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História Portas da Alma - Capitulo 26


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 26 - Capitulo 26


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 26

Nova York - Brooklyn. 

 

Isabelle andava pelas vielas escuras apressada, o ambiente não era dos melhores, tinha lixo para todo lado e o cheiro era insuportável, para qualquer garota normal seria muito perigoso andar por esse ambiente, porém Isabelle não era qualquer garota, ela era a melhor caçadora de sua idade que a Clave já viu. E no momento a garota estava decidida, precisava encontrar um certa pessoa, ou melhor um certo ifrite,  pois precisava de algumas informações e suspeitava que apenas o ifrite poderia lhe dar. 

Caminhou mais alguns minutos até chegar à um beco onde o Glamour era mais denso, parou um pouco desconfiada e viu no meio da sucata e do lixo uma pequena cabana completamente envolvida pelo Gramour e protegida dos olhos mundanos. Aproximou-se cautelosamente com o chicote em uma mão e uma lamina em outra.

— Clancy? Você está ai?

Por um momento não houve resposta, apenas o silêncio fora do normal, aproximou-se um pouco mais porém uma pequena explosão a fez voar longe, levantou atordoada e tossindo um pouco de sangue, sua lamina havia ido parar a vários metros de distancia e a garota ficou armada apenas com o chicote, ouviu um pequeno barulho atras de si e com rapidez e destreza adquiridos pelos anos de treinamento conseguiu acertar alguém que se esgueirava por suas costa, ouviu um grito de dor e logo percebeu que era o ifrite. 

— Clancy, você não deveria ter me irritado querido, estou uma fera no momento! 

— Isabelle clemencia, tenha compaixão, juro que não sabia que era você. - Implorou.

A morena observou o ifrite com atenção, sua pele vermelha escura, suas roupas desleixadas e mau cuidadas, suas garras azul e vermelho, porém o que lhe chamou a atenção foi o chifre que este tinha no lado direito da cabeça, aquilo não era normal em um ifrite, pois era uma marca de feiticeiro e ifrites eram bruxos que não podiam fazer magia. 

— Clancy o que houve com você? De guarda costas no Taki à feiticeiro? Como conseguiu isso do dia para a noite?

— N-nada. 

— Resposta errada amigo. - Dizendo isso a caçadora açoitou o ifrite caído, estou soltou um grito agoniado. 

— F-foi u-um demônio. Para, por favor! - Gritou.

— Que demônio? E o que ele ganha lhe fazendo virar um feiticeiro? 

— E-eu não sei o nome dele, mas ele só fez isso porque foi o preço que eu dei ao caçador de sombras para entregar Alexander Lightwood. 

Isabelle arregalou os olhos enquanto a ira invadia seu corpo, aquele ifrite covarde havia entregado seu irmão? Sem pensar duas vezes a menina começou a açoitar o ex-ifrite que gritava e se contorcia de dor, seu chicote fazia um estrago e tanto no corpo vermelho.

— Quem era o caçador? Quem está por trás disso? 

— E-eu não sei, ele se comunicava comigo por mensagens de fogo, a minha tarefa era mandar uma mensagem a Alexander e o atrair até o beco, assim como cobrar uns favores e atrair aquele demônio de Herondale mais a garota anjo para longe de Alec. 

Isabelle ia começar mais uma sessão de açoitamentos quando se lembrou do que viera fazer ali, retirou o desenho de Clary do bolso e o mostrou ao ifrite, viu uma luz de reconhecimento passar por seus olhos, mas logo ele tratou de disfarçar. 

— É um bonito desenho. 

— Sim lindo, mas esse desenho é a chave para achar Alec e Magnus, então desembucha, você sabe onde fica isso? E não minta, pois vai ser pior para você.

— N-não, não faço ideia de onde seja. 

Irritada com a resposta a morena começou a mais uma sessão de açoites. 

— Desculpe! Eu sei onde fica! - Gritou o ex-ifrite tentando se proteger do chicote. 

— Onde?! 

— P-pelo desenho, posso perceber que essa arquitetura pertence a uma certa cidade do Arizona. 

— Qual? Diga logo antes que eu me irrite mais! 

— Phoenix, o que dá para ver da arquitetura do apartamento em que seu irmão e o bruxo estão só pode ser lá. 

— Ora ora, obrigada por me dizer onde Alexander está Isabelle. 

A morena se virou assustada e viu um demônio Drevak, arfou assustada, esse demônio era conhecido por ser um excelente espião, soltou um palavrão quando viu o demônio começar a correr, precisava pega-lo antes que ele entregasse onde Alec estava. Começou a correr pelas vielas sujas e mau cheirosas, desesperada para conseguir chegar ao demônio antes que ele conseguisse escapar, porém sentiu algo puxar seus pés a fazendo cair, logo uma sentiu um pancada na cabeça que a deixou desnorteada. 

Com a visão turva olhou para seu agressor e conseguiu distinguir a figura de Kaelie, a braço direito da Rainha Seelie, amaldiçoou todo o povo das fadas, eles também estavam envolvidos no sequestro de seu irmão? 

