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História Portas da Alma - Capitulo 48


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 48 - Capitulo 48


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 48

Idris- Prisão.

 

 

Luke não havia trazido somente as noticias sobre o corpo de Simon, ele havia contado, assim que Jace saiu porta a fora, o que havia acontecido com Jace e Mark, deixando Alec bastante preocupado.

Tanto que ele convencera Magnus a ir conversar com Mark, já que ele tinha que apoiar Izzy, então, como um bom namorado e com fé em toda a purpurina do planeta Terra futuro marido, Magnus seguiu em direção à prisão.

O feiticeiro sabia que Alec estava certo, quaisquer aliados eram valiosos demais para serem perdidos em momentos de guerra e Mark e Kieran já provaram o quão valiosos são.

-Saia daqui, Magnus Bane. –Manda Mark, assim que os seus olhos se cruzam.

-Tenho coisas para te explicar e você ouvir. –Garante seguro, fazendo-o desviar o olhar. –Eu ajudei Catarina a fazer o feitiço que te libertou, ou seja, você está em divida comigo. –Acusa arqueando a sobrancelha.

-Conte-me o que está acontecendo então. –Manda irritado e foi exatamente o que Magnus fez.

Magnus despejou toda a verdade, como Helen manipulou Jace para mata-la, como ela manipulou e foi manipulada pelo pai de Magnus e por tudo o que aconteceu, realmente.

-E foi isso que aconteceu. –Revela suspirando.

-Helen não faria essas coisas... Ela não mataria essas pessoas, ela não mataria a Aline. –Afirma nervoso.

-Tem razão. Não foi ela que matou, foi o meu pai. –Revela calmo. –Ela só fez a estupidez de achar que poderia controlar aquele que não pode ser controlado. –Afirma suspirando.

-Ela é uma pessoa boa. –Garante seguro.

-Ela era... Só que ela esqueceu que eu e  Alec ficamos ao seu lado... Ela esqueceu que nós éramos os seus aliados e invocou o meu pai, ela tentou se vingar daqueles que estavam do seu lado. Ela deixou-se levar de uma forma tão absurda que acabou matando a mulher que amava, Maryse disse que ela não tinha expressão alguma, ela só foi cair em si quando o Jace começou a interroga-la. –Revela suspirando. –Se eu matasse o Alec, mesmo que não fosse por querer, eu também não iria querer viver. Só que eu não precisaria de ninguém, eu mesmo me mataria. –Confessa desviando o olhar.

-Eu concordo com você. –Afirma sussurrando.

-O que pretende fazer? –Pergunta calmo.

-Sair daqui, começar a minha vida junto com Kieran... Tentar remediar o que Helen fez. –Responde, desviando o olhar.

-Então, está do lado dos caçadores? –Pergunta calmo.

-Sou o irmão mais velho dela, tenho a obrigação de concertar o que ela fez. –Responde levantando-se. –Eu só preciso saber onde Kieran está. –Confessa calmo.

-Kieran está com Tessa e Jem, eles são de confiança. –Garante seguro.

                               * * * 

Cemitério de Nova York. 

 

— A qual é Simon, não me diga que está com medo? Pula logo! 

O menino de óculos que aparentava não ter mais que sete anos, olhava assustado para baixo, estava em cima de um galho de árvore, a menina ruiva e baixinha batia o pé no chão em sinal de impaciência. 

— Mas é muito alto,Clary! 

— Simon você é um homem ou um rato? - Perguntou Clary indignada. 

— Se eu disser que sou um rato você me deixa descer? - Perguntou esperançoso.

— Não, você perdeu a aposta, agora tem que pagar, anda pula logo! 

Resignado o menino tirou os óculos e os jogou na direção da pequena ruiva que o pegou com rapidez, Simon fechou os olhos com força e pulou, caindo com tudo no chão e rolando logo em seguida, uma dor no tornozelo o fez gritar. 

— Simon você está bem? Simon fala comigo! Não morre Simon por favor! - Gritou a menina desesperada se abaixando no ao lado do corpo estendido no chão do garoto. 

O menino estava estirado no chão com os olhos fechados, Clary o sacudia desesperada para que o menino acordasse. 

— Simon por favoooooooooor, não morra Simon. Você é meu melhor amigo, não pode morrer! Simon!

Simon abriu os olhos de repente e começou a gargalhar, por um  momento Clary ficou sem entender, mas quando percebeu que ele estava zombando dela, lhe deu um tapa irritada. 

