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História Potter e Black - Filhote do Almofadinhas - Copa Mundial e Marca Negra


Escrita por: KaBlackMalfoy97

Notas do Autor


Oooi gente 💚

Capítulo 43 - Copa Mundial e Marca Negra


43. Copa Mundial e Marca Negra

 

   Estou na casa dos Weasley, Sirius nos deixou aqui ontem à tarde, eu perguntei se ele queria ficar conosco e ir assistir o jogo, mas ele disse que tinha que resolver algumas coisas. Adoro esta casa, ela é sempre tão agitada e eu sou tratado como um membro da família; mas tenho alguns privilégios, a Sra. Weasley me oferece comida a cada segundo e eu não recuso, adoro a comida dela. Houve uma discussão aqui hoje cedo, Fred e Jorge estavam contando para Rony e Hermione sobre o caramelo que Duda comeu e a Sra. Weasley ouviu, ela ficou com muita raiva dos gêmeos e de Sirius também porque ele não falou nada para ela. Conheci os dois irmãos mais velhos de Rony, Gui tem o cabelo grande e usa um brinco, ele parece um vocalista de uma banda de rock, Carlinhos trabalha com dragões e é cheio de cicatrizes nos braços, ambos são ruivos, como todos na família. Agora nós estamos ajudando a Sra. Weasley na cozinha, ela está preparando o jantar e nós estamos arrumando tudo.

 

   - Ei - eu digo de repente -, onde está Percy?

 

   - Ele está trabalhando em um relatório sobre fundos de caldeirões - Rony revira os olhos. - Percy conseguiu um emprego no Ministério.

 

   - Ah, é? E ele está gostando do emprego?

 

   - Gostando? Percy só volta para casa porque papai o obriga. Olhe, nem fale sobre o chefe dele, ok? Ele está obcecado com isso - Rony imita a voz de Percy: - O Sr. Crouch diz... como eu ia dizendo ao Sr. Crouch... O Sr. Crouch é de opinião... O Sr. Crouch esteve me dizendo... Qualquer dia desses vão anunciar o noivado dos dois.

 

   Eu seguro uma risada.

 

   - Como estão sendo as suas férias, Harry? - pergunta Mione, enquanto pega os talheres numa gaveta.

 

   - Ótimas, até agora.

 

   - Você teve notícias daquela pessoa? - pergunta Rony.

 

   - Sim, espere aí - me viro para a mãe de Rony. - Sra. Weasley, nós vamos pôr a mesa lá fora, ok?

 

   - Sim, querido, não há lugar para todos nós aqui dentro. Pegue esses pratos aqui, Rony - a Sra. Weasley pega a varinha e a aponta para um armário, mas ela se transforma em um camundongo de borracha. - AH, OUTRA VEZ, NÃO!

 

   - Ih, ferrou - murmura Rony.

 

   - Mais uma varinha falsa fabricada por eles! - grita a Sra. Weasley. - Fred, Jorge! Eu já disse para vocês dois não deixarem essas coisas espalhadas...

 

   E ela sobe as escadas, ainda gritando. Rony me cutuca e nós três saímos para o jardim, colocamos os pratos e os talheres na mesa e fomos sentar embaixo de uma árvore.

 

   - Bellatrix foi lá em casa, Remus chamou ela e...

 

   - Oque houve? - pergunta Mione.

 

   - Deixe eu terminar - resmungo, daí eu conto para eles sobre a ida de Bellatrix até a nossa casa e a reação de Sirius.

 

   - Acha que Sirius vai perdoa-la, Harry? - pergunta Mione.

 

   - Sirius é um cara muito legal, mas ele está chateado, então não vai perdoa-la agora - eu digo.

 

   - E se ele entrega-la ao Ministério? - pergunta Rony.

 

   - Sirius gosta da Bellatrix, Rony, é claro que ele não vai entregar ela para o Ministério - diz Hermione.

 

   - Rony - Gina surge ao nosso lado de repente -, mamãe está te chamando para...

 

   - Por que ela não chama outra pessoa? Mamãe tem outros filhos além de mim - Rony se levanta e atravessa o jardim em direção a casa, resmungando.

 

   - Oque foi isso? - pergunto.

 

   - Rony está meio irritado esses dias - diz Hermione distraída.

 

   - Ah - eu olho para Gina e sorrio. - Você está bonita, Gin.

 

   - Hã, obrigada - diz Gina. - Gostei do seu cabelo.

 

   - Ah, vocês não vão começar com isso agora, né? - Hermione solta um suspiro exasperado.

 

   - Isso oque?

