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História Potter e Black - Filhote do Almofadinhas - Taça de Quadribol e Bicuço


Escrita por: KaBlackMalfoy97

Notas do Autor


Oooi gente 💚

Capítulo 39 - Taça de Quadribol e Bicuço


39. Taça de Quadribol e Bicuço

 

   Já faz dois dias que o Remus pegou o Mapa do Maroto e o Sirius ainda não se pronunciou, não mandou cartas, nem nada; e Remus com certeza contou para ele que eu estava indo a Hogsmeade.

 

   - Acha que eu devo mandar uma carta para Sirius? - pergunto para Rony, durante o café da manhã.

 

   - Não - diz ele com a boca cheia de torradas. - Deixa Sirius quieto, talvez ele tenha esquecido.

 

   Mas Sirius não esqueceu porque naquele momento Edwiges apareceu carregando uma carta no bico, ela deixou-a cair no meu prato e voou para fora do salão. Respiro fundo e abro o pergaminho, me preparando para receber uma bronca.

 

Olá Harry,

Eu ia mandar um berrador, mas ninguém mais pode saber sobre o Mapa e as passagens secretas, então finge que eu estou gritando, ok? QUE DIABOS VOCÊ TINHA NA CABEÇA QUANDO SAIU DA ESCOLA? VOCÊ NÃO TEM PERMISSÃO NEM DE COLOCAR OS PÉS FORA DO CASTELO, IMAGINE DE IR A HOGSMEADE! Estou muito desapontado, todos estão tentando te proteger, mas você não colabora. Já pensou se você encontrasse Bellatrix? Entendo que você queira sair da escola, na sua idade eu adorava ir a Hogsmeade, mas por enquanto é perigoso. Não saia mais do castelo, ou eu juro que faço Remus te trancar na Torre da Grifinória, e depois nós vamos discutir o seu castigo.

Até logo,

Sirius Black

Ps: Que bom que você falou com a Gina, parabéns para vocês, pombinhos.

 

   Dobro o pergaminho antes que Ron possa lê-lo. Estou muito desapontado..., as palavras ecoam na minha mente, não gosto de deixar o Sirius desapontado.

 

   - Oque ele disse? - pergunta Ron curioso.

 

   - Que está desapontado e que eu não posso sair - eu digo.

 

   Rony olha para frente e faz uma carranca, sigo o olhar dele e encontro Hermione nos encarando.

 

   - Oque é? Veio brigar com a gente por causa de Hogsmeade? - pergunta Rony irritado. - Porque se for...

 

   - Não é nada disso - diz Mione, os olhos marejados. - Bicuço vai ser executado.

 

   - Quê? - arregalo os olhos.

 

   - Hagrid me mandou isso hoje - Mione me entrega um pedaço de pergaminho manchado, onde dizia que Bicuço havia perdido a causa e que a data da execução seria marcada.

 

   - Eles... - minha voz falha. - Eles não podem fazer isso! Hagrid...

 

   - Não sei oque fazer, não consigo ver nenhuma esperança.

 

   - Nós ainda podemos provar a inocência de Bicuço, Mione - diz Rony. - Eu vou ajuda-la desta vez, por Hagrid!

 

   - Ah, Rony - Hermione se joga no garoto e começa a chorar em seu ombro. - Desculpe-me, eu sinto tanto por Perebas.

 

   - Ah... bem... ele estava velho e inútil. Nunca se sabe, talvez mamãe e papai me comprem uma coruja agora.

 

   Queria ir visitar Hagrid, mas ninguém pode sair do castelo, então nós o encontramos na aula de Trato das Criaturas Mágicas, ele disse que se atrapalhou todo na audiência e que a culpa da execução de Bicuço era dele.

 

   - Não é, não! - eu digo.

 

   - Não desista ainda, Hagrid - diz Rony. - Ainda tem recurso, estamos trabalhando nisso.

 

   - Não, Rony, aquela comissão é comandada por Nott. Agora eu vou cuidar para que os últimos dias de Bicuço sejam muito felizes - Hagrid puxa um lenço do bolso e corre para a cabana, chorando.

 

   - Olha lá, chorando como um bebezão - diz a voz de Theodore Nott perto de nós, escuto as risadas de Crabbe e Goyle. - Vocês já viram algo mais patético?

