1. Spirit Fanfics >
  2. Portas da Alma >
  3. Capitulo 3

História Portas da Alma - Capitulo 3


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Mais um pra vocês!! ;)
Boa Leitura!!!

Capítulo 3 - Capitulo 3


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 3

Nova York - Blooklyn, casa de Magnus Bane; 3 meses depois.

 

Magnus encarava o livro a sua frente sem realmente conseguir ler o que estava escrito, estava exausto, seus olhos pareciam conter areia, não tinha uma noite descente de sono há três meses, desde aquele fatídico dia, desde que sua vida fora virada de cabeça para baixo, desde que seu coração sangrou até não parar mais, desde que sua felicidade fora arrancada de si, desde que Alec havia desaparecido.

O bruxo já revirara todos os cantos do mundo atrás do namorado, torturara demônios até não poder mais, procurou em todos os livros por algo que pudesse ajudar a encontrar Alexander, cobrara favores, mas nada, nem uma única pista do paradeiro do caçador. O bruxo já estava começando a perder as esperanças de um dia encontra-lo, sabia que ele estava vivo em algum lugar, seu coração lhe dizia isso e Jace também, a runa parabatai no peito do jovem ainda não desbotara, logo isso era sinal de que Alec estava vivo, porém a cada dia que passava parecia que a runa ficava um pouco mais pálida e isso estava desesperando tanto o bruxo quanto o caçador.

Magnus escondeu o rosto nas mãos exausto, sua cabeça girava e seu ar começou a faltar, o bruxo fechou os olhos e tentou controlar a respiração, seu corpo começou a suar frio e a ter espasmos, tentando se controlar o feiticeiro puxou o ar com força e continuou com os olhos fechados, aos poucos sua respiração foi se normalizando, os espasmos parando e ficando apenas o suor gelado. Com um suspiro derrotado o bruxo puxou o livro para perto mais uma vez e tentou lê-lo, não se preocupou com o que ocorrera, era sempre assim, isso ocorria com grande frequência para seu desgosto, desde que Alec sumira, era a forma como seu corpo achou para avisa-lo de que precisava se cuidar, não dormia, não comia, perdera peso, vivia divido entre fazer feitiços de rastreamento, procurar feitiços em livros antigos, invocar e torturar demônios e nunca se preocupava com sua saúde, seu desespero para encontrar Alec era mais forte, com isso suas crises de ansiedade só aumentavam e ocorriam com cada vez mais frequência.

Olhou para sua mesa completamente bagunçada e soltou um suspiro derrotado, com um estalar de dedos os livros velhos e empoeirados voltaram para a estante atrás de si, observando o que restara na mesa Magnus pode ver o porta - retrato com a foto de Alec, era uma das fotos que mais gostava.

 Alec estava sentado na escada do instituto e tinha seu arco nas mãos, o caçador limpava cuidadosamente sua arma, ele sempre fora muito metódico e cuidadoso, Magnus havia aproveitado o momento de relaxamento do caçador e batera a foto, Alec olhara assustado quando viu o fleche e o azul de seus olhos se destacaram na foto.

-Magnus. –Repreende, com os olhos azuis arregalados.

-Não resisti, gostosinho. –Confessa, aproximando-se do rapaz e se sentando ao lado do amado. –Estava com saudades. –Revela, com um biquinho nos lábios.

-Jura? –Pergunta, aproximando o seu rosto do de Magnus, fazendo o bruxo se perder na imensidão azul dos olhos de Alec. –Achei que estava ocupado demais com o seu trabalho. –Resmunga, rindo.

-Nunca estarei ocupado demais para você. –Garante, alisando o rosto do arqueiro, que se arrepia com o toque. –Por que não foi para o loft ontem à noite? –Pergunta, suspirando.

-Chamados e mais chamados. –Resmunga, revirando os olhos. –Parece que Jace quer matar todos os demônios de Nova York sozinho. –Revela, cansado.

-Isso não foi uma resposta descente. –Acusa, desacreditado. –Você poderia ter ido para o loft a hora que você quisesse, todo sujo de sangue e fedido, contanto que estivesse inteiro, ou se não tivesse eu lhe concertaria. E sempre iria te receber de braços abertos. –Afirma, roubando um selinho do namorado.

-Eu sei, mas... A minha mãe acha que eu estou agindo como um desesperado. –Confessa, envergonhado. –Acha que eu estou forçando a minha presença, acha que você tem que sentir minha falta, que se eu impor a minha presença, você vai acabar enjoando de mim, como enjoou de Woolsey Scott. –Resmunga, desviando o olhar.

-Não estamos retrocedendo não, não é? –Pergunta, preocupado.

-Não. –Responde, rapidamente. –Eu não tenho mais ciúmes do seu passado, os sete diários e as possíveis continuações mostram que eu não tenho que ter medo do seu passado. Ela só acha que talvez estejamos andando rápido demais. –Revela, mordendo o lábio.