— Seu idiota! Eu acreditei que você estava morto! 

— Você precisava ver a sua cara Fray! 

— Idiota! Você me assustou! 

— Clary eu nunca vou te deixar, somos melhores amigos! 

Clary piscou os olhos com força tentando evitar as lagrimas, olhava para o caixão de Simon desolada, não sabia mais o que fazer, Simon era seu melhor amigo desde que se entendia por gente, a ruiva estava em estado de choque desde que saíra da casa de James Carstairs, a ruiva não soube o que lhe dera para buscar conforto com Tessa, mas funcionara, Tessa já havia perdido muito, conhecia a dor que ela estava enfrentando nesse momento. A morena a fez se sentir um pouco melhor, porém agora olhando para o simples caixão de pinho o sentimento de desolação voltava. 

Clary olhava com raiva para o manto preto com a estrela de Davi cobrindo o caixão, na noite anterior Luke com a ajuda de Magnus havia devolvido o corpo de Simon para a família, isso após Magnus ter feito um feitiço para que uma explicação plausível fosse dada. Segundo eles Simon fora morto em um acidente, logo a mãe de Simon mesmo desolada conseguiu arrumar tudo para o ritual judeu. 

Clary ficara desolada por não ver o rosto de Simon, ela queria abrir aquele caixão e rasgar a mortalha que ela sabia que estaria cobrindo Simon, quando mais novos ele sempre contava como seria seu enterro e ela sempre o ouvia fascinada, vinhemos do pó e voltaremos para o pó, ela se lembrou das palavras que Simon sempre usava para descrever o ritual. Antes ela ouvia tudo fascinada, agora tudo o que ela queria era abrir o caixão e comprovar que era tudo um pesadelo, que Simon não estaria ali ou que ele abriria os olhos e riria dela. 

— Dessa vez você não vai rir não é mesmo? - Perguntou com um sussurro, sentindo as lagrimas banharem seu rosto. 

A ruiva olhou ao redor e viu o rabino recitando as orações em hebraico, mas ela não prestava atenção, olhava para os lados e via a expressão desolada de todos, a família dele estava inconsolável, Simon era muito jovem, não merecia ter partido tão cedo, a ruiva queria se aproximar e  abraçar a mãe de seu melhor amigo, mas não tinha coragem, não quando se sentia culpada pela morte dele. Sentiu um toque suave em seu ombro e olhou para cima vendo Luke tentar lhe passar conforto enquanto abraçava sua mãe com o outro braço. 

Um movimento discreto um pouco afastado na entrada do cemitério chamou a atenção da ruiva e ela percebeu que eram seus amigos do instituto, Alec estava vestido de preto como um sinal de respeito, mesmo sendo um caçador, na cabeça dele, ele vivera muito tempo entre os mundanos e havia pego alguns de seus costumes, mas mesmo assim trazia em seu braço uma faixa branca com símbolos em dourado, o branco era a cor da morte e do luto para os caçadores. Clary viu que o caçador estava abraçado a alguém, quase não reconheceu a pessoa, os cabelos negros outrora espetados agora caíam lisos e penteados, sem um único sinal de purpurina, suas roupas extravagantes foram substituídas por um terno preto e sério, Clary sentiu seu coração se aquecer um pouco, tanto Alec quanto Magnus mudaram suas vestimentas em sinal de respeito à Simon. 

O casal deu um passo à frente adentrando no cemitério, atrás deles Clary pode ver Maia toda de preto junto com Lily, quando elas entraram a ruiva prendeu a respiração ao ver o próximo casal que entrava, seus olhos não conseguiam deixar de olhar para as duas figuras vestidas de branco com símbolos dourados desenhado nas vestimentas. Todas as pessoas por um momento desviaram a atenção das palavras do rabino e olharam admirados para as duas figuras de branco, Clary não podia culpa-los, os longos cabelos negros de Isabelle jaziam soltos sobre suas costas, a morena usava um vestido de mangas comprida, todo branco e bordado nas mangas com símbolos dourados, mesmo estando com roupas de luto a garota era simplesmente linda, porém ao olhar em seu rosto Clary pode ver refletido ali toda a sua dor, Isabelle sofria tanto quanto ela, ambas tinham aquela expressão devastada e perdida de quem não sabe mais o que fazer da vida ou como continuar. 