— Isabelle, eu sabia que você não ficaria quieta num canto, obrigada graças a você vai ser muito mais fácil achar Alexander, já tenho até o lugar onde vou colocar a cabeça dele. 

Ao dizer isso a fada retirou uma adaga brilhosa de seu cinto e a enfiou no peito da caçadora, Isabelle sentiu o sangue lhe subir pela garganta e uma dor terrível lhe invadir, antes de cair inconsciente viu a fada entrar dentro de portal e se amaldiçoou eternamente por ter entregado a localização de seu irmão.

                                     * * * 

Phoenix - Apartamento de Alec.

 

Alec estava treinando, ele era agiu, muito agiu,de repente sente que está sendo observado. O moreno vira a cabeça e encontra Jace girando sua espada.

-Não deveria estar com Magnus?-Pergunta, malicioso.

-Ele teve um chamado. –Resmunga, revirando os olhos.

-Mas não é o seu aniversário de reconciliação? –Questiona, revirando os olhos.

Magnus comemorava tudo, o dia da sua primeira vez, do primeiro beijo, do primeiro olhar, o dia em que começaram a namorar e agora o dia em que se deram uma nova chance, em cima do telhado, com beijos e o primeiro volume da história de sua vida.

-Ele me recompensa mais tarde. –Garante, despreocupado. –E você e a Clary? Não iam sair? –Pergunta, encarando o amigo intrigado.

-Ela teve que ir a academia. –Responde, dando de ombros. –Parece que eles vão seguir o nosso caminho. Eles serão parabatai. –Revela, batendo no ombro de Alec.

Quando teve a primeira alucinação com Jace, ele estava na sua primeira aula, agora ele não parava de pensar no loiro e começava a sentir algo estranho.

Não era desejo... Era diferente.

Era amor.

Amor de irmão.

Alec encarava a receita de um remédio contra alucinações, ele tinha matado aula para ir ao médico, ele estava com suspeita de esquizofrenia e agora tinha que fazer uma bateria de exames.

Desde que ouvira a suspeita do médico, Alec só conseguia chorar, sentir um aperto no peito, sentir como se tudo estivesse desmoronando.

-Alexander? –Chama Magnus, adentrando o apartamento e Alec esconde o vidro do remédio, secando as suas lágrimas rapidamente.

-Oi? –Pergunta, levantando-se, mas é parado.

-Alexander, o que está acontecendo de errado? –Pergunta, abraçando-o por trás.

O rapaz fecha os seus olhos com força, sentindo Magnus tomar o frasco do remédio de seus dedos, deixando-o em pânico.

-Por favor, não. –Implora, olhando Magnus nos olhos deixando-o confuso.

-O que está acontecendo? –Pergunta, sério. –Está sentindo alguma coisa? –Questiona, preocupado.

-Você vai me abandonar. –Afirma, categórico, dando passos para trás. –Por favor, não me abandona. –Implora, ofegando.

-Alexander, eu não vou a lugar algum. O meu lugar é ao seu lado, sempre será ao seu lado. Diga-me o que está acontecendo. –Pede, calmo, secando as lágrimas de Alec, que ofega.

-Eu estou enlouquecendo. Estou tendo visões, alucinações. –Revela, engolindo em seco. –Fui ao médico e ele disse que eu posso ter esquizofrenia. –Afirma, fazendo Magnus soltar um suspiro.

-O que você anda vendo? Desde quando? –Pergunta, olhando-o nos olhos.

-Você vai embora, não vai? –Pergunta, desesperado.

-Alexander, olhe nos meus olhos. –Manda e Alec assim o faz. –Eu não vou a lugar algum. –Garante, beijando os lábios de Alec, que solta a sua respiração, sentindo-se mais calmo. – Agora... Pode responder as minhas perguntas? –Pergunta, sereno.

-Desde o dia que eu te salvei, desde que o meu arranhão infeccionou. –Responde, suspirando.

-Ok, tudo bem. –Afirma, pegando o frasquinho e jogando no lixo. –Não há absolutamente nada de errado com você. –Garante, colocando as mãos, uma em cada lado, do rosto de Alec.

-Como assim? –Questiona, confuso.

Por alguma razão o seu lado racional não estava gritando com o rapaz, na verdade, estava o mandando confiar em Magnus.

–Nós vamos ter uma longa conversa e você vai entender o porque de estar assim. –Responde, seguro.

                                        * * * 

Nova York - Brooklyn.

 

Jia andava apressada, seu rumo era um certo beco, alias o único que conhecia, havia inventado o falso encontro, pois precisava descobrir se realmente havia um traidor entre a Clave e se sim, quem era. 

O beco estava vazio a essa altura, nem ao menos um mundano andava por ele, tinha lixo e entulhos por todo lado, poças de águas que manchavam seus sapatos pretos de salto alto. A Consuela olhou ao redor cautelosa e sacou sua lamina serafim, não que esperasse problemas, pois não iria encontrar ninguém, apenas esperar para ver se um de seus aliados de confiança a estava traindo. 

