História Porto Seguro -Segunda temporada- - Esquecer?

Sarada on.....

   Corri direto para casa, meu coração não queria se acalmar e eu ainda sentia os lábios dele na minha boca, ainda sentia o gosto dele, me deitei no sofá me lembrando de tudo que tinha acontecido mais principalmente do beijo, de cada movimento, do sabor...

-Porque você tem que ser tão irritante. –Falei dando um murro no sofá

-Quem? –Perguntou minha mãe fazendo eu pular de susto

-Porra mãe, quer me matar de susto?

-Você que chegou com cara de quem viu fantasma e se deitou aí, parece que nem viu a gente aqui. –Disse meu pai “eu não vi eles mesmo”

-Eu vou para o meu quarto. –Subi para o quarto e bati a porta com força

   “Porque esse beijo tinha que ter sido tão bom? ” Se tivesse sido ruim eu poderia ter batido nele, brigado, e até não gostado... Mas não, foi tudo ao contrário, foi muito bom, fez coração quase sair pela boca, só deu vontade de abraça-lo e eu gostei tanto que queria mais. Meu estomago estava com milhões de borboletas, “oh Kami, não permita que eu me apaixone”. “Eu preciso falar com ele”. Me olhei no espelho e vi que minha roupa estava suja, tomei banho, passei batom de cereja nos lábios apertei as bochechas para dar um pouquinho de cor e sai...

-Onde vai? –Perguntou meu pai.

-Otousaam vou ver Himawari.

-Entregue esse pergaminho para Boruto, diga que mandei ele estudar.

-Tudo bem. Arigato.

-Arigato filha.

   Andei o caminho todo tentando ensaiar o que dizer “porque você me beijou Boruto? ”, eu preciso entender o que ele sente, “você gostou? ” “Porque fez isso? ”. Parei na porta da casa dele pensando em desistir, me virei para ir embora mais alguém abriu a porta.

-Sarada... –chamou tia Hinata.

-Oi tia Hinata. –Cumprimentei sem graça

-Desculpe, Himawari não está, ela saiu com a família de Inojim.

-É que eu vim falar com Boruto.

-Entre então.-ela deu passagem e continuou.- ele está no quarto, pode subir.

   “ah inferno, porque no quarto Bolt? ”

-Ta. Obrigada.

   Eu subi as escadas e bati na porta do quarto dele.

-Entra mãe. –Ele disse

   Respirei fundo e abri a porta, “puta merda”, ele estava deitado e sem camisa, mostrando o peitoral definido.

-D-desc-culpe. –“Não. Não é possível que eu gaguejei”

-Ah oi Sarada, entra. – Disse ele se sentando.

-Meu pai pediu para te entregar, ele precisa que você estude isso. –Eu disse sentando.

   Boruto ficou me olhando sério, e eu fui sentindo minhas bochechas pinicarem, com certeza eu estava vermelha.

-Sarada olha para mim. –Ele pediu e eu olhei

   Ele foi se aproximando lentamente como se esperasse que eu fugisse dali, mas eu não me movia, estava hipnotizada por aqueles olhos azuis, desviei os olhos para sua boca carnuda que estava entreaberta esperando por um sinal, eu não sabia o que fazer então fechei os olhos e inclinei a cabeça em meio segundo ele já estava me beijando e eu o beijava de volta, uma mão segurava minha nuca enquanto a outra me puxava pra mais perto na cintura, eu não sabia onde colocar as mãos, então passei uma mão em seu tórax definido e ele gemeu sem desprender seus lábios dos meus, a mão que estava em minha nuca logo pousou sobre minha coxa acariciando-a e subindo direção ao meu bumbum. Um pouco de lucidez atinge meu cérebro “Não não não não é o Bolt cacete” (Bolt é apelido carinhoso que Sarada deu a Boruto), parei de beija-lo e me soltei de seu abraço assustada.

-Sarada. –Ele chamou sem folego.

-Boruto eu.... Me desculpe. –Eu disse

-Não Sara eu que peço desculpas. –Ele passou as mãos nos cabelos- Por favor esquece tudo que aconteceu hoje.

   “Não. Eu não quero esquecer, não faz isso comigo”

-Esquecer... –foi tudo que consegui dizer

-Isso, esqueça. Me desculpe Sara foi um erro.