 

   Essa eu não posso aguentar, avanço em direção a Nott, mas Hermione entra na minha frente e... PÁ! Ela dá um soco na cara de Nott, o rosto dele fica vermelho, todos nós encaramos Mione e ela levanta a mão novamente.

 

   - Não ouse chamar Hagrid de patético, seu sujo... seu nojento... asqueroso.

 

   - Mione! - Rony tenta segura-la, mas ela se liberta.

 

   - Saí! - ela rosna para Rony, Mione saca a varinha e Nott recua.

 

   - Vamos - ele diz para Crabbe e Goyle, e os três correm para o castelo.

 

   Contínuo olhando para Hermione, incrédulo.

 

   - Acho bom você acabar com Nott na final de quadribol! - diz Hermione. - Não suportaria ver a Sonserina vencer.

 

   - Claro. Mas... esse soco - eu sorrio. - Você precisa se casar comigo, Hermione.

 

   - Não deixe aquela garota ouvir isso, Harry - Mione sorri.

 

   - Que garota? - pergunta Rony.

 

   - Ninguém. Vamos? Temos aula de Feitiços agora.

 

   Quando chegamos na porta da sala do Prof. Flitwick, Hermione sumiu e não apareceu durante a aula. Rony e eu ficamos preocupados, Mione nunca falta as aulas. Mas nós a encontramos na sala comunal da Grifinória, dormindo sob um monte de livros. Eu a sacudi, hesitante, e Mione acordou com a cara amassada, eu não a culpo por tirar um cochilo, a coitada não para de estudar.

 

   - Você perdeu a aula de Feitiços - eu digo.

 

   - Ah, não! O Prof. Flitwick ficou aborrecido?

 

   - Acho que...

 

   - Vou encontrá-lo, vejo vocês na aula de Adivinhação - e ela saiu correndo.

 

   - Como você acha que ela fez aquilo? - pergunta Rony.

 

   - Aquilo oque?

 

   - Sumir na hora da aula de Feitiços.

 

   - Vai ver ela... correu.

 

   - Correu? - Rony me olha como se eu fosse idiota.

 

   - É, cara, vai ver ela corre muito rápido.

 

   Rony e eu fomos para a sala da Profa. Trelawney, Hermione chegou junto com a gente e nós três sentamos na mesma mesa. Em cima dela havia uma bola de cristal.

 

   - Bom dia! - Profa. Sibila sai das sombras com sua entrada dramática. - Nós vamos começar a bola de cristal mais cedo. As Parcas me informaram que o exame de vocês em junho tratará do orbe, e estou ansiosa para oferecer-lhes muita prática.

 

   - "As parcas informaram", francamente - resmunga Mione irônica. - Quem é que prepara os exames? Ela mesma. Que profecia impressionante!

 

   Olho para Rony e nós dois rimos. Daí a professora disse para "tentarmos ver alguma coisa nas profundezas infinitas da orbe", ou seja, ela disse para nós olharmos para a bola de cristal. Tento me concentrar, mas é difícil com Rony abafando risadinhas e Hermione resmungando.

 

   - Estou tentando ver o meu futuro aqui, gente, será que vocês podem ficar em silêncio? - eu digo.

 

   - Ah, eu já vi uma coisa impressionante - diz Rony. - Essa queimadura aqui na mesa. Alguém derrubou uma vela.

 

   A Profa. Sibila, que está a duas mesas da nossa, se aproxima.

 

   - Alguém gostaria que eu ajudasse a interpretar os portentos obscuros que aparecem em seu orbe? - ela murmura.

 

   Eu faço uma cara de pateta porque não entendi nada do que ela disse.

 

   - Eu não preciso de ajuda - diz Rony. - É óbvio o que isto significa. Vai haver um nevoeiro daqueles hoje à noite.

 

   Hermione e eu gargalhamos. A professora fez uma cara indignada e olhou para a nossa bola de cristal, solto um suspiro exasperado, já sei o que vem por ai. Ela com certeza vai dizer algo sobre o Sinistro.

 

   - Meu querido... - ela olha para mim. - Está aqui, mais claro que antes... meu querido, aproximando-se de você, cada vez mais perto... o Sin...

 

   - Ah, por favor! - exclama Hermione aborrecida. - Não é o tal de Sinistro outra vez, é?

 

   Profa. Sibila olha para Hermione, com raiva.