 

   - Essa coisa que os casais fazem de ficarem se elogiando, é muito irritante.

 

   - Hum, nós não vamos fazer isso - diz Gina.

 

   Hermione revira os olhos. Eu me levanto e beijo a bochecha de Gina.

 

   - Vou ajudar o Rony, até logo, meninas.

 

   Ajudei o Rony a arrumar algumas coisas na cozinha e depois disso nós fomos jantar, todos juntos no jardim. Percy e o Sr. Weasley falavam sobre trabalho e sobre uma mulher chamada Berta, que sumiu. Eu já ouvira este nome, mas não me lembro onde.

 

   - E nós temos outro grande evento para organizar logo depois da Copa, como o senhor sabe - Percy olhou para Rony, Hermione e eu e alteou a voz. - O senhor sabe do que estou falando, papai. O evento secreto.

 

   - Ele está tentando fazer a gente perguntar que evento é esse desde que começou a trabalhar - Rony murmura. - Provavelmente uma exposição de caldeirões com fundo grosso.

 

   Eu sorrio e observo a Sra. Weasley discutindo com Gui por causa do brinco. O que o Sirius faria se eu colocasse um brinco?

 

   - Ei - eu murmuro para Gina, que está sentada do meu lado. Ela olha para mim. - Acha que eu ficaria legal usando um brinco?

 

   - Talvez fique mais descolado, ou talvez fique patético - Gina sorri, eu suspiro.

 

   Ao lado de Gina, Fred, Jorge e Carlinhos estão conversando sobre a Copa Mundial.

 

   - Vai ser da Irlanda - diz Carlinhos. - Eles acabaram com o Peru nas semifinais.

 

   - Mas a Bulgária tem o Vítor Krum - comenta Fred.

 

   Ah, Rony é fã desse tal de Vítor Krum e tem até um pôster dele no quarto. Depois do jantar, a Sra. Weasley manda todos nós para a cama, por que precisamos acordar cedo amanhã.

 

   - Sirius vai comprar os seus materiais, querido? - ela pergunta para mim.

 

   - Sim, eu deixei a lista com ele - respondo.

 

   - Oh, certo. Hermione, deixe a sua lista comigo e eu compro tudo no Beco Diagonal amanhã cedo, querida. Talvez não haja tempo depois da Copa, da última vez o jogo durou cinco dias.

 

   - Uau! - exclamo. - Espero que dure mais de cinco dias dessa vez.

 

   - Eu espero que não - diz Percy. - Estremeço só de pensar no estado da minha caixa de entrada se eu me ausentar cinco dias do trabalho.

 

   - É, alguém poderia deixar bosta de dragão nela outra vez, hein, Percy? - comenta Jorge.

 

   - Aquilo foi uma amostra de fertilizante da Noruega! - protesta Percy, corando. - Não foi nada pessoal!

 

  - Foi - cochicha Fred para mim. - Fomos nós que mandamos.

 

   Eu sorrio com os gêmeos, daí nós todos subimos para os nossos quartos e fomos dormir. Mal posso esperar para assistir o jogo.

 

       ~       ×       ~       ×       ~

 

   Acordamos cedo, tão cedo que o céu ainda estava escuro, nós nos vestimos como trouxas, tomamos café da manhã e saímos de casa, depois de nos despedir da Sra. Weasley. Daí nós começamos a caminhar, fazia frio e eu estava tremendo.

 

   - Onde estão Gui, Carlinhos e Percy? - pergunta Jorge, bocejando.

 

   - Eles vão aparatar, então podem dormir mais um pouco - responde o Sr. Weasley.

 

   - Então eles ainda estão na cama? - resmunga Fred mal-humorado. - Por que não podemos aparatar também?

 

   - Porque ainda são menores e ainda não prestaram o exame.

 

   - Eu queria poder aparatar - murmuro. - Daí eu poderia sair de Hogwarts na hora que eu quisesse.

 

   - Harry, não se pode... - começa Hermione.

 

   - Aparatar e desaparatar nos terrenos de Hogwarts - completo. - Eu sei, você já disse isso umas...

 

   - Bilhões de vezes - completa Rony. - Como nós vamos chegar lá, papai?

 

   - Vamos até a floresta que fica a duas horas daqui e depois vamos usar um portal - diz o Sr. Weasley. - Esse negócio de transporte deu um grande trabalho para o Ministério.

 

   O Sr. Weasley explicou a organização do evento para Hermione, depois nós todos ficamos calados, vimos o sol surgir no céu e os pássaros cantando, daí nós subimos um morro e eu estava quase caindo de tão cansado.

