História Possessive (camren) - Capitulo 13

Fiquei deitada em minha cama rindo igual uma idiota, não me arrependia nem um pouco d ter feito aquilo, Alexa também não pensaria duas vezes antes de foder com a minha vida.

Ouvia a briga descontrolada de meu pai e Cindy pelo fato de ela ter mentido para ele, esperava que agora ele abrisse os olhos, mas estava longe disso acontecer, era só ela inventar uma desculpinha que logo ele perdoava. Lembrei-me que tinha que deixar o celular de meu pai no mesmo lugar que peguei, levantei da cama e desci até a sala.

-Você disse que cuidaria dela, Cindy. – podia ouvir meu pai dizer enquanto eles discutiam na cozinha. Deixei o celular em cima da mesinha.

-Mas meu amor, minha mãe estava doente, lembra? Eu tinha que cuidar dela. – ok, eu também mentia mas Cindy ganhava de mim. Revirei os olhos, cansada de problemas e voltei para o meu quarto, meu lugar abençoado.

Tomei um banho hiper-mega demorado, se agua do mundo acabasse a culpa pode4ria até ser minha, mas eu precisava relaxar, eu me sentia totalmente tensa. Saí do banho e coloquei meu pijama favorito, ele era um shorts curto simples e confortável que aparecia um pouco minha barriga. Eu havia perdido totalmente o sono, então resolvi estudar, óbvio que eu não conseguia prestar atenção na matéria, mas o que vale é a intenção.

Meu pai bateu na porta.

-Entra. – falei e assim ele fez.

-Tudo bem? Acordei e você não estava em casa. – ele disse.

-Fui dar uma caminhada. – disse simples.

-Ok, mas da próxima vez avisa.

-Não queria te acordar. – dei de ombros, em momento algum tirei os olhos do meu caderno.

-Você deve ter ouvido a discussão...

-Sim, ouvi... – falei.

-Mas agora está tudo bem, ela vai te pedir desculpas, Cindy não podia ficar com você porque...

-A mãe dela estava doente... – completei. – Ahan, claro que sim.

-E ai ela mentiu para eu não ficar preocupado. Foi só um mal entendido.

-Ok, pai. – ele nunca iria abrir os olhos mesmo. Concluí.

-Vou deixar você estudar, mas não fique até muito tarde se não amanhã você vai estar cansada para a escola. – ele disse e me deu um beijo. – Boa noite, te ao. – me mantive quieta. Ele saiu.

1:30 AM. Meus olhos ainda estavam fixos em meu caderno mas minha mente voava longe, até que ouvi o barulho de alguém batendo em minha janela. Me assustei. Fui até lá devagar, já sabendo quem poderia ser, abri a cortina e Lauren estava lá, em minha sacada pedindo para eu abrir. Fiz uma cara horrível de descontentamento, mas abri.

-Ligou para o pai dela, Camila? Nanana, que feio. – contive um sorriso enquanto ela entrava. – se ela descobrir que fio você, bom... – nossa, muito medo que Alexa me metia.

-Não sei do que você está falando... – me fiz de boba e sentei em minha cama.

-Não sabe? – ela me olhou de cima a baixo e mordeu os lábios. –Tem certeza? Ou acha que sou idiota?

-Quer que eu te responda mesmo?

-Esse seu ciúme pode acabar matando você? – ela disse.

-Ciúmes? – eu ri. – De você? Se liga.

-Quem mais poderia ter falado para o pai dela? A proposito ele mandou dois homens enormes entrarem na casa, não pude nem me satisfazer... – Lauren se fez de abalada. – Alexa está muito ferrada, eles me viram lá. Eu e ela no ato Bom, você sabe, eu sempre saio intacta, o único problema foi que eu tive que sair nua. – fui obrigada a rir. – mas enquanto aos homens... Bom, você sabe, eu sou uma Assassins.

-Você os matou? –perguntei.

-Não, mas digamos que eles levaram alguns golpes dolorosos, e Alexa gritando toda insuportável... Porra... Não pude nem me satistazer. Camila, acho que esse trabalho vai ficar para você.

-Você acha mesmo que é simples assim?

-Acho. – ela disse sentando na cadeira giratória que havia em minha escrivaninha e dando um giro de 360 graus.