 

   - Sinto dizer que do instante em que você entrou nesta sala, querida, ficou evidente que não tinha o talento que a nobre arte da Adivinhação exige. Na verdade, eu não me lembro de jamais ter encontrado uma aluna cuja mente fosse tão irreparavelmente terrena.

 

   Uow. Ficamos em um silêncio desconfortável, no qual Hermione encarou Sibila com ódio e então...

 

   - Ótimo! - Hermione se levanta e guarda o livro na mochila. - Eu desisto! Vou-me embora.

 

   Hermione se dirigiu ao alçapão, abriu-o com um pontapé e desceu a escada, desaparecendo de vista. Fiquei boquiaberto, esperava isso de qualquer pessoa, mas de Hermione? Não. Senti um pouco de orgulho também, isso foi muito legal. Depois de um tempo a aula volta ao normal, como se nada tivesse acontecido.

 

       ~        ×       ~       ×       ~

 

   Nos dias seguintes, todos nós ficamos muito ocupados. Eu tenho treino, Hermione estuda mais do que qualquer pessoa e Rony teve que assumir a responsabilidade pelo recurso de Bicuço. Sirius me mandou apenas um ovo da Páscoa, ele disse que o meu castigo é ficar sem chocolate, mas a Sra. Weasley me mandou um monte. Ah, e a partida Grifinória×Sonserina será sábado e Olívio não para de me encher o saco.

 

   - Lembre-se, você deve capturar o pomo somente quando obtivermos uma vantagem de mais de cinquenta pontos - dizia Olívio. - Só se tivermos mais de cinquenta pontos, Harry, senão ganhamos a partida mas perdemos a taça, ok? Você só pode...

 

   - Olívio, EU JÁ ENTENDI! - berrei. - Você está me deixando nervoso.

 

   Fred e Jorge só ficam atrás de mim, segundo eles, eu não posso andar sozinho, vai que algum sonserino resolve me atacar e a minha Firebolt está guardada a sete chaves, no caso de alguém tentar inutiliza-la. Na véspera do jogo, todos estavam nervosos e Hermione até parou de estudar, o que me deixou ainda mais tenso. As minhas unhas estavam roídas e meus dedos estavam trêmulos, é uma final de quadribol, cara! Quando Olívio mandou o time ir dormir, eu me senti aliviado e corri para o dormitório, mas só consegui pegar no sono depois de muito tempo. Acordo no meio da noite, penso que estou atrasado para a partida, mas me lembro que ainda é madrugada, me levanto e vou pegar água num jarro perto da janela. Olho para fora, o céu está escuro e os jardins silenciosos, até que algo me chama atenção, uma forma escura sob uma árvore, um pássaro. Quero chamar o Rony, mas decido que é melhor não, o pássaro voa para o chão e para ao lado de algo laranja que eu reconheço como Bichento, o gato da Hermione, mas os dois somem imediatamente e eu volto para a cama para tentar esquecer o pássaro.

 

   No dia seguinte, o time da Grifinória é recebido com aplausos no Salão Principal, os alunos de Corvinal e Lufa-Lufa também estavam aplaudindo e eu me senti muito feliz. Sirius me mandou um bilhete dizendo:

 

Boa sorte e ganhe esta taça, ok? Estarei torcendo por vocês.

Com carinho,

Sirius

 

   Depois do café da manhã, nós fomos para o vestiário e colocamos o uniforme vermelho da Grifinória. Falta alguns minutos para o jogo começar e o meu coração está a mil.

 

   - Harry - chama alguém, olho para a porta e vejo Gina.

 

   - Oque você está fazendo aqui? - pergunta Fred.

 

   - Porque você sempre quer ver o Harry antes dos jogos? - indaga Jorge.

 

   - Eu a chamei aqui e Gina quer me ver porque sou o jogador favorito dela - eu digo, faço uma careta para os gêmeos e saio do vestiário com Gina. - Acha que nós temos chance de ganhar?

 

   - Claro que sim - diz Gina animada. - O time é ótimo e você é o melhor apanhador que eu já vi.

 

   - Obrigado - eu a puxo para perto de mim. - Chega mais perto, não vou te morder.

 

   Gina fica na ponta dos pés e me beija, eu fico surpreso, é a primeira vez que ela toma a iniciativa.

 

   - Boa sorte - ela diz quando nos separamos.

 

   - Eu juro que pego o pomo de ouro se você prometer que vai me beijar assim outra vez.