Conforme avançava pelas velas escuras, a Consuela percebeu que o glamour ficava mais denso nessa parte, olhou para os muros pichados e percebeu que havia um rastro de sangue que parecia fresco, assim como icor. Começou a seguir o rastro até chegar em um outro beco, notou uma figura caída, se aproximou cuidadosa a princípio até perceber que a figura lhe era familiar, apertou o passo e notou que era Isabelle Lightwood, a menina estava desacordada e muito machucada.

Rapidamente Jia sacou sua estela e fez uma iratze, porém esta não surtiu efeito, a Consuela percebeu que o rastro de sangue deixado nos muros da viela eram da Lightwood que se arrastara tentando sair, preocupada com o estado da garota tentou entrar em contato com a Clave, porém uma voz muito familiar lhe fez parar a ação no meio do caminho. 

— Ora ora, uma armadilha, muito esperta, tenho que reconhecer. 

Jia olhou para trás sem realmente acreditar no que seus olho viam, não podia acreditar, de tantas pessoas logo está a estava traindo?

— Você?! 

                               * * * 

Phoenix - Desert Botanical Gardens.

 

Jace andava a esmo pelo jardim, olhando sem realmente perceber as lindas plantas exóticas que estavam por todo o lugar, estava suado e inquieto e o clima árido do Arizona não contribuía com seu humor. Caminhava sozinho pelo imenso lugar que a esta hora já estava vazio, não conseguia dormir, tinha muita coisa na cabeça, sabia que Magnus provavelmente o mataria quando percebesse sua falta, o bruxo havia sido categórico quando o proibiu de sair do apartamento, porém estava muito inquieto e angustiado, a preocupação com Clary era imensa, não fazia ideia do que tinha acontecido com a garota, se a poção de Magnus havia surtido efeito e se ela estava bem, também estava preocupado com Izzy e Maryse, não era seguro para elas ficarem em Idris e perto de Robert. Também não haviam avançado com uma solução para toda essa historia, estavam longe de pegar os culpados e eles estavam sempre um passo a frente.

E também tinha Alec, lhe doía toda vez que o parabatai lhe olhava atravessado e sem um pingo de reconhecimento nos olhos, sua outra metade nãos e lembrava-se dele. Somando isso tudo ainda havia essa sensação em seu peito de algo muito ruim iria acontecer, com um suspiro cansado o loiro começou a voltar por aonde veio, precisava dar um jeito nos portões que ele havia arrombado para entrar escondido, porém um som terrivelmente familiar lhe fez parar e dar meia e seguir em frente.

Sacou uma lamina serafim e começou a andar em direção ao barulho sempre oculto pelas folhagens selvagem, chegando em uma área mais afastada onde haviam alguns cactos o loiro percebeu que havia um portal aberto e que por ele cinco demônios raveners passavam.

— Você já sabem o que eu quero, tragam-me Alexander Lightwood. - Disse uma voz que lhe era familiar, fazendo uma runa de visão de longo alcance, o loiro percebeu que se tratava de Kaelie, a maldita fada braço direito da Rainha Seelie.

A fada deu meia volta e o portal se fechou atrás dela deixando os demônios para atrás, aproveitando o fator surpresa Jace sacou mais uma lamina e a atirou em um dos raveners, a lamina acertou o peito do demônio que se desfez em cinzas, aproveitando o choque dos que restaram Jace usou sua rapidez fora do normal para chegar ao ravener mais próximo e lhe decepar a cabeça, outros dois vieram em sua direção com os ferrões pronto para o bote, Jace deu um passo para o lado e o demônio errou o alvo por pouco, mas acabou acertando seu companheiro que explodiu em uma chuva de cinzas, aproveitando a chance Jace acertou o ravener no peito o mandando de volta para a dimensão da onde ele havia saído.

O quinto ravener aproveitando a distração do caçador deu o bote acertando seu ferrão no pescoço do caçador e o lançando para longe, com um gemido de dor e tossindo sangue o loiro tentou se levantar, mas a dor e a tontura eram muito forte, o ravener foi em sua direção pronto para dar o golpe final, Jace procurou sua lamina mas a avistou caída a vários metros longe, logo sacou a adaga Herondale que herdara da família de seu pai e a atirou acertando o ravener no pescoço, logo em seguida uma chuva de cinzas caiu sobre ele.

Cansado, tonto e com uma dor aguda pelo corpo, Jace sacou sua estela e desenhou uma iratze, porém o veneno do ravener que estava em seu sangue não deixou que a runa fizesse efeito, o rapaz levantou com dificuldade, seu corpo tremia e suas pernas mal suportavam seu peso, sua cabeça latejava e tudo o que ele queria era deitar em um canto até que toda a dor e cansaço fosse embora, porém não podia se dar esse luxo, precisava avisar Magnus que os demônios já sabiam que Alec se encontrava em Phoenix.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!
Bjss até o próximo!!!


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