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História Portas da Alma - Capitulo 53


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 53 - Capitulo 53


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 53

Nova York - Central Park 

— Por que aqui? - Perguntou Gwyn olhando ao redor do parque.

— Porque aqui é o melhor lugar para abrir um portal em Nova York. - Respondeu a Rainha também olhando ao redor do parque.

Gwyn não retrucou, ele não gostava de andar em meio aos mundanos, embora esses não pudessem vê-lo, ver como os mundanos levam suas vidas medíocres e sem aspirações lhe tiravam a paciência.

— O que faremos agora? - Perguntou irritado a rainha. 

— Agora você e sua caçada vão até o instituto, sugiro que deem cabo daqueles traidores primeiro, afinal eles sabem tudo sobre vocês, incluindo suas fraquezas. - Respondeu a rainha enquanto passava a mão por seus cabelos escarlates. 

— E o que você fazer? - Perguntou Gwyn desconfiado, apesar da suposta trégua ele não confiava nada na rainha, ela era traiçoeira demais e o fato do Rei Unseelie ter ficado no reino das fadas e mandado apenas suas tropas como auxílio não ajudava. 

— Eu irei atras do nosso trunfo, aquele que irá garantir nossa vitória diante dos caçadores. 

— Você irá atrás de Asmodeus? Sabe onde encontra-lo? 

— Mas é claro meu caro Gwyn, acha mesmo que eu entraria nessa guerra sem ter a real certeza de nosso sucesso? Quando essa guerra terminar o povo das fadas governará o mundo! 

— Mas o que Asmodeus quer em troca? Ele não nos ajudaria a troco de nada! 

— Tudo o que ele quer é a imortalidade de seu filho, aquele bruxo estupido que se envolveu com caçadores. 

— Declarar uma guerra apenas para pegar a imortalidade de um bruxo? Não é uma reação exagerada? 

— Ele não quer apenas a imortalidade, ele quer tirar tudo de seu filho, ele quer que Magnus Bane rasteje a seus pés pedindo clemencia! 

— Realmente uma atitude  digna de um príncipe do inferno. - Murmurou Gwyn se preparando para mandar a primeira remessa de seus guerreiros atrás de Kieran e Mark.

                            * * * 

Nova York- Arredores do Instituto.

 

Mark podia sentir que tinha algo estranho no ar, ele sabia que era uma questão de tempo até a caçada selvagem ir até deles e isso o estava deixando impaciente. Eles não poderiam deixar que eles chegassem ao Instituto, havia muita coisa acontecendo lá, fora que não era um problema nefilim por completo, era um problema deles.

-Tem que se acalmar. –Lembra Kieran passando por ele, posicionando-se na beirada do prédio, observando a rua, com o seu arco encostado à sua coxa. –Assim pode chamar a atenção. –Afirma suspirando.

-Vou tentar. –Murmura, coçando a nunca e observando a expressão concentrada de Kieran.

O loiro revira os olhos, agachando-se ao lado do namorado e encarando a rua, colocando o seu corpo próximo ao seelie.

-Caçador de sombras, lembre-se estamos lidando com a caçada selvagem. Nós dois somos dissertares, eles vêem atrás de nós. –Lembra sério.

-Você se arrepende? –Pergunta, olhando no fundo dos olhos de Kieran.

-De vir com você? Não. –Responde seguro. –Não poderia ficar longe de você... As estrelas vão se apagar antes de eu esquecê-lo, Mark Blackthorn. –Declara apaixonadamente, enquanto os seus cabelos mudam de tom de azul. O coração de Mark bate mais rápido e tudo o que ele conseguiu fazer, foi lhe roubar um selinho.

Ele gostava de saber que Kieran o aceitava como era, mesmo que Mark soubesse que ele faria qualquer coisa para tê-lo por perto, prova disso que ele havia aceitado trair a própria raça só para ficar perto dele.

Kieran lhe lança um olhar apaixonado, tão apaixonado que Mark só conseguiu alisar o seu rosto, fazê-lo tender a cabeça para o lado. Os dois estavam presos um ao outro desde que se conheceram e ambos não queriam que fosse de outra forma. Nem mesmo quando Mark sentiu-se atraído por Cristina Rosales, amiga de Emma, parabatai de Julian, ao ponto de começar a se apaixonar pela caçadora.

