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História Portas da Alma - Capitulo 9


Escrita por: CrisHerondale e manucaximenes

Notas do Autor


Boa leituraaaaaaaaa!!

Capítulo 9 - Capitulo 9


Fanfic / Fanfiction Portas da Alma - Capitulo 9

Phoenix 

 

Jace bateu na porta do apartamento de Magnus e aguardou que o bruxo atendesse, olhou por um momento a porta fechada do apartamento ao lado, apartamento de Alec. Soltou um suspiro cansado, sentia muita falta de seu parabatai, nunca havia ficado tanto tempo sem Alec antes. Foi tirado de seus pensamentos por Magnus que abriu a porta, olhou para o caçador e deu passagem para que ele entrasse. 

— E então como estão as coisas? - Perguntou ao passar pelo bruxo. 

— Na mesma, Alexander tem uma vida muito tranquila, ele não é um jovem baderneiro, só pensa em estudar e está trabalhando também. - Respondeu o bruxo se sentando numa poltrona e fazendo um gesto para que Jace se sentasse no sofá laranja fluorescente. 

Jace deu um sorriso discreto, se existia uma coisa da qual Magnus não abriu mão foi de seu gosto excêntrico por decorações, ampliou o sorriso ao lembrar o quanto Alec sempre tentou convencer o namorado a fazer uma decoração mais discreta. 

— Isso é bom não é? Ele não chama a atenção. - Respondeu. 

— E você tem alguma novidade? - Quis saber o bruxo. 

— Sim, me encontrei com Catarina, ela deu a garantia que precisávamos, suas fontes confirmaram nossas suspeitas, as Seelies realmente estão metidas no sequestro do Alec. 

Magnus se arrumou inquieto na poltrona e encarou o loiro a sua frente.

— Isso não faz sentido Jace, o que as Seelies ganham sequestrando Alec? E por que se aliar a um caçador? 

— Sei tanto quanto você Magnus, mas não há duvidas, os Seelies estão envolvidos, assim como há um traidor na Clave e pelo anjo, mas acho que Robert é esse traidor. Todas as pistas levam a ele, descobri que uma semana antes do desaparecimento do Alec, ele teve uma reunião com os Seelies, assim como foi ele que destituiu Alec de seu cargo como líder do instituto. Ele deixou Maryse no comando, disse que era para cura-la de sua depressão, dar algo para ela fazer, mas todos sabem que isso foi a solução para tirar Alec do cargo. 

Magnus fechou os olhos por um momento, pobre Alec, tudo levava a crer que seu pai lhe queria fora da jogada, isso com certeza destruiria o rapaz se ele soubesse dessa historia. Será que Robert tinha tanto preconceito e a mente tão pequena a ponto de preferir ter um filho morto, que um filho gay? Será que ele seria tão doente assim? 

— Isso é terrível Jace! Não consigo acreditar que Robert tenha chegado a esse ponto! 

— Acha que eu quero acreditar que o homem que me criou, foi meu pai adotivo, me acolheu em seu lar, é capaz de odiar tanto o filho por ele ser gay? Que ele seria capaz de fazer um atrocidade dessa para se livrar do próprio filho?- Respondeu Jace abatido. 

— E você, como está? Como está lidando com toda essa situação? Alexander, Robert, como você está com tudo isso? Você é tão independente e vive deixando claro que não precisa de ninguém, que às vezes esqueço de que é só um garoto. - Disse Magnus observando o loiro atentamente. 

Jace parecia doente, pálido, tinha sombras nos olhos dourados, seus cabelos estavam mais compridos que o normal, tinha uma barba rala no rosto e era visível que não dormia há dias e que também havia perdido peso.