-CLARO QUE FOI DOBE. –Dei um murro na cara dele e sai correndo escada abaixo

-Ei, o que aconteceu? –Nanadaime me perguntou

-Seu filho é um dobe do cacete. –Eu disse enquanto corria de volta para casa

   Cheguei em casa com tanta raiva, subi para o quarto e decidi que não queria jantar, nem falar com ninguém, nem ver ninguém. Me acalmei, e no fim acho que é melhor assim “claro que é, o que eu estava pensando, namorar Bolt está fora cogitação”, agora eu já tenho uma experiência, algo para comparar, “Nunca íamos dar certo” Bolt era tão exibido, se acha demais “nem amigos conseguimos ser sem brigar”, que bom que minha cabeça ainda sabe pensar, porque na hora eu achei que minha capacidade de pensar tinha sido esvaziada. “Tudo certo, até que enfim Bolt resolveu pensar e fez a coisa certa”. Dormi aliviada e com um sorriso nos lábios.

Boruto on.......

   Fui direto para a sala do Hokage, bati na porta e entrei.

-Nanadaime-sama. –Me curvei

-Diga Boruto.

-Eu preciso do meu otousaam.

-Estou ocupado, vai demorar bastante.

-VOCE NUNCA ESTA QUANDO EU PRECISO. –Gritei e sai batendo a porta

   “Como sempre ele está ocupado”, e fui direto para casa, tirei o casaco, a camisa e os sapatos, me deitei na cama e fiquei lembrando do beijo e aquele cheiro de cereja, boca doce, “como você pode ter o beijo tão doce, sendo tão fria e dura”, sempre soube que ela era uma menina doce por trás daquela armadura, “tenta tanto ser diferente do pai, mas é igualzinha a ele”... Uma batida na porta me tira dos meus pensamentos.

-Entra mãe. –Eu disse

   “É ela”, Sara estava linda, “será que meus pensamentos a chamaram? ”.

-D-desc-culpe. –“Que linda gaguejando”

-Ah oi Sarada, entra. – Eu disse me sentando.

-Meu pai pediu para te entregar, ele precisa que você estude isso. –Ela disse sentando ao meu lado.

   Fiquei observando o quanto ela estava linda e ia ficando corada.

-Sarada olha para mim. –Pedi e ela obedeceu “quero muito te beijar de novo”

   Fui me aproximando lentamente dando tempo pra que ela pudesse fugir dali se quisesse, mas ela não se movia, eu estava hipnotizada por aqueles olhos ônix, esperei um sinal mínimo que fosse, então ela fechou os olhos e inclinou a cabeça, “esse é o sinal” a beijei com vontade, com fome, segurei a nuca dela a guiando enquanto com a outra eu puxava ela pra mais perto na cintura,  ela passou uma mão em meu tórax e aquilo me excitou muito, eu gemi sem desprender seus lábios dos meus, logo tirei a mão que estava em sua nuca e pousei sobre a coxa dela acariciando-a e subindo direção ao seu bumbum. De repente ela para de me beijar se solta de mim e me olha assustada “merda”

-Sarada. –Chamei sem folego.

-Boruto eu.... Me desculpe. –Ela disse “ela está arrependida, droga”

-Não Sara eu que peço desculpas. –Passo as mãos em meus cabelos- Por favor esquece tudo que aconteceu hoje.

   “Oh Kami, não aguentaria se você ficasse tão chateada que nem brigasse comigo mais”

-Esquecer... – ela disse “ela me odeia”

-Isso, esqueça. Me desculpe Sara foi um erro. “Não foi um erro, não pode ser”

-CLARO QUE FOI DOBE. –Quando vi já tinha levado um murro na cara e ela já tinha saído correndo escada abaixo.

   Fiquei lá sentado no chão, lutando contra a enxurrada de emoções quando alguém bati na porta e entra.

-Boruto. –Meu pai me chamou

-Jura otousaam?? Agora que chegou? Não adianta mais tá, não adianta... –“que vontade de sumir”

-O que houve meu filho? –Ele perguntou preocupado

-NADA. AGORA É TARDE. –Empurrei ele para fora e bati a porta na cara dele.

   Deitei na cama pensando no porque as coisas tinham que ser assim... “Melhor ser amigo e rival do que nada Boruto” eu repetia esse mantra em minha mente até adormecer.