 

   - Eu prometo - Gina fica um pouco vermelha.

 

   - HARRY, VOCÊ PODE DEIXAR ISSO PARA DEPOIS, POR FAVOR? - berra Olívio dentro do vestiário. - ESTÁ NA HORA DO JOGO.

 

   - Preciso ir - dou-lhe um beijo na bochecha e entro no vestiário.

 

   O time se arruma em uma fileira e nós entramos em campo, três das quatro torcidas nos aplaudem e gritam coisas do tipo "PRA FRENTE GRIFINÓRIA!" ou "A COPA É DOS LEÕES!". Lino anuncia a nossa entrada e, logo depois, Sonserina entra em campo. Olívio aperta a mão do capitão do time da Sonserina, Madame Hooch apita e nós vamos para o ar. Draco está voando bem perto de mim, talvez ele esteja usando a mesma tática que Cho. Angelina marcou o primeiro ponto do jogo e Marcos Flint quase a derruba da vassoura, Fred ficou furioso e atirou o bastão na cabeça de Flint. Começou a bagunça ¬¬

 

   - Chega! - grita Madame Hooch. - Pênalti contra Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversário!

 

   - Ah, nem vem! - grita Fred, mas Madame Hooch apita e Alícia vai cobrar o pênalti, ela marca e a torcida da Grifinória vibra. Flint se adianta para cobrar o pênalti e Olívio faz uma defesa fantástica.

 

   Eu tenho que pegar o pomo apenas quando Grifinória tiver mais de cinquenta pontos, então tenho que deixar Draco distraído. Eu faço uma curva perto das balizas e ele me segue, presto atenção a narração do jogo: Katie está com a goles, ela vai marcar, mas Theodore Nott agarra a cabeça dela em vez de pegar a goles. Daí, Katie Bell vai cobrar um pênalti e marca. Lino grita:

 

   "TRINTA A ZERO! TOMA, SEU SUJO, SEU COVARDE..."

 

   - Jordan, se você não consegue irradiar imparcialmente...

 

   - Estou narrando o que acontece, professora!

 

   A alguns metros de mim, Draco procura o pomo, eu impulsiono a vassoura para cima e dou voltas pelo campo, fazendo o loiro me seguir. Um balaço passa voando pela minha cabeça, eu desvio, mas no mesmo instante outro balaço aparece do nada e eu não sou atingido por pouco. Bole, batedor da Sonserina, se aproxima de mim pela esquerda e Derrick, o outro batedor, vem pela direita, os bastões de ambos estão erguidos. Eu fico parado e quando eles estão perto o suficiente para me bater, eu viro a Firebolt para o alto e os dois batedores se colidem. Lino grita de alegria.

 

   "Ahaaa! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Firebolt, garotos! E Grifinória fica com a posse da bola mais uma vez, quando Johnson toma a goles... Flint emparelhado com ela... mete o dedo no olho dele, Angelina! Foi só uma brincadeira, professora, só uma brincadeira."

 

   Flint se aproxima das balizas da Grifinória, Olívio se prepara, mas Flint marca. Lino xingou tanto que a Profa. Minerva tentou arrancar o megafone mágico das mãos dele.

 

   - Desculpe, professora, não vai acontecer de novo!

 

   O batedor da Sonserina bateu em Katie Bell, Jorge bateu nele e ambos os times tiveram que cobrar pênaltis. Grifinória marcou, Olívio defendeu e o placar está 40×10. Não vejo a hora desse jogo acabar. Katie marca novamente e Fred e Jorge a cercam para Bole e Derrick não atacarem a garota, mas os batedores da Sonserina mandam os balaços na direção de Olívio, atingindo-o no estômago. Sinto uma espécie de raiva crescer dentro de mim e berro xingamentos para eles.

 

   - Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja na área do gol! - berra Madame Hooch. - Pênalti a favor da Grifinória!

 

   E Angelina marca. Alícia apanha a bola e a enterra no gol da Sonserina. Setenta a dez! Agora é comigo. Meus olhos vasculham o local a procura de um lampejo dourado, e então eu o vi, alguns metros acima de mim. Voei em direção ao pomo e quando estava chegando perto, algo me impede, por um momento eu penso que são dementadores, até que eu vejo Draco Malfoy segurando a cauda da Firebolt para atrasa-la. Ele sorri para mim, um sorriso diabólico.

