História Possesive brother - Jungkook ("Incesto") - Six

— O que aconteceu, porquê você está desse jeito? — disse Taehyung esbugalhando os olhos me observando de cima á baixo.

— Aconteceu algumas coisas, você acha que eu escolheria ficar assim de uma hora á outra? — assentiu e me confortou com um abraço apertado. — Desculpe, estou um pouco estressada. Aconteceu muita coisa hoje.

— Tudo bem, eu entendo. Mas fique calma, estou aqui para você agora. — disse apertando mais o abraço, fazendo nossos corpos se colarem mais.

Fiquei tão sem jeito com sua ação repentina, que poderia  sentir as maçãs do meu rosto queimando feito brasa. Porém, assenti sorrindo para o mesmo, que retribuiu.

Sem nenhum aviso prévio, o mesmo me apoiou sobre a parede gélida. Me assustei com sua ação, porém não fiz nada e vi o quê ele iria fazer. Ele me fitava profundamente, e nossos rostos estavam tão próximos, que poderia sentir seu hálito em minha pele.

E então, sem muitas delongas, ele colou seus lábios nos meus. Porém, eu não o correspondi e dei um leve empurrão no mesmo, fazendo-o se distanciar um pouco. Embora eu queira, e mesmo que eu esteja totalmente a mercê dele, eu ainda estava em um relacionamento, então não quis ser ir mais á frente.

Mas o mesmo não se deu convencido com um simples empurrão, e continuou andando em minha direção, me apoiando contra a parede novamente. Taehyung colou sua testa contra a minha, e me olhava fixamente. Pude perceber melhor como ele era belo, e como ficava atraente com as gotas de chuva escorrendo sob sua pele. E então, Taehyung segurou meu rosto com uma das mãos, e colou seus lábios aos meus mais uma vez. Mas dessa vez, eu o cedi. O beijo foi calmo e caloroso, nossos lábios se encaixavam como perfeitas peças.

Sei que eu estava errada e quê estava sendo infiel com Jimin, cedi. Estava confusa com meus sentimentos, totalmente sozinha e sem saber para onde ir. Estava cansada, e usei isso para escapar da realidade temporariamente.

— Desculpe, fui um idiota. Não queria fazer isso, mas foi mais forte que eu. — disse desviando o olhar, envergonhado. Não disse nada.

Taehyung segurou minha mão, me conduzindo para fora daquele beco, e caminhamos pela rua fria de Seoul. Estava me sentindo embaraçosa, pelo fato de está tão próxima á Taehyung, mas estava feliz, pois estava me sentindo segura com sua companhia. Imagino o que teria acontecido, se ele não estivesse chegado á tempo.

Taehyung tirou seu celular em um de seus bolsos, e discou rapidamente. Deduzi que estava ligando para um táxi, e realmente ele estava ligando para o táxi, que não demorou muito para chegar ao local em que estávamos.

(...)

Após longas horas de viagem, chegamos em um lugar completamente deserto, e pude notar que havia uma casa de madeira pequena, não muito longe dalí. A viagem foi calma e silenciosa, não trocamos muitas palavras, e apenas havia o som do aparelho de som do veículo, que tocava uma música calma e agradável. Deduzi que chegamos ao local, pela face sorridente de Taehyung. E então, o mesmo pagou o motorista, que o mesmo agradeceu com um sorriso, e descemos do carro.

— Você mora aqui? — indaguei enquanto andávamos ao encontro da casa, pude perceber que a mesma já era velha alí, pois a madeira já estava desgastada, como se estivesse sido construída á anos.

— Era a casa de férias dos meus pais.. — suspirou. — Sempre vínhamos para cá, aqui era um lugar lindo e movimentado, pena que as coisas mudam ao passar dos anos. Acho que você vai gostar, é bem tranquilo aqui. — assenti olhando para o mesmo, que esboçava um sorriso tranquilo em seus lábios.

E então, adentramos na casa. Era um espaço pequeno, porém muito confortável e organizado. Não havia muitos detalhes, apenas alguns sofás de couro, uma lareira, um armário no canto, alguns quadros, e um enorme tapete felpudo de pele de algum animal cobrindo metade do chão da sala.

— Já volto. Vou pegar uma toalha para você se secar, está enxarcada.. — riu timidamente — Vai quer algo? 

— Não quero nada, obrigada. — Respondi enquanto o meu estômago dizia o contrário. Fazia horas que eu não havia comido nada, estava exausta e com fome. Me sentei em um dos sofás de couro, observando o ambiente.

Taehyung deu de costas e sumiu de meu campo de visão. Aproveitei para checar o lugar, a decoração era bem diferenciada; os pais de Taehyung tinha gostos peculiares.