 

   - Chegamos! - anunciou o Sr. Weasley feliz.

 

   Fred e Jorge se jogaram no chão e eu fiz o mesmo, esperei a minha respiração se normalizar e bebi água.

 

   - E agora? - pergunta Rony ofegante.

 

   - Agora procuramos a Chave de Portal - diz o Sr. Weasley. - Ela deve estar em algum lugar por aqui e pode ser qualquer objeto.

 

   Nós nos espalhamos para procurar a Chave, daí ouvimos uma voz alta gritar atrás de nós.

 

   - Aqui, Arthur! Aqui, filho, achamos!

 

   Dois vultos altos surgiram do outro lado do morro.

 

   - Amos! - exclama o Sr. Weasley, sorrindo para o homem que gritou, ele foi atrás de Amos e nós o seguimos. O homem segurava uma bota velha em uma das mãos.

 

   - Este é Amos Diggory, meninos - diz o Sr. Weasley. - Ele trabalha no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Vocês devem conhecer o filho dele, Cedrico.

 

   É claro que nós conhecemos. Cedrico Diggory é um dos garotos mais bonitos de Hogwarts na opinião das menina. Tem dezessete anos e é capitão e apanhador do time de quadribol da Lufa-Lufa em Hogwarts.

 

   - Oi - diz Cedrico para nós.

 

   - Oi - respondemos em uníssono, Fred e Jorge ficaram calados, eles não perdoaram Cedrico por derrotar a Grifinória no primeiro jogo de quadribol do ano passado.

 

   Amos Diggory olha para todos nós.

 

   - Esses são todos os seus filhos, Arthur?

 

   - Não, não, só os ruivos - o Sr. Weasley aponta para Mione. - Esta é Hermione, amiga de Rony, e Harry...

 

   - Pelas barbas de Merlim! - exclama Amos. - Harry? Harry Potter?

 

   - Eu mesmo - sorrio desconfortável. Uma das coisas que eu adoro no mundo dos trouxas é que ninguém me conhece, agora no mundo bruxo todos sabem o meu nome. ¬¬

 

   - Ced falou de você, é claro, todos conhecem Harry Potter. Ele disse que derrotou você em um dos jogos de quadribol no ano passado e eu disse a ele: isto vai ser uma coisa para você contar para os seus netos, Ced, você derrotou Harry Potter.

 

   - Harry caiu da vassoura, papai - diz Cedrico, que parecia estar ainda mais desconfortável do que eu. - Foi um acidente.

 

   - É, mais você não caiu, filho.

 

   - Nós não deveríamos ir embora desse morro? - pergunto rispidamente.

 

   - Sim - responde o Sr. Weasley. - Mais alguém vem encontrar conosco, Amos?

 

   - Não, somos só nós - diz Amos.

 

   Então nós nos aproximamos da bota e tocamos nela, o Sr. Weasley contou até três e fomos meio que sugados no ar. Um segundo depois os meus pés tocaram o chão novamente e eu cai, vi que o Sr. Weasley, Amos e Cedrico estavam de pé, os outros estavam caídos no chão. As próximas horas foram muito agitadas, o Sr. Weasley nos apresentava para todo mundo e depois de nos livrarmos das pessoas desconhecidas, nós fomos arrumar a barraca. Hermione e Gina montaram a barraca das garotas e Fred, Jorge e eu montamos a dos garotos. Daí, Rony, Hermione e eu fomos buscar água para o nosso acampamento. Observei um grupo de crianças brincando em pequenas vassouras do lado de fora de uma barraca, aquilo me lembrava a minha infância. Vimos Olívio Wood perto de uma árvore, ele me levou para conhecer os pais dele e nos disse que acabou de entrar para a reserva de um time de quadribol. Vimos Simas e Dino juntos na frente de uma barraca e Cho Chang, apanhadora da Corvinal, em outra.

 

   -Olá, Harry! - ela acena para mim.

 

   - Oi, Cho - eu digo e lhe dou uma piscadela.

 

   Daí nós pegamos a água e voltamos para a barraca.

 

   - Ei, vocês demoraram - diz Jorge assim que chegamos.

 

   - Encontramos alguns conhecidos - eu digo.

 

   - E a fogueira? - pergunta Rony.

 

   - Papai não conseguiu acende-la, mas ele está se divertindo com os fósforos - diz Fred. Havia um monte de palitos de fósforos jogados ao redor do Sr. Weasley, Hermione correu para ajudá-lo a fazer fogo. Rony e eu sentamos no chão, perto de uma velha árvore.

 

   - Acho que a Cho gosta de você - diz Rony sorrindo.

