.

-Por muito tempo sim, mas agora não. –Responde, sincero. –Eu não fico entediado com você. Não com você, Alexander. –Confessa, tocando os seus dedos nos de Alec, que imediatamente para e tende a cabeça para o lado.

Magnus observa um sorriso se formar nos lábios de Alec, um sorriso tão verdadeiro, mas ao mesmo tempo tão tímido, que faz com que o coração de Magnus disparasse, quase que automaticamente.

-Jura? –Pergunta, envergonhado.

-Juro. –Responde, perdendo-se no azul dos olhos do seu amor.

 

                                                    * * * 

Corte Seelie.

A rainha Seelie olhava furiosa para o garoto fada a sua frente, estava fervilhando de ódio, como aquele idiota ousara falhar em sua demanda.

— Onde está Alexander Lightwood? Era sua missão traze-lo, mas sua estupidez não permitiu, você não só não trouxe o garoto como não sabe onde ele está, além é claro que perdemos dois de nossos preciosos membros que foram mortos pela corja de Catarina Loss, como agora Magnus Bane e JaceHerondale sabe que o Povo das Fadas estão atras de Alexander Lightwood! 

— Sinto muito minha Senhora, mas não pude evitar, era uma cilada, não consegui nem ao menos saber onde estava o feiticeiro, Catarina parecia sabe que iriamos atrás dela! 

— Você é um inútil mesmo, não merece ser meu servo. 

Dizendo isso a fada pegou uma longa espada que estava a sua direita e decepou a cabeça do garoto. Suspirou frustrada, tinha ordens, alias tinha um acordo,teria a liberdade de seu povo em troca da cabeça de Alexander Lightwood, a pessoa que lhe propôs isso podia muito bem livrar o Povo das Fadas das condições absurdas que a Clave os impôs após o término da Guerra Maligna. Seu povo jamais iria esquecer tamanha humilhação e se para ter sua vingança e liberdade precisasse cumprir o trato de acabar com Alexander, ela faria isso. 

— Vocês dois, acabou a boa vontade, chaga de sermos bonzinhos, quero a cabeça de Alexander Lightwood e quero para ontem! Não me importa o que precisam fazer, tragam-me a cabeça dele! - Disse irada para os dois cavalheiros fadas que se encontravam na sala.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!!
Bjsss até o próximo!!!


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