Foi uma época difícil para o casal, uma visita à família, feita através de um acordo, que quase desandou tudo o que ele havia construído com Kieran, mas quando eles voltaram para a caçada, tudo voltou aos eixos de um modo tão natural. Numa noite em que Kieran adormeceu primeiro, Mark se pegou pensando se ele havia se apaixonado, realmente, ou se só havia se sentido atraído pela jovem. No final, ele se deitou ao lado do amante e alisou os seus cabelos, puxando-o para mais perto e dali em diante tudo voltou ao normal.

Às vezes ele se perguntava se eles estariam juntos caso ele não tivesse voltado... Se Kieran teria feito algo a respeito, porém dadas as circunstancias a probabilidade dele tentar algo era grande e Mark duvidava que conseguisse resistir a Kieran.

No final, eles se atraiam.

-Chegaram. –Avisa Mark, ouvindo o som familiar da caçada selvagem, levantando-se e seguindo em direção à ponta do prédio.

Mark não precisou dizer nada, Kieran pulou em suas costas, enroscando-se nele, para que logo em seguida Mark saltasse do prédio e aterrissasse em um beco escuro.

Não demorou muito para que eles estivessem enfrentado a caçada selvagem e Mark não sabia dizer se era por conta da causa, ou pela raiva que eles estavam sentindo dos dois, mas eles estavam mais selvagem do que nunca. Atacavam com precisão e destreza, mas Kieran e Mark também estavam motivados.

Demorou, mas eles conseguiram fazer com que a caçada sucumbisse,  ou pelo menos parte dela.

-Eles vão voltar. –Garante Kieran, retirando uma flecha da sua perna e a enfaixando.

-Eu sei. –Garante, ajudando-o.

-Nós não vamos conseguir sozinhos, Mark. Não se mandarem toda a caçada atrás de nós dois da próxima vez. –Afirma, com uma careta no rosto, ao observar o ombro ferido de Mark.

-A clave não vai nos ajudar. –Revela gemendo de dor.

-A sua família? –Pergunta esperançoso.

-É uma opção. –Sussurra pensativo.

-Promete que não vai me deixar. –Pede, desviando o olhar.

-Do que está falando? –Pergunta confuso.

-Christina. –Responde engolindo em seco.

O loiro compreendeu a situação, Kieran estava inseguro, ele havia jogado todo o seu futuro nas mãos de Mark e agora se via numa situação em que poderia perder, absolutamente, tudo.

-Sinto-me atraído por ela, mas o dono do meu coração é você. –Declara, alisando o rosto de Kieran. –Mas não pretendo ficar com ela. –Garante negando com a cabeça.

-E eu não vou deixar acontecer. Pode ter certeza disso. –Afirma seguro. –Você é meu, caçador de sombras. –Declara e Mark ri, puxando-o para os seus braços, beijando os seus lábios.

                           * * * 

Nova York- Instituto.

 

Quando Tessa e Jem foram resolver coisas de última hora e Alec foi pegar a Matriosca, Magnus ficou com Jace, observando-o observa-lo com atenção, como se a qualquer momento, ele fosse pular no pescoço do feiticeiro.

-Pode me dizer o que está pensando. Não tenho o poder de ler mentes. –Afirma cruzando os braços.

-Você. Não. Vai. Matar. O. Alec. – Afirma aproximando-se de Magnus, com um olhar ameaçador.

Jace não esperou Magnus começar a explicar a situação e Magnus não esperava que ele esperasse, na verdade, ele já esperava que Jace avançasse em cima dele na primeira oportunidade.

Magnus estava se poupando, ele não poderia usar magia.

-Não posso me defender, Jace. –Lembra olhando o parabatai de Alec nos olhos, mas Jace parecia não ouvir, parecia que era outra pessoa à sua frente, mas foi no momento que Jace deu um soco em Magnus, que Alec chegou, interferindo na situação.

O feiticeiro não sabia o que fazer, estava paralisado.

Alec e Jace se enfrentavam, Magnus nunca tinha visto os dois brigando desse jeito, ainda mais por sua causa, isso deixava o feiticeiro mal, com um sentimento de culpa terrível.

-O que você está fazendo? Qual é o seu problema? –Pergunta Alec, ao pegar Jace pela camisa e o sacudir.