Clary desviou o olhar para a segunda figura de branco, os cabelos loiros esvoaçando contra o vento, o terno branco com os símbolos dourados, ele parecia um anjo, porém quando olhou para os olhos dourados que ela tanto evitava desde que dissera coisas horríveis a ele ela tomou um susto, havia ali naquele dourado agora escuro, um ódio e uma ira que a deixaram com medo, ela sabia que algo muito errado estava acontecendo com o garoto, mas não tinha forças e nem animo para tentar descobrir, não agora, não com a dor tão recente e com o corpo de Simon ainda sem ser enterrado. 

 

                                                           * * * 

Isabelle se desvencilhou do braço de Jace e se aproximou do caixão, viu o manto preto e a estrela de Davi sobre o caixão, seu olhos se enxeram de lagrimas, queria retira-los dali, queria abrir aquele caixão e ver o rosto tão amado, a garota se ressentia por tudo ter sido tão depressa que nem ao menos, tempo de se despedir ela teve, Luke havia lhe explicado que aquele era um costume judeu, eles não deixavam um corpo velar por uma noite, era tudo muito rápido, seu cadáver não poderá permanecer ali durante a noite, mas tu o sepultarás no mesmo dia, Luke havia recitado para ela, porém isso não confortava seu coração ferido. 

Mesmo sabendo que não seria vista com bons olhos, pois a religião judia não permitia velas, flores ou qualquer outro tipo de adereço, a morena retirou as duas flores que trazia em cima da orelha, olhou para cada uma delas e com lagrimas escorrendo pelo rosto acariciou o caixão colocando ambas ali.

— Vamos Izzy, quero te mostrar uma coisa. 

Isabelle ria animada pela empolgação do rapaz, Simon havia ido busca-la no instituto dizendo que queria leva-la em um lugar, ambos passaram pelas ruas do Blooklyn até chegarem em uma rua em especial, na verdade era uma praça e a garota olhava fascinada para a quantidade de flores e pessoas que estavam admirando as barracas de flores. 

— Que lindo Simon! Que lugar é esse? - Perguntou a morena com os olhos brilhantes. 

— Aqui é onde acontece o festival anual da primavera, não é muito reconhecido, mas todas as pessoas da redondeza vem aqui para comemorar, tem muitos tipos de flores diferentes, algumas são até cultivadas fora de época só para poderem ter aqui na época do festival.

O garoto a pegou pela mão e seguiu em direção as barracas, foram andando pelas barracas e Simon ia explicando o significado de cada flor, Isabelle estava cada vez mais encantada, o lugar era muito bonito. Até que chegaram em uma barraca que tinha algumas flores rosadas, eram delicadas e muito bonitas, ao seu lado algumas mudas de árvores. 

— Que lindas! Simon que flores são essas? 

— Está vendo aquela muda de árvore ali? Elas são Sakuras, ou seja flores de cerejeira, elas são de origem asiática, na verdade a flor nacional do Japão, você as encontra com muita abundancia por lá, significam a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança. 

— Nossa! Como você sabe tanto sobre flores? - Perguntou a menina deslumbrada. 

— Sou um nerd Isabelle, é meu dever saber sobre a maioria das coisas! - Riu o garoto. 

Simon a puxou pela mão até uma barraca um pouco mais afastada, porém igualmente bonita, pegou duas flores em especifico e as colocou nos cabelos de Isabelle. 

— Elas são lindas! Tem algum significado? 

— Na verdade tem sim, essa aqui é um Crisântemo Vermelho e significa Eu Te Amo, agora eu quero que toda vez que você olhar para um desses você se lembre que eu te amo Izzy, mesmo que eu não lembre desse amor, mesmo que as vezes eu fique confuso, minha cabeça pode ter esquecido, porém meu coração não e no fundo ele sabe disso, ele sabe que meu grande amor é você. E essa outra é um Cravo Riscado e significa que não posso estar contigo, eu sei que você está triste porque vou para a academia em Idris, mas entenda Izzy eu vou fazer isso exatamente porque eu te amo e é a única forma de ficarmos juntos, isso não vai ser um adeus, você vai poder me visitar e quando eu sair de lá vou ser um Caçador de Sombras e vou te dar muito orgulho! 

— Você já me dá orgulho Simon e eu também te amo! 

Isabelle olhou para o Crisântemo e para o Cravo que havia colocado em cima do caixão e não conseguiu segurar um soluço, Simon havia lhe dado aquelas flores antes de ir para a academia, mesmo sem lembrar exatamente dela, ele fez isso, pois segundo ele, o amor ainda estava presente em seu coração, mesmo que sua cabeça houvesse esquecido. 