Por quê não estou com um bom pressentimento?

Fui até o armário de madeira, que estava me chamando muito a atenção. Ele era velho, e estava trancado, mas pude observar o que havia dentro, pelo vidro do armário. Havia alguns porta retratos no armário, que deduzi ser Taehyung. Havia algumas facas decorativas, e alguns envelopes que lembravam muito o quê eu estava recebendo diariamente. Me arrepiei, e logo senti que tinha algo estranho por trás de tudo isso.

Todo esse tempo era ele? Não, não podia ser.. Deve ser alguma conhecidência. Não tinha como ser ele!

— E aí, o que achou da decoração? — Taehyung surgiu do nada, segurando meu pulso. Tomei um susto, já que não havia visto ele vindo para cá, e logo virei rapidamente para ver sua face. O mesmo estava com uma toalha cor azul marinho em seu braço, e me fitava de forma assustadora, que me fazia arrepiar.

— O-obrigada por tudo, mas eu quero voltar pra casa.. Meu irmão deve estar preocupado comigo. — disse andando para trás, sem ver para onde estava pisando. Me esbarrei na lareira e cambaleei para trás, mas permaneci de pé, e o encarei, e que havia um sorriso estranho em seus lábios.

— E por quê eu deixaria você ir á essa hora da noite, e te largaria em um lugar tão sombrio e perigoso? — respondeu sarcástico.

Tentei correr, mas o mesmo segurou meu braço de forma brusca, e tapou minha boca com sua outra mão livre, me arrastando como se fosse um corpo sem vida, até um outro cômodo da casa. Tentei me debater, e chuta-ló várias vezes, mas era em vão! Ele era bem mais forte que eu. Eu não parava de pensar no por quê ele estar fazendo isso comigo, o quê eu fiz? Eu confiava tanto nele.. Embora estava nervosa e confusa, não era hora para pensar nisso agora. Eu tinha de arrumar algum jeito de sair daqui, e o mais rápido possível, não sei o que ele vai fazer comigo.

Taehyung abriu uma enorme porta de madeira, onde indentifiquei rapidamente como um porão, mas não tinha certeza, já que sua mão tapava quase toda minha visão, mas pude notar que as paredes do cômodo, e o piso, eram feitos de pedra, e havia uma cama de ferro no cômodo, onde ele me jogou bruscamente encima da mesma; fazendo minhas costas doer, por conta do impacto.

O mesmo que citei a minutos atrás, caminhava até minha direção, me olhando com desprezo.

— Por quê você está fazendo isso comigo? O que eu te fiz? — Indaguei me levantando da cama dura, e o observando, seu olhar estava muito diferente do habitual. Ele me olhava com ódio. O quê está acontecendo?

​ — Uma pessoa que vai acabar com você. Finalmente esse momento chegou, não sabes o quanto estava ansioso para esse momento. — disse se aproximando cada vez mais. O olhei incrédula.

— Como assim? Porquê está fazendo isso? — Indaguei trêmula, não estava entendendo o porquê daquilo tudo, eu nunca fiz absolutamente nada para ele, por quê ele está me tratando dessa forma? Não consigo entender.

— Não precisa se preocupar, eu prometo que vai acabar rápido. — disse me empurrando sobre a cama, mais um vez. Ele estava segurando meu braço com uma das mãos, e retirou uma corda grossa de dentro da cômoda que havia do lado da cama, usando sua outra mão livre. O mesmo amarrou meus braços com força na cabeceira enferrujada da cama. Tentei chuta-ló usando minhas pernas que estavam livres, mas ele foi mais rápido, e segurou meus pés com uma das mãos. E não demorou muito para tirar outra corta que havia dentro da cômoda, e amarrar minhas pernas. Me impossibilitando totalmente de me mexer. Já não havia mais esperanças, sentia que não havia mais como fugir dali, e sentia que podia ser morta á qualquer momento. Eu só queria entender o quê estava acontecendo.

Estava horrorizada, e me sentindo uma completa inútil, já que não poderia fazer nada para me defender, mais uma vez.

Taehyung se aproximou lentamente em minha direção, com um sorriso sádico em seus lábios, retirando um objetivo pontiagudo de seu bolso. Então é isso, ele vai me matar..

— Por favor, só me diz.. Por quê está fazendo tudo isso? O que eu fiz? — Indaguei, sentindo lágrimas de desespero inundar meus olhos. Eu estava tentando permanecer forte, mas não estava conseguindo mais segurar meus sentimentos. Eu só queria sumir.