-Mas não é, Jauregui. Você não vai simplesmente sair da casa daquela vagabunda e só porque não conseguiu chegar ao ápice, até porque pegaram vocês ... – eu ri debochada. – Não quer dizer que você possa vir e simplesmente achar que vai estalar os dedos e eu vou estar te dando prazer.

-Se você não tivesse contado para o pai dela... eu não estaria aqui.

-E se eu disser que não contei... você vai embora? – perguntei

-Não... – ela disse me encarando.

-Então, Jauregui... mesmo que a transa de vocês tivesse isso até o final, você estaria aqui... – falei super implicante.

-Estaria? Porque?

-Porque seu corpo deseja o meu. – falei e Lauren deu uma gargalhada que poderia ter acordado eu pai e me fodido mais do que Alexa.

-Você é iludida. – ela disse.

-Não, não apenas realista. – ficamos quietas por algum tempo, até que Lauren se levantou e veio até mim, sentando ao meu lado na cama.

-Você sabia... – ela sussurrava em meu ouvido, seu hálito quente indo em encontro com a minha pele. – que mesmo eu não tendo chegado no ápice, Alexa foi melhor que você. – ela disse aquilo só para me atingir, mas eu intendia brincadeira.

-Não mente, Jauregui.

-Mas é verdade, a garota é boa... Profissional e tal.

-Não tão boa quanto eu. – falei sentando em seu colo, eu a provocaria até o fim, mas não transaríamos, eu não seria idiota. Não dessa vez.

-Será? – ela perguntou. – me mostre. – Lauren desafiou.

-Já mostrei. – falei simples e saindo do seu colo, Lauren ficou sem entender.

-Como assim?

-Você está completamente excitada, e olha que eu nem fiz nada. – falei e dei uma piscadinha pra ela. – agora vá embora, já está tarde, e eu quero dormir...

-Vá brincando, Camila. – ela disse com aquela voz rouca.

-Sem brincadeiras aqui. – eu disse a empurrando de volta para a sacada.

-Eu poderia aparecer para o seu pai, quem sabe... Aí você e Alexa estariam quites. O que você acha? – ela era uma puta chantagista, mas eu não deixaria ela sair por cima na história, como sempre. – Até onde eu sei ele está em casa, não? – ela disse mudando sua direção e indo até a porta.

-Aparece, Jauregui... Aparece pra ele. – falei cruzando os braços, achando que ela não abriria a porta, mas ela abriu. Droga. – Lauren, você não vai fazer isso. – falei.

-A porta do quarto dele é aquela né? – ele disse apontando e era a porta certa.

-Volta aqui. – tentava falar o mais baixo possível.

-Só se você me aliviar. – ela disse.

-Não, eu não vou ser idiota, Lauren. – falei quase chorando de raiva.

-Vai choras, Mila? Não chora não. – ela ironizou. – Só depois que eu me apresentar para o seu pai, eu quero conhece-lo, ele deve ser um homem bom. Ele gosta de gangster? – sai correndo e a puxei novamente para dentro do meu quarto e tranquei a porta.

-Não faça isso o que? – ela gritou no corredor. Merda, porra, droga. Eu estava muito ferrada.

Ouvi o barulho se abrindo, era meu pai saindo do seu quarto. Fechei os olhos nem querendo ver no que isso ia dar e quando abri, Lauren havia entrado novamente para o meu quarto e fechado a porta, meu pai bateu na mesma. Olhei rapidamente para Lauren e ela estava rindo maliciosa... 

-Quer saber?  Acho que só a Alexa vai se ferrar mesmo. – ela piscou. – Eu ainda quero você viva, bem viva... – ela foi para a sacada, deu um jeito de pular e sumiu. Senti aquele alivio infinito.

Abri a porta para meu pai.

-Tudo bem? Ouvi vozes no corredor...

-Desculpa ter te acordado, foi sem querer eu juro, me empolguei com a música...

-A voz era mais grossa que a sua. – ele disse desconfiado.

-A cantora tinha a voz assim, então tentei imitar. – ri e acho que meu pai havia engolido essa.

-Ok, sem mais cantorias, vá dormir. – Boa noite. – ele disse saindo e enfim eu pude respirar aliviada.