-Primeiro como você bem sabe Woolsey era somente um caso carnal, não era amor. Segundo, não tem hipótese nesse mundo que me faça enjoar de você, por mim, você arrumaria as suas coisas e se mudaria para o loft. –Confessa, despreocupado.

-Magnus, mais da metade do meu armário está na sua casa. –Lembra, rindo.

-Como se isso fosse muita coisa, Alexander. –Acusa, irritado, fazendo Alec ri.

-Ok. –Sussurra, encostando a sua cabeça no ombro do bruxo.

-Ok, eu vou me mudar de mala e cuia para a sua casa, ou ok eu vou lhe deixar comprar roupas novas, ou ok eu vou para a sua casa a hora que quiser e a minha mãe só está sendo super-protetora? –Pergunta, recebendo um olhar divertido de Alec. –O quê? Esse ok, pode ter muitas interpretações. –Revela, brincalhão.

-Ok, eu vou morar com você. –Afirma, puxando-o para um beijo. –Mas. . . Eu preciso de um tempo para que minha mãe não tenha uma sincope. Porém nada de você comprar minhas roupas. – Revela, com um sorriso entre os lábios do bruxo.

Uma lagrima de saudade escorreu pelo rosto do bruxo, um pedaço de papel amarelado ao lado do porta - retrato chamou sua atenção, o bruxo torceu o nariz em desgosto ao perceber o que era.

Era a notificação da Clave de que as buscas por Alec não continuariam, que havia se passado muito tempo e que provavelmente Alec já estaria morto. Magnus se lembrou da ultima reunião da Clave e dos Submundanos, o conselho havia dito que eles estavam pensando em terminar as buscas pelo Lightwood, pois não havia pistas e nem indícios de que este ainda estava vivo. Houve uma comoção de protestos, Maryse ficara fora de si, Isabelle esbravejara, Lily a nova líder dos vampiros que era muito amiga de Alec também fora contra, assim como Maia que herdara o posto de líder dos lobisomens depois que Luke renunciou para viver com Jocelyn. Magnus fora pego de surpresa, mas no fim sabia que era bem o estilo da Clave fazer esse tipo de coisa, olhou para Jace para saber qual seria a reação do jovem caçador, já que de todos, ele era o que tinha o sangue mais quente. O loiro, no entanto, não gritou, apenas se levantou aproximando-se da Consuela, abriu a camisa e mostrou sua runa parabatai para ela e depois se virou mostrado para quem quisesse ver, após fazer isso encarou a todos, Magnus ainda podia ouvir o discurso que o loiro fez em sua cabeça.

— Se isso não prova que Alec está vivo, não sei o que mais provaria, não me importa que o vocês pensam, meu parabatai está vivo e eu vou até o inferno para acha-lo e vocês não podem me negar isso, o juramento parabatai me garante poder procurar por Alec até o ultimo de meus suspiros. Voltem para suas vidas medíocres, voltem para o que quiserem fazer, encontrarei Alec com ou sem vocês.

Após essas palavras o loiro havia se retirado para fora da sala, a Consuela havia dito que tomariam uma decisão e depois enviariam uma resposta a todos os interessados, após quatro dias uma carta chegara até Magnus dizendo que a Clave tinha outras responsabilidades e que a busca por Alec ficara em terceiro plano.

Uma batida na porta fez o bruxo voltar a si, o bruxo foi até a porta para ver que se tratava de Jace, o loiro foi entrando sem nem esperar que Magnus o convidasse, pode perceber que ele estava nervoso, mais que o normal, olhava para todos os lados preocupado e cauteloso, Magnus percebeu que não fora o único a ficar destruído com o sumiço de Alec, Jace não estava em melhor estado do que ele, havia sombras em seus olhos vermelhos, como se também não dormisse a dias, ele havia perdido peso e parecia exausto.

— Aconteceu algo Jace? - Perguntou o bruxo com receio e olhando para onde ficava a runa parabatai do garoto.

— Sim, mas não é nada com o Alec, bom é com o Alec, quero dizer é em relação ao Alec, mas não sobre isso. - Disse o garoto apontando para seu peito.

Magnus franziu a testa, Jace parecia muito nervoso e agitado, porém ficou aliviado em sabe que não era nada sobre Alec estar morto.

— Do que se trata então?

— Esse apartamento é seguro? Digo, sobre ouvidos alheios? - Perguntou Jace e o bruxo levantou uma sobrancelha.

— É o apartamento do Alto Bruxo do Blooklyn, o que você acha?

— Certo, pergunta idiota eu sei, mas precisava ter certeza. Magnus, acho que tudo isso que aconteceu com Alec é uma conspiração! - Disse o menino com os olhos arregalados.

— Como?! Jace, olhe não vamos viajar, ambos estamos preocupados e desesperados para achar Alexander, mas não vamos nos deixar levar pela imaginação.