 

   - Somos inimigos no campo, Potter - diz Draco.

 

   - Ah, é? - eu grito furioso. - Pois vá para o inferno, seu trapaceirozinho do caralho.

 

   Draco finalmente solta a minha vassoura, mas o pomo já voltara a sumir.

 

   - Pênalti! Pênalti a favor da Grifinória! Nunca vi uma tática igual! - berrava Madame Hooch.

 

   "SEU SAFADO NOJENTO!", grita Lino, saindo de perto da Profa. Minerva para ela não tomar o megafone. "SEU SAFADO NOJENTO, FILHO DA MÃE!"

 

   Mas a Profa. Minerva nem tentou tirar o megafone das mãos de Lino porque ela também estava berrando, o chapéu caíra de sua cabeça e ela estava furiosa. Alícia estava com tanta raiva que até errou o pênalti. Flint fica em posse da bola e marca, setenta a vinte para Sonserina. Angelina toma a goles e todo o time da Sonserina vai atrás dela, eu entro na frente e a Firebolt colide com eles. Angelina marca, oitenta a vinte. Volto a procurar o pomo, toda vez que Malfoy se aproxima de mim, eu lhe mostro o meu dedo do meio, talvez isso seja infantil, mas eu estou com raiva. Percebo que Draco para de me seguir, olho para o lado e o vejo mergulhando em direção ao gramado. Eu mergulho também.

 

   - Vai, vai! - digo para a vassoura.

 

   A multidão está em silêncio, desvio de um balaço e fico lado a lado com Malfoy, os braços dele estão estendidos para o pomo; eu lhe dou um tapa no braço e meus dedos se fecham ao redor do pomo de ouro. Tiro a vassoura do mergulho e ergo o pomo, a torcida explode.

 

   "ELE PEGOU!", grita Lino feliz.

 

   Olívio voa em minha direção e me abraça, chorando; Fred e Jorge se juntam a nós, depois Katie, Alícia e Angelina.

 

   - Nós ganhamos a taça! Nós ganhamos! - gritava Olívio.

 

   O time da Grifinória voou para o chão e as torcidas foram para cima de nós, vejo o rosto feliz de Gina no meio da multidão, eu corro para ela e a abraço.

 

   - Acho que você me deve um beijo - eu digo, minha voz soa abafada por causa dos cabelos dela.

 

   - E você vai ganhar - Gina diz. - Mas cumprimente Rony e Hermione primeiro, eles estão atrás de você.

 

   Rony me abraçou, enquanto gritava que o meu mergulho foi sensacional e Hermione chorava. Percy estava pulando de alegria e a Profa. Minerva soluçava ainda mais que Olívio, limpando os olhos numa bandeira da Grifinória.

 

   - Você os derrotou, Harry! - grita Hagrid ao meu lado.

 

   No minuto seguinte, uma multidão me carrega até a arquibancada onde Dumbledore nos espera segurando a Taça de Quadribol. Na próxima vez que eu for produzir um Patrono, me lembrarei de quando Olívio me passou a Taça de Quadribol e eu a ergui no ar, neste momento eu seria capaz de produzir o melhor Patrono do mundo.

 

   É claro que nós comemoramos, Gina e eu saímos da festa por um tempo para namorar, mas voltamos imediatamente porque a Torre da Grifinória estava incrível. A Profa. Minerva nem apareceu para reclamar, quando estávamos cantando as três da manhã. Foi o melhor dia da minha vida.

 

       ~       ×       ~       ×       ~

 

Caro Sirius,

Nós ganhamos a Taça de Quadribol! O nosso time é o melhor da escola, estou muito orgulhoso de fazer parte dele. No momento nós estamos comemorando, ninguém vai dormir está noite. Remus vai te mandar uma foto minha erguendo a Taça, não liga para a minha cara, eu ainda estava meio abobalhado quando ele tirou a foto. Bem, só queria dizer isso. Ah, e eu estou com saudades!

De seu afilhado feliz,

Harry

 

       ~       ×       ~       ×       ~

 

   Nós comemoramos a vitória durante uma semana, daí voltamos a rotina normal e duas semanas depois tivemos exames. Tenho certeza que me dei bem em DCAT e em Poções, para a infelicidade de Snape que fez de tudo para eu me sair mal. O exame de DCAT foi prático, do lado de fora do castelo,  Hermione fez tudo certo até chegar na última parte, daí ela saiu correndo e Rony ficou confuso por causa de uma criatura.