 

   - Ela só acenou para mim, cara - eu digo.

 

   - Ela estava corada e feliz demais, Harry.

 

   - Quem estava feliz demais? - pergunta Gina, sentando-se conosco.

 

   - Cho Chang, ela gosta do Harry - Rony dá uma risadinha, sinto o meu rosto esquentar.

 

   - Eu nem a conheço direito, Rony - murmuro.

 

   - Rony! - grita Fred. - Venha aqui ferver a água.

 

   Rony suspira e se levanta para ir ajudar Fred. Eu olho para baixo e brinco com uma folha verde caída no chão.

 

   - Cho gosta mesmo de você? - pergunta Gina.

 

   - É claro que não. Quer dizer, ela não me gosta daquele jeito, nós somos apenas colegas.

 

   - Ela é bonita.

 

   - Eu sei, mas você é muito mais bonita e muito mais legal que ela - digo.

 

   - Mas você não sente nada por ela?

 

   - Pelas calças de Merlin, Gina, eu só sinto alguma coisa por você - suspiro com exasperação.

 

   - Eu sei, só queria te provocar - ela sorri. - Você fica bonitinho quando está irritado.

 

   Reviro os olhos. Fred, Jorge e Rony se sentam conosco, eles falam um pouco sobre os bruxos nas barracas vizinhas e os gêmeos dizem que pretendem aprontar com eles.

 

   - Sirius disse que é pra você se comportar - diz Jorge sorrindo.

 

   - Você falou com ele hoje? - pergunto.

 

   - Sim. Sirius nos deu uma grana para apostar por ele - murmura Fred. - Mas não fale nada para a mamãe.

 

   - Se ela souber que estamos apostando, ela vai odiar o Sirius ainda mais - completa Jorge.

 

   - Oh, certo - digo sorrindo.

 

   Depois disso, Gui, Carlinhos e Percy chegaram, o Sr. Weasley mostrou-lhes a nossa barraca e depois eles vieram se juntar a nós em frente ao acampamento. Hermione e Jorge estavam preparando salsichas, quando um homem louro de olhos azuis e roupas extravagantes aparece. O Sr. Weasley se levanta para cumprimenta-lo.

 

   - Ludo, o homem do momento! - ele diz.

 

   - Arthur! - Ludo sorri para o Sr. Weasley. - Que dia lindo, hein? Creio que tudo irá dar certo esta noite.

 

    Percy sai da barraca, olha para Ludo e vai cumprimenta-lo, o garoto parecia empolgado.

 

   - Ah, Ludo, este é o meu filho Percy, ele trabalha no Ministério agora - o Sr. Weasley se vira para nós. - E este é Fred, não, este é Jorge, desculpe... esse é o Fred e ali estão Gui, Carlinhos, Rony e minha filha, Gina. E os amigos dos meus filhos, Hermione Granger e Harry Potter.

 

   Ludo olha para a minha cicatriz e depois disfarça.

 

   - Bom, pessoal - continua o Sr. Weasley -, este é Ludo Bagman, e é graças a ele que temos entradas tão boas.

 

   Ludo sorri para nós.

 

   - Ah, não foi nada, Arthur - diz o homem. - Então, você quer arriscar uma aposta?

 

   - Não, Ludo, vou deixar passar desta vez.

 

   - Ok, Arthur. E vocês, garotos, querem apostar? - Ludo se dirige a nós.

 

   - Eles são muito jovens para...

 

   - Apostamos sessenta galeões, quinze sicles e três nuques que a Irlanda ganha, mas Vítor Krum captura o pomo - diz Fred. - Ah, e damos uma varinha falsa de lambuje.

 

   Ludo pega a varinha e solta uma gargalhada quando ela se transforma em uma galinha, Percy pareceu que tinha levado um soco.

 

   - Isto é incrível! Eu pagaria por uma dessas - diz Ludo, então ele anota os nomes de Fred e Jorge num caderninho e se senta para esperar alguém chamado Crouch.

 

   O Sr. Weasley e Ludo conversaram sobre o desaparecimento de Berta Jorkins, Percy se intrometia as vezes e isso parecia irritar Ludo. Então um homem aparata junto a fogueira, era alto, velho, tinha um bigode engraçado e usava roupas formais. Aquele só podia ser o tal Bartô Crouch.

 

   - Olá, Bartô - diz Ludo alegremente.

 

   - Estive te procurando por todo canto, Ludo - diz Crouch irritado.

 

   - Mr. Crouch, o senhor aceita uma xícara de chá? - pergunta Percy, o cara está tão animado que falta lamber os sapatos de Bartô C.