— Quer mesmo saber? Minha vida anda um inferno! Meu parabatai nem ao menos sabe que existo, meu pai adotivo pode estar tentando matar meu irmão, minha irmã me odeia e culpa-me  pelo afastamento de Alec, a única mãe que conheço não sai mais do quarto e só sabe chorar, vivo dividindo minha vida entre Phoenix e caçar demônios e nas horas vagas investigar o que aconteceu com Alec. Não durmo há dias, mas quer realmente saber o que é o pior? O pior é que estou fazendo com que minha namorada, a mulher que mais amo no mundo me odeie! Ela acha que tenho outra, que todas essas saídas são para ver a outra! Não consigo olhar nos olhos dela e ver a dor e magoa estampadas lá! Isso está acabando comigo Magnus! - Desabafou o rapaz. 

Magnus o olhou o rapaz com tristeza, realmente não havia percebido o quanto estava sendo difícil para Jace também, ele era tão independente que as vezes se esquecia que ele era só um garoto. Jace não era o tipo que parecia frágil e aspirava cuidados como Alec, apesar de seu namorado ser decidido e perseverante, ele tinha uma doçura e uma falsa fragilidade que fazia com que se desejasse segura-lo nos braços e protege-lo do mundo. Mas Jace não, Jace tinha uma vibração, uma aura de força e independência que quem o olhasse nunca imaginaria que ele precisasse ser cuidado ou protegido. 

Mas ele era só um garoto e agora Magnus conseguia ver isso, ver o quanto ele estava se desgastando com toda essa historia, Jace havia pego um fardo pesado demais para suportar sozinho e mesmo que sem querer ele mesmo havia ajudado a aumentar o peso quando não teve forças para ficar perto de Alec e deixado que o caçador assumisse os primeiros meses sozinho. Sentiu-se culpado, ele era o mais velho, ele deveria estar segurando tudo nos ombros, mas não conseguira, porém era hora de colocar as coisas nos eixos, iria ajudar mais nas investigações, tiraria um pouco de todo esse peso dos ombros desse caçador tão jovem.

— Jace, conte a Clary a verdade antes que seja tarde demais. Não a deixe se magoar a ponto de não conseguir te perdoar. - Disse vendo os olhos de Jace marejarem. 

— Não posso Magnus, não agora que nossas investigações estão avançando. Vamos receber alguns membros da Clave logo logo, não posso me dar ao luxo de pensar só em mim, se eu disser algo a Clary e alguém acabar sabendo sobre Alec, tudo isso terá sido em vão. Não que eu não confie em Clary, mas nada mais é seguro, não posso arriscar a segurança de Alec. - Disse angustiado.

Magnus sentiu seu coração se apertar, Jace está arriscando muito pela segurança de Alec, realmente seu namorado tinha muita sorte pelo parabatai que tinha. 

— Você é quem sabe, a decisão é sua, só espero que isso acabe bem no fim. - Disse o bruxo mais suave. 

— E você e Alec, como estão? - Perguntou Jace desviando um pouco a conversa para o bruxo.

— Alec está levando uma vida mundana e perfeitamente normal, ele não me viu ainda, eu o evito a todo custo. E vou continuar evitando o quanto puder, não posso correr o risco dele me ver. Tenho medo que algo estale em sua mente e ele acabe se lembrando de algo.

— Isso está mais difícil do que nós supomos não é? - Perguntou Jace com um sorriso amargo. 

— Concordo. - Disse o bruxo sombrio. 

 

                                                                  * * * 

Se existia uma coisa que Alec detestava era cozinhar, ele nunca foi muito bom nisso e sempre acabava comendo comida queimada. Era exatamente o que estava acontecendo agora.

Alec sentia o seu corpo dolorido, estava cansado e ainda tinha muita matéria para estudar, mas ele não tinha animo para nada, ele só queria ficar no sofá, comendo e talvez tirar um cochilo, ou ir conversar com Mary.

Tudo estava tranquilo, até que sente algo se deitar do seu lado, não qualquer um gatinho de grandes olhos verdes, com o pelo preto, cinza e branco, quando Alec deixou a sua bandeja de lado o gato se assustou, mas logo em seguida, começou a esfregar a sua cabeça em sua perna.