Quando estávamos voltando para o castelo, eu me surpreendi ao ver Cornélio Fudge, o Ministro da Magia, entrando na escola.

 

   - Olá, Harry - ele diz quando me vê. - Estava fazendo os exames?

 

   - Sim, senhor - respondo.

 

   - Ah, este dia está lindo, não? Que pena... - Fudge balança a cabeça. - Estou aqui para ser testemunha da execução do hipogrifo louco.

 

   - Espere aí, já houve o julgamento do recurso? - pergunta Rony.

 

   - Não, não, será hoje a tarde.

 

   - Então Bicuço ainda pode ser salvo. O senhor não precisa testemunhar nenhuma execução!

 

   Neste momento, dois homens saem do castelo, um velho e o outro musculoso, este carregava um machado que me causou arrepios. Rony abriu a boca, mas Hermione o puxou antes que ele dissesse algo. O último exame é de Adivinhação, fomos chamados de um por um para a sala da Profa. Sibila. Rony foi chamado primeiro que eu e apareceu vinte minutos depois.

 

   - Como foi? - pergunto.

 

   - Chato. Não vi nada, então inventei algo - ele diz. - Agora é a sua vez, te vejo na sala comunal.

 

   A professora chamou "Harry Potter" e eu entrei na sala, ela estava escura e cheirava a vela, a lareira também estava ligada, causando um calor horrível.

 

   - Bom dia, meu querido - diz a professora. - Você poderia olhar para a bola de cristal e me dizer se vê alguma coisa.

 

   - Vejo um hipogrifo - digo a primeira coisa que me vem na cabeça.

 

   - Ah, você deve estar vendo o caso do Hagrid, querido. Diga-me, o hipogrifo que você vê tem cabeça?

 

   - Tem!

 

   - Você não está vendo sangue? - pergunta a mulher. - Hagrid está se desmanchando em lágrimas?

 

   - Não, Hagrid está feliz e Bicuço está inteiro.

 

   - Bem... este resultado foi decepcionante. Tenho certeza de que fará melhor da próxima vez.

 

   A professora acena e eu me levanto, arrumo a minha mochila e estou prestes a sair, mas uma voz rouca me interrompe.

 

"Vai acontecer hoje à noite."

 

   - Quê? - eu olho para a professora e levo um susto. Seus olhos estavam desfocados e sua boca afrouxara.

 

"O Lorde das Trevas está sozinho e sem amigos, abandonado pelos seus seguidores. Seu servo esteve acorrentado nos últimos doze anos. Hoje à noite, antes da meia-noite... O servo vai se libertar e se juntar ao seu mestre. O Lorde das Trevas vai ressurgir, com a ajuda do seu servo, maior e mais terrível que nunca. Hoje à noite... o servo... vai se juntar... ao seu mestre..."

 

   E então ela acorda.

 

   - Desculpe, querido, acho que cochilei.

 

   - A senhora disse... que o Lorde das Trevas retornará...

 

   - Eu disse? - Profa. Sibila faz uma cara confusa. - Você também deve ter cochilado. Eu nunca diria algo assim, querido.

 

   - Ãn... então tchau - daí eu fui para a Torre da Grifinória, pensando no que a Profa. Sibila disse, não é possível... não pode ser, Voldemort não pode retornar, ou será que pode? Entro na sala comunal e avisto Rony e Hermione. - Acho que a Profa. Sibila está louca, ela acabou de dizer... Ei, porque vocês estão com essa cara?

 

   - Bicuço perdeu - diz Rony. - Hagrid nos mandou isso.

 

Perdemos o julgamento do recurso. Vão executar Bicuço ao pôr do sol. Vocês não podem fazer nada. Não desçam. Não quero que vocês vejam.

Hagrid

 

   - Não quer que a gente veja? Nós somos amigos de Hagrid, temos que estar lá por ele - eu digo. - Vou pegar a minha Capa da Invisibilidade lá em cima daí a gente vai para a cabana dele.

 

   - Você não vai nos dedurar, né, Mione? - pergunta Rony.

 

   - Não, nós devemos ir - diz Mione. - Oque é que você está esperando para ir buscar a Capa, Harry?