— Jeon Jungkook. — quando Taehyung falou o nome de Jungkook, gelei dos pés da cabeça. O quê meu irmão tem haver com tudo isso? O quê ele fez?! Eu preciso saber, imediatamente..

— O conhece? 

— E quem não conhece o bastardo do Jeon? — riu. — Seu irmão fez muito mal á minha família, sabia? Você não sabe o quanto tempo procurei por ele. — Não respondi nada. Estava paralisada, não sabia o que dizer. O mesmo aproximou a faca sobre minha coxa, e delineou o objeto sobre ela. — Mas não esperava que eu fosse chegar tão longe rápido assim. Que sorte a minha.

— E-u não acredito acreditar que você está fazendo isso, eu confiava tanto em você.. Por quê.. — disse em meio as lágrimas, ainda não conseguia digerir tudo aquilo. Era muito para mim, em um único dia. Estava perdida, e completamente sozinha, sem saber o que aconteceria á seguir. — EU TE ODEIO! — esbravejei, com todo o meu ódio que estava guardado dentro de mim. Taehyung me fitava com um sorriso doentio em seus lábios, como se estivesse se divertindo, aumentando meu desprezo por ele ainda mais.

— Coitada, tão ingênua.. Estava tudo planejado, desde o início.. Sorte que você era tão ingênua para perceber isso. Ou eu que sou muito cauteloso. — riu, brincando com o objeto pontiagudo em minha coxa. — mas não se preocupe, irei acabar com esse sofrimento bem rápido, então fique quietinha aí.

O mesmo enfiou a faca em minha perna, que saiu uma enorme quantidade de sangue. O mesmo rodopiava a faca diversas vezes em minha pele, me fazendo gritar por ajuda, e se contorcer de dor.

— PARA, POR FAVOR! Eu não fiz nada! Por quê está fazendo isso? Por favor, só me diz — ele não me deu ouvidos, e cravou a faca em outra parte de minha perna, fazendo-me contorcer e gritar de dor mais uma vez. observando a enorme quantidade de sangue que jorrava da ferida. 

— Você deve estar bem curiosa com tudo isso, não é mesmo? Mas não se preocupe, eu irei contar tudo, assim você poderá morrer em paz. Hmm, por onde posso começar? — sorriu sarcasticamente — Sabe seu amado, Jimin? — assim que ele disse o nome de Jimin, senti meu corpo ficar gélido, e uma enorme dor tomou conta de meu coração. — Ele era apenas um espião contratado por mim, fico muito feliz por vocês dois terem ficado bem próximos, só facilitou tudo para mim. Mas como aquele idiota estava ficando muito próximo de você, e não estava mais ouvindo minhas ordens, não estive outra escolha a não ser tirá-lo de meu caminho. — um sorriso de canto se formou em seus lábios. — e como era o nome da sua amiga mesmo, Fernanda? Sim ela também era uma espiã, ela fez um excelente trabalho.. Uma pena que Jungkook foi mais rápido, e a eliminou. E os bilhetes? Sim, eu também que lhe enviava. Estava tudo planejado, minha querida. Desde o início. Jungkook já estava começando á ficar ciente dos meus planos, então estava procurando por mim incansavelmente, mas ele não sabia, que esse tempo todo eu estava com você, e vigiando todos os seus passos. Muito obrigada por ter facilitado tudo para mim, não sabe o quanto estou agradecido.

Taehyung riu, fazendo-me morder os lábios de ódio, mordi tão forte, que pude sentir o gosto metálico de sangue logo em seguida. Estava sentindo ódio de mim mesma, por ter caído na lábia de Taehyung tão facilmente.

A ficha ainda não tinha caído, eu não estava conseguindo acreditar. Minha vida esse tempo não passou de uma mentira bem diante de meus olhos? Como eu não pude perceber? E Jungkook.. Todo este tempo estava tentando me proteger em silêncio.. Aposto que ele não disse nada, achando que eu iria julga-ló de louco, como sempre. Eu sou mesmo uma tola.

Taehyung esfaqueou meu estômago. Não havia nada para mim fazer, a não ser gritar desesperadamente e me debater em vão, até a minha morte.

— Para, por favor! — gritei com a última força que me restava, mas oque adiantava perder fôlego para nada? Já sabia mesmo que este seria o fim,  e que irei morrer da pior maneira possível.

— Você está completamente sozinha, só está eu e você aqui. Pode continuar gritando o quanto quiser, tá achando que alguém vai vir te ajudar? — gargalhou — Jungkook deve estar desesperado procurando por você, o que será dele se ver você morta? Eu irei amar ver isso com meus próprios olhos. Você é uma isca perfeita mesmo, além de eu ter o prazer em te matar, ainda vou poder levar o seu irmão junto com você. Não podia estar mais feliz. Então esse tempo todo, ele queria me usar como isca para atrair Jungkook e assim nos matar?