Aos olhos de Magnus, Jace parecia atônico, ele não sabia ao certo o que estava fazendo, o que estava acontecendo com ele, ele não conseguia se libertar da raiva que estava sentindo, ou pela culpa que sentia pela morte de Simon.

-Vocês tem que conversar. –Afirma Magnus, limpando a sua boca, chamando a atenção de Alec, que semicerra os olhos e balança Jace mais uma vez.

-Isso tudo é por que eu vou fazer o ritual com o Magnus? –Pergunta irritado, jogando Jace para longe dele e se aproximando do feiticeiro, limpando a sua boca. –Droga, Jace! Você está agindo como um louco! –Acusa nervoso.

-Você quer morrer! Como acha que eu estou me sentindo? –Pergunta nervoso. –Eu sei o que é te perder, não posso sentir aquilo novamente. –Confessa engolindo em seco.

-Eu não quero morrer, eu não quero que o Magnus morra. – Afirma Alec, colocando-se à frente de Magnus. – Eu quero casar, eu quero ter filhos com ele, eu quero construir uma vida com ele. – Garante, passando o braço em volta da cintura de Magnus, fazendo-o se aconchegar em suas costas. –Mas se for para morrer, eu quero morrer com ele. Porque eu não aguentaria viver num mundo sem ele. Assim como eu sei que você não aguentaria viver num mundo sem Clary. –Acusa e no segundo seguinte Jace sai da sala, transtornado.

                               * * * 

Nova York - Instituto.

 

Jace estava sentado em um dos bancos da estufa olhando sem realmente ver as belas flores, sua cabeça vagava com as palavras de Alec, o garoto estava transtornado com as palavras do parabatai, ele entendia Alec, realmente não saberia viver em um mundo onde Clary não estivesse, porém ouvir o eco de seus pensamentos sendo proferido por Alec o deixara em choque, o moreno sempre fora uma pessoa sensata e centralizada, muito focada em seus deveres, o lado emocional e irracional sempre ficara por conta dele não de Alec.

Ouvir seu parabatai dizer que não queria existir em um mundo onde não houvesse Magnus Bane o pegara desprevenido porque se algo acontecesse com Magnus e Alec desistisse da própria vida, ele também não iria querer viver sem seu parabatai. 

O loiro foi tirado de seus pensamentos melancólicos pelo som da porta se abrindo, olhou para a mesma e viu Jem entrando na estufa e se aproximando dele, o moreno mesmo sem ser convidado sentou-se ao lado do loiro, onde ficou encarando as flores sem dizer uma única palavra. 

— Deseja alguma coisa James? - Perguntou Jace quando o silêncio se tornou insuportável.

O ex-irmão do silêncio deixou escapar um sorriso saudoso e virou-se para o loiro que o olhava confuso. 

— James, apenas duas pessoa me chamaram assim durante toda a minha vida. 

— E quem são? Seus pais? - Perguntou Jace curioso. 

— Minha esposa Tessa e meu parabatai Will. - respondeu Jem com um toque de saudade na voz.

— Interessante, mas o que quer aqui? 

— Eu alguma vez já lhe contei sobre meu parabatai, Jonathan? 

Jace deixou escapar uma careta ao ouvir o moreno dizer seu nome inteiro. 

— Não, você apenas me disse que já teve um, mas que ele se fora há muito tempo. 

— Will foi um herói em muitos sentidos, ele foi o melhor caçador de sua geração, ajudou a salvar o mundo e foi de muita utilidade para a Clave. Mas fez a grande diferença mesmo com aqueles que amava, Will foi a melhor pessoa para se ter ao lado, amigo fiel e irmão devotado, perdi a conta de quantas vezes ele salvou minha vida, as vezes até de mim mesmo.

— Em outras palavras ele era o cara perfeito. - Retrucou Jace sarcástico. 

Jem deixou escapar uma gargalhada o que assustou um pouco o loiro e ao mesmo tempo o deixou curioso. 

— Will? Perfeito? Longe disso, Will não era um anjo em pessoa, às vezes estava mais para um demônio, era sarcástico, tinha a língua mais afiada que já vi, um mal humor terrível quando contrariado e fazia de tudo para manter as pessoas o mais longe possível dele, não queria se apear a ninguém e também não queria que ninguém se apegasse a ele, por isso fazia de tudo para que todos o odiassem. Sempre mostrava seu pior lado para todos, incluindo para a mulher que amava. 