 

   - Nada, já volto - subo correndo para o dormitório masculino, guardo a minha mochila e pego a Capa da Invisibilidade. Daí eu desço e nós três atravessamos o buraco do retrato. - Você está esquisita, Mione.

 

   - Não estou, não.

 

   - Está sim. Primeiro você bate em Theodore Nott, depois abandona o curso de Adivinhação e agora está saindo da escola sem permissão.

 

   Hermione sorri, satisfeita. Nós jantamos e depois fomos para o saguão, ajeito a Capa sobre Hermione, Rony e eu, e depois nós descemos os degraus para os jardins. O sol estava se pondo, seria uma linda visão se eu não estivesse tão preocupado. Chegamos à cabana e Rony bate três vezes, escuto movimentos e Hagrid abre a porta em seguida.

 

   - Somos nós - eu falo. - Deixe-nos entrar para tirar a Capa da Invisibilidade.

 

   - Eu disse para vocês não virem - diz Hagrid, mas ele se afasta e nos deixa passar.

 

   Tiro a Capa da Invisibilidade e olho para Hagrid, ele não está chorando, mas parece desnorteado e isso é de cortar o coração. Eu me aproximo e abraço as suas pernas, o único lugar que eu alcanço.

 

   - Sinto muito, Hagrid.

 

   - Eu também sinto - diz Hagrid. - Querem chá?

 

   - Deixe que eu preparo - diz Mione, ela deve ter notado o tremor de Hagrid.

 

   Hagrid se senta e olha para a parede, desanimado.

 

   - Eu posso fazer algo? Dumbledore...

 

   - Ele já me ajudou muito, Harry. Dumbledore não manda na Comissão, eles são todos controlados por Adolfo Nott, só fazem o que ele quer - Hagrid engole em seco. - Vou ficar ao lado de Bicuço e rezar para que seja uma morte rápida e limpa.

 

   - Nós estaremos com você - diz Rony.

 

   - Não, não deixarei vocês verem isso. Dumbledore estará aqui comigo.

 

   - Mas...

 

   - Vocês tem que voltar para o castelo, não quero que assistam. Se Dumbledore ou Fudge pegarem você fora do castelo, Harry...

 

   - Eles não farão nada, eu estou com você.

 

   Escuto um soluço e percebo que vem de Hermione, ela abafa o som e se vira para esconder as lágrimas de Hagrid. Ela pega uma garrafa de leite, abre-a e solta um berro.

 

   - Rony! - ela chama. - Perebas está aqui! Eu não acredito.

 

   - Quê? - Rony faz uma careta.

 

   - Olhe - Hermione leva a garrafa até Rony e a vira, Perebas cai guinchando no colo do garoto.

 

   - Perebas! O que você está fazendo aqui?

 

   O rato estava magro e esquisito, acho que morrer seria uma ótima opção para ele. Hagrid se levantou de repente, olhando para a janela.

 

   - Eles estão vindo.

 

   Hemione, Rony e eu olhamos também. Dumbledore vinha na frente, Fudge ia ao seu lado, um velho da Comissão vinha atrás junto com o carrasco.

 

   - Eu vou abrir a porta dos fundos para vocês, ok? - diz Hagrid. - Usem a Capa!

 

   Hermione nos cobre com a Capa, Hagrid abre a porta dos fundos e nós saímos para o canteiro de abóboras dele.

 

   - Hagrid, nós queremos ficar - diz Hermione.

 

   - Não podem matar o Bicuço - eu digo.

 

   - Nós contaremos oque aconteceu, Nott o provocou - diz Rony.

 

   - Vocês tem que ir agora! - diz Hagrid com a voz rouca.

 

   Hermione começa a andar, nos puxando junto.

 

   - Não posso ouvir isso - ela sussurra.

 

   Nós apressamos o passo para ficar o mais longe possível da cabana de Hagrid.

 

   - Perebas não para de se mexer - diz Rony parando de repente.

 

   - Segure-o, Rony! - eu digo. - Vamos continuar.

 

   - Perebas, fique quieto!

 

   O rato guinchava feito louco, mas isso não nos impediu de ouvir o som do machado cortando o ar e colidindo com o alvo. Hermione fecha os olhos e segura o meu braço para se firmar no chão.

 

   - Eles... eles executaram o Bicuço, Harry - ela diz e as lágrimas voltam a escorrer pelo seu rosto.