 

   - Claro que sim, Weatherby - diz Crouch. Fred e Jorge engasgam ao meu lado e tentam esconder o riso, Percy mexe na chaleira com as orelhas vermelhas.

 

   Crouch, Ludo e o Sr. Weasley começam a falar sobre trabalho e eu perco o interesse na conversa. Hermione enche a minha xícara de chá novamente e eu lhe agradeço com um sorriso.

 

   - ... esses garotos vão saber logo - ia dizendo Ludo. - Quero dizer, vai acontecer em Hogwarts...

 

   - Ludo, precisamos receber os búlgaros - interrompe o Sr. Crouch bruscamente. - Obrigado pelo chá, Weatherby.

 

   Os dois homens se levantam.

 

   - Vejo vocês todos mais tarde! - diz Ludo. - Vão ficar no camarote de honra comigo, vou comentar o jogo!

 

   O Sr. Crouch acena com a cabeça e os dois desaparatam.

 

   - Oque vai acontecer em Hogwarts? - pergunta Fred.

 

   - Do que eles estavam falando? - pergunta Jorge.

 

   - Vocês vão descobrir quando chegarem em Hogwarts - diz Carlinhos sorrindo.

 

   - É informação privilegiada, até o Ministério achar conveniente comunicá-la - diz Percy. - O Sr. Crouch estava certo em não querer revelar nada.

 

   - Ah, cala a boca, Weatherby - diz Fred e nós caímos na gargalhada.

 

       ~       ×       ~       ×       ~

 

   A noite chegou e nós estamos esperando para ir ao estádio. Há vendedores ambulantes por toda parte, eles vendem miniaturas de Firebolts, chapéus dos times, cachecóis, bandeiras e outras coisas. Rony comprou um chapéu de trevos da Irlanda, uma roseta verde e um boneco do Vítor Krum que se mexe. Avistei um carrinho onde vendiam uns óculos cheios de botões esquisitos, Rony, Hermione e eu nos aproximamos.

 

   - Onióculos - diz o vendedor, feliz. - Você pode rever o lance, passar ele e câmara lenta e ver uma retrospectiva lance a lance, se precisar. Custa dez galeões um.

 

   - Eu queria não ter comprado isso -  diz Rony, indicando o chapéu verde.

 

   - Eu quero três desses - digo para o vendedor e puxo a minha bolsa de dinheiro.

 

   - Não precisa, Harry - diz Rony ficando vermelho, reviro os olhos.

 

   - Pegue logo esses óculos, Rony.

 

   - Mas...

 

   - Eu já paguei por eles, não posso devolver - sorrio. - Considere isso como um presente de Natal antecipado.

 

   - Tudo bem - Rony sorri.

 

   - Obrigada, Harry - diz Hermione.

 

   Comprei um chapéu da irlanda e uma bandeira, não sou muito fã de times, mas esta alegria é contagiante. Então as luzes se acenderam e indicaram o caminho para o campo e nós nos dirigimos para lá. Nós subimos várias escadas para chegar ao camarote, as cadeiras foram arrumadas em duas fileiras e de lá eu podia ver todo o estádio, todos os milhares de bruxos abaixo de mim, fiquei empolgado. Um telão exibia anúncios no campo e eu o fitei por um minuto, depois me virei para ver quem estava no camarote. Só havia os Weasley, Hermione e um elfo doméstico que se parecia muito com...

 

   - Dobby? - pergunto surpreso. O elfo olha para mim com os grandes olhos brilhantes.

 

   - O senhor me chamou de Dobby? - pergunta o elfo, percebi que ele tem voz de menina.

 

   - Desculpe, eu te confundi. Você se parece com Dobby, um amigo meu aí.

 

   - Ah, eu conheço Dobby, meu senhor - diz a elfo. - Meu nome é Winky e o senhor é... o senhor é Harry Potter! Dobby fala muito do senhor e da sua bondade.

 

   - E como ele está?

 

   - Não muito bem, meu senhor. Dobby não consegue arrumar um emprego porque está pedindo por salário e férias.

 

   - Isso é bom.

 

   - Não é, não, meu senhor. Os elfos não tem que se divertir, eles tem que trabalhar, Harry Potter.

 

   E ela parou de falar comigo. O camarote foi se enchendo cada vez mais, Fudge chegou e me apresentou ao ministro búlgaro, fiquei com vergonha. Daí apareceram Draco e Lúcio Malfoy e uma mulher que só podia ser Narcisa, a prima de Sirius. A família cumprimentou o ministro, daí Draco me viu.