-Olá, amiguinho. –Cumprimenta, alisando a cabeça do gato e o pegando no colo. –Quem é você? –Pergunta, confuso, tocando na coleira dele. –Presidente Miau. –Lê, achando o nome engraçado.

Que tipo de pessoa dá o nome do seu gato Presidente Miau?

Talvez o seu novo e excêntrico vizinho, que Alec queria a todo custo conhecer, mas não tinha coragem o suficiente de ir até ele e puxar conversa, na verdade, ele não tinha coragem de puxar conversa com ninguém, ou deixar que alguém se aproxime.

Algumas garotas tentavam falar com ele, mas Alec não se interessava por elas, ele não sentia atração por nenhuma garota, nunca sentiu e quando um cara tentava algo com ele, Alec sentia que de alguma forma aquela aproximação era errada e se afastava o mais rápido que podia, o que deixava Mary decepcionada, já que um desses caras era o seu neto e a senhora fazia muito gosto por esse namoro.

Tomado por uma coragem súbita, Alec levantou-se do sofá, e seguiu para o apartamento em frente ao seu, tocando a sua campainha. As suas mãos suavam, o seu coração estava disparado e Alec podia jurar que estava tendo um ataque de pânico e já estava virando-se para entrar no seu apartamento, quando a porta se abriu e um rapaz de no máximo dezenove anos apareceu.

Mas não era qualquer rapaz.

Era um asiático, um pouco mais alto do que o rapaz, corpo magro, pele marrom, olhos puxados,incrivelmente, hipnotizantes, na cor âmbar, delineados por um delineador preto, cabelos lisos e espetados com mexas vermelhas.

Ele estava vestido com uma calça de couro preta, terrivelmente, colada em seu corpo e uma blusa vermelha de botões vermelha transparente, com muitos botões abertos e vários colares em seu pescoço.

O coração do rapaz nunca trabalhara tanto, nunca baterá desta forma, a sua garganta ficara seca, as suas mãos começaram a suar e tudo o que estava a sua volta, o gato em seus braços não existiam.

-Olá. –Cumprimenta, avaliando o rapaz, que engole em seco.

-Sou Alec... Digo, Alexander Carter, do apartamento da frente. –Apresenta-se, gaguejando.

-Bane, Magnus Bane. –Apresenta-se, cruzando os braços e deixando o seu peito a mostra.

-Eu encontrei o seu gato... Na verdade, ele meio que me encontrou, digo, invadiu o meu apartamento. –Revela, mostrando o gato.

-Espero que ele não tenha feito nenhum estrago. –Comenta, pegando o animal dos braços de Alec, que nega com a cabeça.

-Não, ele só deitou no meu sofá... Pensei que pudesse estar preocupado... Já que é novo no prédio e tudo mais... Tem tanta gente ruim nesse mundo, quer dizer, poderiam fazer mal a ele. –Revela, desconcertado.

O asiático encara Alec intrigado, deixando-o envergonhado e mais tímido do que era de costume, mas agora ele estava, incrivelmente, desconcertado e ou mesmo tempo se sentia confortável, como se ele pudesse dizer qualquer coisa para o rapaz a sua frente e nada fosse acontecer de fato.

-Entendo. –Sussurra, concordando com a cabeça. –Era só isso? –Pergunta, passando a língua em seus lábios, fazendo Alec engolir em seco e concordar com a cabeça, enquanto lutava para não encarar os lábios de Magnus.

-Eu acho que... Eu vou indo. –Afirma, tropeçando nos seus próprios pés e adentrando o seu apartamento.

Alec encosta-se a sua porta, fechando os olhos e sentindo todo o seu corpo vibrar. O moreno engole em seco, tentando entender o que estava sentindo, tentando reprimir a vontade de dar meia volta e tentar puxar qualquer tipo de assunto com Magnus, sem parecer estupido! 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!
Finalmente eles se viram!!!
Bjss até o próximo!!!


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