— Magnus, escute-me! - Disse Jace se aproximado do bruxo que havia sentado em uma poltrona. - Você não acha muito suspeito o fato de a Clave resolver dar uma reunião urgente de ultima hora, quando não se havia nada a ser discutido e quando a próxima estava marcada para a próxima semana? Não acha esquisito o fato de pela primeira vez na história a Academia dos Caçadores deixarem que seus alunos tenham visitas por uma semana inteira com direito a asilo para os visitantes? Ou que de repente TRÊS demônios raveners apareçam em pleno Central Park? Um, tudo bem, mas três? Não lhe parece interessante que quando você planejara passar o dia com Alec, você receber chamado em cima de chamado para ajudar com feitiços, quando muitos bruxos que cobrariam a metade do que você cobra poderiam ter feito o que você fez, mas eles simplesmente queriam o Alto Bruxo do Blooklyn? Ou o mais estranho ainda, uma chamada sem assinatura com um pedido de ajuda falso para que Alec fosse até lá? Sério que você não acha nada disso esquisito?

Magnus engoliu em seco, não havia parado para pensar nesse assunto, sua preocupação em encontrar Alec era tanta que não havia ligado para mais nada, porém após ouvir o que Jace lhe dissera, realmente fazia sentido, ainda mais depois de a Clave ter desistido de procurar por Alec, alguém queria o herdeiro Lightwood fora da jogada, mesmo que eles encontrassem Alec, o garoto não estaria seguro.

— Temos que continuar a procurar por Alec, porém em segredo, realmente o que você diz faz sentido, mas o porquê de quererem tirar o Alec da jogada? O que ele pode ter ou saber que possa ameaçar alguém?

— Não faço ideia, porém tenho certeza de que isso foi armado para o meu parabatai. Vamos continuar em segredo, para todos nós também desistimos de procurar.

— Vai mentir para todo mundo? Até para sua família?

— Não dá pra confiar em ninguém, para saberem que Alec estaria sozinho no instituto naquele dia, tinha que ser alguém de dentro da Clave e quanto a minha família, eles não foram muito resistentes em acabar com a busca por Alec!

— Vai mentir até para Clary? E Isabelle? - Perguntou Magnus e viu o jovem engolir em seco.

— Vai ser o melhor, isso deve ficar entre nós dois, Magnus, Clary e Izzy são de minha inteira confiança, porém não sabem esconder suas emoções, se lhes dissermos o que achamos, elas não conseguirão disfarçar. O melhor no momento é que isso fique entre a gente.

Ao ver a firmeza do garoto Magnus sentiu seu coração quebrado se aquecer um pouco, seu Alexander era uma pessoa de sorte por ter um parabatai que faria de tudo por ele, até mesmo mentir para o grande amor de sua vida, tudo para o bem de Alec.

— Uma pergunta Jace? Quem inventou a uma reunião de ultima hora?

Magnus viu Jace desviar o olhar incomodado, algo o estava chateando e muito e o bruxo podia apostar que era a resposta para essa pergunta.

— Foi Robert Lightwood.

O feiticeiro sentiu seu chão sumir, o pai de Alec poderia estar envolvido no sumiço do próprio filho?!

—Você não pode estar falando sério. –Afirma, intrigado.

—Também não quero acreditar que o homem que me criou foi capaz de sumir com o próprio filho, mas... Magnus, eu não tenho outra explicação lógica para o que está acontecendo. –Afirma, afastando-se do bruxo. –A única coisa que eu sei é que eu não vou perder o Alec e a única pessoa que eu conheço que é capaz de encontra-lo é você. –Garante, apontando em direção ao bruxo.

—Jace, eu estou fazendo de tudo que está ao meu alcance. Sou um dos mais interessados pela volta de Alexander, mas eu estou ficando sem ideias. –Confessa, desgostoso.

—Você o ama, existe motivação melhor que essa? Alec, iria até o inferno por você, na verdade, ele foi. –Acusa, nervosamente.

—E eu morreria por ele! –Garante, apaixonado.

—Eu também. Não estou dizendo ao contrario. –Afirma, aproximando-se de Magnus. –Somos as únicas pessoas que não podem existir sem Alec. –Garante, seguro. –Acha que eu não sei que planeja retirar a sua imortalidade? Acha que eu acreditei naquele papinho de vamos viver cada segundo como se fosse especial? Não sou idiota Magnus. –Lembra, negando com a cabeça.

A verdade é que Magnus não conseguia pensar num mundo sem os olhos azuis de Alexander, ou sem a sua bondade, ou sem a sua segurança, sem a presença do rapaz. Ele não conseguiria continuar sem ele, então, por que faria?

—Jace. –Resmunga, desviando o olhar.

–Não podemos perdê-lo, não podemos deixa-los ganhar. –Murmura, entre os dentes.

—Não vamos. –Garante, seguro.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
Bjss até o próximo!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...