Assim que lembrei de Jungkook, uma certa esperança invadiu meu peito, mesmo se eu estivesse com dor, e não houvesse nada que eu pudesse fazer, iria tentar distrai-ló de todas as formas possíveis, e irei esperar por Jungkook. Eu não posso morrer, eu sei que Jungkook vai encontrar viva, e vai me salvar. Eu não posso morrer ainda.

Taehyung segurou a faca firmemente em sua mão, e destribuiu mais uma facada em meu estômago, que já estava jorrando sangue. Estava ardendo, mas eu não podia me deixar ser intimidada por isso, e continuar com meu plano. O mesmo segurou a faca firmemente mais uma vez. Pude perceber que ele estava á levando até meu peito. Ele vai me matar, eu preciso pensar em algo!

Antes de Taehyung que Taehyung podesse levar a faca até meu peito, esperei o momento certo e me esquivei, fazendo a faca afundar na cama dura, e apenas pegando de raspão em minhas costas, mas não tão gravemente. Sorri satisfeita, o vendo sua expressão de ódio. A faca voou longe pelo chão, por conta do impacto da cama de ferro. Pude ouvir um "tch" de Taehyung, que não demorou muito para apanhar a faca novamente. Não foi muito, mas foi uma ótima distração.

Em uma reação de segundos, a porta de madeira do local foi arrombada, revelando uma figura alta e magra da mesma. Era Jungkook. O mesmo correu em direção á Taehyung com uma velocidade indescritível, e o pegou pelo pescoço firmemente, o jogando na parede.

— Finalmente eu te achei, desgraçado. Você vai me pagar caro por tudo que fez. — disse Jungkook, desferindo diversos socos no rosto de Taehyung, o deixando praticamente desfigurado. Taehyung se debatia, e tentava se soltar de diversas formas, mas era em vão. Jungkook, não parava de desferir socos no rapaz, que não aguentou, e caiu inconscientemente no chão, desacordado.

— Desculpe pela demora, vou te tirar daqui imediatamente. — disse Jungkook, enquanto me fitava com preocupação. O mesmo tirou um canivete de seu bolso, e apunhalou Taehyung diversas vezes no pescoço. Não demorou muito, para o chão de pedras, formar uma enorme poça de sangue

Está tudo acabado. Finalmente.

— Vamos sair daqui. — assenti. O mesmo me desamarrou, e me tomou em seus braços me levando para a saída daquele lugar. Pude ver o corpo morto de Taehyung pela última vez, agradecendo aos céus por ter ficado viva. Eu estava fraca, e com diversas feridas pelo corpo, estava sentindo que não iria manter meus olhos abertos por muito tempo. Meus olhos começaram á pesar, e tudo á minha volta estava ficando embaçado. E então, apaguei.

(..)

— Eu estou tão feliz de ter te encontrado viva, não sabe o alívio que eu sinto. Você foi uma menina forte. — sussurrou para si mesmo, dando um selar na testa da mais nova.

Depois de não sei quanto tempo, acordei. Me deparei com Jungkook ao meu lado, me fitando preocupado, e logo sua expressão mudou completamente quando me viu despertar. Pude perceber, que meu corpo estava com vários curativos, e não estava doendo mais, como antes. Estava deitada em um sofá, e que havia uma tigela de sopa recém feita, próximo á mim. Olhei para os lados, e também pude notar que não estávamos em casa.

— Finalmente aquele desgraçado morreu, porém acho que a vingança dele e de sua família não esta concluída. Sinto que vai vir mais pela frente.  — murmurou para si mesmo. Eu não respondi nada, apenas o dei um abraço apertado, que o fez se assustar com minha ação repentina. 

— Obrigada, obrigada por tudo.. Eu não  saberia o quê iria acontecer se você não tivesse chego á tempo.. Você esse tempo todo estava querendo meu bem, e estava me protegendo. Me desculpa, me desculpa por tudo, eu não deveria ter duvidado de voc- — O mais velho silenciou meus lábios com o seu dedo indicador e me abraçou mais forte. Permanenci quieta e encontrei meu conforto em seu abraço, ficamos assim por um longo tempo.

— Eu que deveria pedir desculpas, não deveria guardar tudo para mim mesmo, e te largar sozinha por aí. Eu fui um idiota.. Mas não se preocupe, em breve, você saberá de tudo, chega de guardar segredos.

Parece que tudo tinha terminado, mas o que realmente estaria por vir?