 

   - Oi, Harry - diz ele vindo até mim, a mãe dele o segue. - Mamãe este aqui é Harry Potter, Harry esta é minha mãe, Narcisa.

 

   Narcisa é prima de Sirius, mas eu nunca falei muito com ela.

 

   - Olá, Sra. Malfoy - eu digo educadamente, Narcisa me lança um olhar intimidador e sorri calorosamente em seguida.

 

   - Me chame de Ciça, querido - ela diz sorrindo. - Você cresceu tanto, da última vez que te vi você era um bebezinho, Sirius não sabia oque dar para você comer e eu o ajudei a preparar a sua mamadeira. Você se lembra disso, Lúcio?

 

   - É claro que sim, Ciça - diz Lúcio sorrindo para a esposa. - Olá, Harry.

 

   - Sr. Malfoy - cumprimento.

 

   Draco e os pais cumprimentam os Weasley e depois se sentam atrás de mim. Olho para os meus pés enquanto o jogo não começa, escuto Gina conversando com Hermione, Rony e Draco fazendo comentários sobre o campo e o Sr. Malfoy e o Sr. Weasley conversando sobre o camarote.

 

   - Isto aqui é alto pra caramba, não é? - diz uma voz divertida ao meu lado, levanto a cabeça e encaro o rosto sorridente de Sirius.

 

   - Oque você está fazendo aqui? - pergunto surpreso.

 

   - Vim assistir o jogo, oras.

 

   - Mas você disse que ia estar ocupado esta noite.

 

   - Eu menti, queria ficar sozinho, mas Aluado estava enchendo o meu saco por causa daquela mulher, daí eu decidi vir, Arthur tinha me dado o ingresso que sobrou, então... - Sirius dá de ombros.

 

   - Fico feliz que você esteja aqui - eu digo.

 

   - Eu também. Olha lá, já vai começar.

 

   Não vou narrar oque aconteceu porque foi muita coisa, mas o jogo foi incrível. Ludo Bagman foi quem narrou tudo no camarote, ele fez um feitiço e a sua voz ficou muito alta. A minha parte favorita da noite foi quando apresentaram o mascote do time búlgaro e as veelas apareceram, eram belas mulheres que não pareciam ser humanas, então elas começaram a dançar e eu esqueci de tudo, Sirius se divertiu com a minha reação (acho que eu estava babando). O mascote do time da Irlanda eram Leprechauns, duendes irlandeses, eles fizeram chover moedas de ouro pesadas em cima da gente, Rony me deu montes delas para pagar por aqueles óculos. E tudo ocorreu como os gêmeos disseram: a Irlanda venceu, mas Krum apanhou o pomo e quando o jogo terminou, Fred e Jorge estenderam as mãos para que Ludo lhes pagasse o dinheiro da aposta. E então nós nos preparamos para sair do camarote.

 

   - Papai, eu vou falar com o Harry e agorinha te encontro na entrada do estádio, ok? - pergunta Draco ao pai dele.

 

   - Sim, Draco - diz Lúcio. - Mas não demore muito.

 

   - Certo.

 

   Sirius, Carlinhos, Gui, Arthur e Percy foram na frente, Fred, Jorge e Gina os seguiam e Hermione, Rony, Draco e eu íamos atrás de todos eles.

 

   - Então, oque você quer, Draco? - pergunto, curioso.

 

   - Bom, vou direto ao assunto - diz Draco. - Vocês três tiveram um encontro com Bellatrix Lestrange em junho, todos dizem que ela é uma mulher perigosa, mas vocês ainda estão aqui, vivos.

 

   - Snape nos salvou - digo com um sorriso nada convincente.

 

   - Não salvou, não. Bellatrix deixou vocês saírem vivos porque ela não é má, como todos pensam e vocês a ajudaram a fugir.

 

   - De onde você tirou essa ideia maluca? - pergunta Rony.

 

   - Eu pensei um pouco e cheguei a essa conclusão - Draco dá de ombros. - Escute, Harry, diga a Bellatrix que a minha mãe gostaria muito de vê-la...

 

   - Seu pai trabalha no Ministério, como vamos saber que isso não é uma armação? - pergunta Hermione.

 

   - Você me conhece, Mione, posso ser um garoto malvado, mas nunca faria nada para magoar a minha mãe. Ela acredita na inocência de Bellatrix e meu pai também.

 

   Nós três olhamos para Draco, ele parece estar falando a verdade e Narcisa parece ser uma ótima pessoa, não acredito que ela vá entregar Bellatrix para o Ministério.