 

   Eu mordo o lábio e tento pensar em alguma coisa.

 

   - Hagrid - tento voltar para a cabana, mas Rony me puxa de volta.

 

   - Não podemos ir lá, Harry - diz Ron. - O ministro e Dumbledore estão na cabana, Hagrid vai se meter em confusão.

 

   - Ele é nosso amigo - eu digo com a voz rouca. - Quero vê-lo!

 

   - Hagrid não queria que nós nos metessemos em encrenca. Vamos voltar para o castelo, Harry.

 

   - Como puderam fazer isso? - pergunta Mione. - Como... Bicuço...

 

   Rony dá um abraço em Hermione e nós voltamos a andar, ouvindo os guinchos de Perebas.

 

   - Perebas, pare! Fique quieto.

 

   O rato parecia aterrorizado, o que há com ele? Perebas consegue se desvencilhar da mão de Rony e sai correndo, daí uma coisa laranja e peluda passa por nós e corre atrás do rato.

 

   - Perebas! - Rony sai debaixo da Capa e corre também.

 

   - Bichento! - Mione exclama. - Rony!

 

   Eu olho para Hermione, arranco a Capa e nós dois corremos atrás de Rony. O ruivo empurra Bichento e finalmente consegue pegar Perebas. Ouço um barulho de asas, um pássaro negro aparece no céu e voa em direção a Rony, ele grava as garras na perna do garoto e o ergue no ar.

 

   - Rony! - eu e Mione gritamos juntos.

 

   O pássaro voa até o Salgueiro Lutador e entra em um buraco, desaparecendo completamente. Sinto algo bater em meu rosto e vejo que estou muito próximo do Salgueiro, me afasto dele e puxo Hermione comigo. Nós ficamos dois minutos tentando decidir oque fazer, ir atrás de Rony ou chamar alguém no castelo.

 

   - Mas como vamos entrar naquele buraco? - pergunto. - O Salgueiro Lutador vai acabar com a gente.

 

   Se pelo menos tivéssemos um rato para abrir a passagem. Hermione e eu procuramos um jeito de entrar no lugar, mas quem a achou foi Bichento, ele passou deslizando por nós e colocou a pata em um nó que havia no tronco. A árvore ficou feito pedra.

 

   - Mas como é que Bichento... - começa Mione.

 

   - Ele conhece o pássaro - eu digo. - Já os vi juntos.

 

   Eu corro para o buraco por onde Rony passou e espio para dentro, era escuro e estranho, se o meu pai conseguia entrar aqui então eu também consigo. Bichento entra primeiro, depois sou eu e por fim Hermione. Pego a minha varinha e sussurro:

 

   - Lumus!

 

   Bichento anda na nossa frente como um guia, nós o seguimos pelo túnel e ele parecia não ter fim, Hermione agarra meu braço como se ele fosse um escudo que pode protegê-la. O túnel começa a subir e nós entramos em um quarto desarrumado e poeirento.

 

   - Que lugar é esse? - pergunta Mione.

 

   - A Casa dos Gritos - eu sussurro.

 

   Hermione e eu avançamos pelo corredor, eu apago a luz da minha varinha enquanto subimos por uma escada frágil. Chegamos no alto e eu avistei uma porta aberta, Hermione apertou o meu braço e nós avançamos silenciosamente. A primeira coisa que eu vi foi Bichento deitado em cima de uma cama suja, ele parecia estar a vontade, depois eu avistei Rony, segurando a perna ferida.

 

   - Rony! - Mione grita e nós corremos até ele. - Você está bem?

 

   - Cadê o pássaro? - pergunto.

 

   - Harry, não é um pássaro - diz Rony aflito.

 

   - Claro que não é, deve ser uma espécie de monstro - eu digo. - Como foi que ele conseguiu te levantar?

 

   - É sério, Harry, isto é uma armadilha. Ela é o pássaro, ela é um animago - Rony aponta para algum ponto acima do meu ombro. Eu olho para a porta e ela se fecha com um click. Havia uma mulher em pé ao lado da parede, seus cabelos negros estavam desgrenhados e sujos, seus olhos pareciam selvagens e suas roupas estavam esfarrapadas. A pele estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ela parecia uma caveira. Ela exibia um sorriso. Meu coração acelera quando eu a reconheço. É Bellatrix Lestrange.


Notas Finais


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