— Eu te amo Simon, mas não posso estar contigo. - Sussurrou a morena. 

 

                                                                                 * * * 

Jace olhava para as pessoas que amava sofrendo e isso o destruía por dentro, ele ainda não conseguia encarar o caixão de Simon, porém olhar para Isabelle completamente destruída e Clary devastada não era a melhor sensação do mundo, até mesmo Magnus Bane estava abalado, ele via que o bruxo estava abraçado ao seu parabatai, mas em vez de  dar  conforto a Alec como sempre acontecia, agora era o contrario, Alec não se lembrava com clareza de Simon, podia ser que quando se lembrasse o moreno viesse a sofrer, mas agora, no momento tudo o que ele sentia era pesar, logo coube a ele dar apoio ao namorado, que estava muito abatido. 

Jace fechou os olhos respirou fundo e criou coragem para encarar o caixão de Simon, era simples, de tabuas de pinho, muito usado pelos judeus, aquela estrela de Davi sobre o mento negro parecia acusa-lo, parecia querer dizer que ele podia ter feito mais pelo garoto, podia tê-lo salvado. 

Jace sentiu seus olhos arderem, como seria agora sem Simon? Acabara se afeiçoando a ele, o rapaz se tornara um amigo, mesmo que não admitisse, ele gostava daquele nerd desengonçado. Simon provara mais de uma vez seu valor, provara que mesmo sendo um mundano ele tinha mais coragem que muitos caçadores. 

—  O que é isso ?

— Uma manga - Simon encarou Jace. As vezes realmente parecia que os Caçadores de Sombras vinham de outro planeta.

— Acho que nunca vi uma destas sem estar cortada - revelou Jace -Gosto de manga.

Simon pegou a fruta e colocou no carrinho.

— Ótimo. Do que mais você gosta ?

Jace pensou por um instante.

— Sopa de tomate - Disse.

— Sopa de tomate ? Quer sopa de tomate e maga para o jantar ?

Jace deu de ombro.

— Não ligo muito para comida.

— Tudo bem. Que seja. Já volto.

Simon estava quase se sentindo solidário a Jace quando se aproximou da seção onde o deixara e parou. Jace estaca apoiado no carrinho, girando alguma coisa nas mãos e Simon não podia se aproximar, pois duas meninas estavam bloqueando a passagem.

Estavam falando sobre Jace, sobre como era bonito , uma desafiando a outra a ir falar com ele. Houve muita discussão sobre o cabelo e o abdômen, apesar de Simons não saber como estavam enxergando o abdômen através da camiseta. Estava prestes a pedir licença quando uma delas se afastou e foi ate Jace.

Jace levantou o olhar cautelosamente quando ela se aproximou e Simon por um instante teve o pensamento apavorante de que Jace a confundiria com uma espécie de demônio e sacaria uma de suas laminas de Serafim ali mesmo. Não precisava ter se preocupado. Jace apenas ergueu uma sobrancelha. A menina disse alguma coisa para ele, arfando; ele deu de ombros; ela colocou alguma coisa na mão dele, e em seguida voltou para a amiga. Saíram do supermercado rindo juntas.

Simon foi até Jace e jogou a lata de sopa no carrinho.

— O que foi aquilo ?

— Acho - respondeu Jace - que ela perguntou se podia encostar na minha manda.

— Ela disse isso ?

Jace deu de ombros.

— É , depois me deu o telefone dela - mostrou para Simon o pedaço de papel com uma expressão de total indiferença, em seguida o jogou no carrinho - Podemos ir agora ?

— Este tipo de coisa acontece com você o tempo todo,não é ? Garotas de aproximando ?

— Só quando não estou escondido por feitiços.

— Sim , porque quando está, as meninas não te enxergam, porque fica invisível. Você é uma ameaça publica. Não deveriam permitir que você saísse sozinho.

— A inveja é um sentimento tão feio, Lewis - Jace deu um sorriso.

Uma lagrima solitária escorreu pelo rosto do loiro que não se importou em limpa-la, Simon merecia isso, merecia que chorassem a sua morte. 

— Mundano idiota, não era para ter acabado assim, você ainda me devia outra ida ao supermercado.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!!
Admito que escrever esse capitulo foi difícil pra mim! :(


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