 

   - Vou falar com Bellatrix - eu digo. - Mas, lembre-se, poucas pessoas acreditam na inocência dela e se você contar isso a alguém, eu vou negar tudo e ainda te darei um soco.

 

   - Ok - Draco caminha até os pais dele. - Vejo vocês em Hogwarts daqui a alguns dias.

 

   - Até logo - digo e nós voltamos para a barraca.

 

   O Sr. Weasley encontrou um saco de dormir para Sirius e ele se deitou no chão da barraca que mais parecia uma casa, Hermione e Gina já tinham ido para a delas. Escuto a bagunça dos torcedores até que o sono chega e eu durmo.

 

"Estou usando o uniforme do time da Bulgária, Vítor Krum está ao meu lado e ele me entrega uma grande taça de ouro.

- Conseguimos! - ele diz com um sotaque búlgaro. - Ganhamos a Copa graças a você, Harry.

E Gina aparece de repente e sorri gentilmente para mim..."

 

   - Harry! Harry, acorde - diz a voz de Rony ao meu lado, abro os olhos.

 

   - Oque...?

 

   - Peguem um casaco e saiam daqui - diz Sirius que estava com a camisa ao contrário, aparentemente ele se vestiu as pressas.

 

   - Oque está acontecendo? - pergunto.

 

   - Eu conto tudo depois, só saia daqui, filhote.

 

   E eu saio da barraca junto com os Weasley, Hermione e Gina correm ao nosso encontro, olho ao redor e vejo as pessoas correndo para a floresta e outras gritando. Então eles surgem, um grupo de pessoas usando roupas pretas e máscaras, lançando feitiços para todos os lados. Acima deles tem quatro pessoas (trouxas) pairando no ar e há uma expressão de dor no rosto deles.

 

   - Caramba! - exclama Rony boquiaberto.

 

   - Olha, nós vamos ajudar o pessoal do Ministério - diz o Sr. Weasley apressado. - Corram para a floresta, para longe de tudo isso, nós vamos buscar vocês depois.

 

   - E fiquem juntos - diz Sirius, ele bagunça meu cabelo, puxa a varinha e corre para o meio da multidão acompanhado pelo Sr. Weasley, Gui, Carlinhos e Percy.

 

   - Vamos - diz Rony. Fred agarra a mão de Gina e nós entramos na floresta.

 

   Nós corremos e corremos até ficar bem longe da multidão, em algum momento Hermione agarrou a minha mão e a de Rony, para ficarmos juntos. Hermione parou perto de uma árvore e se sentou no chão, respirando com dificuldade.

 

   - Lumus! - ela murmura e a ponta de sua varinha se acende.

 

   - Que diabos... estava acontecendo... lá? - pergunta Rony ofegando.

 

   - Não sei, mas eles estavam torturando trouxas - eu sussurro. - Espere aí, cadê a Gina?

 

   - Ela estava com Fred e Jorge, nem percebi que tínhamos nos separado - diz Hermione.

 

   - Ah, meu Merlin, nós devíamos ter ficado juntos. Será que ela está bem?

 

   - Fred vai cuidar dela, Harry - diz Rony desconfiado.

 

   - Vocês estão com as varinhas em mãos? - diz uma voz vinda do escuro. - Porque caso alguma coisa aconteça, nós precisamos ser rápidos - e então Draco surge das sombras, girando a varinha nos dedos.

 

   - Oque você está fazendo aqui? - pergunto.

 

   - Segui vocês, meu pai mandou eu vir para a floresta, daí vi vocês correndo e decidi vir atrás.

 

   - Ah.

 

   - Você está bem, Hermione?

 

   - Sim - murmura Hermione. - Por que a pergunta?

 

   - Aqueles caras estão procurando os nascidos trouxas, são Comensais da Morte - Draco revira os olhos. - Eu realmente odeio os seguidores de Voldemort.

 

   - Somos dois - procuro a minha varinha nos bolsos, mas não a encontro. - Droga!

 

   - Que foi? - pergunta Rony.

 

   - A minha varinha sumiu, acho que perdi quando estava correndo, ou talvez tenha deixado na barraca.

 

   Rony andou um pouco comigo para ver se a varinha estava no chão da floresta, mas nós não a encontramos. Então ouvimos um barulho entre as árvores e todos nós ficamos paralisados. Era Winky, a elfo doméstica que estava no camarote perto de uma cadeira vazia.

 

   - Tem bruxos malvados aqui! - diz ela apavorada. - Gente voando... lá no alto! Winky está saindo do caminho!

 

   E ela desapareceu entre as árvores novamente.