— E como você pode falar com tanto amor de uma pessoa assim? - Perguntou Jace espantado. 

— Porque Will teve seus motivos para ser assim, mesmo que na época eu não soubesse quais eram, ele sempre mostrou seu pior lado, mas com o intuito de deixar as pessoas que ele amava a salvo, ele tinha na cabeça dele que era seu dever manter todos a salvo, mesmo que todos o odiassem por isso, ele aceitou o peso de ser uma pessoa odiada por todos para que ninguém que amasse se machucasse, Will no fundo era apenas um garotinho assustado que já havia sofrido demais, mas que mesmo tendo seus próprios demônios internos ainda teve tempo para ser parabatai de um garoto doente que não viveria mais que seus quinze anos e que necessitava de doses diárias de uma droga terrível para sobreviver. Um garoto que perdera tudo e que tudo o que queria era morrer, que se desprezava por precisar da droga mesmo sem ter culpa por precisar dela e mesmo sendo o ser mais quebrado que eu já vi, Will teve tempo de cuidar e salvar esse menino, de abrir mão da mulher que amava para ver o sorriso de seu parabatai. É desse Will que eu falo com tanto amor, o Will que eu sempre enxerguei, mas que o mundo não via, ou se recusava a ver. 

Jace encarou o moreno por um tempo, esse Will deveria ter sido uma pessoa e tanto, ele adoraria tê-lo conhecido, queria ter tido a oportunidade de lhe perguntar como conseguia conviver com o peso do mundo nas costas e se ele alguma vez pensou em desistir, ou se alguma vez ele perdeu alguém que amou, um amigo próximo e como lidou com isso. 

— Mas por que está me contando isso? 

— Porque Jace, Will tinha uma personalidade forte e era propício a auto aversão e destruição, ele se culpava pelas coisas ao qual não teve culpa alguma e se achava que havia falhado com alguém ele não sabia lidar com isso, então afastava as pessoas que amava como forma de se punir, Will era um caso especial, era conhecido por aqueles que o amavam como uma pessoa perigosa por sentir com mais intensidade que as pessoas normais, ele amava mais que os outros, seus sentimentos eram mais intensos, assim como você Jace, você também é assim, vocês são parecidos na personalidade e nas atitudes. 

— Não sou um herói Jem, sou só alguém que não sabe o que fazer no momento, alguém que não conseguiu evitar a morte de um amigo, não conseguiu manter seu próprio parabatai a salvo e que magoou a mulher que ama a ponto dela não conseguir lhe perdoar. 

— Heróis também têm fraquezas e momentos de duvidas e incertezas, eles não são perfeitos, são pessoas que conseguem superar as adversidades quando muitas pessoas desistiriam em seus lugares. Você é especial Jonathan, assim como Will era, eu acredito em você e espero que não afaste aqueles que te amam, um caminho solitário é a pior escolha que uma pessoa poderia escolher. Eu olho para você e vejo um pouco de Will, a coragem e a teimosia, mas também o fato de amarem tanto as pessoas que sofrem por não conseguir evitar que elas sofram por qualquer que seja o motivo. Não deixe as duvidas e o medo te cegarem, você não está nessa luta sozinho, se reparar bem todos estamos com você, cada está lutando a mesma guerra, mas a sua maneira, seu parabatai, a Clave, Tessa, Isabelle, eu e até mesmo Clarissa, você não está sozinho Jace lembre-se disso. 

Dizendo isso Jem deu um breve tapinha no ombro do mais novo e se dirigiu a saída da estufa, enquanto Jace olhava pensativo para as plantas. 

— Jem? - Chamou o loiro de repente quando o moreno já estava saindo. 

— Sim? - Respondeu o moreno para na porta e de costas para Jace. 

— Você nunca me disse o nome completo de seu parabatai. 

Jem deu um sorriso cheio de amor e saudade e encarou Jace. 

— Herondale, seu nome era Willian Herondale. - Dizendo isso o moreno saiu da estufa deixando um Jace surpreso e pensativo ao mesmo tempo. 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
A calmaria antes da tempestade! kkkkkkkkkkkk
Gente adoro o Jem, ele é muito sábio, mas meu eterno amor sempre será o Will, então desculpem se eu fantasiei algo sobre ele, mas é assim que eu o vejo!!!
Bjss até o próximo!!!


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