 

   - Mas... oque foi isso? - murmura Draco confuso.

 

   Nós continuamos parados, observando qualquer movimento suspeito.

 

   - Eu não estou ouvindo mais nada - diz Hermione. Ela mal termina de dizer isso, Ludo Bagman sai de trás de algumas árvores, Draco levanta a varinha um pouco mais e Ludo paralisa.

 

   - Quem está aí? - o homem pergunta. Eu ando um pouco e fico na frente dele. - Oque estão fazendo aqui no meio da floresta?

 

   - Estão atacando o acampamento - digo.

 

   - Atacando? - pergunta Ludo confuso.

 

   - Sim, umas pessoas mascaradas - diz Rony.

 

   - Merda! - exclama Ludo e desaparata sem dizer mais nada.

 

   - Não anda muito bem informado o Sr. Bagman, não é? - comenta Mione.

 

   - Estranho - diz Draco.

 

   Ouvimos outro barulho e vimos uma sombra nas árvores.

 

   - Af, mais uma pessoa?! - Rony revira os olhos.

 

   - Quem está aí? - eu grito.

 

   A pessoa não responde, mas a sombra se mexe e ela grita:

 

   - MORSMORDRE!.

 

   E um crânio enorme aparece no céu, envolto em luz verde e brilhante, com uma cobra saindo da boca como uma língua. Rony arregala os olhos, Hermione respira fundo, Draco dá um passo para trás e eu só fico parado, encarando aquilo.

 

   - É a Marca Negra - diz Hermione. - Este é o símbolo de Você-Sabe-Quem, Harry!

 

   - Precisamos sair daqui - diz Draco. Estávamos nos preparando para correr, quando uns vinte bruxos aparecem a nossa volta, as varinhas estavam apontadas para nós quatro.

 

   - ABAIXA! - eu berro, Rony, Hermione e Draco se jogam no chão ao meu lado.

 

   - ESTUPEFAÇA! - gritam as vinte pessoas e um vento forte passa perto de nós, se tivéssemos sido atingidos...

 

   - Parem! - grita o Sr. Weasley em algum lugar. - Parem, é o meu filho!

 

   E ele aparece no meio do círculo, com Sirius atrás dele.

 

   - Você está bem? - pergunta Sirius e me puxa para um abraço. - Está machucado? Algum feitiço te atingiu?

 

   - Estou bem - respondo. - Nada me atingiu.

 

   - Saiam do caminho, vocês dois - diz uma voz fria atrás de Sirius. Era Bartô Crouch.

 

   - Seus homens quase atingiram o meu filho e os amigos dele, Bartô - diz Sirius friamente. - Se algo acontecesse a qualquer um deles, eu não responderia pelos meus atos.

 

   - Não podemos deixar o inimigo escapar, Sirius - diz o Sr. Crouch.

 

   - Eles não são inimigos, são crianças. Vocês é que são um bando de irresponsáveis, atacam primeiro e perguntam depois.

 

   - Sirius! - repreende o Sr. Weasley baixinho.

 

   Bartô ignora eles dois e se dirige a Rony, Hermione, Draco e eu.

 

   - Qual de vocês fez aquilo? - ele aponta para a Marca Negra no céu.

 

   - Não foi nenhum de nós - respondo.

 

   - Não minta para mim! Vocês foram encontrados na cena do crime!

 

   - Eles são crianças, Bartô, não teriam capacidade para realizar esse feitiço - diz uma bruxa alta com vestes extravagantes.

 

   - De onde saiu a marca? - pergunta o Sr. Weasley para nós quatro.

 

   - Dali - aponto para o meio das árvores. - Tinha uma sombra, daí ela gritou algo e aquilo apareceu.

 

   Os bruxos se viraram para onde eu apontei.

 

   - Se havia alguém ali, deve já ter ido embora a muito tempo - diz a bruxa das vestes extravagantes.

 

   - Acho que não - diz Amos Diggory. - Nossos raios passaram por aquelas árvores, podemos ter atingido algo.

 

   Amos entra no meio das árvores com a varinha erguida, os outros bruxos ficam alertas.

 

   - Atingimos algo sim! - grita ele. - Está inconsciente. Ih, caramba...

 

   - Quem é? - grita o Sr. Crouch. - Quem você pegou?

 

   Amos surge entre as árvores, segurando uma figura pequena e imóvel nos braços. Eu prendo a respiração. Aquela é Winky.


Notas Finais


O capítulo não ficou tão bom, escrevi com pressa por que já tinha se passado uma semana e eu estava atrasada. Da próxima vez será melhor, prometo.
Beijos 💚


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